Adílio Jacinto Filho
Este blogger tem com
objetivos esclarecer as Teorias educacionais como utopias analisada
pelas dimensões econômicas, filosóficas, potenciais e causais onde
os professores e outros interessados tenha esclarecimentos destas
teorias e do porquê o Brasil tem um dos piores ensino do mundo que
historicamente foram feitas por escritores que em muitos não eram
pedagogos e modo de como foram instaladas as escolas nas colônias de
exploração e das metrópoles europeias e colonias de povoamento.
Começarei com as
definições de aprendizagem utópicas e depois esclarecimento sobre
utopias e em seguida os autores clássicos em ordem cronologica de
nascimento do autor.
Conceitos de
aprendizagem
Segundo alguns
estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma
transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende.
Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um
indivíduo, seja por Condicionamento operante, experiência ou ambos,
de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser
absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples
aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma
característica essencial do psiquismo humano, pois somente este
possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico,
por estar sempre em mutação e procurar informações para a
aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da
própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.
Um outro conceito de
aprendizagem é uma mudança relativamente durável do comportamento,
de uma forma mais ou menos sistemática, ou não, adquirida pela
experiência, pela observação e pela prática motivada.
O ser humano nasce
potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos
externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há
aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender
a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de
maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a
aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo
convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por
predisposições genéticas.
Segundo os
behavioristas a aprendizagem é uma aquisição de comportamentos
através de relações entre Ambiente e Comportamento, ocorridas numa
história de contingências, estabelecendo uma relação funcional
entre Ambiente e Comportamento. Ambiente: Comportamento → Reforço.
Apresenta como
principais características:
• O indivíduo é
visto como ativo em todo o processo.
• A aprendizagem é
sinônima de comportamento adquirido.
• O reforço é um
dos principais motores da aprendizagem.
• A aprendizagem é
vista como uma modelagem do comportamento.
Em algumas abordagens
cognitivas, considera-se que o homem não pode ser considerado um ser
passivo. Enfatiza a importância dos processos mentais no processo de
aprendizagem, na forma como se percebe, seleciona, organiza e atribui
significados aos objetos e acontecimentos.
É um processo
dinâmico, centrado nos processos cognitivos, em que temos:
INDIVIDUO →
INFORMAÇÃO → CODIFICAÇÃO → RECODIFICAÇÃO → PROCESSAMENTO
→ APRENDIZAGEM.
De uma perspectiva
humanista existe uma valorização do potencial humano assumindo-o
como ponto de partida para a compreensão do processo de
aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu próprio
destino, possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é
conseqüência da escolha humana. Os princípios que regem tal
abordagem são a auto-direção e o valor da experiência no processo
de aprendizagem. Preocuparam-se em tornar a aprendizagem
significativa, valorizando a compreensão em detrimento da
memorização tendo em conta, as características do sujeito, as suas
experiências anteriores e as sua motivações.
O indivíduo é visto
como responsável por decidir o que quer aprender. Aprendizagem é
vista como algo espontâneo e misterioso.
Numa abordagem social,
as pessoas aprendem observando outras pessoas no interior do contexto
social. Nessa abordagem a aprendizagem é em função da inteiração
da pessoa com outras pessoas, sendo irrelevantes condições
biológicas. O ser humano nasce como uma 'tabula rasa', sendo moldado
pelo contato com a sociedade.
O processo de
aprendizagem na abordagem de Vygotsky
O ponto de partida
desta análise é a concepção vygotskyana de que o pensamento
verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é
determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e
leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais
de pensamento e fala. Uma vez admitido o caráter histórico do
pensamento verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas
do materialismo histórico, que são válidas para qualquer fenômeno
histórico na sociedade humana (Vygotsky, 1993 p. 44).
Sendo o pensamento
sujeito às interferências históricas às quais está o indivíduo
submetido, entende-se que, o processo de aquisição da ortografia, a
alfabetização e o uso autônomo da linguagem escrita são
resultantes não apenas do processo pedagógico de
ensino-aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes
a isto. É a dialética que muitos dos pensadores utópicos
socialistas aplicaram na escola publica.
Vygotsky diz ainda que
o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é,
por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por
trás de cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma
compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é
possível quando entendemos sua base afetivo-volitiva (Vygotsky, 1991
p. 101).
Desta forma não seria
válido estudar as dificuldades de aprendizagem sem considerar os
aspectos afetivos. Avaliar o estágio de desenvolvimento, ou realizar
testes psicométricos não supre de respostas às questões
levantadas. É necessário fazer uma análise do contexto emocional,
das relações afetivas, do modo como a criança está situada
historicamente no mundo. Começou a briga entre professores e alunos.
Na abordagem de
Vygotsky a linguagem tem um papel de construtor e de propulsor do
pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento
mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que,
de outra forma, seriam impossíveis de acontecer (Vygotsky, 1991 p.
101). A linguagem seria então o motor do pensamento, contrariando
assim a concepção desenvolvimentista que considera o
desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem. Vygotsky
defende que os processos de desenvolvimento não coincidem com os
processos de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento progride de
forma mais lenta, indo atrás do processo de aprendizagem. Isto
ocorre de forma seqüencial. (Vygotsky, 1991 p. 102).
O processo de
aprendizagem na abordagem de Piaget
Nos estudos de Piaget,
a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto
de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é
considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária para
assegurar à criança uma interação eficiente dela com o
meio-ambiente. (Wadsworth, 1996) Piaget postula que todo esquema de
assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos
que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E postula
também que todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar
aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de
suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade
(portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos
interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação.
(Piaget, 1975, p. 14)
Em outras palavras,
Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica afirmar a
presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a
conservação de tais estruturas em caso de acomodações em
sucedidas. O funcionamento da inteligência: assimilação e
acomodação.
No modelo piagetiano,
uma das idéias é conceito de inteligência de natureza biológica.
Para ele o ser humano é um organismo vivo que chega ao mundo com uma
herança biológica, que afeta à inteligência. Por uma parte, das
estruturas biológicas limitam aquilo que podemos perceber, e por
outro lado mostram a possibilidade de progresso intelectual.
Com influência
darwinista, PIAGET elabora um modelo que constitui a sua vez uma das
partes mais conhecidas de sua teoria. PIAGET crê que os organizamos
humanos compartem das “funções invariantes": organização e
adaptação. A mente humana, de acordo com PIAGET, também opera em
términos das funções traçadas. Seus processos psicológicos estão
muito organizados em sistemas coerentes e estes sistemas estão
preparados para se adaptar aos estímulos que se trocam entre eles. A
função e adaptação nos sistemas psicológicos e fisiológicos
operam a através dos processos complementares: da assimilação e
acomodação
A equilibração é
necessária porque se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria
apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo
sua capacidade de diferenciação; em contrapartida, se uma pessoa só
acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de esquemas
cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu esquema de
generalização de tal forma que a maioria das coisas seria vistas
sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma classe. Essa noção
de equilibração foi à base para o conceito, desenvolvido por Paín,
sobre as modalidades de aprendizagem, que se servem dos conceitos de
assimilação e acomodação, na descrição de sua estrutura
processual.
O esquema a seguir dá
uma idéia.
Para Sara Paín (Buenos
Aires, 1931) é uma psicóloga argentina. Doutora em Filosofia pela
Universidade de Buenos Aires e em Psicologia pelo Instituto de
Epistemologia Genética de Genebra. Para falar em Modalidades de
Aprendizagem sintomática, que são popularmente conhecidas por
dificuldades de aprendizagem, faz-se necessário compreender o
processo denominado adaptação.
O processo de
adaptação, conforme Piaget, cumpre-se graças a um duplo movimento
complementar de assimilação e acomodação. Através do primeiro, o
sujeito transforma a realidade para integrá-la às suas
possibilidades de ação e, através do segundo, transforma e
coordena seus próprios esquemas ativos, para adequá-los às
exigências da realidade. (Paín, 1989, p.46). A Psicopedagogia volta
seu olhar para o modo como o sujeito aprende, portanto, aprofunda o
estudo do processo de adaptação formulado por Piaget. Paín (1989)
descreve as Modalidades de Aprendizagem sintomática tomando por base
o postulado piagetiano.
Descreve como a
assimilação e a acomodação atua no modo como o sujeito aprende e
como isso pode ser sintomatizado, tendo assim características de um
excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado
final. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante
equilibração. Paín parte desse pressuposto e afirma que as
dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma
hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipo-atuação da
outra, o que é descrito a seguir.
Hiperassimilação:
sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo
quais os elementos do meio são alterados para serem incorporados
pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma
exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não se resigna
ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre os
objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.
Hipoacomodação: esta
sintomatização a acomodação consiste em adaptar-se para que
ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação pode
dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de
internalizar os objetos (Fernández, 1991 p.110).
Hiperacomodação: esta
sintomatização se acomodar é abrir-se para a internalização, o
exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a
subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítica. Essa
sintomatização está associada à hipoassimilação.
Hipoassimilação:
Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta
na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo,
não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo.
A aprendizagem normal
pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão
em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é
predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio
da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da
não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de
modo subjetivo, não internalizando as características próprias do
objeto.
Quando a acomodação
predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos,
antes, resigna-se sem criticidade. O sistema educativo pode produzir
sujeito muito acomodativos se a reprodução dos padrões for mais
valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Um
sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade
hiperacomodativa/ hipoassimilativa pode não ser visto como tendo
“problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir os modelos
com precisão. A tabela a seguir, baseada em Alicia Fernández,
apresenta a sumarização da relação entre os dois pólos
sintomáticos das modalidades de aprendizagem, evidenciando a relação
que existe entre a predominância de um movimento sobre o outro e o
modo como ocorre o processo adaptativo.
Modalidade
sintomatizada
Resultados na adaptação
Hiperassimilação
Predomínio da
subjetivação, desrealização do pensamento, dificuldade em
resignar-se.
Hipoacomodação
Pobreza de contato com
o objeto, dificuldade na interiorização das imagens.
Hiper-comodação
Pobreza de contato com
a subjetividade, superestimulação da imitação, falta de
iniciativa, obediência acrítica às normas, submissão.
Hipoassimilação
Pobreza de contato com
o objeto, déficit lúdico e criativo.
Segundo Wadsworth, se a
criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta, então,
fizer uma acomodação, modificando um esquema ou criando um esquema
novo. Quando isso é feito, ocorre a assimilação do estímulo e,
nesse momento, o equilíbrio é alcançado. (Wadsworth, 1996) Segundo
a teoria da equilibração, a integração pode ser vista como uma
tarefa de assimilação, enquanto que a diferenciação seria uma
tarefa de acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e
das partes.
É de Piaget o
postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus
aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações
afetivas, sociais e morais que constituem a vida da instituição
educacional. À primeira vista, o desabrochamento da personalidade
parece depender, sobretudo dos fatores afetivos; na realidade, a
educação forma um todo indissociável e não é possível formar
personalidades autônomas no domínio moral se o indivíduo estiver
submetido a uma coerção intelectual tal que o limite a aprender
passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade.
Se ele é passivo
intelectualmente não será livre moralmente. Mas reciprocamente, se
sua moral consiste exclusivamente numa submissão à vontade adulta e
se as únicas relações sociais que constituem as relações de
aprendizagem são as que ligam cada estudante individualmente a um
professor que detém todos os poderes, ele não pode tampouco ser
ativo intelectualmente. (Piaget, 1982).
Piaget afirma que
"adquirida a linguagem, a socialização do pensamento
manifesta-se pela elaboração de conceitos e relações e pela
constituição de regras. É justamente na medida, até, que o
pensamento verbo-conceptual é transformado pela sua natureza
coletiva que ele se torna capaz de comprovar e investigar a verdade,
em contraste com os atos práticos dos atos da inteligência
sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação"
(Piaget, 1975 p. 115).
Henri Paul Hyacinthe
Wallon (França, 1879 + 1962) foi filósofo, médico, psicólogo e
político francês, e marxista convicto. Foi neto do político
francês Henri-Alexandre Wallon.
Nas posições teóricas
feita em suas obras, Henri Wallon é perpassado pela idéia de que o
processo de aprendizagem é dialético: não é adequado postular
verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direções e
possibilidades. Usada hoje pelos pseudos-pedagogos que tem a utopia
socialista no sangue
Uma das conseqüências
desta postura é a crítica às concepções reducionistas: Wallon
propõe o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter
cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor. Para Wallon, a cognição
é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a
motricidade. A Influência do Fator Orgânico e a Ênfase no Fator
Social. Que foi destaque nos Parâmetros Curriculares no Capitulo da
educação na Constituinte brasileira e preferida metodologia dos
burocratas brasileiros.
Wallon reconhece que o
fator orgânico é a primeira condição para o desenvolvimento do
pensamento; ressalta, porém, a importância das influências do
meio. O homem, para Wallon, seria o resultado de influências sociais
e fisiológicas, de modo que o estudo do psiquismo não pode
desconsiderar nem um nem outro aspecto do desenvolvimento humano. Por
outro lado, para Wallon as potencialidades psicológicas dependem
especialmente do contexto sócio-cultural. O desenvolvimento do
sistema nervoso, então, não seria suficiente para o pleno
desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Desenvolvimento do
Pensamento.
Wallon define que
desenvolvimento é o processo pelo qual o indivíduo emerge de um
estado de completa imersão social em que não se distingue do meio
para um estado em que pode distinguir seus próprios motivos dos
motivos oriundos do ambiente. Deste modo, desenvolver-se se tornaria
sinônimo de identificar-se em oposição ao mundo exterior.
O desenvolvimento
ocorreria, para Wallon, por uma sucessão de estágios, à maneira da
teoria de Piaget, mas através de um processo assistemático e
contínuo, em que a criança oscila entre a afetividade e a
inteligência.
O desenvolvimento é
movido por conflitos, dialeticamente, de maneira análoga à
combinação de acomodação, assimilação e equilíbrio na teoria
piagetianas. Entretanto, ao contrário de Piaget, Wallon acreditava
que o processo não é tão bem delimitado, mas constante, podendo
haver, inclusive, regressão: as aquisições de um estágio são
irreversíveis, mas o indivíduo pode retornar as atividades
anteriores ao estágio. Um estágio não suprime os comportamentos
anteriores, mas sim os integra, resultando em um comportamento que é
a acumulação das partes. Não dá certo nas escolas públicas com
suas seriações no qual um aluno que se adianta, tem interesse fica
preso a um bagunceiro que não quer saber de nada.
A teoria de Wallon
confronta-se com o Behaviorismo neste ponto. Enquanto um
comportamentalista acredita que a aprendizagem é um processo de
modelagem onde vários comportamentos são condicionados e
posteriormente extintos, Wallon afirma que o comportamento aprendido
não é extinto, mas sim integrado ao posterior. Por exemplo, durante
a aprendizagem da escrita, a criança, primeiro aprende a desenhar
algo semelhante a um círculo, para posteriormente "puxar a
perninha" e escrever um "a". O comportamentalista
afirma que o comportamento de desenhar o círculo foi extinto, mas
Wallon vai mais além e afirma que foi integrado a outros
comportamentos ou, para usar um termo mais adequado à teoria
walloniana, integrado a outras aprendizagens.
Pelos Campos
Funcionais, para Wallon, a cognição está alicerçada em quatro
categorias de atividades cognitivas específicas, às quais se dá o
nome de 'campos funcionais. Os campos funcionais seria o movimento, a
afetividade, a inteligência e a pessoa.
Movimento.
O movimento seria um
dos primeiros campos funcionais a se desenvolver, e que serviria de
base para o desenvolvimento dos demais.
Os movimentos, enquanto
atividades cognitivas podem estar em duas categorias: movimentos
instrumentais e movimentos expressivos. Os movimentos instrumentais
são ações executadas para alcançar um objetivo imediato e, em si,
não diretamente relacionado com outro indivíduo; este seria o caso
de ações como andar, pegar objetos, mastigar etc. Já os movimentos
expressivos têm uma função comunicativa intrínseca, estando
usualmente associados a outros indivíduos ou sendo usados para uma
estruturação do pensamento do próprio movimentador. Falar,
gesticular, sorrir seriam exemplos de movimentos expressivos.
Wallon dá especial
ênfase ao movimento como campo funcional porque acredita que o
movimento tem grande importância na atividade de estruturação do
pensamento no período anterior à aquisição da linguagem.
Afetividade
A afetividade, por sua
vez, seria a primeira forma de interação com o meio ambiente e a
motivação primeira do movimento.
À medida que o
movimento proporciona experiências à criança, ela vai respondendo
através de emoções, diferenciando-se, para si mesma, do ambiente.
A afetividade é o elemento mediador das relações sociais
primordial, portanto, dado que separa a criança do ambiente.
As emoções são,
também, a bases do desenvolvimento do terceiro campo funcional, as
inteligências.
Inteligência.
Na obra de Wallon,
inteligência tem um significado bem específico, estando diretamente
relacionada com duas importantes atividades cognitivas humanas: o
raciocínio simbólico e a linguagem. À medida que a criança vai
aprendendo a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio
simbólico e o poder de abstração vão sendo desenvolvidos. Ao
mesmo tempo, e relacionadamente, as habilidades lingüísticas vão
surgindo no indivíduo, potencializando sua capacidade de abstração.
Pessoa.
Wallon dá o nome de
pessoa ao campo funcional que coordena os demais. Seria este também
o campo funcional responsável pelo desenvolvimento da consciência e
da identidade do eu.
As relações entre
estes três campos funcionais não são harmônicas, de modo que
constantemente surgem conflitos entre eles. A pessoa, como campo
funcional, cumpre um papel integrador importante, mas não absoluto.
A cognição desenvolve-se de maneira dialética, em um constante
processo de tese, antítese e síntese entre os campos funcionais.
Estágios de
Desenvolvimento.
Assim como na teoria
piagetianas, a teoria de Wallon também propõe uma série de
estágios do desenvolvimento, mas, diferentemente daquele, não se
limitando ao aspecto cognitivo. Além disso, Wallon é bem mais
flexível na análise dos estágios: ao contrário de Piaget, Wallon
não acredita que os estágios de desenvolvimento formem uma
seqüência linear e fixa, ou que um estágio suprima o outro. Para
Wallon, o estágio posterior amplia e reforma os anteriores.
O desenvolvimento não
seria, na obra walloniana, um fenômeno suave e contínuo; pelo
contrário, o desenvolvimento seria permeado de conflitos internos e
externos.
Wallon deixa claro que
é natural que, no desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e
reviravoltas, o que para Piaget e os comportamentalistas parece algo
improvável. Os conflitos, mesmo os que resultem em retorno a
estágios anteriores, são fenômenos inerentemente dinamogênicos,
geradores de evolução.
Wallon afirma que os
estágios se sucedem de maneira que momentos predominantemente
afetivos sejam sucedidos por momentos predominantemente cognitivos.
Usualmente, períodos predominantemente afetivos ocorrem em períodos
focados na construção do eu, enquanto estágios com predominância
cognitiva estão mais direcionados à construção do real e
compreensão do mundo físico. Este ciclo não é encerrado, mas
perdura pela vida toda, uma vez que a emoção sobrepõe-se à razão
quando o indivíduo se depara com o desconhecido. Deste modo,
afetividade e cognição não são estanques e se revezam na
dominância dos estágios. O aluno brasileiro como disse esta na
utopia do Click e afetividade dele esta no modo de vida capitalista,
ou seja consumista e centrada nele, são muito egoístas.
Estágio
impulsivo-emocional.
Do nascimento até
aproximadamente o primeiro ano de vida, a criança passa por uma fase
denominada estágio impulsivo-emocional. É um estágio
predominantemente afetivo, onde as emoções são os principais
instrumentos de interação com o meio. A relação com o ambiente
desenvolve, na criança, sentimentos intraceptivos e fatores
afetivos.
O movimento, como campo
funcional, ainda não está desenvolvido, a criança não possui
perícia motora. Os movimentos infantis são um tanto quanto
desorientados, mas a contínua resposta do ambiente ao movimento
infantil permite que a criança passe da desordem gestual às emoções
diferenciadas.
Estágio sensório-motor
e projetivo.
Dos três meses de
idade até aproximadamente o terceiro ano de vida, a criança passa
pelo estágio sensório-motor e projetivo. É uma fase onde a
inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos
cognitivos. A inteligência, nesse período, é tradicionalmente
particionada entre inteligência prática, obtida pela interação de
objetos com o próprio corpo, e inteligência discursiva, adquirida
pela imitação e apropriação da linguagem. Os pensamentos, nesse
estágio, muito comumente se projetam em atos motores.
Estágio do
personalismo.
Ao estágio
sensório-motor e projetivo sucede um momento com predominância
afetiva sobre o indivíduo: o estágio do personalismo. Este estágio,
que se estende aproximadamente dos três aos seis anos de idade, é
um período crucial para a formação da personalidade do indivíduo
e da autoconsciência. Uma conseqüência do caráter auto-afirmativo
deste estágio é a crise negativista: a criança opõe-se
sistematicamente ao adulto. Por outro lado, também se verifica uma
fase de imitação motora e social.
Estágio categorial.
O estágio do
personalismo é sucedido por um período de acentuada predominância
da inteligência sobre as emoções. Neste estágio, usualmente
chamado estágio categorial, a criança começa a desenvolver as
capacidades de memória e atenção voluntárias. Este estágio
geralmente manifesta-se entre os seis e os onze anos de idade.
É neste estágio que
se formam as categorias mentais: conceitos abstratos que abarcam
vários conceitos concretos sem se prender a nenhum deles. Nesta
fase, por exemplo, uma criança que antes associasse o conceito de
"triângulo" a triângulos eqüiláteros (porque este tenha
sido apresentado como um exemplo de triângulo) adquirirá a
habilidade de compreender que mesmo "formatos" diferentes -
triângulos isósceles e escalenos—também são abarcados pelo
conceito de "triângulo".
No estágio categorial,
o poder de abstração da mente da criança é consideravelmente
amplificado. Provavelmente por isto mesmo, é nesse estágio que o
raciocínio simbólico se consolida como ferramenta cognitiva.
Estágio da
adolescência.
Mais ou menos a partir
dos onze, doze anos, a criança começa a passar pelas transformações
físicas e psicológicas da adolescência. Este é um estágio
caracterizadamente afetivo, onde o indivíduo passa por uma série de
conflitos internos e externos. Os grandes marcos desse estágio são
a busca de auto-afirmação e o desenvolvimento da sexualidade. Daí
o que no Brasil chamamos de “aborocentes” que é uma mistura de
adolescente que só pensa em sexo e só quer namorar e não esta nem
aí com às aulas, só vão para se mostrar e atrapalha os outros
alunos com conversas paralelas geralmente narcisistica, ou seja só
se vê como pessoa e não respeita os outros.
Os estágios de
desenvolvimento não se encerram com a adolescência. Em verdade,
para Wallon o processo de aprendizagem sempre implica na passagem por
um novo estágio. O indivíduo, ante algo em relação ao qual tem
imperícia, sofre manifestações afetivas que levarão a um processo
de adaptação. O resultado será a aquisição de perícia pelo
indivíduo. O processo dialético de desenvolvimento jamais se
encerra. Se encerra sim se o aluno não tiver interesse ele fica
estagnado porque ele é obrigado a estudar o que não gosta e
atrapalham com conversas paralelas.
Na teoria HENRI WALLON
do desenvolvimento cognitivo, ele teve a preocupação de reservar
espaço especial para o meio social como espaço de construção da
atividade física, mental e afetiva, ou seja, como espaço que
oportuniza o desenvolvimento global.
Para isto, ele dividiu
em estágios nos quais podem explicar como o homem se desenvolve:
Estes estágios se
comunicam entre si, favorecendo a aprendizagem:
(1º) Estágio
Impulsivo (0 – 6 meses), Movimentação dos membros dentro do campo
visual não coordenada, iniciada a partir do ato reflexo e dependente
diretamente dos estados afetivos.
(2º) Estágio
Emocional (6-8 meses), reações que foram associadas a alguma
atividade, portanto, reforçadas e repetidas nessa fase. Preparação
para a fase sensório-motora.
(3º) Estágio
Sensório-Motor (8 – 18meses), predominância de ralações
cognitivas com o meio, através da experimentação e curiosidade em
relação aos objetos. A movimentação passa a ter finalidades
afetivas, expressivas e tônicas, com a liberação progressiva das
mãos.
(4º) Estágio
Projetivo (18 meses – 3anos), inicia-se com muita força o
simbolismo da linguagem, sua aquisição se torna cada vez mais
elaborada, tornando esse período muito especial. O pensamento passa
a ser expresso pelos gestos.
(5º) Estágio
Personalismo (3 – 7anos), evidencia-se nesse período o processo de
formação da personalidade, com a predominância das relações
afetivas expressas através de palavras e idéias.
(6º) Estágio
Categorial (7 – puberdade), grande avanço nos processos cognitivos
e predominância desses na relação com o meio. Adolescência,
rompimento com a tranqüilidade afetiva pela busca de resignação
enquanto ser social, ou seja, desejo de busca de uma nova ordem que
dê conta do novo ser bio-psico-social.
Para Wallon, o
desenvolvimento é um processo marcado por conflitos que acontecem
através de certo descompasso entre as ações desenvolvidas pelas
crianças e o ambiente exterior, o qual é estruturado pelos adultos
e pela cultura que esta na utopia do click e confundi e aliena.
O processo de
aprendizagem pós-piagetiano.
Paín (1989) descreve
as modalidades de aprendizagem sintomática tomando por base o
postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e as acomodações
atuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode ser
sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou escassez
de um desses movimentos, afetando o resultado final. Na abordagem de
Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte
desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem
estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas, somada
a uma hipo-atuação da outra gerando as modalidades de aprendizagem
sintomática a seguir:
Hiperassimilação é
quando a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo
quais os elementos do meio são alterados para serem incorporados
pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma
exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não se resigna
ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre os
objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.
Hipoacomodação é
quando acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a
internalização. A sintomatização da acomodação pode dar-se pela
resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar
os objetos (Fernández, 1991 p. 110).
Hiperacomodação é
quando acomodar é abrir-se para a internalização, o exagero disto
pode levar a uma pobreza de contato com a subjetividade, levando à
submissão e à obediência acrítica. Essa sintomatização está
associada a hipoassimilação.
Hipoassimilação,
nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta
na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo,
não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo.
A aprendizagem normal
pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão
em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é
predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio
da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da
não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de
modo subjetivo, não internalizando as características próprias do
objeto. Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta
sentido subjetivo aos objetos, antes, resigna-se sem criticidade.
O sistema educativo
pode produzir sujeito muito acomodativos se a reprodução dos
padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da
criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na
modalidade hiperacomodativa e hipoassimilativa pode não ser visto
como tendo “problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir
os modelos com precisão.
O processo de
aprendizagem em outras concepções.
O mito de que o
Behaviorismo considera que o processo de aprendizagem se dá baseado
na relação estimulo-resposta é uma noção falha de alguns leigos
em educação. O aprender esta diretamente relacionado a relação
entre o indivíduo e seu meio e como esse atua sobre ele. Falar em
behaviorismo é fala de diversos tipos de behaviorismo, sendo os mais
comuns o Behaviorismo Radical e o Interbehaviorismo. Essa noção
leiga refere-se à linha teórica ao Behaviorismo Metodológico, que
não existe desde a década de 30.
O papel da memória na
aprendizagem independente da escola de pensamento seguida sabe-se que
o indivíduo desde o nascimento, utilizando seu campo perceptual, vai
ampliando seu repertório e construindo conceitos, em função do
meio que o cerca.
Estes conceitos são
regidos por mecanismos de memória onde as imagens dos sentidos são
fixadas e relembradas por associação a cada nova experiência. Os
efeitos da aprendizagem são retidos na memória, onde este processo
é reversível até certo tempo, pois depende do estímulo ou
necessidade de fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança
neural duradoura.
Memória de curto prazo
é reversível e temporária, acredita-se que decorra de um mecanismo
fisiologia ou fisiológico, por exemplo, um impulso eletro-químico
gerando um impulso sinapse - sináptico, que pode manter vivo um
traço da memória por um período de tempo limitado. Isto é, depois
de passado certo período, acredita-se que esta informação
desvanesce-se. Logo a memória de curto prazo pouco importa para a
aprendizagem.
Memória de longo prazo
é a memória permanente, ou memória de longo prazo, depende de
transformações na estrutura química ou física dos neurônios.
Aparentemente as mudanças sinápticas têm uma importância
primordial nos estímulos levam aos mecanismos de lembranças, como
imagens, odores, som e sons, etc. Avulsos parecem ter uma localização
definida, parecendo ser de certa forma blocos desconexos, que ao
serem ativados montam a lembrança do evento que é novamente sentida
pelo indivíduo, como por exemplo, a lembrança da confecção de um
bolo pela avó pela associação da lembrança de um determinado
odor.
.
1. Repensando o que é
Utopia
Primeiro vamos recordar
o que é uma utopia: ela consiste na idéia de idealizar não apenas
um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa,
numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real e não
fugimos dela, nós sempre temos algum ideal ocasionada pela utopia. O
utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito
que gostaríamos que elas fossem e assim que nós somos e nosso
consciente coletivo Dhurkheiniano esta contagiado pela idéia de
sermos felizes no mundo tão deseigual.
As pessoas vivem numa
utopia, nós inclusive, sem ela a vida teria que ser paraíso que
nos contentar. Mas utopias se chocam, o judaísmo e islamismo, o
capitalismo versus natureza, os adeptos se lançam em várias teorias
para sustentá-la.
Há pedagogos teóricos
utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram
metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor,
ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado.
Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.
As adaptações das
utopias clássicas feitas no Brasil, pelo que chamo de
pseudos-pedagogos, que nada mais confundiu e ainda confunde muitos
professores que pais, ou seja, o usuário das escolas pública. As
utopias dão suportes a três correntes utópicas: capitalistas,
socialistas e religiosas que tentam encaminhar as diretrizes e não
dão mais conta do mundo real e feliz que poderíamos viver.
Os processos de
aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os
seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam
o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente
pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro
lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de
homem, sociedade e saber em que os burocratas utilizam.
Na consciência
coletiva de qualquer sociedade tem sempre uma utopia, os
norte-americanos, os vietnamitas, os indonésios, os brasileiros agem
em suas vidas uma visão do que vai ser bom para ele no futuro que
pode acontecer ou não, nós seres humanos somos então movidos à
Utopia, dentro desta utopia tem um conjunto de doutrinas, nas
sociedades consumistas a qual vivemos, onde o capitalismo é a utopia
mais utilizada que através dos meios das mídias e outros meios, dão
à utopia da felicidade através doutrina do click do controle remoto
ou outro click, até no amor o capitalismo tira aproveito criando
imagens de amores perfeitos e a banalização do sexo sem amor.
Nos jornais das
Televisões mostra primeiramente as notícias ruins e deixa para o
final as notícias felizes que dão uma sensação de que nem tudo
esta perdido é plena utopia, quando não gostamos de um programa de
televisão é só apertar o controle remoto e pronto.
A escola também segue
o mesmo caminho, o aluno gosta de uma disciplina como matemática,
mas não gosta de Biologia, no Brasil o tempo de aula geralmente são
de 50 minutos. O aluno que não gosta de Matemática fica a esperando
a próxima disciplina que lhe deixará feliz, isto interessa as
elites governamentais, porque manter uma sociedade dividida é melhor
para controlar ( Maquiavel).
Ao mostrar a escola do
Brasil que é uma das piores do mundo a seguinte utopia as dimensões
econômicas, filosófica, potencial e causal de Roberto Adami com
minhas adaptações, mas primeiramente falarei das utopias clássicas,
depois das adaptações feita pelos pedagogos contemporâneos e o uso
dos pseudos-pedagogos que são burocratas que fazem as diretrizes que
são centralizadas, sem autonomia e muito menos democráticas, seja
aqui ou em outros países.
Então vamos aos
clássicos, depois como a escola foi elaborada pela burocracia
brasileira desde jesuítas até atual República do populista de Luís
Ignácio da Silva – vulgo LULA. Começarei com a utopia
Escolástica.
Tentarei esclarecer por
que não temos uma escola boa no Brasil é porque existe e existiram
mentiras utopicas burocráticas pedagógicas que não passam de
adaptações Utópicas dos escritores clássicos como Skinner e
educadores jesuítas e conceitos socialistas como de Gramsci. Onde os
burocratas e adaptadores pedagogos brasileiros tiram do sério nós
professores e alunos e pais da escola brasileira.
Temos aqui no Brasil a
obrigatoriedade escolar e a seriação, o aluno é obrigado a
comparecer nas escolas e muitos recebem bolsas de 50 Reais para que
compareça e considero uma miséria perto dos 769 Reais que vem de
impostos e iria direto para os alunos se não parasse nas mãos dos
burocratas que centralizam a educação brasileira. Pela lei de
Diretreizes de Base brasileira seria de 450 bilhoes para 5ii milhões
de estudantes.
Os alunos teriam mais
interesse se recebesse 769, os alunos brasileiros em 70 porcento não
gostam do modelo escolar brasileiro, eles são obrigados pela lei a
ir a escola, mas hoje temos tecnologias e outra maneiras de
estimularem e os 769 reais que receberiam poderia escolher uma escola
de longa distância que pagaria 69 reais e portanto sobraria 700
reais para ele utilizar como complemento orçamentário e não
receber bolsas escolas no valor de 50 reais ou 60 reiais, isto tudo
porque odinheiro dos impostos ficam nas nas estruturas burocraticas
que fazem uma politica imitativa, indireta e querem dinheiro para
suas campnhas eleitorais das livrarias que indicam livros, de
suportes pedagógicos que so enchem o saco do professor ao invês que
confudem e mascaram o que eles querem, que o brasileiro não estude
para melhor controlarem.
com 796 reais ele pode
pagar até o mestrado ou fazer por exemplo um curso de caminhoneiro
que seria mais útil na economia e teria uma profissão um trabalho
que na constituiçao brasileira tanto promuga no artigo 5º onde a
educação e voltada para o trabalho.
Devemos também acabar
com a seriações os alunos devem estudar por aptidões se ele gosta
de humanas a metematica para ele só vai ser para saber as quatro
operações para ver seus ganhos e perdas , não precisa saber
binômio de Newton, co-seno, etc.
Nós tivemos sonhos de
ser caminhoneiros, mecânico, padeiro e outras atividades que geram
dinheiro na infância, eu mesmo queria ser palhaço, mas tive que
enfrentar uma escola que não prenchia minhas aptidões, por isto eu
acho necessário uma escola profissionalizante já à partir da
alfabetizaçãp, esta escola que querem formar cidadão só no SER é
falsa e precisa mudar para o TER.
Também acabar com as
seriações por idade os alunos com ou cognição ou QI (Consciente
de Inteligência ) poderiam pular etapas e se formarem com menos
idade, pois esta utopia ( a seriação) baseada nos Escritores
clássicos Wallon e Piaget eles consegue vencer etapas por ser
superdotados.
Vamos entender agora as
utopias pedagógicas.
Utopia Escolástica
Escolástica tem como
ao conteúdo um o programa do humanismo cristão. O instrumento para
sua implantação será o colégio, e o único método para sua
realização será a tríplice metodologia que consiste a preleção,
no conserto e na repetição.
A preleção consiste
em: O mestre deve ler o texto inteiro, sem interrupções, a não ser
que se trate de algum texto muito comprido. Deve explicar o assunto,
situando-o dentro de um plano global. Deve explicar o texto, frase
por frase e palavra por palavra, numa linguagem compreensível aos
alunos, recorrendo, se for necessário, ao vernáculo.
Deve fazer observações
sobre cada frase, ou seja, intercalar tais observações dentro da
própria explicação. Essas observações devem ser anotadas pelos
alunos em cadernos.
A preleção é usada
para o ensino de todas as matérias humanistas: a Gramática, a
Literatura, a Poesia, a História, e sob forma modificada, para a
Matemática, a Retórica, a Filosofia e a Teologia.
Paralela à preleção,
vem uma segunda técnica, a saber, o conserto (consertatio), com
base na etimologia ciceroniana, que estende o sentido de luta física
para a luta verbal ou debate.
Este método é
utilizado para o ensino de todas as disciplinas, com a finalidade de
corrigir os erros. Trata-se de incentivar a rivalidade honrosa,
visando à melhoria intelectual.
Os dois métodos se
completam com os exercícios por escrito. Estes devem ser corrigidos
pelo mestre e as correções reforçadas por repetições orais, com
a finalidade de fortalecer a memória.
Preleção, conserto,
exercícios e repetição constituem a técnica pedagógica comum a
todas as escolas dos jesuítas.
A educação brasileira
é bem diferente das nações que escolheram em sua maioria às
utopias clássicas e protestantes que tiveram como suporte as utopias
do pastor e reformador Ordenado pela igreja dos Morávio no ano 1616
pastor Jan Amos Komenský ou Comenius, autor da Didática Magna. Que
foi influenciado do teólogo John Wyclif que se destacou pela firme
defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado.
Comenius foi o primeiro educador, no Ocidente, a interessar-se na
relação ensino e aprendizagem. Já no Brasil e nas colônias de
exploração o ensino era naquela época organizado pelos jesuítas o
ensinar e o aprender através das interferências da utopia
escolástica. Esta é uma das maiores diferenças.
O professor brasileiro
esta perdido em tantas teorias que chamo de utopias confusas, ele
deve seguir as diretrizes do MEC (Ministério da Educação e Cultura
) que tem que mostrar índices para a UNESCO que se baseia em certas
disciplinas criadas lá em 1600 por Comenius, eu proponho que acabe
com todas a burocracia governamental, acabe com MEC, Secretárias de
Educação. no decorrer da leitura você certamente vai concordar.
Portanto, o modo ou
didática feita nos países que não foram colônias de exploração
que se concentrava nas mãos dos jesuítas onde estabelecia a utopia
escolástica com suas diretrizes, não respeitavam os conhecimentos
dos povos dominados, enquanto nos países que tiveram influências
protestantes aplicaram os princípios de Comenius "Ensinar tudo
a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que
permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor e depois os
protestantes expulsos da Igreja Anglicana – os Quakers.
Os Quakers Criado em
1652, pelo inglês George Fox, o Movimento Quaker pretendeu ser a
restauração da fé cristã e foram expulsos por Carlos II, os
quakers emigraram em massa para os Estados Unidos, onde, em 1681,
criaram, sob a égide de William Penn, a colônia da Pensilvânia.,
eles se chamavam de "Santos", "Filhos da Luz" e
"Amigos da Verdade" daí a influência, eles queriam buscar
a verdade sem interferências de qualquer igreja, laica, fizeram
"Sociedade dos Amigos" que foi utilizada pelo Marquês de
Pombal quando expulsou os jesuítas e instalou a escola laica, mas
centralizada na mão do Estado.
Nas colônias de
exploração as utopias clássicas foram adaptadas historicamente
através de burocratas que chamo de pseudos-pedagogos e pedagogos que
criaram novas utopias nas escolas do Brasil, enquanto nos países que
tem IDH ( Índice de Desenvolvimento Humano ) usaram livremente os
utópicos clássicos.
São tantas mudanças
na história educacional brasileira, tantas ineficiências na escola
pública porque nas escolas particulares (privadas) os usaram com
clareza as utopias clássicas, principalmente a Skinneriana a modo
agora para dizer que a escola não funciona é o Bullying. Que são
atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos,
praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e
angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de
poder.
Utopia de Jan Amos
Komenský
Ele foi um professor e
cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didática
Moderna. O principal livro é a DIDÁTICA MAGNA neste ele propôs que
A educação realista e permanente; Método pedagógico rápido,
econômico e sem fadiga; Ensinamento a partir de experiências
quotidianas; Conhecimento de todas as ciências e de todas as artes;
Ensino unificado.
Ele teve influência do
teólogo John Wyclif. Como teólogo, Wycliffe, logo se destacou pela
firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado,
ganhando reputação de patriota e reformista. Wycliffe afirmava que
havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria
ser por isso defendia reformas. Suas idéias apontavam a
incompatibilidade entre várias normas do clero e os ensinos de Jesus
e seus apóstolos.
Uma destas
incompatibilidades era a questão das propriedades e da riqueza do
clero. Wycliffe defendia que era tarefa do Estado lutar contra o que
considerava abusos do papado. A obra contém 18 teses, que vieram a
público em Oxford em 1376.
Suas idéias
espalharam-se com grande rapidez, em parte pelos interesses da
nobreza em confiscar os bens então em poder da igreja. Wycliffe
pregava nas igrejas em Londres e sua mensagem era bem recebida. Ele
fez da Bíblia para o inglês pode ser entendida como mais movida
pelo nacionalismo inglês e menos por uma inclinação popular de
democratização de acesso. Os pobres continuaram sem ter acesso a
mesma por dois motivos: o primeiro é que era cara por sua confecção
ainda manual e segundo o povo continuava analfabeto. A grande difusão
da Bíblia só foi de fato possível com a invenção da imprensa no
século XV e a universalização da educação a partir do século
XIX. Então, somente após o século XIX reuniram-se as condições
para a Bíblia se tornar um livro popular.
Apesar do empenho da
hierarquia eclesiástica em destruir as traduções em razão do que
consideravam como erros de tradução e comentários equivocados,
ainda existem ao redor de 150 manuscritos, parciais ou completos,
contendo a tradução em sua forma revisada. Disso podemos inferir a
quão difundida essa tradução foi no século XV, razão pela quais
os partidários de Wyclif eram chamados de "homens da Bíblia"
por seus críticos. Assim como a versão de Lutero teve grande
influência sobre a língua alemã, também à versão de Wycliffe
influenciaram o idioma inglês, pela sua clareza, força e beleza.
Sob a influência de
Wycliffe, Jan Amos Komenský – Comenius que era pastor e reformador
Ordenado pela igreja dos Morávio em 1616, aos 26 anos, mudou para
Fulnek, capital da Morávia, onde se casou e teve filhos. Mas era
região conturbada por rebelião nascida de disputas entre católicos
e protestantes, estopim da Guerra dos Trinta anos. Os exércitos
espanhóis, em 1621, invadiram e incendiaram Fulnek quase extinguindo
a população. Comenius perdeu a família - mulher e dois filhos - na
epidemia de peste que brotou, e perdeu sua biblioteca e seus
escritos.
Mudou-se para Polônia
em 1628, como a maioria dos Irmãos Morávios, fugindo da perseguição
e se estabeleceu em Lezno, onde retomou atividades de pastor e
professor. Dedicou-se a escritos religiosos para ajudar a levantar o
ânimo de seus irmãos de igreja. Sua fama crescia e ganhou
simpatizantes na Inglaterra, onde permaneceu quase um ano. Visitou o
reino da Suécia, contratado para promover a reforma do ensino,
permanecendo seis anos. Ali se encontrou com René Descartes, que lá
vivia sob a proteção da rainha Cristina.
Preocupado com um dos
grandes problemas epistemológicos de seu tempo - o método -
publicou em 1627 a Didática Tcheca, traduzida em 1631 para o latim
como Didática Magna, sua grande obra.
Em 1648, doente e
desprestigiado entre os seus, estabeleceu-se em Amsterdã, na
Holanda, onde se casou de novo em 1649 e retornou o seu trabalho como
educador e reformador social. Prestigiado pelas autoridades, viu
publicadas todas suas obras pedagógicas, muitas já famosas.
Comenius morreu a 15 de
Novembro de 1671 em Amsterdã, famoso e prestigiado, tendo sempre
lutado pela fraternidade entre os povos e as igrejas. Foi enterrado
em Naarden, onde foi construído um mausoléu. Em 1956, a Conferência
Internacional da UNESCO em Nova Delhi (Índia) decidiu a publicação
de todas as suas obras pelo organismo e o apontou como um dos
primeiros propagadores das idéias que inspiraram - quase 300 anos
depois - a fundação da UNESCO.
A Pedagogia de Coménio
que ele defendia na sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a
todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que
permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor. Objetivando a
aproximação do homem a Deus, seu objetivo central era tornar os
homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de fé,
capazes de praticar ações virtuosas estendendo-se a todos: ricos,
pobres, mulheres, portadores de deficiências. A didática é, ao
mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a
arte de ensinar.
Salientava a
importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou
a criação de escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a
oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam
aprofundar mais tarde. A educação deveria começar pelos sentidos,
pois as experiências sensoriais obtidas por meio dos objetos seriam
internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Compreensão,
retenção e práticas consistiam a base de seu método didáticos e,
por eles se chegaria às três qualidades: erudição, virtude e
religião, correspondendo às três faculdades necessárias -
intelecto, vontade e memória.
Fundamentos naturais do
método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e
perfeição; - todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de
terem inteligências diversas; - a diversidade das inteligências é
tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o
melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando
as inteligências são novas.
O método tem como
preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer
coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática,
uso definido; - deve ensinar-se de maneira direta e clara; - ensinar
a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar
primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido
tempo; - Foi um grande influenciador na educação moderna.
A obra de Comenius é
um paradigma do saber sobre a educação da infância e juventude,
utilizando, para isso, um local privilegiado: a escola. Já a
Didática Magna apresenta as características fundamentais da escola
moderna: - a construção da infância moderna como forma de
pedagogização dessa infância por meio da escolaridade formal (até
então, as crianças eram tratadas como pequenos adultos); - uma
aliança entre a família e a escola, por meio da qual a criança vai
se soltando da influência da órbita familiar para a órbita
escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes,
baseada no método de instrução simultânea, agrupando-se os
alunos; e - a construção de um lugar de educador, de mestre,
reservado aos adultos portadores de saberes legítimo.
As críticas de alguns
autores é que o método de Comenius trouxe prejuízos para a
educação. Ao enfatizar a figura do ensino universal de praticamente
todas as ciências humanas desde a tenra infância, teria prejudicado
a capacidade de educação das pessoas e a formação de senso
crítico destas.
A Educação Clássica,
presente na Idade Média, fomentava no indivíduo a capacidade de
adquirir informações e emitir juízos críticos de valor (através
do Trivium) e compreender o espaço físico (através do Quadrivium)
antes de transmitir informações de maior complexidade aos alunos,
bem como neste modelo a busca pelo conhecimento se dava de maneira
voluntária e somente após os alunos adquirirem idade suficiente
para absorverem o conhecimento a ser ministrado (por volta dos 14
anos).
O método defendido por
Comenius - que se opõe ao modelo de Educação Clássica, de origem
medieval, mas com raízes na filosofia aristotélica - impõe
obrigatoriamente um conjunto de informações e dados a crianças que
ainda não teriam desenvolvido suas capacidades cognitivas em
plenitude e que ainda não teriam condições de compreender os
motivos que as levam a estudar.
Por tais motivos, a
didática de Comenius acaba por atribuir ao conhecimento transmitido
uma função muito mais utilitarista, para ser utilizada apenas para
fins profissionais futuros, do que para a formação da pessoa e para
a formação de seu senso crítico.
Com a divulgação das
idéias de Comenius, o sistema de educação baseado nas Artes
Liberais acabou por ser suplantado em praticamente todo Ocidente pelo
sistema de ensino universal encampado pela UNESCO, que,
desconsiderando os benefícios do sistema de ensino clássico,
implantou a pedagogia de Comenius, que certamente aumenta o número
de pessoas nas instituições de ensino, sem a garantia de um
processo de educação que garanta a formação de pessoas com um
senso crítico mais apurado.
Plano de reforma da
instrução pública para o Brasil Plano de renovação do ensino no
Brasil elaborado por José Albano Fragoso, desembargador do Paço e
deputado da Mesa de Consciência e Ordens, convocado pelo príncipe
regente. O autor discorre inicialmente sobre as reformas pombalinas
no ensino elogiando a expulsão dos jesuítas e a conversão de seus
rendimentos para o progresso das letras. Critica, no entanto, o
caráter elitista de alguns pontos da reforma e a ineficácia do
subsídio literário no que tange ao financiamento do ensino público.
O plano prevê o remodelamento do Seminário de S. Joaquim como
modelo de instituição a ser adotado pelo governo, inicialmente
sustentado por doações particulares, e posteriormente devendo
tornar-se público. Ainda segundo o plano, os mestres deveriam seguir
a "Causa Constitucional", sendo que nesta deveria estar
incluso o respeito às leis, à moral pública e à liberdade de
imprensa. Fragoso recomenda ainda a leitura de filósofos franceses
como Diderot, D´Alambert, Mostesquieu, e britânicos como F. Bacon e
T. Paine no ensino da mocidade, para que através de uma educação
liberal fossem formados "Cidadãos Constitucionais".
Para analisar os
utopicos que deram suporte para os pedagogos brasileiro usarei às
dimensões econômicas, filosóficas, potencial e causal de Roberto
Adami Tranjan que têm 3 Ds: - A Desatenção, Desalinhamento,
Desesperança. Que tanto fizeram mal aos alunos, professores, pais e
todos outros usuários da educação brasileira.
UTOPIA DO MÉTODO DE
LANCASTER OU MÉTODO LANCASTERIANO
Na historiografia ficou
conhecido como Método de Ensino Mútuo, Método Monitorial, Método
Inglês de Ensino, Método de Lancaster, Método Lancasteriano de
Ensino e também como Sistema de Madras. O quaker inglês Joseph
Lancaster (1778-1838), identificado com o trabalho pedagógico
realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell
(1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jéremy
Bentham (1748-1792), autor do Panóptico, estabeleceu em 1798, uma
escola para filhos da classe trabalhadora, também utilizando
monitores para o encaminhamento das atividades pedagógicas.
Todavia, Lancaster
amparou seu método no ensino oral, no uso refinado e constante da
repetição e, principalmente, na memorização, porque acreditava
que esta inibia a preguiça, a ociosidade, e aumentava o desejo pela
quietude. Em face desta opção metodológica ele não esperava que
os alunos tivessem “originalidade ou elucubração intelectual”
na atividade pedagógica, mas disciplinarização mental e física.
Em Lancaster, o principal encargo do monitor não estava na tarefa de
ensinar ou de corrigir os erros, mas sim na de coordenar para que os
alunos se corrigissem entre si. Para Lancaster, os monitores eram os
responsáveis pela organização geral da escola, da limpeza e,
fundamentalmente, da manutenção da ordem, outra tarefa relevante do
monitor lancasteriano. Diferentemente de Comênius, Lancaster
defendia uma proposta disciplinar de instrução, relacionada à
disciplinarização da mente, do corpo e no desenvolvimento de
crenças morais próprias da sociedade disciplinar, e não na
independência intelectual. Observa-se que a utilização de
monitores, no método do educador morávio e no de Lancaster, estavam
sob pressupostos pedagógicos bastante diferentes entre si. Portanto,
considero oportuno problematizar o discurso, consolidado e assumido
por uma historiografia de larga tradição, que trata o Ensino Mútuo
e o Método Lancasteriano como métodos que se identificam entre si,
como iguais, como sinônimos, apesar da visibilidade dos
distanciamentos teórico-metodológicos. Assim nossas escolas se
tornaram modelos prisionais diferente de outras nações.
Com a independência
brasileira e com a formação da República iniciou-se o uso dos
utópicos clássicos que foram adaptados pelos pseudos-pedagogos
brasileiros porque muitos eram advogados, filósofos, médicos,
alguns eram professores. Começarei a descrever as utopias usadas na
República em ordem cronológica.
UUTOPIA de Friedrich
Wilhelm August Fröbel (Oberweißbach, de 1782 + Schweina, 1852) foi
um pedagogo alemão.
Seu pai era um pastor
protestante. Seus princípios filosófico-teológicos apontam um
Fröbel (protestante) com um espírito profundamente religioso que
desejava manifestar ao exterior o que lhe acontecia interiormente:
sua união com Deus. Froebel foi o fundador do primeiro Jardim de
Infância.
Os seus princípios e
sua crença determinaram alguns de seus postulados tais como: O
educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de
Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade; O educador é
obrigado a respeitar o discípulo em toda sua integridade; O educador
deve manifestar-se como um guia experimentado e amigo fiel que com
mão flexível, mas firme, exija e oriente. Não é somente um guia,
mas também sujeito ativo da educação: dá e recebe, orienta, mas
deixa em liberdade, é firme, mas concede;
O educador deve
conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar
sua tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento: vai
desde que o homem nasce até a adolescência.
Suas idéias
reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as
idéias de atividade e liberdade.
Trabalhou com
Pestalozzi, e embora influenciado por ele, foi totalmente
independente e crítico, formulando seus próprios princípios
educacionais. Seus ideais educacionais foram considerados
politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos da
Prússia.
Em 1837 Fröebel abriu
o primeiro jardim de infância, onde as crianças eram consideradas
como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro.
A criança se expressaria através das atividades de percepção
sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se
associaria à natureza e à vida.
Frobel foi um defensor
do desenvolvimento genético. Para ele o desenvolvimento ocorre
segundo as seguintes etapas:
A infância
A meninice
A puberdade
A mocidade
A maturidade
Todas estas fases eram
igualmente importantes. Observava, portanto a gradação e a
continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de
crescimento. Enfim, a educação da infância se realiza através de
três tipos de operações:
A ação,
O jogo
O trabalho.
Fröebel foi o primeiro
educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o
significado da família nas relações humanas e na educação.
Idealizou recursos
sistematizados para as crianças se expressarem: blocos de construção
que eram utilizados pelas crianças em suas atividades criadoras,
papel, papelão, argila e serragem. O desenho e as atividades que
envolvem o movimento e os ritmos eram muito importantes. Para a
criança se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção para
os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos
das partes do corpo. Valorizava também a utilização de histórias,
mitos, lendas, contos de fadas e fábulas, assim como as excursões e
o contato com a natureza.
Fröebel afirma em sua
obra A educação do homem (1826) que "a educação é o
processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana
auto-consciente, com todos os seus poderes funcionando completa e
harmoniosamente, em relação à natureza e à sociedade. Além do
mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo,
originariamente se elevara acima do plano animal e continuara a se
desenvolver até a sua condição atual. Implica tanto a evolução
individual quanto a universal". Que deu base para a teoria
globalizante ou cidadão mundo.
Esse conceito de
parte-todo foi um dos mais bem desenvolvidos por Fröbel. Cada objeto
é parte de algo mais geral e é também uma unidade, se for
considerado em relação a si mesmo. No campo das relações humanas,
o indivíduo é, para ele, uma unidade, quando considerado em si
mesmo, mas mantém uma relação com o todo, isto é, incorpora-se a
outros homens para atingir certos objetivos.
Principais concepções
educacionais
A educação deve
basear-se na evolução natural das atividades da criança.
O objetivo do ensino é
sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele.
A criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto não
estiver madura para ele.
O verdadeiro
desenvolvimento advém de atividades espontâneas.
Na educação inicial
da criança o brinquedo é um processo essencial.
Os currículos das
escolas devem basear-se nas atividades e interesses de cada fase da
vida da criança. Muito bom, mas hoje as crianças na maioria das
vezes não tem atividades espontâneas porque como disse estamos na
utopia do click do controle onde a cultura de massas sobressai mais
que a educação.
A grande tarefa da
educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si próprio, a
viver em paz com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou
de educação integral. Sua concepção de ser humano era
profundamente religiosa.
Sua proposta pode ser
caracterizada como um "currículo por atividades", no qual
o caráter lúdico é o fator determinante da aprendizagem das
crianças. Entende a educação como suporte no processo de
apropriação do mundo pelo homem, é um modelo de educação
esférica, onde os alunos aprendem em contato com o real, com as
coisas em sua volta, com os objetos de aprendizagem. A Matemática só
é entendida quando o sujeito for capaz de estruturar a realidade. Da
o conceito do Concreto que Emilia Ferreira e outros adaptaram.
Uma das melhores idéias
com que Frobel contribuiu para a Pedagogia moderna foi a de que o ser
humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente
receptivo. O homem é uma força auto-geradora e não uma esponja que
absorve conhecimento do exterior.
Outro acerto de Fröbel
foi o de não esquecer as diferentes etapas que marcam a evolução
do homem, especialmente a infância. Sua doutrina pedagógica em
síntese consiste basicamente na atividade e na liberdade; o homem
deve aprender a trabalhar e a produzir manifestando sua atividade em
obras exteriores.
UTOPIA DE Maria
Montessori ( Itália 1870 + Países Baixos, 1952) educadora italiana,
médica e feminista,
Filha de Alessandro
Montessori e Renilde Stoppani nasceu como informa seu certificado de
batismo, em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Província de
Ancona, Itália.
Desde menina manifesta
interesse pelas matérias científicas, principalmente matemáticas e
biologia, resultando em conflito com seus pais, que possuíam o
desejo que ela seguisse a carreira de professora.
Indo contra as
expectativas familiares, ela se inscreve na Faculdade de Medicina da
Universidade de Roma, escolha que a levou a ser, em 1896, a primeira
mulher a se formar em medicina na Itália. Após sua formatura,
iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na
clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a
experimentar em crianças sem comprometimento algum, os procedimentos
usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou também,
crianças que ficavam brincando nas ruas e criou um espaço
educacional a estas crianças.
Responsável também
pela criação do método Montessori de aprendizagem, composto
especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou
usuário) observa se está fazendo as conexões corretas.
O Método Montessori ou
pedagogia Montessoriana relaciona-se à normatização (consiste em
harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo,
inteligência e vontade).
Os princípios
fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a
individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos,
pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era
função da educação favorecer esse desenvolvimento.
Os estímulos externos
formariam o espírito da criança, precisando, portanto, serem
determinados.
Assim, na sala de aula,
a criança era livre para agir sobre os objetos sujeitos à sua ação,
mas estes já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e
outros materiais que desenvolveu.
A pedagogia de
Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas. Tal como a
pedagogia waldorf, o método João de Deus (João de Deus de Nogueira
Ramos) que fez o método de ensino da leitura, assente numa Cartilha
Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular,
formaram várias Cartilha no Brasil a mais famosa era a Cartilha
Caminhos Suave, retornaram atualmente com cadernos do aluno que é
diretivo e não deixa o professor usar seu Direito de Cátedra, ele é
simplesmente um reprodutor destas.
A Escola Moderna foi
instalada no Brasil que foi um movimento pedagógico progressivo de
inspiração libertária que existiu no início do século XX,
surgido inicialmente na Catalunha inspirado pela filosofia de ensino
do pedagogo catalão Francisco Ferrer y Guardia. Fundada em 1901 na
cidade de Barcelona por um grupo de ativistas, pedagogos e apoiadores
entre eles Francisco Ferrer e Anselmo Lorenzo, a escola tinha como
objetivo "educar a classe trabalhadora em um ambiente racional,
laico e não coercitivo". Apesar deste a admissão de estudantes
vindos das classes médias foi maior do que das classes baixas. A
escola era mantida em caráter privado que naquele tempo era
considerado um princípio para ação revolucionária, seus
estudantes eram motivados a se tornarem articuladores das classes
trabalhadoras. Portanto, alunos que estudaram nesta época se
apoiaram em utopias socialistas ou social-democratas e entraram no
poder, mas adaptaram seus ideais nas Cartilhas.
A partir da execução
de Ferrer houve internacionalização e da tradução e divulgação
de suas idéias acerca da pedagogia em diversos idiomas, coletivos
estabelecidos na Argentina, Brasil, Canadá, Cuba, Estados Unidos,
França e Inglaterra fundaram centenas de escolas modernas e
publicações de periódicos em seus países. Geralmente de caráter
experimental, vinculados aos sindicatos e jornais libertários, e
encontrando grande oposição por parte das autoridades, estes
coletivos foram responsáveis pela formação de milhares de crianças
em um ensino laico, pacífico, racional e libertário, se contrapondo
a tendência dogmática e violenta do ensino tradicional geralmente
vinculado a instituições religiosas.
Entre os docentes e
apoiadores que fizeram parte das escolas modernas em diferentes
países estavam intelectuais e ativistas, que cada qual a sua forma e
há seu tempo, tornaram-se referenciais políticos ou científicos
para as gerações posteriores. Entre eles destacam-se Emma Goldman,
Nascida em Kovno, no Império Russo (atual Kaunas, na Lituânia),
Goldman emigrou para os Estados Unidos da América em 1885 e viveu em
Nova Iorque, onde conheceu e passou a fazer parte do florescente
movimento anarquista.
Em 1917, Goldman e
Berkman foram sentenciados a dois anos na cadeia por conspirarem para
"induzir pessoas a não se alistarem" no serviço militar
obrigatório, que havia sido recentemente instituído nos Estados
Unidos. Depois de serem soltos da prisão, foram novamente presos -
junto com centenas de outros progressistas - sendo deportados para a
Rússia. Inicialmente simpatizantes da Revolução Bolchevique
daquele país, Goldman rapidamente expressou sua oposição ao uso de
violência dos sovietes e à repressão das vozes independentes que
influenciaram, João Penteado (Jaú, de 1876 + São Paulo, Brasil de
1965) foi um dos principais pedagogos anarquistas brasileiros de fins
do século XIX e inícios do século XX. E foi um dos fundadores da
primeira Escola Moderna no Brasil, colaborador como redator de
inúmeros periódicos libertários, foi editor do periódico Boletim
da Escola Moderna em 1918.
Em seus artigos sempre
ressaltou a intrínseca relação entre educação e transformação
social. , Adelino Pinho e Oreste Ristori. Aqui começa o Mito do
Desenvolvimento e a escola sendo usada pelas utopias socializantes
com caráter ideológico.
Para dar impulso a este
movimento reformador, foi criada em 1906 a Liga Internacional para a
Instrução Racional da Infância, cujos princípios estatutários
estabeleciam os seguintes princípios:
A educação da
infância deve fundamentar-se sobre uma base científica e racional;
em conseqüência, é preciso separar dela toda noção mística ou
sobrenatural; O Brasil precisava acabar com misticismos, lenda que
não formam cidadãos, que dó, acreditar que a educação em bancos
escolares dará cidadania e foi à base da crítica do Pedagogo Paulo
Freire (usou a utopia socialista) contra a Escola Moderna que
utilizava muito as Cartilhas. Ele era da elite intelectualizada que
queriam mudar o Brasil. Ele chegou a secretário de educação da
prefeitura de São Paulo do governo de Marta Suplicy, muito amiga e
do mesmo partido do Populista LULA o PT (Partido dos Trabalhadores)
que Governa o país hoje com Dilma Rousset e continua centralizando
todas as ações através de diretrizes.
A instrução é parte
desta educação. A instrução deve compreender também, junto à
formação da inteligência, o desenvolvimento do caráter, a cultura
da vontade, a preparação de um ser moral e físico bem equilibrado,
cujas faculdades estejam associadas e elevadas ao seu máximo de
potência;
A educação moral,
muito menos teoria do que prática deve resultar principalmente do
exemplo e apoiar-se sobre a grande lei natural da solidariedade;
É necessário,
sobretudo no ensino da primeira infância, que os programas e os
métodos estejam adaptados o mais possível à psicologia da criança,
o que quase não acontece em parte alguma, nem no ensino público nem
no privado.
As Escolas Modernas
comumente compreendiam também cursos noturnos para a educação de
adultos. Por ser anticlerical e fomentar a solidariedade e a educação
livre de autoridade coerciva, os anarquistas foram grandes adeptos
deste movimento. Os sindicatos e associações operárias nos quais
tinham influência contribuíram ativamente para a fundação de
várias Escolas Modernas e cursos para adultos baseados em sua
filosofia pedagógica.
Portanto com a Escola
Moderna o Mito do Desenvolvimento foi e continua como uma das Utopias
das escolas brasileiras.
O método Montessori
opõe-se aos métodos tradicionais como a educação bancária e as
metodologias que não respeitem as necessidades e os mecanismos
evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque
neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins
de infância e para as primeiras séries do ensino formal, bem
diferente da Escola Moderna e utilizada em algumas Escolas que eram
particular no Brasil república e até hoje há escolas
principalmente particulares usam o método Montessori, mas nas
escolas publicas foram feitas adaptações e que se agregou a outras
utopias e criaram dificuldades para professores seguirem uma
metodologia clara. Como veremos mais a frente.
O material criado por
Montessori tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois
pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo
como função a estimular e desenvolver na criança, um impulso
interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto.
Materiais didáticos
Ela produz uma série
de cinco grupos de materiais didáticos:
Exercícios Para a Vida
Cotidiana
Material Sensorial
Material de Linguagem
Material de Matemática
Material de Ciências
Os adaptadores
burocráticos lançaram as diretrizes com disciplinas obrigatórias
nas escolas e fizeram as divisões das aulas em horários alternados,
primeira aula de linguagem, segunda aula de Ciências que é uma das
maiores utopias do Brasil e fazem com que desanime quem gosta de
humanas a ter que estudar tudo de exatas cateto oposto, binômio de
Newton, eu nunca usei no dia-a-dia (cotidiano) estes conceitos, mas
se gostasse talvez seria um engenheiro daí também não necessitaria
de conhecer a teoria das desigualdades, o positivismo, o determinismo
e blá-blá.
O método de Montessori
é bom para se lidar com o concreto O "Material Dourado"
escrito por ela baseia-se nas regras do sistema de numeração,
inclusive para o trabalho com múltiplos, sendo confeccionado em
madeira, é composto por: cubos, placas, barras e cubinhos. O cubo é
formado por dez placas, a placa por dez barras e a barra por dez
cubinhos. Este material é de grande importância na numeração, e
facilita a aprendizagem dos algoritmos da adição, da subtração,
da multiplicação e da divisão.
O "Material
Dourado" desperta no aluno a concentração, o interesse, além
de desenvolver sua inteligência e imaginação criadora, pois a
criança está sempre predisposta ao jogo. Além disso, permite o
estabelecimento de relações de graduação e de proporções, e
finalmente, ajuda a contar e a calcular.
O aluno usa
(individualmente) os materiais à medida de sua necessidade e por ser
auto-corretivo faz sua auto-avaliação. Os professores são
auxiliares de aprendizagem e o sistema peca pelo individualismo,
embora hoje sua utilização seja feita eventualmente em grupo.
No trabalho com esses
materiais a concentração é um fator importante. As tarefas são
precedidas por uma intensa preparação, e, quando terminam, a
criança se solta, feliz com sua concentração, comunicando-se então
com seus semelhantes, num processo de socialização.
A livre escolha das
atividades pela criança é outro aspecto fundamental para que exista
a concentração e para que a atividade seja formadora e imaginativa.
Essa escolha se realiza com ordem disciplina e com um relativo
silêncio em consideração à perturbação dos professores, as
crianças calam a boca ao assistir o material adulto (+18). É muito
difícil ou mesmo impossível trabalhar nas escolas publicas pela
indisciplina e falta de respeito dos alunos de hoje que como disse
estão na utopia do click.
O silêncio também
desempenha papel preponderante. A criança fala quando o trabalho
assim o exige, a professora não precisa falar alto. Hoje o professor
mais que grita, mas não adianta, ele só vai se stressar.
Pés e mãos têm
grande destaque nos exercícios sensoriais (não se restringem apenas
aos sentidos), fornecendo oportunidade às crianças de manipular os
objetos, roliços, grossos e vibrantes, sendo que a coordenação se
desenvolve com o movimento oscilante do Consolo em relação aos
citados instrumentos.
Em relação à leitura
e escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as letras e
são introduzidas na análise das palavras e letras; estando a mão
treinada e reconhecendo as letras, a criança pode escrever palavras
e orações inteiras.
Em relação à
matemática os materiais permitem o reconhecimento das formas
básicas, permitem o estabelecimento de graduações e proporções,
comparações, induzem a contar e calcular.
Treze pontos do Método
Montessori
Baseia-se em anos de
observação da natureza da criança por parte do maior gênio da
educação desde Friedrich Froebel.
Demonstrou ter uma
aplicabilidade universal. Mas no Brasil se restringiu mais a Escolas
particulares das elites que podem pagar.
Revelou que a criança
pequena pode ser um amante do trabalho, do trabalho intelectual,
escolhido de forma espontânea, e assim, realizado com muita alegria.
Baseia-se em uma
necessidade vital para a criança que é a de aprender fazendo. Em
cada etapa do crescimento mental da criança são proporcionadas
atividades correspondentes com as quais se desenvolvem suas
faculdades.
Ainda que ofereça à
criança uma grande espontaneidade consegue capacitá-la para
alcançar os mesmos níveis, ou até mesmo níveis superiores de
sucesso escolar, que os alcançados sobre os sistemas antigos.
Posições para a
melhor procriação na fase infanto-juvenil
Consegue uma excelente
disciplina apesar de prescindir de coerções tais como recompensas e
castigos. Explica-se tal fato por tratar-se de uma disciplina que tem
origem dentro da própria criança e não imposta de fora. Aqui os
pais dão incentiva como mesada, roupas, um melhor celular...
Baseia-se em um grande
respeito pela personalidade da criança, concedendo-lhe espaço para
crescer em uma independência biológica, permitindo-se à criança
uma grande margem de liberdade que se constitui no fundamento de uma
disciplina real.
Permite ao professor
tratar cada criança individualmente em cada matéria, e assim,
fazê-lo de acordo com suas necessidades individuais.
Cada criança trabalha
em seu próprio ritmo.
Não necessita
desenvolver o espírito de competição e a cada momento procuram
oferecer às crianças muitas oportunidades para ajuda mútua o que é
feito com grande prazer e alegria.
Já que a criança
trabalha partindo de sua livre escolha, sem coerções e sem
necessidade de competir, não sente as tensões, os sentimentos de
inferioridade e outras experiências capazes de deixar marcas no
decorrer de sua vida. O método Montessori se propõe a desenvolver a
totalidade da personalidade da criança e não somente suas
capacidades intelectuais. Preocupa-se também com as capacidades de
iniciativa, de deliberação e de escolhas independentes e os
componentes emocionais. No Brasil há obrigatoriedade que acaba com
sua espontaneidade.
UTOPIA DE Anton
Semyonovich Makarenko, e (Ucrânia, 1888 +, URSS, 1939) foi um
pedagogo ucraniano que se especializou no trabalho com menores
abandonados, especialmente os que viviam nas ruas e estavam
associados ao crime. Ele foi usado muito pelos pseudos-pedagogos
socialistas.
Makarenko teve uma
infância pobre, seu pai foi operário ferroviário e sua mãe dona
de casa. Quando foi matriculado em uma escola primária já havia
aprendido a ler e escrever com sua mãe. Apesar de ter tido contato
com várias disciplinas na escola, ele não pode estudar sua língua
materna (ucraniana), pois o império czarista da Rússia proibia,
assim como Filosofia e lógica que eram estudos apenas para elite. Em
1906, com um ano de conclusão do curso de magistério, Makarenko deu
sua primeira aula na Escola Primária das Oficinas Ferroviárias,
onde ficou por oito anos. Assumiu então a direção de uma escola
secundária e esteve em contato com as idéias de Lênin e Máximo
Gorki que influenciaram seu modo de lidar com a educação. Mudou o
currículo escolar implantando o ensino da língua ucraniana e
ampliação do espaço cultural na escola. De 1920 a 1928 esteve à
frente da direção da colônia Gorki, instituição rural que
atendia crianças e jovens órfãos que haviam vivido na
marginalidade. Durante este período demonstrou grande habilidade
junto às questões educacionais, colocou em prática uma maneira
revolucionária e eficaz de educar. De acordo com a pedagogia de
Makarenko o jovem deveria ser educado em uma escola baseada na vida
em grupo, no autocontrole, no trabalho, e na disciplina.
Os jovens da colônia
Gorki eram indivíduos rebeldes e complicados, Makarenko com rigidez
e disciplina conjugadas ao afeto, compreensão e valorização
conseguiu índices positivos de melhora. Os jovens além de seguirem
regras disciplinares, eram ouvidos e podiam opinar a respeito das
regras em reuniões e votações, isso os deixavam mais abertos aos
métodos educacionais. Makarenko vivenciou a Primeira Guerra Mundial,
e a Revolução Russa, presenciava as reivindicações de países que
queriam se livrar da miséria e da desigualdade, e convivia de perto
com a carência afetiva e material dos jovens cujos pais operários
trabalhavam para os burocratas da época. Colocar em prática uma
pedagogia tão revolucionária no início do século XX foi reflexo
da sociedade em que vivia e das necessidades da mesma. Durante sua
trajetória profissional Anton Makarenko registrava suas
experiências, feitos, erros e acertos, publicou novelas, peças de
teatro e livros sobre educação, sendo “Poema Pedagógico” o
mais importante, ele faleceu em 1939 de um ataque cardíaco durante
uma viagem de trem. Deu suporte aos utópicos da auto-avaliação.
UTOPIA DE Johann
Heinrich Pestalozzi (Zurique, 1746 + Brugg, de 1827) foi um pedagogo
suíço e educador pioneiro da reforma educacional.
Seu pai morreu quando
ainda era criança, foi criado pela mãe, sua família empobreceu. As
dificuldades para sobreviver fortaleceram sua alma ainda na infância.
Ele conheceu de perto o preconceito social e teve de lutar muito para
se tornar conhecido numa sociedade dividida entre nobres e plebeus e
entre ricos e pobres. Durante esse período recebeu orientação
religiosa protestante, mas considerava-se sempre um cristão, sem
defender qualquer religião.
Após a leitura do
Emílio, de Rousseau, Pestalozzi foi influenciado pelo movimento
naturalista e tornou-se um revolucionário, juntando-se aos que
criticavam a situação política do país.
Na Universidade de
Zurique associa-se ao poeta Lavater num grupo de reformistas. Gastou
parte de sua juventude nas lutas políticas, mas, em 1781, com a
morte do amigo e político Bluntschli, abandonou o partido para
dedicar-se à causa da educação.
Por este tempo havia
feito de sua casa na fazenda uma escola. Escreveu "As Horas
Noturnas de um Ermitão" (Die Abendstunde eines Einsiedlers –
1780), contendo uma coleção de pensamentos e reflexões. A este
livro seguiu-se sua obra-prima: Leonardo e Gertrudes ("Leonard
und Gertrud" – 1781), um conto onde narra a reforma gradual
feita primeiro numa casa, depois numa aldeia, frutos dos esforços de
uma mulher boa e dedicada. A obra foi um sucesso na Alemanha, e
Pestalozzi saiu do anonimato. Casou-se aos 23 anos e comprou um
pedaço de terra onde intentou o cultivo de ruiva (Rubia tinctorum –
planta herbácea de onde se pretendia tirar um corante), mas, não
sendo agricultor, fracassou.
No horror da guerra:
nasce o "Método Pestalozzi" com a invasão francesa na
Suíça em 1798 revelou-lhe um caráter verdadeiramente heróico.
Muitas crianças vagavam no Cantão de Unterwalden, às margens do
Lago de Lucerna, sem pais, casa, comida ou abrigo. Pestalozzi reuniu
muito deles num convento abandonado, e gastou suas energias
educando-os. Durante o inverno cuidava delas pessoalmente com
extremada devoção, mas, em junho de 1799, o edifício foi
requisitado pelo invasor francês para instalar ali um hospital, e
seus esforços foram perdidos.
Em 1801 Pestalozzi
concentrou suas idéias sobre educação num livro intitulado "Como
Gertrudes ensina suas crianças" (Wie Gertrude Ihre Kinder
Lehrt). Ali expõe seu método pedagógico, de partir do mais fácil
e simples, para o mais difícil e complexo. Continuava daí, medindo,
pintando, escrevendo e contando, e assim por diante. Surgiu o
Construtivismos que foi adaptado por vários pseudos-pedagogos.
Em 1799 obteve
permissão para manter uma escola em Burgdorf, onde permaneceu
trabalhando até 1804. Em 1802 foi como deputado a Paris, e fez de
tudo para fazer com que Napoleão se interessasse em criar um sistema
nacional de educação primária; mas o conquistador disse-lhe que
não podia perder tempo com o alfabeto. Daí nasce à frase é melhor
governar com analfabetos ou semi-analfabetos.
Em 1805 ele mudou-se
para Yverdon, no Lago Neuchâtel, e por vinte anos dedicou-se ao seu
trabalho continuamente. Ali era visitado por todos que se
interessavam pela educação, como Talleyrand, d'Istria de Capo, e
Mme. de Staël. Foi elogiado por Humboldt e por Fichte. Dentre seus
discípulos incluem-se Denizard Rivail, Ramsauer, Delbrück,
Blochmann, Carl Ritter, Froebel e Zeller.
Por volta de 1815
dissensões surgiram entre os professores de sua escola, e os últimos
10 anos de seu trabalho foram marcados por cansaço e tristeza. Em
1825 ele se aposentou em Neuhof. Escreveu suas memórias e seu último
trabalho, "O canto do cisne", vindo a morrer em Brugg. Esta
utopia ocasiona discórdia entre os professores todo mundo acha que
estão trabalhando o construtivismo que tanto os utópicos usam no
Brasil.
Como ele próprio
disse, o verdadeiro trabalho de sua vida não se deu em Burgdorf ou
em Yverdon. Estava em seus primeiros momentos como educador, com a
sua observação, a preparação do homem integral, a prática junto
aos órfãos de Stans, logo esta utopia só serve para quem realmente
que estudar, tem interesse, no caso brasileiro TER é mais
importante.
Pestalozzi foi um dos
pioneiros da pedagogia moderna, influenciando profundamente todas as
correntes educacionais, e longe está de deixar de ser uma
referência. Fundou escolas, cativava todos para a causa de uma
educação capaz de atingir o povo, num tempo em que o ensino era
privilégio exclusivo.
"A vida educa. Mas
a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É
atividade."
Os trabalhos completos
de Pestalozzi foram publicados em Stuttgart em 1819, 1826, e uma
edição por Seyffarth apareceu em Berlim, em 1881.
A teoria dos três
estados de desenvolvimento moral, trechos extraídos do Livro Minhas
indagações sobre a marcha da natureza no desenvolvimento da espécie
humana escrito por Pestalozzi em 1797, (traduzido do original alemão
Meine Nachforschungen über den Gang der Natur in der Entwicklung des
Menschengeschlechts):
Estado natural
O homem nesse estado é
filho puro do instinto, que o conduz simples e inocentemente para
todos os gozos dos sentidos.
Estado social
O homem como espécie,
como povo não se submete ao poder como ser moral, nem tampouco entra
na sociedade e na cidadania para servir a Deus ou amar ao próximo.
Ele entra na sociedade e no estado de cidadania para tornar sua vida
mais alegre e para gozar tudo o que seu ser animal e sensorial tem
que gozar e para que seus dias sobre a terra transcorram satisfeitos
e tranqüilos. O direito social não é assim um direito moral, mas
apenas uma modificação do direito animal. (…) daí o conceito de
cidadania que tanto usam.
O poder só pode exigir
de mim que eu seja um homem social. Ele não pode exigir que eu seja
um homem moral. Se eu o sou, sou-o para mim e não para ele. O poder
só pode exigir de mim que eu seja um homem moral na medida em que
ele mesmo o seja, isto é, se ele não for poder, não se comportar
como poder. Só pode exigir de mim, se ele viver a força de sua
divindade, não para ser servido, mas para servir e dar a vida para a
redenção de muitos. (…)
Simples satisfação é
a cota do estado natural. Esperança é a cota do estado social. Não
pode ser diferente: toda a estrutura da vida social repousa em
representações que basicamente não existem – ela é uma
representação. Propriedade, lucro, profissão, autoridade, leis são
meios artificiais para satisfazerem minha natureza animal pela
escassez de liberdade animal. (…)
Estado moral
Se eu alcançar na
minha condição e na profissão tudo o que eu posso alcançar, se
minha felicidade está garantida pelo direito, em suma, se eu, no
pleno sentido da palavra, for um cidadão e se a palavra de meu país,
liberdade – liberdade –, soasse novamente na boca dos homens
honestos e felizes, estaria eu então satisfeito no meu íntimo?
Deveria pensar que sim, mas não é verdade (…), o direito social
não me satisfaz, o estado social não me realiza, não posso
permanecer tranqüilo sobre o fundamento da minha formação civil,
como não posso permanecer no mero prazer sensual e animal – sou,
em todo o caso, através dessa formação, emudecido; na minha alma
entraram desconfiança, sinuosidade e intranqüilidade, que nenhum
direito social pode desfazer. (…) e nem descasos ditatoriais pode
me calar.
Se eu te declaro animal
no envoltório do teu nascimento, não coloco o objetivo da tua
perfeição nos limites do invólucro da tua origem. Vejo o interior
do teu ser como divino, assim como o ser interior da minha natureza
(…). Se o homem planta uma árvore ou uma flor, ele a enterra no
solo, põe esterco na raiz e a cobre de terra. Mas o que ele faz com
tudo isso ao ser íntimo da flor? O material, através do qual a
semente se desenvolve, é em toda a natureza infinitamente de menor
valor que a semente em si. (…)
Logo vi que as
circunstâncias fazem o homem, mas vi também que o homem faz as
circunstâncias, tem uma força em si mesmo que pode conduzir de
várias maneiras, segundo sua vontade. (…). A vontade dos
brasileiros esta na lei do mínimo esforço possível.
Como obra da natureza,
sinto-me livre no mundo para fazer o que me agrada e me sinto no
direito de fazer o que me serve. No caso das escolas brasileiras
seriada e obrigatória não contempla o interesse dos alunos em
estudar, portanto não esta servindo para nada, é só enganação.
Como obra da espécie,
sinto-me no mundo atado a relações e contratos, fazendo e
suportando o que essas relações me prescrevem como dever.
Como obra de mim mesmo,
sinto-me livre do egoísmo da minha natureza animal e das minhas
relações sociais, e ao mesmo tempo no direito e no dever de fazer o
que me santifica e o que santifica o meu ambiente. (…). Nós
jogamos papéis no chão como santificar o meu ambiente.
Como obra da natureza,
sou um animal perfeito. Como obra de mim mesmo, esforço-me pela
perfeição. Como obra da espécie, procuro me tranqüilizar num
ponto sobre o qual a perfeição de mim mesmo não é possível. Mas
é difícil porque fizeram lavagens cerebrais onde o modo de vida
consumista nos engole.
A natureza fez a sua
obra inteira, assim também fazes a tua.
Reconhece-te a ti mesmo
e constrói a obra do teu enobrecimento sobre a consciência profunda
de tua natureza animal, mas também com a consciência completa da
tua força interior de viver divinamente no meio dos laços da carne.
Quem quer que tu sejas,
acharás nesse caminho um meio de trazer tua natureza em harmonia
contigo mesmo. Queres, porém fazer tua obra apenas pela metade,
quando a natureza fez a dela inteira? Queres estacionar no degrau
intermediário entre tua natureza animal e tua natureza moral, sobre
o qual não é possível o acabamento de ti mesmo? – Então não te
espantes de que serás um costureiro, um sapateiro, um amolador ou um
príncipe, mas não será um homem. Se não for generoso com a
educação.
Não te espantes então
de que tua vida seja uma luta sem vitória e que nem sequer te tornes
o que a natureza, sem a tua ação, fez de ti – mas muito menos
serás um meio-homem civil. (…). Nós hoje vivemos utopicamente na
concepção de ser herói ou bandido, o bom e o mal tanto propagado
nas televisões que nos cegam.
O princípio de que o
bem do homem e o direito do homem repousam inteiramente na
subordinação das minhas exigências animais e sociais à minha
vontade moral é outra maneira de dizer o resultado do meu livro.
Disse ele.
UTOPIA DE Sir Jean
William Fritz Piaget (1896, + 1980) suíço.
Através da minuciosa
observação de seus filhos e principalmente de outras crianças,
Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a existência de
quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano que são:
Sensório-motor.
No estágio
sensório-motor, que dura do nascimento até aproximadamente o
segundo ano de vida, a criança busca adquirir controle motor e
aprender sobre os objetos que a rodeiam. Esse estágio é chamado
sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas
próprias ações que são controladas por informações sensoriais
imediatas. Neste período o desenvolvimento físico acelerado é o
suporte para o aparecimento de novas habilidades, como sentar, andar,
o que propiciara um domínio maior do ambiente.
Ao fim do período por
volta dos dois anos à criança obrem uma atitude mais ativa e
participativa, é capaz de entender algumas palavras, mais produz uma
fala imitativa. Neste período a inteligência prática é acentuada
na percepção e no motor, essa inteligência é utilizada a partir
de seus esquemas sensoriais e motores vindo dos reflexos genéticos
para solucionar problemas imediatos como pegar, jogar ou chutar bola.
O estágio subdivide-se
em até 6 subestágios nos qual o bebê apresenta desde reflexos até
uma capacidade representacional do uso de símbolos.
As principais
características observáveis durante essa fase, que vai até os dois
anos de idade da criança são:
A exploração manual e
visual do ambiente;
A experiência obtida
com ações, a imitação;
A inteligência prática
(através de ações);
Ações como agarrar,
sugar, atirar, bater e chutar;
A coordenação das
ações proporciona o surgimento do pensamento;
A centralização no
próprio corpo;
A noção de
permanência do objeto.
Podemos citar que no
Período Sensório-motor a criança conquista, através da percepção
e dos movimentos, todo o universo que a cerca. Ela assimila que: se
puxar a toalha da mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela
(conduta do suporte).
Pré-operacional.
O segundo estágio de
desenvolvimento considerado por Piaget é o estágio pré-operacional,
que coincide com a fase pré-escolar e vai dos dois anos de idade até
os sete anos em média. Nesse período, as características
observáveis mais importantes são:
Inteligência
simbólica;
O pensamento
egocêntrico, intuitivo e mágico;
A centralização
(apenas um aspecto de determinada situação é considerado);
A confusão entre
aparência e realidade;
Ausência da noção de
reversibilidade;
O raciocínio
transdutivo (aplicação de uma mesma explicação a situações
parecidas);
A característica do
animismo (vida a seres inanimados).
De acordo com Pedrosa &
Navarro, os cinco aspectos mais importantes do pensamento neste
estágio são: Egocentrismo: são incapazes de compreender as coisas
de outro ponto de vista que não seja o seu. Tem a tendência de
tomar o seu ponto de vista como o único, sem compreender o dos
demais por estar centrados em suas ações.
O egocentrismo se
caracteriza basicamente por uma visão de realidade que parte do
próprio eu. Dificuldades de transformação: são incapazes de
compreender os processos que implicam mudança. Seu pensamento é
estático, estão sempre no momento presente, não considerando os
anteriores, nem antecipando o futuro.
Reversibilidade: são
incapazes de compreender um processo inverso ao observado. Seu
pensamento é irreversível.
Centralização:
incapacidade para se centrar em mais de um aspecto da situação. São
incapazes de globalizar.
Não conservação: não
são capazes de compreender que a quantidade pode permanecer embora
mude seu aspecto ou aparência. No exemplo da figura em massa de
modelar, não entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer
formato que assumisse.
Neste estágio os
padrões de pensamento sensório-motor variam para um incremento da
capacidade de usar símbolos e imagens dos objetos do meio ambiente.
Esse momento é marcado
por aparecimento da linguagem oral que lhe dará possibilidade de
além de se utilizar da inteligência prática decorrente dos
esquemas sensoriais e motores, formados na fase anterior.
A criança desenvolve,
ainda, a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos, assim
como muitas habilidades preceituais e motoras. Apesar disso, o
pensamento e a linguagem estão reduzidos, no geral, ao momento
presente e a acontecimentos concretos.
Desenvolve atividade de
comunicação de tipo informativo e também de controle da conduta
dos outros, isto é pede, pergunta, dá ordens..., para provocar as
condutas que deseja em outros. A criança já antecipa o que vai
fazer, desenvolve o pensamento aceleradamente, no final do período
começa a querer saber a razão causal e finalista de tudo, é a
famosa fase dos (por quês).
Seu raciocínio é
intuitivo, está ligado às suas próprias percepções e às
aparências das situações.
Inteligência simbólica
ou intuitiva.
Pré-raciocínio
lógico. 1 – Inicia imagem mental → memória de reconhecimento dá
lugar à memória de evocação (nomes de coisas e pessoas que ela
conhece) 2 – Linguagem → criança grava a imagem das coisas com
nome → simbolismo linguagem → gestos, linguagem, brincar de
faz-de-conta ou jogo simbólico 3 - acontecimentos do pré-operatório:
Interiorizar a palavra
Socialização da ação
– brinca sozinha, mas a dois sem interação.
Desenvolve a intuição
– interiorização da ação, antes perceptivo-motor, passa ao
plano intuitivo das imagens e experiências mentais.
Outras características:
Intuição –
conhecimento que se obtém pela percepção imediata buscada na
aparência do objeto.
Imitação diferida –
imitação na ausência do objeto imitado. Indica a formação de
imagem mental
Ludicidade – o não
comprometimento com a verdade.
Pensamento egocêntrico
– sua percepção como centro. Só entende a relação numa direção
(em relação a ela).
ASSIMILAÇÃO
DEFORMANTE DA REALIDADE → a criança não pensa o pensamento e sim,
brinca com ela.
O pensamento
egocêntrico ou intuitivo tem várias características:
Justaposição –
colocar coisas lado a lado sem conexão
Transdutivo – vai do
particular para o particular
Sincretismo –
misturar conceitos de referenciais diferentes
Ausência de
reversibilidade
Animismo,
antropomorfismo, artificialismo (natureza toda feita pelo homem) e
finalismo (pra que serve?) Ao final do estágio sensório-motor →
coordenação de esquemas Ao final do pré-operatório →
coordenação de ações.
Operatório concreto
No estágio operatório
concreto, que dura dos 7 aos 11 anos de idade em média, a criança
começa a lidar com conceitos como os números e relações. Esse
estágio passa a manifestar-se de modo mais evidente o que coincide
(ou deve coincidir) com o início da escolarização formal é
caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade
de solucionar problemas concretos. Neste momento, o declínio no
egocentrismo passa a ser mais visível.
O declínio do
egocentrismo se entendeu a linguagem que se torna mais socializada, e
a criança será capaz de levar em conta o ponto de vista do outro,
assim objetos e pessoas passam a ser mais bem explorados nas
interações das crianças.
Por volta dos 7 anos, o
equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais
estável;
Surge a capacidade de
fazer análises lógicas;
A criança ultrapassa o
egocentrismo, ou seja, dá-se um aumento da empatia com os
sentimentos e as atitudes dos outros;
Mesmo antes deste
estágio a criança já é capaz de ordenar uma série de objetos por
tamanhos e de comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas
ainda não é capaz de compreender a propriedade transitiva (A é
maior que B, B é maior que C, logo A é maior que C). No início
deste estágio a criança já é capaz de compreender a propriedade
transitiva, desde que aplicada a objetos concretos que ela tenha
visto;
Começa a perceber a
conservação do volume, da massa, do comprimento, etc.
Neste estágio, também
algumas características das crianças começam a ser aprimoradas,
como exemplo elas se concentram mais nas atividades; colaboram mais
com os colegas; apresentam responsabilidade e respeito mutua e
participações em grupo.
Operatório formal.
No estágio operatório
formal – desenvolvido a partir dos 12 anos de idade em média – o
adolescente começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse
estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio
proposicional. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de
objetos concretos.
Diferente do período
anterior, agora o adolescente tem o pensamento formal abstrato. Ele
não necessita mais de manipulação ou referência concreta, ele
cria referências sobre o mundo. No lado social a vida em grupo é um
aspecto significativo junto com o planejamento de ações coletivas.
Reflete sobre a sociedade e quer transformá-la, mais tarde vem o
equilíbrio entre pensamento e realidade.
O pensamento
hipotético-dedutivo é o mais importante aspecto apresentado nessa
fase de desenvolvimento, pois o ser humano passa a criar hipóteses
para tentar explicar e sanar problemas, o foco desvia-se do "é"
para o "poderia ser". Quando o adolescente já tem noção
do certo e do errado.
As bases do pensamento
científico aparecem nessa etapa do desenvolvimento. Os estágios
sensório-motor, pré-operacional (pré-operatório), operatório
concreto e operatório formal. Piaget influenciou a educação de
maneira profunda. Para ele as crianças só podiam aprender o que
estavam preparadas a assimilar. Aos professores, cabia aperfeiçoar o
processo de descoberta dos alunos.
UTOPIA DE Celestin
Freinet nasceu no sul da França, na região de Provença, numa
família de oito filhos. Seus dias de escola foram profundamente
desagradáveis, e afetaram seus métodos de ensino e desejo de
reforma.
Enquanto cursava o
Magistério estoura a Primeira Guerra Mundial. Interrompe seus
estudos e é obrigado a alistar-se. Recrutado pelo exército francês,
em 1915 na ocasião teve uma lesão pulmonar causada por gases
tóxicos. Esta experiência o transformou em um pacifista convicto.
Em 1920 iniciou seu trabalho como professor de escola primária,
antes mesmo de concluir o curso normal. Foi quando Freinet começou a
desenvolver seus métodos de ensino. Ele atuou como professor-adjunto
em Le Bar-sur-Loup e docente em Saint-Paul.
Em 1923 Freinet comprou
um tipógrafo, para auxiliar a atividade de ensino, já que seu
ferimento do pulmão dificultava que falasse por períodos longos.
Foi com este tipógrafo que imprimiu textos livres e jornais da
classe para seus alunos. As próprias crianças compunham seus
trabalhos, os discutiam e os editavam em pequenos grupos, antes de
apresentar o resultado à classe. Os jornais eram trocados com os de
outras escolas. Gradualmente os textos do grupo substituíram livros
didáticos convencionais.
Em 1924, Freinet criou
uma cooperativa de trabalho com professores de sua aldeia, esta
cooperativa suscitou o movimento da Escola Moderna na França. Neste
mesmo ano inicia as primeiras correspondências escolares. Em 1925,
conhece a artista plástica Élise, que começa a trabalhar como sua
ajudante e em 1926 casa-se com ela, e anos depois tem com ela uma
filha, Madeleine Freinet. Escreve o livro A Imprensa na Escola e cria
a revista "La Gerbe" (O Ramalhete) composta de poemas
infantis.
Os métodos do ensino
de Freinet eram divergentes da política oficial de educação
nacional e causavam um clima de desconfiança, especialmente devido
ao grande volume de correspondências trocadas, por esta razão ele
foi exonerado de suas funções em 1935 e começou sua própria
escola, junto com sua esposa, pouco antes do início da Segunda
Guerra Mundial.
Na década de 1930, a
escola de Freinet é oficialmente aberta, e, juntamente com Romain
Rolland, ele lança o projeto Frente da Infância.
Em 1940, Freinet é
preso e mandado para o campo de concentração de Var, onde fica
gravemente doente. Todavia, mesmo enquanto esteve preso, deu aulas
para os companheiros. Sua esposa Elise Freinet depois de muita luta
conseguiu sua libertação. Logo após sair do campo, Freinet
incorpora-se à Resistência Francesa. No final da década de 1940
Freinet criou o ICEM, Cooperativa do Ensino Leigo que reunia mais de
20 mil pessoas. Em 1956 lançou uma Campanha Nacional para
quantificar os alunos nas salas de aula. Lutava por 25 alunos em cada
classe. Nasceu a estatística educacional, a utopia que 25 alunos
seria melhor para lidar, mas se estes não tiverem interesse esta
utopia não vale nada, já cheguei a trabalhar com até 15 alunos que
não queriam saber de nada, mas já trabalhei com 70 alunos que era
uma pensão.
Proposta pedagógica
Para Freinet, a
educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um
trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os
princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da
escola, pois a considerava teórica e, portanto desligada da vida.
Suas propostas de
ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de
pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. Através
da observação constante ele percebia onde e quando tinha que
intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo
com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais
eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o
repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará
sozinho, precisará da cooperação do professor. Lançou o
experimentalismo em sala, mas no Brasil são poucas escolas públicas
que se tem laboratórios.
Na proposta pedagógica
de Freinet, a interação professor-aluno é essencial para a
aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é
fundamental. As práticas atuais de jornal escolar, troca de
correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são idéias
defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do século
passado. Como disse nós vivemos na concepção de bandido e herói e
sobra sempre para o professor porque nós não temos autonomia para
tirar alunos que só querem prejudicar agindo como bandidos, sem
interesse, nossos governantes querem na verdade a escola panóptica,
ou seja, que os professores ajam como xerifes e eles nos gabinetes
com ar condicionados.
Além das técnicas
pedagógicas, o aspecto político e social ao redor da escola não
deve ser ignorado pelo educador. Isto porque sua pedagogia traz em
seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que atua
no presente. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em
comunidade, criando as associações, os conselhos, eleições, enfim
as várias formas de participação e colaboração de tudo na
formação do aluno, direcionando o movimento pedagógico em defesa
da fraternidade, respeito e crescimento de uma sociedade cooperativa
e feliz. Já disse temos a cultura do herói.
Há princípios no
saber Pedagógico que C.Freinet considerava invariáveis, ou seja,
independente do local ou período histórico, certos pressupostos
deveriam sempre ser levados em conta na prática educacional. Desta
forma, postulou as chamadas "Invariantes Pedagógicas”,
consideradas como pilares de sua proposta Pedagógica.
Desde sua origem, o
movimento sempre se manteve aberto a todas as experiências
pedagógicas através de documentos, revistas, circulares, cartas e
boletins. Freinet buscava formas alternativas de ensino, pois não
conseguia se adaptar a forma tradicional, fazia também relatórios
diários de cada criança. Ao que se refere às cartilhas, ele
questiona seu valor, pois os conteúdos nada tinham a ver com a
realidade da criança e, portanto, não traziam nenhum estímulo à
aprendizagem da leitura. Freinet dava muita importância ao trabalho,
pois este deveria ser o centro de toda atividade escolar,
enfatizando-o como forma do ser humano ascender, exercer seu poder.
Daí a utopia de ver a realidade da criança, a realidade da criança
hoje é TER e não cooperar.
Para Freinet, o
aprender deveria passar pela experiência de vida e isso só é
possível pela ação, através do trabalho. O trabalho desenvolve o
pensamento, o pensamento lógico e inteligente que se faz a partir de
preocupações materiais, sendo que esta é um degrau para abstração.
Freinet acreditava que no e pelo trabalho o ser humano se exprime e
se realiza eficazmente. Lembrando-se que, quando o autor exalta o
trabalho, não está referindo-se forçosamente ao trabalho manual,
pois para ele, o trabalho engloba toda pesquisa, documentação e
experimentação.
Com relação à
intervenção do professor, só se dava para organizar o trabalho,
sem precisar de imposições ou ameaças. Para ele, a disciplina
escolar se resume a executar uma atividade que envolva e torne a
criança automaticamente disciplinada.
Outro aspecto
importante para Freinet é a liberdade, relativa e não desvinculada
a vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade é a
possibilidade do ser humano vencer obstáculos. Freinet buscou
técnicas pedagógicas que pudessem envolver todas as crianças no
processo de aprendizagem, independentemente da diferença de caráter,
inteligência ou meio social, (lembrando-se mais uma vez que ele
afirmava que o conteúdo estudado no meio escolar deveria estar
relacionado às condições reais de seus alunos).
Ao estudar o problema
da educação, ele propunha que ao mesmo tempo em que o professor
almejasse a escola ideal, criativa e libertadora, deveria também
estudar as condições concretas que estariam impedindo a sua
realização.
As Invariantes
pedagógicas são:
A criança é da mesma
natureza que o adulto.
Ser maior não
significa necessariamente estar acima dos outros.
O comportamento escolar
de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e
constitucional.
A criança e o adulto
não gostam de imposições autoritárias.
A criança e o adulto
não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer
passivamente uma ordem externa.
Ninguém gosta de fazer
determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não
o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
Todos gostam de
escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais
vantajosa.
Ninguém gosta de
trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas
nas quais não participa.
É fundamental a
motivação para o trabalho.
É preciso abolir a
escolástica.
Todos querem ser
bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
Não é o jogo que é
natural na criança, mas sim o trabalho.
Não são a observação,
a explicação e a demonstração - processos essenciais da escola -
as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a
experiência tateante,que é uma conduta natural e universal.
A memória, tão
preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser
quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra
verdadeiramente a serviço da vida.
As aquisições não
são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê,
mas sim pela experiência. Estudar primeiras regras e leis é colocar
o carro na frente dos bois.
A inteligência não é
uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado,
independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina à
escolástica.
A escola cultiva apenas
uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade fica
fixada na memória por meio de palavras e idéias.
A criança não gosta
de receber lições autoritárias.
A criança não se
cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua
vida.
A criança e o adulto
não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza
uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
As notas e
classificações constituem sempre um erro.
Fale o menos possível.
A criança não gosta
de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho
individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
A ordem e a disciplina
são necessárias na aula.
Os castigos são sempre
uns erros. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não
passam de paliativo.
A nova vida da escola
supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo
trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
A sobrecarga das
classes constitui sempre um erro pedagógico.
A concepção atual das
grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é
sempre um erro e cria barreiras.
A democracia de amanhã
prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na
escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
Uma das primeiras
condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por
sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é
possível educar dentro da dignidade.
A reação social e
política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição
com o qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou
modificá-la.
É preciso ter
esperança otimista na vida.
Técnicas desenvolvidas
por Freinet
A Aula-Passeio: aulas
de campo, voltadas para os interesses do estudantes
A Auto-avaliação:
fichas criadas por Freinet, preenchidas pelos alunos, como forma de
registrar a própria aprendizagem.
A Auto-correção:
modalidade de correção de textos feita pelos próprios autores, no
caso os alunos, sob a orientação do educador.
A Correspondência
Interescolar: atividade largamente utilizada por Freinet, na qual os
alunos se comunicavam com outros estudantes de escolas diferentes.
O Fichário de
consulta: fichas criadas por alunos e professores, para suprir as
lacunas deixadas pelos livros didáticos convencionais.
A Imprensa escolar: os
textos escritos pelos alunos tinham uma função social real, já que
não serviam meramente como forma avaliativa, já que eram publicados
e lidos pelos colegas.
O Livro da vida:
caderno no quais os alunos registram suas impressões, sentimentos,
pensamentos em formas variadas, o qual fica como um registro de todo
o ano escolar de cada classe
O Plano de trabalho:
atividade realizada em pequenos grupos que sob a orientação do
educador, com base em um dado tema, desenvolvem um plano a ser
realizado num certo intervalo de tempo.
O Texto Livre: tipo de
texto em que o aluno não é obrigado a escrever como nas escolas
tradicionais. É livre em formato e em tema. Relaciona-se com a
técnica da Imprensa Escolar, Livro da vida e Correspondência
Interescolar.
Esta utopia é a
principal nas escolas públicas brasileiras é utilizada por vários
utópicos em novas teses pela diretrizes dos burocratas que não dão
o Direito de Cátedra aos professores que é mais um acessório.
UTOPIA DE Carl Ransom
Rogers ( 1902+ 1987, EUA), Psicólogo norte-americano que foi o
primeiro a gravar sessões psicoterapêuticas, com as devidas
permissões, tornando possível o estudo objetivo de um processo
eminente subjetivo.
Em conseqüência,
foram feitas algumas constatações até então impensadas, como a de
que o motivo da melhora dos clientes ocorria independente do motivo
pelo quais os terapeutas acreditavam em que os estavam beneficiando.
Comparando-se análises
feitas por observadores neutros. Verificou-se que elas coincidiam
mais com as dos próprios clientes que com a dos psicoterapeutas, ou
seja, os primeiros é que percebiam melhor o que realmente os ajudava
e o quanto estava sendo compreendido ou não por quem os atendia.
Sua dedicação à
construção de um método científico na psicologia foi reconhecida
por prêmio da Associação Americana de Psicologia, da qual também
foi eleito presidente, em 1958. Seus métodos científicos estão
descritos em livros traduzidos no Brasil como "A Pessoa como
Centro" e "Um jeito de ser".
“Subvertendo” a
“relação de poder” terapeuta-cliente (decorrente do
pressuposto, até então, psicólogos e psiquiatras é que detinham o
conhecimento da subjetividade de seus pacientes)seu trabalho
"subverteu" também outras áreas, o que só se tornou
visível para o próprio Rogers após décadas de atividades, como
relatou em uma de suas últimas e melhores obras, “Sobre o Poder
Pessoal” – livro em que traça, por exemplo, um paralelo entre
suas descobertas e as de Paulo Freire e de sua “pedagogia do
oprimido”.
Fruto de suas pesquisas
sistematizou o método da “Terapia centrada no cliente” que
depois evoluiu para a “Abordagem centrada na pessoa”(ACP).
Mas ele próprio afirma
que seu objetivo nunca fora criar um sistema próprio de psicoterapia
e sim estudar os critérios necessários para a evolução da
psicoterapia científica como um todo. É considerado um precursor da
psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como
Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)
O indivíduo possui
possibilidades inimagináveis de compreender-se de modificar os
conceitos que tem de si-mesmo, suas posturas e seu comportamento;
esse potencial pode ser liberado se a pessoa puder ser trazida a uma
situação caracterizada por um clima favorável para o
desenvolvimento psíquico.
A abordagem centrada na
pessoa, originalmente terapia centrada na pessoa, é uma abordagem
psicoterapêutica desenvolvida por Carl Ransom Rogers e seus
colaboradores. Carl Rogers é tido como o primeiro psicólogo a
abordar as questões principais da Psicologia sob a ótica da “Saúde
Mental”, ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se
concentrava na idéia de que todo ser humano possuía uma neurose
básica.
Rogers rejeitou essa
visão, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da
personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar. Tal
conclusão sobreveio a um processo meticuloso de investigação
científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação
profissional.
A partir dessa
concepção primária, o processo psicoterapêutica consiste em um
trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, cujo objetivo é
a liberação desse núcleo da personalidade, obtendo-se com isso a
descoberta ou redescoberta da auto-estima, da autoconfiança e do
amadurecimento emocional.
Há três condições
básicas e simultâneas defendidas por Rogers como sendo aquelas que
vão permitir que, dentro do relacionamento entre psicoterapêutica e
cliente, ocorra a descoberta desse núcleo essencialmente positivo
existente em cada um de nós. São elas:
A consideração
positiva incondicional
A empatia
A congruência
Em linhas gerais, ter
consideração positiva incondicional é receber e aceitar a pessoa
como ela é e expressar um afeto positivo por ela, simplesmente por
ela existir, não sendo necessário que ela faça, ou seja, isto ou
aquilo;
A empatia, por sua vez,
consiste na capacidade de se colocar no lugar do cliente, ver o mundo
pelos olhos deles e sentir como ele sente, comunicando tal situação
para ele, que receberá esta manifestação como uma profunda e
reconfortante experiência de estar sendo compreendido, não julgado;
Por último, é a
congruência a condição que permitirá ao profissional, embora
nutra um afeto positivo e incondicional por seu cliente e tenha a
capacidade de “estar no lugar” dele. A habilidade de expressar de
modo objetivo seus sentimentos e percepções, de modo a permitir ao
cliente as experiências de reflexão e conclusão sobre si mesmo.
O interessante na
abordagem rogeriana é que a aplicação do seu método em
psicoterapia, passa por um processo de amadurecimento do próprio
psicoterapeuta, já que ele não pode simplesmente apropriar-se da
“técnica”, antes que lhe seja próprio e natural agir conforme
as condições desenhadas por Rogers.
Percebe-se então, por
exemplo, que a expressão de uma afetividade incondicional só ocorre
devidamente se brotar com sinceridade do psicólogo; não há como
simular tal afetividade. O mesmo ocorre com a empatia e com a
congruência. Por isso se diz que não existe uma “técnica
rogeriana”, mas sim psicólogos cuja conduta pessoal e profissional
mais se aproxima da perspectiva de Carl Rogers.
Outro ponto a
considerar é que após longos estudos, Carl Rogers chegou à
conclusão de que as três condições que descobriu são eficaz como
instrumento de aperfeiçoamento da condição humana em qualquer tipo
de relacionamento interpessoal, tais como:
Na educação entre
professor e aluno;
No trabalho entre
chefes e subordinados;
Na família entre pais
e filhos ou entre marido e mulher.
Os transtornos mentais
originam-se, assim, através do bloqueamento do desenvolvimento
natural do ser humano por fatores externos.
A frase a seguir “...
Parece que, se desejo tornar-me um cientista, o primeiro passo para
isso é mergulhar nos fenômenos da área especifica pela qual me
interessei... absorver a experiência como uma esponja, de tal modo
que ela seja recolhida em toda a sua complexidade, com meu organismo
total, e não apenas minha mente consciente, participando livremente
da experiência dos fenômenos... Carl R. Rogers.”.
Nascido nos Estados
Unidos em 1902, filho de uma família protestante, com valores
tradicionais e religiosos, onde o incentivo ao trabalho duro era
amplamente cultivado. Rogers faleceu em plena atividade, aos 85 anos
de idade em 1987. Psicólogo, formado na Universidade de Columbia em
Nova York, especializou-se em problemas infantis. Lecionou na
Universidade de Rochester e escreveu o livro O Tratamento Clinica da
Criança.
Como professor da
Universidade de Chicago, pôs em pratica suas idéias, cujos
resultados foram avaliados no livro Psicoterapia Centrada no Cliente
em 1951. “Ele considerava que era o próprio cliente quem dirigia o
processo terapêutico”. Em sua publicação Psicoterapia Centrada
no Cliente em 1951, Rogers fez uma exposição geral do seu método
não diretivo, e de suas aplicações à educação e a outros
campos. Em sua obra Liberdade para Aprender, ele discute:
“Melhorando o nosso
relacionamento com os alunos, melhoramos o nosso ensino, melhora a
aprendizagem”. Os nossos alunos estão ávidos deste tipo de
comunicação; eles querem, antes de tudo, ser vistos como pessoas
que existem que amam que choram que sofrem que têm dificuldades.
Só os alunos? E nós,
professores, também não desejamos ser vistos não só como aqueles
que sabem alguma coisa, mas igualmente como pessoas humanas?... Eu
quero que meus alunos sejam meus amigos, e quero dar-lhes a minha
amizade... O bom relacionamento depende fundamentalmente de mim, de
criar um clima propício à amizade, à aceitação, à
autenticidade. (P.21.)
Suas primeiras
experiências clínicas, colocadas na tradição behavioristas e
ainda mais, psicanalistas, foi feitas como interno do Instituto For
Childguidance, onde sentiu a forte ruptura entre o pensamento
especulativo freudiano e o mecanismo mediador e estatístico do
behaviorismo.
Karl Rogers foi um dos
principais responsáveis, embora quase nunca se fale nisso pelo
acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clinica antes
dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise, e que, nos
EUA, era exercida exclusivamente por médicos até bem pouco tempo
atrás.
Sua postura, enquanto,
terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observação
clinica, podendo-se sem sombra de dúvida, dizer que o campo de
pesquisas objetivas voltadas para o referencial teórico da abordagem
Centrada na Pessoa é formado por um número considerável de
trabalhos.
Mesmo, além que o
numero de pesquisas feitas sobre muitas outras abordagens, incluindo
a psicanálise. A utilização dos testes psicológicos e a
elaboração de diagnósticos tornaram-se irrelevante para Carl
Rogers, e ele transportaria para a educação a sua concepção
terapêutica.
Destaques na Teoria de
Rogers:
Para Rogers o
importante é aprender a aprender. Não é o conhecimento em si que
será de utilidade, e sim uma atitude de busca constante do
conhecimento; A preocupação de Rogers é com o aluno como pessoa. O
importante é a auto-realização da pessoa; Parte de um enfoque
essencialmente humanístico que visa à aprendizagem “pela pessoa
inteira”, uma aprendizagem que transcende e engloba as
aprendizagens cognitivas, afetivas e psicomotoras;
Para Rogers
aprendizagem significante é mais do que acumulação de fatos. É
uma aprendizagem que provoca uma modificação quer seja no
comportamento do individuo, na orientação da ação futura que
escolher ou nas suas atitudes e na sua personalidade. É uma
aprendizagem penetrante que não se limita a um aumento de
conhecimentos; é uma aprendizagem “pela pessoa inteira”;
Ele vê a aprendizagem
como algo muito mais amplo de que acumulação de conhecimento e
afirma que a aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é
a do próprio de aprender. Isso implica em uma postura de busca
continua de conhecimento. O objetivo do ensino deve ser facilitação
da mudança e da aprendizagem;
O importante é que
exista uma relação interpessoal entre facilitador e aprendiz, e não
nos recursos instrucionais utilizados;
O professor deve ser o
facilitador da aprendizagem, mas seu sucesso nesta tarefa repousa,
sobretudo, em qualidades atitudinais como a autenticidade, a
compreensão empática, a aceitação e a confiança no aprendiz;
Rogers afirma que o
educador deve concentrar a atenção não em ensinar, mas em criar
condições que promovam a aprendizagem;
O pressuposto básico
da teoria rogeriana é a crença de que a pessoa é capaz de promover
seu próprio crescimento;
Rogers acha que a
aprendizagem significativa verifica-se quando o estudante percebe que
a matéria a estudar se relaciona com seus próprios objetivos;
Para que o aluno
aprenda, crie, produza intelectualmente, ele precisa sentir-se
seguro, apoiado, o que não ocorre em climas severos, de censura,
onde os alunos trabalham com alto nível de ansiedade e poucos
produzem;
Os seres humanos têm
natural potencialidade para aprender; A aprendizagem é facilitada
quando o aluno participa responsavelmente do seu processo; O
comportamento pode ser provocado, em alguns casos, por experiências
e necessidades não simbolizadas;
O facilitador confia no
desejo de cada aluno para alcançar os objetivos significativos para
ele, como força motivadora subjacente à aprendizagem significativa.
Pela dimensão
econômica ele esquece que vivemos numa sociedade capitalista e numa
cultura totalmente diferente da dele, ele era moralista.
Hoje nossa sociedade é
imediatista e queremos ter mais que ser que implica dinheiro, no
capitalismo em muito de nossos jovens a auto-realização se dá
pelas recompensas financeiras que podem gastar.
O Estado e as elites
não conseguem melhorias contínuas, que não passam de inovações e
sempre acaba no mesmo lugar para que as atitudes e as personalidades
não ajam criticamente.
Pela dimensão
filosófica de Karl R. Rogers é centrada no Ser a educação que
existe hoje tem crises emocionais e até brigas entre professores e
alunos e pais.
O Estado e as elites
nos dão uma infinidade de teóricos que implica em modismo tanto
socialistas como capitalistas e alimenta em busca de aprovação
através de propaganda falsa de que vamos melhorar, mostrando os
índices de escolaridade que não reflete a verdade.
Uma boa parte de nossos
jovens são consumistas e imediatista, querem sucessos egoístas.
Muitos professores buscam individualizar os alunos, mas vivemos numa
ditadura da desta cultura, alguns alunos que não querem estudar e
são obrigados dificultam as atividades dos professores e tira as
potencialidades de aprender de muitos.
Os burocratas e as
elites esquecem que vivemos num mundo de competição. Gostaria que
algum deles colocasse seus filhos dentro da escola publicas, de
preferência na periferia mais violenta do Brasil, mas acham que são
boas as teorias elaboradas por eles e seus pseudos pedagogos.
A indisciplina é brava
o professor tenta ser facilitador e promove uma aproximação com os
alunos, mas tem alunos que não querem crescer e são irresponsáveis,
aí esta o conflito armado e a motivação vai pelas cucuias.
Pela dimensão
potencial o Estado e seus lideres se orgulham através das
contingências do custo o menor é o melhor. Toda hora aparece uma
resolução para os problemas da escola, a uma rotatividade de
utopias socialistas e dos pseudos que deixam os educadores e educados
sem rumo e sem um TER para viver dignamente.
Pela dimensão causal
os educandos merecem o melhor do ter, eles têm clareza de suas
necessidades capitalistas.
A visão global pelo
modelo utópico capitalista esta instalada, na constituição a
gratuidade vai até o ensino médio, os alunos das elites se
consagram nas universidades publicas, enquanto o povão não tem uma
universidade grátis, um curso profissionalizante, que daria
seqüência da de uma escola formadora de SER.
A universidade publica
tem alguma infra-estrutura, assim sendo, o aluno da escola publica
termina o ensino médio lá se vai os objetivos significativos de
Karl. R. Rogers.
Ao professor ainda esta
inserido numa escola modelo jesuítica da educação, e panóptico e,
que ele, deve facilitar o processo de inserção da cidadania aos
educandos, mas uma vez a utopia dos pedagogos socialistas ou
capitalistas cobrindo a ineficiência do Estado e de seus lideres.
Abordagem centrada na
pessoa.
Há muitos nomes para,
o que hoje, aqui estamos a denominar de Abordagem Centrada na Pessoa
(ACP). Há psicólogos ou orientadores educacionais, ou mesmo
professores que "falam" em Orientação Não Diretiva, em
Psicoterapia Humanista-Existencial (Corey), de Terapia Centrada no
Cliente, de Pedagogia Centrada no Aluno, ou Abordagem Experiencial,
de Grupos de Encontro, de Gestão Humana Existencial de Recursos
Humanos ou de Gestão Humanista Existencial de Empresas, de Mediação
de Conflitos Sociais pela ACP, Políticos ou Raciais Centrados na
Pessoa etc.
Enfim, a sua ação ao
longo deste século, foi de um contínuo empenho no caminho da
liberdade e da libertação das forças interiores (Self) do ser
humano, na sua capacidade de enfrentar a si e o outro, no mundo
mesmo, e sua tendência a uma atitude de respeito e ao crescimento.
Essas forças internas
do ser humano se mostram nos seus modos de ser – ser sendo no mundo
- sempre alguém aberto ao desenvolvimento e aprendizagem positivos,
tendo dentro de si algo que o impulsiona: a Tendência atualizante,
modos de auto-atualização de suas potencialidades, de fazer,
sentir, agir seu próprio florescimento.
Rogers fez severas
oposições aos conceitos deterministas de ser humano, buscando
fundamentar-se nas Filosofias Humanistas Existenciais e utilizando-se
do método fenomenológico de pesquisa.
Para Roger, cada pessoa
possui em si mesmo as respostas para as suas inquietações e a
habilidade necessária para resolver os seus problemas. Por isso, o
sentimento de pena e o determinismo seriam maneiras de negar a
capacidade de realização de cada indivíduo.
Tornar-se pessoa.
Rogers se opôs à
teoria de B.F.Skinner de que a personalidade do homem seria moldada
pelo meio por meio de condicionamentos operantes. Para Rogers todos
os homens são bons na sua essência, e que todo o aprendizado
deveria ser organizado no sentido do indivíduo para o meio, e não o
contrário. Neste sentido, ele nos diz:
A Questão é saber se
pode permitir que o conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em
vez de ser organizado para o indivíduo.
UTOPIA DE Burrhus
Frederic Skinner (1904 + 1990) foi um autor e psicólogo
estadunidense.
Ele conduziu trabalhos
pioneiros em psicologia experimental que analisa o comportamento
observável, a fim de testar modelos e teorias matemáticas sobre
diversos aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar,
aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir.
E também foi o
propositor do Behaviorismo Radical que traduzido do inglês que
significa comportamento, conduta, também designado de
comportamentalismo, ou às vezes comportamentismo, é o conjunto das
teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais
adequado objeto de estudo da Psicologia.
Comportamento
geralmente é definido por meio das unidades analítica respostas e
estímulos, baseados em três níveis de seleção: entradas de
estímulos e saídas de estímulos e manutenção dos estímulos.
O primeiro nível de
seleção, a seleção filogenética se refere aos repertórios
compartilhados por uma mesma espécie, amor, sexo e o qual são
determinados pela história evolutiva da mesma.
O segundo nível de
seleção, a seleção ontogenética se refere ao repertório
particular de cada indivíduo ou organismo, o qual é determinado por
sua história de vida ou histórico de reforçamento de como eu amei,
que entendi, fiz e que vou fazer.
E o terceiro nível de
seleção, a seleção cultural se refere ao repertório
compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura. “Sendo este de
maior importância para compreender o comportamento humano e de
outros animais que apresentam algum tipo de comportamento social”,
ou seja, dá uma consciência coletiva de amor, de moral, etc.
Psicólogo
contemporâneo nasceu nos Estados Unidos em 1904. Foi professor nas
universidades de Harvard, Indiana e Minnesota. Entre outros livros
publicou o comportamento do organismo, (behavior of organisms), o
comportamento verbal (verbal behavior) e o comportamento científico
e humano. (science and human behavior).
A abordagem skinneriana
representa a mais completa sistematização do posicionamento
associacionista, behaviorista e ambientalista da psicologia atual.
Devido a sua preocupação com controles científicos estritos,
Skinner realizou a maioria de seus experimentos com animais,
principalmente ratos e pombos.
O êxito obtido nesses
experimentos levou-o a fazer extrapolações para o comportamento
humano. Segundo ele, por exemplo, em escolas o comportamento de
alunos pode ser modificado pela apresentação de materiais em
cuidadosa seqüência e pelo oferecimento de recompensas ou reforços
apropriados.
Ao contrário de outros
que estudam o comportamento a fim de compreender o “funcionamento
da mente”, Skinner limitou-se ao estudo de comportamentos
manifestos imensuráveis. Sem negar processos mentais nem
fisiológicos, ele acredita que o estudo do comportamento não
depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo. A
abordagem Skinneriana, não leva em consideração o que ocorre
dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem.
O que interessa é o
comportamento observável. Skinner, não se considera um teórico de
aprendizagem. Não considera também seu trabalho como uma teoria, e
sim uma analise funcional, isto é, uma análise das relações
funcionais entre estimulo e resposta. Ele simplesmente ignora as
variáveis intervenientes e concentra-seno controle e predição das
relações entre as variáveis de “input” (estímulos) e de
“output” (respostas).
Em 1932, Skinner, na
Universidade de Harvard, relatou uma de suas observações, sobre o
comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos,
Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações
é hoje ainda muito conhecido e utilizado nos laboratórios de
psicologia, chamado como Caixa Skinner.
Influenciado pelos
trabalhos de Pavlov e Watson, ele passou a estudar o comportamento
operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da
aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino
programado que podem ser aplicadas sem a intervenção direta do
professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.
Segundo Skinner, as
crianças aprendem sem serem ensinadas, aprendem sozinhas se
estiverem interessadas nas atividades. Por esta razão alguns
professores preconizam o emprego do método de descoberta.
Diz Skinner que o
método da descoberta não é solução para o problema da educação.
Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar aos
seus indivíduos um acúmulo de conhecimentos, aptidões, práticas
sociais e éticas, defende Skinner.
Para Skinner, um dos
grandes problemas do ensino, é o uso do controle aversivo. Ele
explica dizendo, que o aluno ainda hoje na escola passa a maior parte
do tempo fazendo coisas que não gostaria de fazer. Provas são
usadas como poder, como ameaça, e é destinado principalmente a
mostrar o que o aluno não sabe e coagi-lo a estudar.
E assim o aluno vai
fazendo coisas que o professor determina, porque é ele professor,
que detém o poder e a autoridade. E assim o estudante vai
descobrindo meios de fugir da sala de aula, chegando atrasado na
escola ou faltando, não fica mais atento, recusa-se a obedecer às
ordens, torna-se agressivo, procura sentar-se bem distante do
professor.
Destaques na utopia de
Skinner:
É através do
condicionamento o perante que Skinner crê ser adquirida a maior
parte do comportamento; Não leva em consideração o que ocorre
dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem. O
que interessa é o comportamento observável;
O estudo do
comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro
do organismo do individuo; O importante é não se concentrar no lado
dos estímulos, mas sim ao lado do reforço. Para Skinner
aprendizagem ocorre devido ao esforço. Não é a presença do
estímulo ou a presença da resposta que leva à aprendizagem, mas
sim, a presença das contribuições de reforço.
A teoria de Skinner é
fundamentada no poderoso papel da “recompensa” “reforço” e
parte da premissa fundamental de que toda ação que produz
satisfação tenderá a ser repetida e aprendida;
A aprendizagem ocorre
devido ao reforço. Não é a presença do estimulo ou da resposta
que leva a aprendizagem, mas sim a presença das contingências de
reforço.
O importante é
arrancar situações tais que as respostas dadas pelo aprendiz sejam
reforçadas e tenham sua probabilidade de ocorrência aumentada;
As idéias de Skinner
dão maior ênfase ao desempenho ou “desempenho”;
A necessidade de
prestar atenção às diferenças individuais, O professor tem a
função de programador de contingências. Programar contingências
significa dar o reforço no momento apropriado, reforçar respostas
que aumentarão a probabilidade de que o aprendiz exiba o
comportamento terminal desejado.
Educar é provocar a
atividade motora, verbal e mental, Skinner realizou a maioria de seus
experimentos com animais,
No ponto de vista da
dimensão econômica hoje o desempenho falta desatenção do Estado e
das elites que... Onde o estimulo da maioria dos estudantes é ganhar
dinheiro, alguns chegam a universidades, mas falta o motor do
financiamento das idéias, para uma nova inovação tecnológica,
falta recursos diversos que os estimulem, aos professores faltam
dinheiro para o seu bem estar.
Pela dimensão
econômica a maioria dos brasileiros dá a maior atenção e quer uma
escola completa com todos os recursos necessários que estimulariam
os seus filhos, mas, o Estado sabota pela teoria da escassez e sempre
com “adequações necessárias”.
E as elites colocam
seus filhos tem todos os recursos, um carro, um dinheirinho, uma
viagem, ou seja, uma compensação, e nos os usuários da escola
publica brigamos um com outro, aluno que briga com professor é um
palco de Guerra.
No ponto de vista da
dimensão filosófico se baseia no ensino programado que podem ser
aplicadas sem ou com a intervenção do professor. Mas, contudo nós
nos enganamos um ao outro, buscamos soluções, mas não percebemos
as invenções utópicas que nos dão.
As elites abusam desta
teoria porque eles têm os incentivos, enquanto nos das escolas
publicas ficamos com as migalhas.
Através de livros,
apostilas ou mesmo máquinas o professor deve observar e ajudar e
avaliar os comportamentos desejados quanto a desempenho.
De novo há desalinho
entre o Estado e modo de viver da maioria da população brasileira
que é capitalista, e, no entanto, a maioria das utopias educacionais
e dos pedagogos e na utopia do socialismo e do Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova(1932).
Na dimensão potencial
é negligenciada pelo Estado onde o orgulho da máquina operante é
maior dos que operam - no caso os educadores, pais, e, não têm
autonomia e estes assumem compromissos emocionais, psíquicos com os
alunos ditados pela utopia do Estado.
Para o Estado e seus
lideres, a escola é apenas um objeto e jogam utopias a vontade de
que é possível e necessário avaliar o desempenho de todos, menos
deles é claro.
Na dimensão de causal
o centralizado de controle dos utópicos do Estado efetivamente
mostram-se incompetente, mostrando índices estatísticos como
Saresp, SAEB, só para enganar, como dizem “só para inglês ver”.
A escola esta formando analfabetos funcionais, isto é sabe mais ou
menos e escrever.
Portanto, a Utopia
Skinneriana onde “Educar é provocar a atividade motora, verbal e
mental”, não se concretiza, e, ainda não é utilizada, plenamente
pela dimensão econômica no Estado, mas na escola particulares ela é
bem utilizada.
Muitos educadores e
pais pregam esta utopia na escola publica, com todo esforço
emocional e psíquico da sociedade, mas, é mais uma mentira do
Estado e seus lideres, que reforçam com a obrigatoriedade do ensino,
além de sistematizar e comportimentalizar as disciplina e alguns
utópicos pregam as interdisciplinaridades desta como salvadora da
educação.
Analisando mais
profundamente Émile Durkheim estudou a consciência coletiva com as
influências culturais atuais dos meios de comunicação ocasionam
uma nova consciência coletiva,
Segundo “Partindo da
afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados como coisa,
forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada
sociedade”.
“Em que o normal
seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e
superior a ele”. O que significa que a sociedade e a consciência
coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência
tangível. Por exemplo, o machismo perdeu o significado como
consciência coletiva porque não mais obrigatório que era normal
antes, agora já não o é.
Essa preponderância da
sociedade sobre o indivíduo ( no caso do machismo) deve permitir a
realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.
Hoje o nosso modelo
patológico de consciência coletiva é baseado em heróis e bandidos
- o modelo norte americano ou ocidental.
Ainda não se destaca a
liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade do ser
humano, mas como imitação da imagem da TV e outras mídias. Cada
homem é um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino,
ainda não conseguimos porque estamos sendo há tempos sofrendo
lavagens cerebrais baseadas em entradas de estímulos e saídas e
manutenção de estímulos.
Basta um click no
controle remoto já nos deixam felizes e nos dá uma sensação de
existência artificial, uma alegria maquinal.
O filósofo francês
Jean-Paul Sartre “afirma a prioridade da existência sobre a
essência, Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do
homem, visto que esse existe sem que seu ser seja pré-definido”.
No caso da nossa
consciência coletiva e durante nossa existência, à medida que se
experimentamos novas vivências elaboradas pelas mídias, redefinimos
o nosso pensamento.
Assim, o click tem uma
importância crucial no comportamento baseados nos estímulos
Behaviorismo Radical.
Hoje um Indivíduo não
consegue tomar suas decisões, geralmente suas escolhas são baseadas
na linguagem da imagem, tem a tribo do Justin Bieber, Skkinheds,
cowboys, etc. A consciência coletiva, ou seja, a Sociedade e
controlada.
As regras sociais ou a
consciência coletiva são os resultados da tentativa dos homens de
planejar um projeto funcional. Ou seja, quanto mais estruturada a
sociedade, mais funcional ela deverá ser.
Há uma passividade
moral de quem trabalha na educação e o desafio maior é mudar
utopia skinnriana. Porque é mais fácil seguir ordens do que fazer
uma nova utopia que encaixe numa possível funcionalidade que envolva
autogerenciar, com justiça, onde o mito de Sísifio perdura e
continua o desafio de tomar decisões.
O negativo hoje é
Bullying que é um termo utilizado para descrever atos de violência
física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um
indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de
indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma
relação desigual de poder. Só mentiras ao longo dos tempos.
Tudo agora virou
bullying, o professor não pode falar mais alto, o aluno falar mais
alto, já não bastava a ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que
junto com Constituição obrigam os pais a manter os alunos que não
querem estudar.
Portanto, contra suas
vontades que os alunos fiquem na escola sem querer. Não é uma
escola para ser feliz, adeus utopia é obrigação.
O imediatismo, a
idolatria, e, principalmente da imagem nos fere.
UTOPIA DE Jerome
Seymour Bruner (Nova Iorque, 1915) é um psicólogo estadunidense. E
acrescenta a utopia de Piaget.
O que é relevante em
uma matéria de ensino é sua estrutura, suas idéias e relações
fundamentais. A compreensão de princípios e conceitos fundamentais
parece ser, segundo Bruner, o principal caminho para uma adequada
transferência da aprendizagem;
Encara o ensino como
uma atividade que deve principalmente concentrar-se em como
aperfeiçoar a aprendizagem facilitar a transferência ou a
recuperação de informações;
Destaca a importância
de planejar o ensino levando em conta o que se sabe sobre o
desenvolvimento intelectual do aprendiz.
Daí se deu a idéia de
ciclos ou etapas, no caso brasileiro, educação infantil,
fundamental, médio, técnico, superior e ensino de jovens adultos (
antiga madureza, feito mais rápido). Professor, alô, olha aí a
UTOPIA de ciclos.
Os pseudos-utópicos
usam muito.
A aula expositiva
torna-se quase um desestimulo a criatividade;
O nível mental da
criança é que determina como o professor deve apresentar as
situações didáticas;
O grupo é o condutor
de estímulos de aprendizagem;
Não ensine, provoque a
atividade do aluno;
A escola deve estimular
a criatividade e preparar o aluno para resolver situações-problema;
Em cada estágio de
desenvolvimento, o aluno tem uma forma diferente de aprender;
Valoriza mais o
processo de aquisição do saber, do que o saber propriamente dito;
Sugere ao professor,
que faça o aluno compreender o que faz;
No grupo o aluno
constrói a solidariedade, a responsabilidade, a criatividade,
preservando a individualidade;
De 1896 ainda usa suas
hipóteses e fazem uma bagunça na educação, várias teses, livros,
revistas, é o igualitarismo falseado de cidadania.
Enquanto, os burocratas
e eleitos, fazem diretrizes, planos comuns a todas as escolas, sem
transparência, são tantas pseudo-utopias aumenta mais ainda os 3Ds.
UTOPIA DE “Paulo
Reglus Neves Freire”. (Recife, 1921 + 1997) foi um educador e
filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da
educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a
formação da consciência política. Autor de “Pedagogia do
Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou
do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais
e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como
método, mas como um modo de ser realmente democrático.
É considerado um dos
pensadores que influenciaram erradamente e enganou muitos jovens com
sua pseudopedagogia, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia
crítica, que na verdade foi usada como instrumento de enganação
dos recém socialistas após 1982 com abertura democrática e
choveram de professores nas escolas cuspindo a utopia pedagógica
dele.
Jovens que recém
saídos do campo, cristão, queriam ser todos felizes como família,
onde todos teriam acesso aos bens materiais elaborados pela
industrialização, achavam que o socialismo iria trazer a sonhada
igualdade, até elegeram LULA.
Que pena, esta utopia
baseado na “ de critica” que para mim é ter, fazer, ser para
mudanças, no caso não houve, na verdade era mais um manipulador que
se dizia progressista.
A sua prática didática
fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de
estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em
contraposição à por ele denominada educação bancária,
tecnicista e alienante; o educando criaria sua própria educação,
fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente
construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando
seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.
A utopia da Pedagogia
da Libertação Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação,
intimamente relacionada com a visão marxista ( onde opressor deve
ser vencido, ainda se tinha conceito regiaonalizante de Terceiro
Mundo em que os países capitalistas e socialistas oprimem as classes
populares), ele foi influenciado por Antonio Gramsci (Ales, 22 de
janeiro de 1891 — Roma, 27 de abril de 1937) foi um político,
cientista político, comunista e antifascista italiano.
Sendo escritor de
teoria política, Gramsci produziu muito como editor de diversos
jornais comunistas na Itália. Entre estes, ele fundou juntamente com
Palmiro Togliatti em 1919 L'Ordine Nuovo, e contribuiu para La Città
Futura.
O grupo que se reuniu
em torno de L'Ordine Nuovo aliou-se com Amadeo Bordiga e a ampla
facção Comunista Abstencionista dentro do Partido Socialista. Isto
levou à organização do Partido Comunista Italiano (PCI) em 21 de
janeiro de 1921. Gramsci viria a ser um dos líderes do partido desde
sua fundação, porém subordinado a Bordiga até que este perdeu a
liderança em 1924. Suas teses foram adotadas pelo PCI no congresso
que o partido realizou em 1926.
Em 1924, Gramsci foi
eleito deputado pelo Veneto. Ele começou a organizar o lançamento
do jornal oficial do partido, denominado L'Unità, vivendo em Roma
enquanto sua família permanecia em Moscou.
Em 1926, as manobras de
Stalin dentro do Partido Bolchevista levaram Gramsci a escrever uma
carta ao Komintern, na qual ele deplorava os erros políticos da
oposição de Esquerda (dirigida por Lev Davidovitsch Bronstein e
Zinoviev) no Partido Comunista Russo, porém apelava ao grupo
dirigente de Stalin para que não expulsasse os opositores do
Partido. Togliatti, que estava em Moscou como representante do PCI,
recebeu a carta e a abriu, leu e decidiu não entregá-la ao
destinatário. Este fato deu início a um complicado conflito entre
Gramsci e Togliatti que nunca chegou a ser completamente resolvido.
Togliatti, posteriormente, divulgaria a obra de Gramsci após sua
morte, mas evitou cuidadosamente qualquer menção às suas simpatias
por Trotsky.
Em 8 de novembro de
1926, a polícia italiana prendeu Gramsci e o levou a prisão romana
Regina Coeli. Foi condenado a 5 anos de confinamento (na remota ilha
de Ústica); no ano seguinte ele foi condenado a vinte anos de prisão
(em Turi, próximo a Bari, na Puglia). Sua saúde neste momento
começava a declinar sensivelmente. Em 1932, um projeto para a troca
de prisioneiros políticos entre Itália e União Soviética, que
poderia dar a liberdade a Gramsci, falhou. Em 1934 sua saúde estava
seriamente abalada e ele recebeu a liberdade condicional, após ter
passado por alguns hospitais em Civitavecchia, Formia e Roma. Gramsci
faleceu aos 46 anos, algum tempo depois de ter sido libertado.
Internado em um hospital católico no fim de sua vida, obteve a seu
pedido os sacramentos da religião que tanto criticara durante sua
vida. Dessa forma, curiosamente, Gramsci voltou a fé de sua infância
pouco tempo antes da morte.
Obras e pensamentos que
serviram para os ditos pedagogos críticos como Paulo Freire.
Os 32 Cadernos do
Cárcere, de 2.848 páginas, não eram destinados à publicação.
Trazem reflexões e anotações do tempo em que Gramsci esteve preso,
que começaram a 8 de Fevereiro de 1929 e terminaram em Agosto de
1935, por conta dos seus problemas de saúde. Foi Tatiana Schucht,
sua cunhada, que os enumerou, sem, todavia levar em conta sua
cronologia.
Teoria da Hegemonia
cultural;
A ampliação da
concepção Marxista de Estado;
A necessidade de educar
os trabalhadores e da formação de intelectuais provenientes da
classe trabalhadora, que ele denomina “intelectuais orgânicos”;
A distinção entre a
sociedade política e a civil;
O historicismo
absoluto;
A crítica do
determinismo econômico;
A crítica do
materialismo filosófico.
Hegemonia / Bloco
Hegemônico
Gramsci é famoso
principalmente pela elaboração do conceito de hegemonia e bloco
hegemônico, e também por focar o estudo dos aspectos culturais da
sociedade (a chamada superestrutura no marxismo clássico) como
elemento a partir do qual se poderia realizar uma ação política e
como uma das formas de criar e reproduzir a hegemonia.
Alcunhado em alguns
meios como o “marxista das superestruturas”, Gramsci atribuiu um
papel central à diálise infra-estrutura (base real da sociedade,
que inclui forças de produção e relações sociais de produção)/
superestrutura ("ideologia", constituída pelas
instituições, sistemas de idéias, doutrinas e crenças de uma
sociedade), a partir do conceito de "bloco hegemônico".
Segundo esse conceito,
o poder das classes dominantes sobre o proletariado e todas as
classes dominadas dentro do modo de produção capitalista, não
reside simplesmente no controlo dos aparatos repressivos do Estado.
Se assim fosse, tal poder seria relativamente fácil de derrocar
(bastaria que fosse atacado por uma força armada equivalente ou
superior que trabalhasse para o proletariado). Este poder é
garantido fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as
classes dominantes logram exercer sobre as dominadas, através do
controlo do sistema educacional, das instituições religiosas e dos
meios de comunicação. Usando deste controlo, as classes dominantes
"educam" os dominados para que estes vivam em submissão às
primeiras como algo natural e conveniente, inibindo assim sua
potencialidade revolucionária.
Assim, por exemplo, em
nome da "nação" ou da "pátria", as classes
dominantes criam no povo o sentimento de identificação com elas, de
união sagrada com os exploradores, contra um inimigo exterior e a
favor de um suposto "destino nacional". Assim se forma um
"bloco hegemônico" que amalgama a todas as classes sociais
em torno de um projeto burguês.
A hegemonia é o
conceito que permite compreender o desenrolar da história italiana e
da Ressurreição particularmente, que poderia ter adquirido um
caráter revolucionário se contasse com o apoio de vastas massas
populares, em particular dos camponeses, que constituíam a maioria
da população. Limitou o alcance da revolução burguesa em Itália
o fato de não ser guiada por um partido jacobino, como em França,
onde a participação camponesa, apoiando a revolução, foi decisiva
para a derrota das forças da reação aristocrática.
A união das várias
classes rurais em um bloco reacionário, através de diversos núcleos
intelectuais legitimista-clericais, poderia ser dissolvida pelo
advento de uma nova formação liberal-nacional, somente se se
fizessem esforços voltados para duas frentes: para base camponesa,
aceitando suas reivindicações, e, segundo, para os intelectuais dos
estratos meios e inferiores.”
A supremacia de um
grupo social se manifesta por dois modos: primeiro, pelo domínio e,
segundo, pela direção intelectual e moral. Um grupo social domina
os grupos adversários que tenda liquidar ou a submeter inclusive com
a força armada e dirige os grupos afins e aliados. Um grupo social
pode e deve ser dirigente antes de conquistar o poder governamental:
esta, aliás, é uma das condições principais para a própria
conquista do poder. Posteriormente, quando exerce o poder, torna-se
dominante, mas deve continuar sendo dirigente também.
Analisando o processo
da Ressurreição, Gramsci considera que a função de classe
dirigente ficou com Piemonte, ainda que existissem em Itália núcleos
de classe dirigente favoráveis à unificação, “estes núcleos
nada queriam dirigir, isto é, não queriam conciliar seus interesses
e aspirações com os de outros grupos. Queriam dominar não dirigir
e, todavia, queriam que seus interesses prevalecessem não suas
próprias pessoas, isto é, queriam que uma força nova, independente
de todo compromisso e condição, se torna-se árbitra da Nação:
esta força foi Piemonte”, que teve uma função comparável à de
um partido.
“Este fato é da
máxima importância para o conceito de revolução passiva, pois não
foi um grupo social o dirigente de outros grupos, sim um estado, ao
mesmo tempo limitado como potência e dirigente do grupo que deveria
ser dirigente e pudesse pela disposição deste um exército e uma
força político-diplomática… É um dos casos nos quais se tem a
função de domínio e não de direção destes grupos, ditadura sem
hegemonia.”
As classes subalternas
A hegemonia é,
portanto, o exercício das funções de direção intelectual e moral
unida àquela do domínio do poder político. O problema para Gramsci
está em compreender como pode o proletariado ou em geral uma classe
dominada, subalterna, tornar-se classe dirigente e exercer o poder
político, ou seja, converter-se em uma classe hegemônica.
As classes subalternas
– subproletariado, proletariado urbano, rural e também a pequena
burguesia – não estão unidas e sua união ocorre somente quando
“se convertem em Estado”, quando chegam a dirigir o Estado, de
outra forma desempenham uma função descontinua e desagregada na
história da sociedade civil dos estados singulares. Sua tendência à
unificação “se despedaça continuamente por iniciativa dos grupos
dominantes” dos quais elas “sofrem sempre a iniciativa, ainda
quando se rebelam e se insurgem”.
A hegemonia é exercida
unindo-se um bloco social – criando então a aliança política de
um conglomerado de classes sociais diferentes. Em Itália, o bloco
social não é homogêneo, sendo formado por industriais,
proprietários rurais, classes médias e parte pequena da burguesia.
Este bloco é, portanto, sempre entrecortado por interesses
divergentes. Mas, mediante uma política, uma cultura e uma ideologia
ou um sistema de ideologias, impedem que os conflitos de interesses,
permanentes até quando são latentes, explodem, provocando a crise
da ideologia dominante e uma decorrente crise política do sistema de
poder.
A crise da hegemonia se
manifesta quando, ainda que mantendo o próprio domínio, as classes
sociais politicamente dominantes não conseguem mais ser dirigentes
de todas as classes sociais, isto é não conseguem resolver os
problemas de toda a coletividade e a impor a toda a sociedade a
própria complexa concepção do mundo. A classe social subalterna se
consegue indicar soluções concretas aos problemas deixados sem
solução, torna-se dirigente e, expandindo seu próprio cosmo visão
a outros estratos sociais, cria um novo bloco social, que se torna
hegemônico. Para Gramsci, o momento revolucionário volta-se
inicialmente para o nível da superestrutura, em sentido marxista,
isto é, político, cultural, ideal, moral. Mas, trespassa a
sociedade em sua complexidade, indo ao encontro com sua estrutura
econômica, isto é, todo o bloco histórico - termo que para Gramsci
indica o conglomerado da estrutura e da superestrutura, as relações
sociais de produção e seus reflexos ideológicos.
Em Itália, o exercício
da hegemonia das classes dominantes sempre foi parcial: entre as
forças que contribuem à conservação do bloco social estão a
Igreja Católica, que se bate para manter a unidade doutrinária de
modo e evitar entre as fiéis fraturas irremediáveis que, no entanto
existem e que ela não pode sanar, mas somente controlar: “A Igreja
romana foi sempre a mais tenaz na luta para impedir que oficialmente
se formem duas religiões, uma dos intelectuais e outra das almas
simples”.
Luta que, se por um
lado, teve graves conseqüências, conectadas “ao processo
histórico que transforma toda a sociedade civil e que em bloco
contem uma crítica corrosiva das religiões”, por outro, fez
ressaltar “a capacidade organizadora na esfera da cultura do clero”
que deu “certas satisfações às exigências da ciência e da
filosofia, mas com um ritmo tão lento e metódico que as mutações
não são percebidas pela massa dos simples, ainda que estas pareçam
revolucionárias e demagógicas aos fundamentalistas.”.
Nem mesmo a cultura de
timbre idealista, que, ao tempo de Gramsci, era dominante e exercida
pelas escolas filosóficas crocianas e gentilianas, “soube criar
uma unidade ideológica entre o baixo e o alto, entre os simples e os
intelectuais”. Tanto é que esta cultura, ainda que considera a
religião uma mitologia, não ao menos “tentou construir uma
concepção que pudesse substituir a religião na educação
infantil”, e estes pedagogos, ainda que não fossem religiosos nem
confessionais, ou mesmo que fossem ateus, “concordam com o ensino
religioso porque a religião é a filosofia da infância da
humanidade, que se renova em cada infância não metafórica”.
Também a cultura laica “dominante” utiliza, pois a religião,
porque não trata do problema de elevar às classes populares ao
nível das dominantes, mas, ao contrário, quer mantê-la em uma
posição subalterna.
Consciência de classe
A fratura entre os
intelectuais e os simples pode ser sanada por uma política que “não
tenda manter os simples em sua filosofia primitiva do sentido comum,
mas, ao invés disso, que os leve a uma concepção superior da
vida”. A ação política empreendida pela “filosofia da práxis”
(como Gramsci chama o marxismo), opondo-se às culturas dominantes da
Igreja e do idealismo, pode elevar os subalternos a uma “consciência
superior da vida”.
Isto afirma a exigência
do contacto entre os intelectuais e os simples, que não é para
limitar a atividade científica ou por manter uma unidade ao baixo
nível das massas, mas para construir um bloco intelectual e moral
que torne politicamente possível um progresso intelectual de massa e
não somente de escassos grupos intelectuais.”. Logo, a via para a
hegemonia do proletariado passa por uma reforma cultural e moral da
sociedade.
Porém, “o homem
ativo da massa”, isto é a classe operária, em geral não é
cônscia nem da função que pode desempenhar nem da sua condição
real de subordinada. O proletariado, de acordo com Gramsci, “não
tem uma clara consciência teórica de sua forma de trabalhar, que
também é um conhecimento do mundo enquanto o transforma. Assim, sua
consciência teórica até pode estar conflito com sua forma de
trabalhar”. Ele trabalha de modo prático e ao mesmo tempo tem uma
consciência teórica herdada do passado, que ele acolhe de modo
acrítico. A real compreensão crítica de si mesmo ocorre “através
de uma luta de hegemonias políticas, de direções conflituosas,
primeiro no campo da ética, logo da política para chegar a uma
elaboração superior da própria concepção do real”. A
consciência política, isto é, o ser parte de uma determinante
força hegemônica, constitui “a primeira fase para uma ulterior e
progressiva autoconsciência onde teoria e prática finalmente se
unem”.
Mas, a autoconsciência
crítica implica a criação de uma elite de intelectuais, pois para
distinguirem-se e fazerem-se independentes, o proletariado necessita
de organização e esta não existe sem intelectuais, “um estrato
de pessoas especializadas na elaboração conceitual e filosófica”.
O Partido Político
Maquiavel já enxergava
nos Estados unitários europeus modernos a experiência pela qual
passaria a própria Itália, para superar a dramática crise emergida
das guerras que devastaram a península desde os finais do século
XV. O príncipe de Maquiavel “não existia na realidade histórica,
não se apresentava ao povo italiano de modo imediato e objetivo. Era
uma pura abstração doutrinária, o símbolo do chefe, do líder
ideal. Mas os seus elementos passionais, míticos… se resumem e se
tornam vivos ao final, na invocação de um príncipe realmente
existente”.
Ao tempo de Maquiavel,
em Itália não houve uma monarquia absoluta que unificasse a nação,
porque, segundo Gramsci, na dissolução da burguesia comunal se
criou uma situação interno econômico - corporativa, politicamente
“a pior das formas de sociedade feudal, a forma menos progressista
e mais estancada; faltou sempre, e não se podia constituir, uma
força jacobina eficiente, a força precisa que em outras nações
insuflou e organizou a vontade coletiva nacional-popular e fundou os
estados modernos”.
A esta força
progressista se opôs em Itália a “burguesia rural, herança do
parasitismo deixado nos tempos modernos pela derrota, como classe, da
burguesia comunal”. As forças progressistas são os grupos sociais
urbanos com um determinado nível de cultura política. Todavia, não
será possível a formação de uma vontade coletiva
nacional-popular, “se as grandes massas de campesinos trabalhadores
não irrompem simultaneamente na vida política. Isso Maquiavel
pretendia alcançar através da reforma das milícias, isto fizeram
os jacobinos na Revolução Francesa; Compreendendo isto,
identifica-se um jacobinismo precoce em Maquiavel. “.
Modernamente, o
Príncipe invocado por Maquiavel não pode ser um indivíduo real,
concreto, mas antes um organismo e “este organismo já vem do
desenvolvimento histórico e é o partido político: a primeira
célula na qual se resumem as sementes de vontade coletiva que
almejam tornarem-se universais e totais”; o partido é o
organizador de uma reforma intelectual e moral, que concretamente se
manifesta com um programa de reforma econômica, tornando-se assim “a
base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a
vida e de todas as relações de costumes”.
Para que um partido
exista e se faça historicamente necessário, devem confluir nele
três elementos fundamentais:
"Um elemento
difuso, de homens comuns, médios, cuja participação seja a
contribuição pela disciplina e pela fidelidade, não pelo espírito
criativo e altamente organizador. Eles são a força enquanto houver
quem os centralize, organize, discipline, porém, na ausência desta
força coesiva, se dispersariam e se anulariam em uma poeira
impotente.”.
“O elemento coesivo
principal. Dotado de força altamente coesiva, centralizadora e
disciplinadora e também, ou por isto mesmo, inventiva. Com apenas
este elemento não se formaria um partido, mas um partido se forma
mais com ele do que com o primeiro elemento considerado. Fala-se de
capitães sem exército, mas na realidade é mais fácil formar um
exército que os capitães.
“Um elemento médio,
que articule o primeiro elemento com o segundo, que os coloque em
contacto, não apenas física, mas moral e intelectualmente.”.
Os Intelectuais e a
educação
Gramsci examinou de
perto o papel dos intelectuais na sociedade: todo homem é um
intelectual, já que todos têm faculdades intelectuais e racionais,
mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele propôs a
ideia de que os intelectuais modernos não se contentariam mais de
apenas produzir discursos, mas estariam engajados na organização
das práticas sociais.
Segundo sua análise,
“não há atividade humana da qual se possa excluir de toda
intervenção intelectual, não se pode separar o ‘homo faber’ do
‘homo sapiens’” enquanto, independentemente de sua profissão
específica, cada um é a seu modo “um filósofo, um artista, um
homem de gosto, participa de uma concepção do mundo, tem uma
consciente linha moral”, Mas, nem todos os homens têm na sociedade
a função de intelectuais.
Historicamente se
formam categorias particulares de intelectuais, “especialmente em
relação aos grupos sociais mais importantes e passam por processos
mais extensos e complexos em conexão com o grupo social dominante”.
Gramsci, então, distingue entre uma “intelectualidade tradicional”
que, sem razões, se considera uma classe distinta da sociedade e os
grupos intelectuais que cada classe gera “organicamente”. Estes
últimos não descrevem a vida social simplesmente por regras
científicas, mas de preferência exprimem as experiências e os
sentimentos que as massas por si mesmas não conseguem exprimir.
O intelectual
tradicional é o literato, o filósofo, o artista e por isso, diz
Gramsci, “os jornalistas, que acreditam ser literatos, filósofos e
artistas, também acreditam ser os verdadeiros intelectuais”,
enquanto que modernamente é a formação técnica a que serve como
base do novo tipo de intelectual, um “construtor, organizador,
persuadem”, que deve partir “da técnica-trabalho para a
técnica-ciência e a concepção humano-histórica, sem a qual
permanece especialista e não se torna dirigente”. O grupo social
emergente, que labuta por conquistar a hegemonia política, almeja
conquistar a própria ideologia intelectual tradicional, ao mesmo
tempo em que forma seus próprios intelectuais orgânicos.
A organicidade do
intelectual se mede pela maior ou menor conexão que mantém com o
grupo social ao qual se relaciona: eles operam, tanto na sociedade
civil quanto na sociedade político ou estado. A primeira representa
o conjunto dos organismos privados nos quais se debatem e se difundem
as ideologias necessárias para a aquisição do consenso que
aparentemente surge de modo espontâneo das grandes massas da
população em torno às decisões do grupo social dominante. A
segunda é onde se exerce o “domínio direto do comando que se
expressa no Estado e no regime jurídico”. Os intelectuais são
como “apostadores do grupo dominante para o exercício das funções
subalternas da hegemonia social e do regime político”. presupostos
muito usados hoje ainda.
Assim como o Estado,
que na sociedade política almeja unir os intelectuais tradicionais
com os orgânicos, também, na sociedade civil, a partida política
forma “os próprios componentes, elementos de um grupo social que
nasce e se desenvolve como econômico, até convertê-los em
intelectuais políticos qualificados, dirigentes, organizadores de
todas as atividades e as funções inerentes ao desenvolvimento
orgânico de uma sociedade integral, civil e política”.
A necessidade de criar
uma cultura própria dos trabalhadores relaciona-se com o apelo de
Gramsci por um tipo de educação que permite o surgimento de
intelectuais que partilhem das paixões das massas de trabalhadores.
Neste aspecto, os adeptos da educação adulta popular tomam Gramsci
como uma referência. Seu sistema educacional pode ser definido
dentro do âmbito da pedagogia crítica que é uma filosofia
educacional descrita por Henry Giroux como um "movimento
educacional, guiado por paixão e princípio, para ajudar estudantes
a desenvolverem consciência de liberdade, reconhecer tendências
autoritárias, e conectar o conhecimento ao poder e à habilidade de
tomar atitudes construtivas.
Baseado na teoria
marxista, a pedagogia crítica é ligada à democracia radical, o
anarquismo, o feminismo, e outros movimentos que lutam pelo que
descrevem como justiça social.
A pedagogia crítica
foi fortemente influenciada pelos trabalhos de Paulo Freire, um dos
mais aclamados educadores críticos. De acordo com seus textos, Paulo
defende a habilidade dos estudantes de pensar criticamente sobre sua
situação educacional; esta forma de pensar os permite "reconhecer
conexões entre seus problemas individuais, experiências e o
contexto social em que eles estão imersos." Perceber sua
consciência ("conscientização") é um primeiro passo
requerido da "Práxis," que é definida como o poder e a
habilidade de tomar atitude contra a opressão ao mesmo tempo em que
se enfatizam a importância da educação libertadora. “A práxis
envolve o engajamento em um ciclo de teoria, aplicação, avaliação,
reflexão, e de volta à teoria”. Transformação social é o
produto da práxis em nível coletivo.
As idéias de Antonio
Gramsci, político e pensador marxista italiano, também tiveram
influência no desenvolvimento no conceito. Suas idéias passaram a
ser discutidas no Brasil a partir da década de 1970, várias décadas
depois de terem sido escritas (entre 1929 e 1937) e publicadas (no
segundo pós-guerra).
A força do pensamento
gramsciano na academia brasileira pode ser medida por sua influência
nas teses e dissertações nas áreas de educação, ciência
política e serviço social. Mas, hoje, Gramsci é um dos autores
italianos mais citados e influentes não só no Brasil, como também
em todo o mundo. Todo um filão de estudos sobre os "subalternos"
floresce no mundo anglo-saxão. Naturalmente, são díspares os
resultados obtidos, e uma parte desta disparidade reside na própria
complexidade dos Cadernos do cárcere.
Mesmo que se consiga
rastrear a origem de conceitos como “filosofia da práxis”,
“revolução passiva”, “reforma ético - política”, “bloco
histórico” e hegemonia, na obra de Gramsci tais conceitos adquirem
significados diferentes dos originais. Em conseqüência, a
interpretação do pensamento gramsciano demanda cuidados adicionais
na decodificação do seu universo semântico. Entre os estudiosos,
acredita-se que a edição crítica de 1975 é a melhor fonte para a
compreensão do pensamento do Autor.
Considera-se que o
pensamento gramsciano associa intensamente conhecimento histórico,
práxis política, luta cultural e processo de formação. Gramsci é
formalmente contra qualquer interpretação do homem fundamentada no
naturalismo ou no positivismo. Entende o homem como produto histórico
e não natural; como produto de específicas relações sociais e, ao
mesmo tempo, como indivíduo dotado de singularidade insuprimível.
Considerando que o
homem é sujeito de sua história, Gramsci propõe a difusão da
cultura humanista e filosófica no âmbito da classe operária e dos
"subalternos" de um modo geral; a formação do hábito de
pesquisa, método e disciplina nos estudos; e a valorização da
vontade moral.
Foi a educação
popular teorizadas e praticadas mais contemporaneamente pelo
brasileiro Paulo Freire.
Literatura Nacional
Popular
Se os intelectuais
podem ser mediadores de cultura e de consenso para os grupos sociais,
uma classe politicamente emergente deve valer-se de intelectuais
orgânicos, para a valorização de seus valores culturais, até
poder impô-los à sociedade inteira.
Para Gramsci, uma
crítica literária deve fundir, como De Sanctis fez, a crítica
estética com a labuta por uma cultura nova, criticando os costumes,
os sentimentos e as ideologias expressas na história da literatura.
Não por acaso, Gramsci esboça nos cadernos um ensaio que intitula
“os sobrinhinhos do padre Bresciani”. Antonio Bresciani
(1798-1862), jesuíta, fundador da revista “A Cultura Católica”,
foi um escritor de contos populares de carácter reaccionário. Um
destes, “O judeu de Verona”, foi criticado em um célebre ensaio
de De Sanctis. Os sobrinhinhos do padre Bresciani são os
intelectuais e os literatos contemporâneos portadores de uma
ideologia reaccionária.
Esta crítica de Croce
é em verdade um simples sofisma: os conceitos de mais valia e os de
valor são o mesmo. É a diferença entre o valor das mercadorias
produzidas pelo trabalhador e o valor da força de trabalho do
próprio trabalhador. A teoria do valor de Marx se deriva diretamente
da do economista inglês David Ricardo, cuja teoria do valor-trabalho
“não causou nenhum escândalo quando foi formulada, porque então
não representava nenhum perigo, parecia apenas, como de fato era,
uma constatação puramente objetiva e científica. O valor polêmico
e de educação moral e política, para não perder sua objetividade,
devera adquiri-la apenas com a Economia Crítica [O Capital]”.
A filosofia crociana é
um tipo de historicismo, ou seja, como concebe Vico, a realidade é
história e tudo o que existe é necessariamente histórico. Porém,
de acordo com a natureza idealista de sua filosofia, a história é a
do espírito e, portanto, especulativa, de abstração, da liberdade,
da cultura e do progresso. Não é a história concreta das nações
e das classes:
“A história
especulativa pode ser considerada como um retrocesso, em formas
literárias feitas com mais astúcia e menos ingênuas, que o
desenvolvimento da capacidade crítica, com formas de história em
descrédito, como jogos de palavras vazios e registrados em diversos
livros do próprio Croce. A história ético - política, enquanto
prescinde do conceito de bloco histórico [união de estrutura e
superestrutura no sentido marxista], onde conteúdo econômico -
social e forma ético-política se identificam concretamente pela
reconstrução de vários períodos históricos, não se trata de
nada mais que de uma apresentação polemica de pensamentos mais ou
menos interessantes, mas não é história. [.] A história de Croce
apresenta-se como figuras desossadas, sem esqueleto, das carnes
flácidas e decadentes até mesmo debaixo do vermelho das veias
literárias dos escritores.”
A atuação
conservadora do Croce histórico forma um binômio com a do Croce
filósofo: se a dialética do idealista Hegel era uma dialética dos
contrários – um desenvolvimento da história que procede por
contradições – a dialética crociana é uma dialética dos
distintos: comutar a contradição em distinção significa operar
uma atenuação, se não uma anulação, dos conflitos que na
história e nas sociedades se apresentam.
Para Gramsci, tal
atenuação ou anulação se manifesta nas obras históricas de
Croce: sua História da Europa, iniciando em 1815 e ignorando o
período da Revolução Francesa e o império napoleônico, “não é
outra coisa que um fragmento de história, o aspecto passivo da
grande revolução que se iniciou em França em 1789, desembocou no
resto da Europa com os exércitos republicanos e napoleônicos, dando
fortes ombradas aos velhos regimes e determinando não a sua queda
imediata, como em França, mas antes a corrosão reformista que durou
até 1870”.
Do mesmo modo, sua
História da Itália de 1871 a 1915 “prescinde do momento da
labuta, do momento no qual se elaboram, reúnem e dispõem as forças
em conflito [.] no qual um sistema ético-político se dissolve e
outro se elabora [.] no qual um sistema de relações sociais se
desconecta e cai e outro sistema surge e se afirma. Ao invés disso,
Croce toma placidamente como história o momento de crescimento
cultural ou ético-político”.
Materialismo Histórico
Por acreditar que a
história humana e a práxis coletiva determinam se uma questão
filosófica é relevante ou não, Gramsci opõe-se ao materialismo
metafísico e cola-se à teoria da percepção Engels e Lenine, se
bem que não deixa isto explícito. Para Gramsci, o Marxismo não
lida com uma realidade que existe em si e por si, independente da
humanidade. O conceito de um universo objetivo fora da história e da
práxis humanas era, a seu ver, análogo à crença em Deus. Não
poderia existir a objetividade, mas somente uma intersubjetividade
universal, a ser construída numa sociedade futura. A história
natural, portanto, só teria sentido em relação à história
humana.
Gramsci, desde os anos
universitários, foi um decidido opositor da concepção fatalista e
positivista do marxismo, presente no velho partido socialista, para a
qual o capitalismo necessariamente estava destinado a cair, dando
lugar a uma sociedade socialista. Esta concepção mascarava a
impotência política do partido da classe subalterna, incapaz de
tomar a iniciativa para a conquista da hegemonia.
Ainda que o manual do
bolchevique russo Nikolai Bukharin, editado em 1921, A teoria do
materialismo histórico, manual popular de sociologia, se coloque no
mesmo filão positivista, “a sociologia foi um tentativa de criar
um método da ciência histórica-política, na dependência de um
sistema filosófico já elaborado, o positivismo evolucionista [.]
converteu-se na filosofia de não-filósofos, uma tentativa de
descrever e classificar esquematicamente os fatos históricos,
segundo critérios construídos sobre o modelo das ciências
naturais. A Sociologia é, pois uma tentativa de obter
experimentalmente as leis da evolução da sociedade humana de modo a
prever o futuro com a mesma certeza com a qual se prevê que de uma
bolota nascerá uma flor. O evolucionismo vulgar está na base da
sociologia que não pode conhecer o princípio dialético com a
passagem da quantidade à qualidade, passagem que desconcerta toda
evolução e toda lei de uniformidade entendida no sentido
evolucionista vulgar”.
A compreensão da
realidade como desenvolvimento da história humana somente é
possível utilizando a dialética marxista, da qual não trata o
manual de Bukharin, porque ela capta tanto o sentido tanto das
vivências humanas como do seu caráter efêmero, sua historicidade,
determinada da práxis, da ação política, que transforma as
sociedades.
Por si mesmas as
sociedades não se transformam. Marx notara que nenhuma sociedade
enfrenta questões sem que já possua, ou estejam em vias de obter,
as condições de solucioná-las. Nem tampouco se desfaz uma
sociedade sem que primeiro tenha desenvolvido todas as formas de vida
nela subjacentes. Ao revolucionário se coloca o problema de
identificar com exatidão as relações entre infraestrutura e
superestrutura para chegar a uma análise correta das forças que
operam na história de um determinado período. A ação política
revolucionária, a práxis, para Gramsci é outros sim uma catarse
que indica a “passagem do momento meramente econômico (ou
egoísta-passional) ao ético-político, que é a elaboração
superior da estrutura em superestrutura na consciência humana. Isto
equivale também à transição “do objetivo para o subjetivo” e
da “necessidade para a liberdade”. A infraestrutura, que, pela
força exterior que oprime o homem, assimila-o a si mesma, tornando-o
passivo, se transforma assim em meio de libertação, em instrumento
para criar uma nova forma ético - política, em causa de novas
iniciativas. A fixação do momento “catártico” torna-se então,
segundo me parece, o ponto de partida de toda filosofia da práxis. O
processo catártico coincide com a cadeia de sínteses que resultam
do desenvolvimento dialético.”
A dialética é pois um
instrumento de investigação histórica, que supera a visão
naturalista e mecanicista da realidade, é união da teoria com a
práxis, de conhecimento e ação. As dialéticas são “doutrina do
conhecimento e substância medular da historiografia e da ciência da
política” e pode ser compreendida somente concebendo o marxismo
“como uma filosofia integral e original que inicia uma nova fase na
história e no desenvolvimento mundial enquanto supera (e superando
inclui em si os elementos vitais) tanto o idealismo quanto o
materialismo tradicionais, expressões da velhas sociedades. Se a
filosofia da práxis, ou seja, o marxismo, não se pensa como
subordinada a outra filosofia, não se pode conceber a nova
dialéticas, na qual precisamente tal superação se efetua e se
exprime”.
O velho materialismo é
metafísica. Para o senso comum, a realidade é objectiva, existente
independentemente do sujeito, é um obvio axioma, confortado pela
afirmação da religião pela qual o mundo, criado por Deus, se
encontra já dado à nossa frente. Mas, para Gramsci, está excluída
“a concepção da realidade objetiva do mundo externo na sua forma
mais trivial e acrítica” a partir do momento em que “a esta se
pode colocar a objeção do misticismo”. Conhecem-se a realidade
enquanto homens, e sendo nós mesmos produtos da história, também o
são a consciência e a realidade.
Como poderia de fato
existir uma objetividade extra-histórica e extra-humana e quem
julgará tal objetividade? “A formulação de Engels que a unidade
do mundo consiste na materialidade, demonstrada pelo largo e
laborioso desenvolvimento da filosofia das ciências naturais, contem
precisamente a semente da concepção correta, porque se refere à
história e ao homem para demonstrar a realidade objetiva.
Objetivo significa
sempre humanamente objetivo, isto é, que pode corresponder
exatamente a historicamente objetivo [.]. O homem conhece
objetivamente enquanto o conhecimento é real para todo o gênero
humano, historicamente unificado num sistema cultural unitário. Mas,
este processo de unificação histórica virá com o desaparecimento
das contradições internas que são a condição da formação dos
grupos e do nascimento das ideologias [.]. Há, portanto, uma luta
pela objetividade (para livrar-se das ideologias parciais e falazes)
e esta labuta é a mesma labuta para a unificação cultural do
gênero humano. “Ao que os idealistas chamam de espírito, não é
o ponto de partida, mas de chegada, o conjunto das superestruturas
num futuro em direção a uma unificação concreta e objetivamente
universal e não mais um pressuposto unitário.”
O estado e a sociedade
civil
A teoria da hegemonia
de Gramsci está ligada à sua concepção do estado capitalista,
que, segundo afirma, exerce o poder tanto mediante a força quanto o
consentimento. O estado não deve ser entendido no sentido estreito
de governo. Gramsci divide-o entre a sociedade política, que é a
arena das instituições políticas e do controlo legal
constitucional, e a sociedade civil, que se vê comummente como uma
esfera 'privada' ou 'não-estatal', e que inclui a economia. A
primeira é o âmbito da força e a segundo o do consentimento.
Não obstante, Gramsci
esclarece que a divisão é meramente conceptual e que as ambas podem
mesclar-se na prática. Gramsci afirma que sob o capitalismo moderno,
a burguesia pode manter seu controlo econômico permitindo que a
esfera política satisfaça certas demandas dos sindicatos e dos
partidos políticos de massas da sociedade civil. Assim, a burguesia
leva a cabo uma revolução passiva, ao ir muito aquém dos seus
interesses econômicos e permitir que algumas formas de sua hegemonia
se vejam alteradas. Gramsci dava como exemplos disto movimentos como
o reformismo e o fascismo, e bem assim a 'administração científica'
e os métodos da linha de montagem de Frederick Taylor e Henry Ford.
Seguindo Maquiavel,
Gramsci argumenta que o 'Príncipe moderno' -o partido
revolucionário- é a força que permitirá que a classe operária
desenvolva intelectuais orgânicos e uma hegemonia alternativa dentro
da sociedade civil.
Para Gramsci, a
natureza complexa da sociedade civil moderna implica que a única
táctica capaz de minar a hegemonia da burguesia e chegar-se ao
socialismo é uma 'guerra de posições' (análoga à guerra de
trincheiras), A 'guerra em movimento' (o ataque frontal) levado a
cabo pelos bolcheviques foi uma estratégia mais apropriada à
sociedade civil 'primordial' existente na Rússia Czarista.
Apesar de sua afirmação
de que a fronteira entre as duas é nebulosa, Gramsci alerta contra a
adoração ao estado que resulta do identificar a sociedade política
com a sociedade civil, como no caso dos jacobinos e os fascistas. Ele
acredita que a tarefa histórica do proletariado é criar uma
sociedade regulada e define a 'tendência do estado a desaparecer'
como o pleno desenvolvimento da capacidade da sociedade civil para
regular-se a si própria.
Historicismo
Gramsci, a exemplo de
Marx quando moço, enfaticamente defendia o historicismo. A partir
desta perspectiva, todo significado se deriva da relação entre a
atividade prática (ou 'práxis') e os processos sociais e históricos
'objetivos' dos quais formamos parte. As idéias não podem ser
entendidas fora do contexto histórico e social, à parte de sua
função e origem. Os conceitos com os quais organizamos nosso
conhecimento do mundo não derivam primordialmente de nossa relação
com as cousas, mas das relações sociais entre os usuários destes
conceitos. Logo, não há algo como que uma 'natureza humana' que não
muda, mas uma mera ideia desta que muda historicamente. Ademais, a
filosofia e a ciência não 'refletem' uma realidade independente do
homem, mas são 'verdadeiras' à medida que expressam o processo de
desenvolvimento real de uma situação histórica determinada. A
maioria dos marxistas sustenta a opinião do senso comum de que a
verdade é a verdade sem importar quando e onde se conheça, e que o
conhecimento científico (que inclui o marxismo) se acumula
historicamente como o progresso da verdade neste sentido quotidiano.
Portanto, não pertenceria ao domínio ilusório da superestrutura.
Para Gramsci, não obstante, o marxismo era 'verdadeiro' no sentido
pragmático social, em que, ao articular a consciência de classe do
proletariado, expressa a 'verdade' de sua época melhor que qualquer
outra teoria. Tal posição anticientífica e antipositivista
devia-se provavelmente à influência de Benedetto Croce. Ainda que
Gramsci repudiasse esta possibilidade, sua descrição histórica da
verdade foi criticada como uma forma de relativismo.
Crítica do
Economicísmo.
Num famoso artigo
escrito antes de sua prisão, intitulado 'A Revolução contra O
Capital , Gramsci afirma que a revolução bolcheviques representava
uma revolução contra o livro clássico de Karl Marx, considerado o
guia básico da social-democracia e do movimento operário antes de
1917. Ia contra várias premissas fazer uma revolução socialista em
um país atrasado como a Rússia, que não reunia as condições
econômicas e sociais que se consideravam indispensáveis para a
transição ao socialismo. O principio da primordial das relações
de produção, dizia, era uma má interpretação do marxismo. Tanto
as mudanças econômicas como as culturais são expressões de um
'processo histórico básico', e é difícil dizer qual esfera tem
maior importância.
Para Gramsci, a crença
fatalista, comum entre o movimento operário em seus primeiros anos,
de que triunfaria inevitavelmente devido a 'leis históricas', era o
produto de circunstâncias de uma classe oprimida, restrita
principalmente à ação defensiva, e seria abandonada como um
obstáculo uma vez que a classe operária pudesse tomar a iniciativa.
A 'filosofia da práxis'
não pode confiar em 'leis históricas' invisíveis como os agentes
da mudança social. A história define-se pela práxis humana e,
portanto inclui o alvedrio humano. Não obstante, o poder da vontade
apenas não pode conseguir nada que se queira em uma situação
determinada: quando a consciência da classe operária alcançar o
nível de desenvolvimento necessário para a revolução, as
circunstâncias históricas que se encontrarão serão tais que não
se poderão alterar arbitrariamente. De qualquer modo, não se pode
predeterminar, por inevitabilidade histórica, qual dentre os muitos
possíveis desenvolvimentos tomará lugar.
Influências
Obstante o fato do
pensamento de Gramsci originar-se na esquerda organizada, ele é
outros sim uma figura importante para as discussões nos estudos
culturais e teoria crítica. Ademais, seus conceitos também têm
inspirado teóricos políticos assim de centro com de direita, sendo
a sua ideia de hegemonia muito citada. Essa influência é muito
sentida em ciência política atualmente, por exemplo, quando se
aborda o tema da prevalência do pensamento neoliberal entre as
elites políticas: é o chamado Neo-Gramscianismo.
Por fim, seu trabalho
fortemente influenciou o discurso de intelectuais acerca da cultura
popular e dos estudos acadêmicos desta, por nele encontrarem
potencial para a resistência política ou ideológica aos interesses
dominantes dos governos e do poder. Onde o intelectual Paulo Freire
foi o principal representante com sua pedagogia do oprimido.
Paulo Freire
considerava que educações das classes oprimidas deveriam ser
elucidar e conscientizar politicamente para sair da exploração que
estavam sendo submetidos. Segundo a visão de Freire, todo ato de
educação é um ato político.
A educação sempre foi
capitalista e desigual, e a realidade, ela é neutra politicamente,
povo é capitalista, já escolheu desde 1988 com Constituição que
se diz cidadã.
Os fundamentos da
utopia capitalista ganharam e não tem mais fundamento de se ter uma
visão socialista nas escolas. Mas, ainda há professores, que
acreditam nesta utopia e contribui para uma visão distorcida da
realidade que nossos jovens querem.
Eles querem ser
felizes, capitalistas, com uma boa profissão, uns jogadores
excelentes, querem em sua maioria não ser político, quer é TER,
querem ter uma imagem de utilitarismo, imediatista, aqui e o agora,
não tem paciência de lidar com uma escola prisional, isto é
baseada.
Daí vem os lideres da
burocracia com estas utopias e com especialistas em educação que
sempre acusam os professores estatais de maus preparados e não
entendem as teorias. Em contrapartida os professores acusam os alunos
e assim por diante, mas na verdade são os dirigentes iludem e
dividem os atores que participam com vontade com estas teorias.
Vocês acham que eles
colocam seus filhos na escola publica, o mais lamentável é que
alguns professores fazem o mesmo e ainda pousam de progressistas,
sabedores de tudo.
Desta maneira mais
adiante demonstrarei as teorias de um modo critico capitalista
baseado nos conceitos baseados nas concepções econômicas,
filosófica, potencial e causal.
O ter é importante na
sociedade capitalista, ganhar dinheiro é bom, a maioria dos
professores foram criados na utopia socialista, muitos foram para
educação com o pensamento igualitário e jogaram suas palavras aos
alunos, mas seguiam com as teorias das elites capitalistas permeada
na escola durante séculos.
Se um professor
entrasse quando D. Pedro receberia R$ 2.700 (convertidos dos Réis
dinheiro da época para Real) que na época já era considerado
baixo.
Pela cultura ocidental
propaga-se a riqueza. Nas escolas particulares se tem a clareza desta
cultura, nas escolas publicas nos enganaram e enganam com as teorias
socialistas misturada aos teóricos capitalistas que foram banidos
tanto na Ditadura de Vargas como na Militar que retornaram com tudo.
Tanto os teóricos do O
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932) e pelos enganadores
pedagogos socialistas (que fizeram uma lavagem cerebral que até
elegeu Lula).
Os professores seguiram
as utopias socialistas usaram (alguns usam ainda) para enganar jovens
ingênuos recém saídos da ditadura militar. Que caíram como patos
e acreditaram num mundo igualitário, hoje ainda há jovens
cinquentões que acreditam nestas utopias que da uma sensação de
libertário, mas na verdade são vaidosos e acreditam na farsa da
cidadania.
Os sindicatos criados
depois da ditadura, principalmente dos professores, alimentaram ainda
mais a utopia socialista que iludiram professores. Eu mesmo tive
professores marxistas que me iludiram.
Eu acreditava na utopia
socialista de numa escola dialética e que poderia mudar o Brasil,
fazer uma revolução socialista não pelas armas, mas, pelas idéias.
Iludi vários alunos com discursos inflamados de que poderíamos ter
uma sociedade igualitária, me desculpem estava cego e iludido, tinha
sofrido uma lavagem cerebral. Para isto veremos as novas utopias
educacionais feitas a partir das utopias clássicas pelos que chamo
de pedagogos baseados em 80 conceitos importantes na prestação de
concursos da oposição alternativa, mas primeiro vou melhorar a
utopia que chamo de escola memética.
As 4 dimensões, nos
escritores pedagogos brasileiros fazem recortes de citações dos
utópicos clássicos, um exemplo: como se deve fazer avaliação do
aluno, é avaliação formadora, é avaliação dialógica. E lançam
novas teses de como o professor deve fazer que os burocratas e
pseudos-pedagogos utilizam em forma de diretivas para a rede pública
e dá uma bagunça na cabeça dos professores. Eles utilizam bem a
Lei de Maquiavel que diz “ para controlar o povo é melhor
dividi-los” conseguem fazer bem no Brasil.
A MINHA UTOPIA -
MEMÉTICA
Elaborarei também uma
nova utopia pedagógica e chamarei de escola Memética, tem como
princípio às frases do filósofo francês Gilles Deleuze que diz
que “nós estamos numa Sociedade de Controle”, este controle está
no click. Também usarei o princípio da consciência coletiva de
Émile Durkheim, e o princípio de Maquiavel que disse: “Nós, como
seres humano, tendemos ao esforço mínimo para nos acomodar”,
utilizam as utopias seja capitalista, religiosas, etc., para fazer
lavagens cerebrais em nós, o outro conceito que usarei de Richard
Dawkins que explica o que são Memes.
Em sua citação de
Gilles Deleuze que diz “A idéia”. “O que é ter uma idéia?”.
Que diz: “A idéia no sentido em que a usamos, pois, não se trata
mais de Platão, atravessa todas as atividades criadoras”. Criar é
ter uma idéia.
É muito difícil ter
uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram à
vida inteira sem ter uma idéia. Pode-se ter uma idéia em qualquer
área é mais difícil ainda nos processos de aprendizagens.
Os processos de
aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os
seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam
o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente
pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro
lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de
homem, sociedade e saber.
A formação histórica
da escola brasileira
Ela sempre foi
elaborada em gabinetes com diretrizes, portanto, vem de cima para
baixo, com ajuda dos pseudos-pedagogos que pela ineficiência
burocrática querem fazer uma sociedade autônoma e democrática, nem
politicamente e pessoalmente, mas só que empregam uma lavagem
cerebral que nós brasileiros já estamos de “saco cheio”, são
tantas diretrizes históricas...
A primeira diretriz foi
dos jesuítas, depois Marquês de Pombal, D. Pedro I e com a
Independência veio à República com uns amontoados de diretrizes e
até hoje não param de fazer.
Os jesuítas instalaram
a utopia Escolástica que tem como ao conteúdo um o programa do
humanismo cristão. O instrumento para sua implantação será o
colégio, e o único método para sua realização será a tríplice
metodologia que consiste a preleção, no conserto e na repetição.
A preleção consiste
em: O mestre deve ler o texto inteiro, sem interrupções, a não ser
que se trate de algum texto muito comprido. Deve explicar o assunto,
situando-o dentro de um plano global. Deve explicar o texto, frase
por frase e palavra por palavra, numa linguagem compreensível aos
alunos, recorrendo, se for necessário, ao vernáculo. Deve fazer
observações sobre cada frase, ou seja, intercalar tais observações
dentro da própria explicação. Essas observações devem ser
anotadas pelos alunos em cadernos. A preleção é usada para o
ensino de todas as matérias humanistas: a Gramática, a Literatura,
a Poesia, a História, e sob forma modificada, para a Matemática, a
Retórica, a Filosofia e a Teologia.
Paralela à preleção,
vem uma segunda técnica, a saber, o conserto (consertatio), com
base na etimologia ciceroniana, que estende o sentido de luta física
para a luta verbal ou debate. Este método é utilizado para o ensino
de todas as disciplinas, com a finalidade de corrigir os erros.
Trata-se de incentivar a rivalidade honrosa, visando à melhoria
intelectual.
Os dois métodos se
completam com os exercícios por escrito. Estes devem ser corrigidos
pelo mestre e as correções reforçadas por repetições orais, com
a finalidade de fortalecer a memória. Preleção, conserto,
exercícios e repetição constituem a técnica pedagógica comum a
todas as escolas dos jesuítas.
Depois veio o Marquês
de Pombal com o Alvará Régio que teve um plano de reforma da
instrução pública para o Brasil elaborado por José Albano
Fragoso, desembargador do Paço e deputado da Mesa de Consciência e
Ordens, convocado pelo príncipe regente. O autor discorre
inicialmente sobre as reformas pombalinas no ensino elogiando a
expulsão dos jesuítas e a conversão de seus rendimentos para o
progresso das letras. Critica, no entanto, o caráter elitista de
alguns pontos da reforma e a ineficácia do subsídio literário no
que tange ao financiamento do ensino público. O plano prevê o
remodelamento do Seminário de S. Joaquim como modelo de instituição
a ser adotado pelo governo, inicialmente sustentado por doações
particulares, e posteriormente devendo tornar-se público. Ainda
segundo o plano, os mestres deveriam seguir a "Causa
Constitucional", sendo que nesta deveria estar incluso o
respeito às leis, à moral pública e à liberdade de imprensa.
Fragoso recomenda ainda a leitura de filósofos franceses como
Diderot, D´alambert, Montesquieu, e britânicos como F. Bacon e T.
Paine no ensino da mocidade, para que através de uma educação
liberal fossem formados "Cidadãos Constitucionais". Ele
rompeu com igreja e instalou a escola laica (sem influências das
igrejas).
Com D. Pedro I instalou
a escola panóptico no país que veio do modelo dos prédios
prisional feita em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew
Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês
Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da ideia do panóptico. Que
encontramos até hoje nas escolas brasileira.
Bentham estudou
“racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema
penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um
observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o
Panóptico instalado nas escolas brasileiras, até hoje os
observadores e se tecnolizaram através de câmeras e através de
teste como SAEB ( Sistema de Avaliação Escolar Brasileira) e acham
que indicadores farão uma escola cidadã. É só um modo de mascarar
suas ineficiências e mostrar para a UNESCO que temos uma escola boa.
Mesmo a UNESCO teve
como principio a utopia de Jan Amos Komenský (em português,
Comênio) (1592 + 1671 ) morreu em Amsterdã, famoso e prestigiado,
tendo sempre lutado pela fraternidade entre os povos e as igrejas.
Foi enterrado em Naarden, onde foi construído um mausoléu. Em 1956,
a Conferência Internacional da UNESCO em Nova Delhi (Índia) decidiu
a publicação de todas as suas obras pelo organismo e o apontou como
um dos primeiros propagadores das idéias que inspiraram - quase 300
anos depois - a fundação da UNESCO.
A Pedagogia de Coménio
que ele defendia na sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a
todos". Que até hoje se faz e analisam um país pelas
estatísticas de algumas disciplinas para elevar o IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) dos países membros, mas, esta errada, tem
alunos que gostam de Ciências Exatas ou Humanas ou Biológicas que
ocasionam desgastes emocionais nos educandos. Ou será que a UNESCO
segue a Lei de Maquiavel - a que divide para confundir.
Na utopia Memética os
alunos podem escolher de acordo com suas aptidões qual seguirá, as
salas devem ser bem distantes uma das outras e o aluno escolhe uma
matéria, só uma e sem mudança de aula, durante um período. Uma
sala de artes que ocasiona cantos não deve ficar ao lado de uma sala
de leitura, assim não seguirmos com o modelo panóptico e essa coisa
de ensinar tudo a todos que na verdade ensinam uns poucos, a maioria
fica esperando a próxima aula ou numa escola virtual.
A nossa sociedade tem a
utopia controle remoto vital, se alguma coisa que não gostamos
deletamos ou mudamos de canal (no caso da Televisão) e partimos para
próxima alegria. Se queremos SER precisamos primeiramente TER. As
nossas aptidões, no caso da escola aulas quebradas, uma hora de
matemática depois uma hora de inglês.
Na vida escolhemos
áreas de interesse, se somos propensos para área de humanas para
que souberem co-seno, raiz quadrada, binômio de Newton, só
precisamos do básico das matérias e se precisar delas, o nosso
interesse nos moverá, nós não podemos ser felizes com essas
diretrizes, principalmente das classes populares que tem menos
condições, e não estão preparados e sempre caem nas armadilhas
das diretrizes governamentais, já sofreram lavagens cerebrais, por
favor, pessoal da UNESCO, deixe de ser hipócritas.
Com a República (1889
- 2011), a oportunidade de acesso e a qualidade do ensino brasileiro
se configuraram como privilégio de uma pequena classe dominante em
detrimento de grande parcela da população, formada apenas para
trabalhar.
As escolas brasileiras
contribuíram para formação de uma casta intelectualizada e
continua até hoje, porque no Brasil aqueles que podem pagar escolas
particulares no ensino inicial ou médio, antes da universidade (
nesta a maioria que vem das escolas publicas não conseguem entrar)
têm mais chances de se intelectualizar e provavelmente comandar os
estudantes que não tiveram o TER.
No Brasil República
temos dois tipos de educação popular e a educação particular que
é feita para elite que pode pagar. As escolas dos que podem pagar
cobra e participa e estimula seus filhos utiliza a utopia de Skinner
esta impregnada na consciência coletiva dos que podem pagar, dão
carros, viagens, ou seja, condições econômicas para que seus
filhos possam ir bem aos ensinamentos.
Nas escolas públicas
se tem diversas utopias educacionais as mais usadas são a de Freinet
e do brasileiro Paulo Freire que também adaptou o utópico Carl
Ransom Rogers que prega a utopia socialista, ou seja, primeiro temos
de SER cidadã para depois TER, são enganações. Eles fazem
lavagens cerebrais e nos deixam como culpados, tanto professores como
alunos, pais e usuários da educação. As diretrizes dos
pseudos-pedagogos nos manipulam e sempre vêm os burocratas de
plantão com novas adaptações das utopias clássicas.
As aulas têm tempos
determinados e são interrompidas, não tem uma seqüência, uma
ligação, com 50 minutos de Biologia, 50 minutos de Matemática, 50
minutos de Inglês, elas são compartimentalizada com rupturas com
uma divisão de trabalhos igual à ordem vigente nas manufaturas.
A educação brasileira
foi copiada e adaptadas dos utópicos clássicos fez com que o aluno
durante a vida inteira tenha idéias, principalmente das escolas
públicas, porque eles não são preparados para ser um aluno
perceptos.
Aluno Perceptos é
definido pela psicologia como aqueles que conseguem nos processos de
aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção.
Que é o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na
percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão
para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de
determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais
simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro
percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada
através dos cinco sentidos.
Mas o conhecimento lhe
traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de
conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno, e,
portanto, melhorando a consciência coletiva. Ela é um processo pelo
qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em
que vive sem perder a sua identidade existencial.
Ela começa com a
captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É,
portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a
informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na
nossa memória.
Os processos mentais
que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da
ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos
domínios, examinando questões sobre a memória, atenção,
percepção, representação de conhecimento, raciocínio,
criatividade e resolução de problemas.
No século XX, a
psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos
sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em
certa medida, o processamento humano e animal da informação com
processos eletrônicos, como o computador.
Hoje perceptos
necessita de liberdade de comportamento e um click para ele desbrava
um novo mundo e é assim que proporei a Escola Memética.
A Pedagogia Memética
parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no
seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do
gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes. É
considerado como uma unidade mínima de informação, mas que se
multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação
é armazenada em livros e principalmente no click da atual tecnologia
midiática ou em outros locais de armazenamento ou outros cérebros.
No que diz respeito à
sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução
cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser
idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos,
capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que
possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade
autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de
informação é conhecido como memética.
Quando usado num
contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar
apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este
uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus",
afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir
os memes como replicadores de comportamentos.
A chave de todo ser
humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem
oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos
seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser
reformado mostrando-lhe uma idéia nova que supere a antiga e traga
comandos próprios e hoje há tecnologias suficientes que os alunos
perceptos podem usar como: o ensino a distância, salas bem
elaboradas sem ser a modelo panóptico e comênica que ainda estamos
utilizando que trás tantos aborrecimentos.
No Brasil há dinheiro
para isto, na Constituição brasileira salienta que 25 % dos
impostos arrecadados deverão ir 25 % para a educação, este ano o
Brasil arrecadará em impostos 1 trilhão e meio de Reais, então
estes 25% dariam 375 Bilhões. O Brasil têm 41 milhões de
estudantes se dividirmos os 25% por cabeça, ou seja, os 375 Bilhões
por aluno, dariam 763 Reais para cada aluno. Mas...
O governo com seus
órgãos como o MEC (Ministério da Educação e Cultura), aplicam
somente 220 Reais, o resto fica na burocracia. Onde os
pseudos-pedagogos elaboram diretrizes por governos populistas que
enganam com esmolas como bolsa família para que os pais mantenham
seus filhos na escola, não seria melhor com 763 Reais no bolso.
Sem passar burocracia
populista esse dinheiro seria mais bem aproveitado, vou ser mais
direto, que acabe com todos os órgãos burocráticos
centralizadores, com o MEC, Secretarias Municipais e Diretorias
Regionais.
Deixe a escola usar os
763 Reais e sejam auto organizados, gerencie diretamente
democraticamente com os pais, alunos e professores, ou aluno estudo
on-line. E com certeza que vai sobrar dinheiro tanto para os alunos
como para escolas, mas, para isto, se deve ter uma regra, o aluno não
pode tirar menos de 8 nas escolas públicas ou particulares que
escolheu ou nas escolas virtuais.
Ora são 763 reais,
hoje a escolas virtuais que se paga 120 e também as escolas publicas
que só recebem 220 por aluno pode organizar melhor seus gastos e
ainda iria sobrar, veja abaixo um demonstrativo de resultado se uma
escola tivesse 100 alunos sobraria dos 76 mil e 300 mensais para os
alunos 300 Reais para os alunos.
Se o aluno
autogerenciasse os 763 em centros de aplicação de provas que
aplicariam a prova on-line utilizando as digitais dele, ele gastaria
no máximo 250 e sobraria 500 Reais. Isto seria uma verdadeira
distribuição de renda, numa escola on-line gastaria no máximo 150
reais com internet e escola, sobraria ainda mais para ele.
Por isto estou propondo
a escola Memética o estudante escolherá qual escola e onde gastar e
ainda sobraria dinheiro para ele, incentivaria os alunos no TER e na
falsidade do SER, que tanto pregam os pseudos-pedagogos e os
burocratas brasileiros.
E se ele quisesse
estudar a distância ganharia mais sem sair de casa ou em centros ou
mesmo assistindo aulas presenciais para acessar. Por isto que deve
acabar com a obrigatoriedade e um aluno com 15 anos ou menos que
completasse os conteúdos das disciplinas, poderá fazer a
universidade.
Por outro lado,
aumentaria o consumo e que aumentaria os impostos recolhidos, é um
ciclo. Chega de palhaçada com nós professores e usuários, nós
queremos TER para SER e não a falsidade instalada na escola publica
feitas pelas utopias pedagógicas baseada no SER, como dizem os
pseudos-pedagogos: escola formadora de Cidadão. Pare! Com estas
idiotices.
Nós pais e professores
e educadores e alunos, na escola memética, estaremos exercendo a
autonomia e democracia e juntos vamos definir qual a metodologia
pedagógica a ser empregada e acabe com diretrizes que começaram com
os jesuítas em 1524 e continua até hoje.
Para isto é necessário
que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como
estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio
escolar. Ele deve TER para SER é extremamente necessário para ser
perceptos com os Memes que temos hoje, basta um computador, um click.
Até hoje as elites
usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos
perceptos, sempre fizeram lavagem cerebral em nossos estudantes.
A escola foi um palco
de teorias copiadas por pedagogos e pseudos-pedagogos brasileiros que
adequaram às teorias clássicas uma roupagem nova, são imitadores
dos clássicos e mascararam a realidade escolar brasileira. E sempre
vêm com o Mito do Desenvolvimento brasileiro onde a Escola é a
chave do sucesso. A escola é salvadora do Brasil, chega de mentiras.
Às ultimas mentiras agora é o bullyng, a escola de tempo integral.
Inutilidade, às
ineficiências estatais continua, é aluno contra aluno, ou professor
contra aluno, pai contra pais, é uma escola de conflitos a que temos
no Brasil. E está cada vez mais violenta, tivemos a chacina numa
escola no Rio que um ex-aluno fez, bem parecido com que acontece nos
Estados Unidos.
Assim sendo tentarei
mostrar o porquê da escola brasileira não deu certo até hoje, no
ano 2011.
PERIOCO DA Utopia do
Alvará Régio de Marquês de Pombal
No reinado do senhor
rei D. José o marquês de Pombal querendo suplantar a preponderância
religiosa procurou como meio o adiantamento dos estudos, não pelo
interesse geral da Nação, mas a seus fins particulares de
engrandecimento e coerente com Luis 14 no sistema de dar como lei a
vontade soberana, e de reprimir esses vestígios de consideração
popular, querendo elevar-se dissipando as sombras, que torneavam a
monarquia, chamou os sábios e cavou a ruína do despotismo
preparando a atual regeneração política.
Em lugar de purificar
os ânimos com a educação, e universalizando as luzes oferecer
tudo, que neles se observava de prestadio, julgou o ministério, que
poderia ainda vendar aqueles de quem exigia uma cega obediência
aferrolhando os conhecimentos sem refletir, que o povo quando geme na
ignorância, e desconhece sua grandeza, sendo guiado como rebanho
entrega-se voluntariamente ao primeiro usurpador em que veja reluzir
algum brilho, e lhe peça obediência.
Os jesuítas apoderados
do ensino da mocidade em que infundiam superstição e prejuízos, e
a quem regiam com religiosa disciplina, senhores por imediato influxo
dos sentimentos do trono da administração nos tribunais e até no
recinto doméstico dos particulares conservavam cuidadosamente o seu
monopólio, e com muitos, e espalhados colégios no Reino e com
grande número de criaturas suas destinadas a perpetuar a escravidão
científica repeliam a ocorrência de outros mestres, e apenas em
alguns pequenos lugares haviam clérigos, e seculares, que ensinavam
com o agradecimento de seis vinténs por mês os de Gramática
Latina, e de três vinténs os de ler, sendo porém igual a doutrina
por que os mestres ensinavam o que nas mesmas escolas jesuíticas
tinham aprendido. E vemos com tão débeis socorros, sobressair
muitas vezes o Gênio Português o que lhe dá direito a perpétuo
louvor.
Expulsar os jesuítas
destina-se parte de suas causas, e rendimentos para o progresso das
letras, mas não tiveram aquela elevação, que se lhe devia.
Conheceu o marquês de Pombal a necessidade de estabelecer Escolas
Menores, e a este fim deu as providências da Lei de 28 de junho de
1759.
Nomeou a seis de julho
por Diretor dos Estudos ao Principal Almeida, que deu as Instruções
confirmadas por Alvará de 11 de janeiro de 1760 em que é
contemplado o Ultramar com seus comissários, mas havendo falta no
pagamento dos mestres franqueava licença aos particulares pagos
pelos discípulos, e não provia as cadeiras que vagavam.
Em todos os Planos, que
até agora se tem dado de educação literária não se tem procurado
vulgarizar as noções de tudo que interessa ao homem na sua
qualidade de Cidadão, quando o fim da educação deve ser formar
homens, e cidadãos com os conhecimentos relativos à sociedade, e
governo em que se vive, e sujeita às leis do Estado de que são
membros.
Por arremedo ou
necessidade, fizeram as religiões suas reformas com planos de estudo
na ocasião da reforma da Universidade.
Não havia em Portugal
colégios públicos para a educação, e o marquês de Pombal,
coerente com seu sistema, lembrou-se somente dos fidalgos, e dos
ricos, deixando no esquecimento os mais Cidadãos como vítimas para
o despotismo, formando a esse fim o Colégio dos Nobres e de Mafra a
quem deu os estatutos e tem havido algumas Casas particulares pagas
pelos discípulos.
Pelo Aviso de 18 de
setembro de 1778 se declarou o fim da Casa Pia da Correção da Corte
onde se educam meninos, e merece o intendente geral da polícia Diogo
Ignácio de Pina Manique um eterno reconhecimento dos amigos da
humanidade, e onde se aproveitam as vítimas da vadiagem, que tem
feito hábeis Cidadãos, mas esta não se pode contemplar na classe
de que tratamos: havia duas de beneficência particular em Lisboa, e
havia no Porto o Colégio dos Meninos Órfãos que teve providências
para a sua administração pela Câmara pelo Alvará de 29 de julho
de 1803. Na Ilha Grande há igualmente uma Casa Pia fundada pelo
Tenente Coronel Manoel da Cunha de Carvalho em 1808, aprovada em
consulta de 24 de janeiro de 1814 para a educação da mocidade pobre
e desvalida.
A instrução pública
é indispensável no governo representativo, porque sendo a lei a
vontade da Nação, e um princípio de razão reconhecido pela
vontade geral, e sendo a liberdade da imprensa o canal por onde se
transmitem a todos o conhecimento, e se consulta esta vontade,
torna-se insuficiente este meio se todo o povo não souber ler, e não
tiver os primeiros traços intelectuais.
Seja, pois o Seminário
de S. Joaquim o primeiro teatro onde se pratique a melhoria. Este
seminário formado de doações particulares para o ensino dos
meninos pobres é da Nação, por que de todas as doações com fim
certo os verdadeiros proprietários são aqueles a quem se destinam,
e sendo estas destinadas para ilegíveis meninos pobres, estes são a
cargo da Nação e do Estado por ambas as qualidades por ser um
objeto público a que a mesma Nação é obrigada, e são estas
oblações o suprimento do imposto sobre que devia recair aquela
despesa, variando tão somente no administrador.
Parece que florescerá
o colégio, e merecendo a concorrência de porcionistas, que paguem,
se aumentam os gratuitos, porque com três dos ricos pode contar com
um pobre, porém pediria eu, que tendo sempre preferência em metade
os expostos como já se disse no voto da comissão, que a eleição
se fizesse pondo o nome de todos os pretendentes em uma urna e tirado
por sorte ficava assim vedada a ocasião de influxo superior, e de
recomendação, e manifestava o esmero em procurar a igualdade. Sendo
a pobreza, e a orfandade as credenciais que legitimassem os
concorrentes.
Julgo ser de absoluta
necessidade, que as aulas sejam públicas, e que seja permitido a
qualquer menino de fora, não sendo escravo, ir ouvir as lições
consideradas com igualdade no ensino, e com esta publicidade se
adianta o progresso das luzes chegando a maior numero de pessoas,
animam-se os estudantes e promove-se a emulação, por que não deve
haver monopólio científico, e considerando o Seminário como
Colégio Nacional todos têm igual direito, e a escassez dos meios é
que origina a restrição.
Conheço a dificuldade
atual em ter bons mestres, mas olhando para o futuro deve dar-se em
regra que estes empregos serão providos em concurso requerendo-se
conhecimentos, probidade, morigeração e que tenham dado provas de
adesão ao sistema constitucional, e qualquer desvio nesta parte
essencial, e agora tão interessante de inspirar amor à Causa
Constitucional, e de fazer respeitar seus ditames será punido com a
expulsão, porque o fim primeiro é formar, como já disse cidadãos
constitucionais.
O último artigo de
dissidência é acrescentar mais seis professores sendo todos eles
pagos pelo cofre do subsídio literário para dilatar o campo da
instrução.
Há tempo que no Brasil
se veja raiar a aurora científica, o Brasil é grande: merece ser
grande: e há de vir a ser grande. O Rio de Janeiro desde o ano de
1774 que paga avultada quantia para o ensino da mocidade, e
decorreram já 47 anos e está na ignorância, e nas trevas. [...]
Este Seminário que vai ser remoçado, e vestir-se das galas nupciais
é o primeiro, que se forma depois da nossa regeneração, vai ser o
exemplo, e o modelo, vai despertar as outras províncias, e deve ser
coerente o seu Plano com o ditame da causa Constitucional. Serão os
campos dos estudos o ensinar as primeiras letras, depois a Gramática
Portuguesa, e Latina, os elementos de Geografia, os elementos da
história Portuguesa, e princípios da nossa Constituição porque
todos estes educandos seja qual for o gênero de vida que
posteriormente seguirem, hão de ser chefes de famílias, e terem
voto nas Eleições base do atual sistema. Aprenderão Retórica, e
Poética, princípios de desenho: elementos de aritmética, álgebra,
e trigonometria retilínea, elementos de mecânica, arquitetura,
agrimensura, e algumas noções de agricultura para os que se
destinarem para a vida rural.
Será quinta-feira o
dia de descanso e nele haverá duas horas de lição de música e
duas de dança.
Uma centena de
educandos assim instruídos, que sairão todos os dez anos serão
outros tantos apóstolos da razão, pregoeiros da bem entendida
liberdade, defensores da benfazeja Causa Constitucional, e vagando
pelo interior espalharão as luzes e propagarão o Sistema, e sua
utilidade, adoçando a rispidez do campo.
Será uma geração que
produzirá hábeis agricultores, artistas mais industriosos, oficiais
mais inteligentes, melhores chefes de famílias, cidadãos
interessados pela Pátria, e pela ordem social; enfim, uma
agricultura uma indústria, artes, ciências mais aperfeiçoadas, e
um novo grau de felicidade, e prosperidade entre os portugueses. A
posteridade dará com cordial reconhecimento os bem merecidos
louvores a V.A.R. por levantar o padrão de regeneração científica.
Disse francamente meu
voto sujeito às bem merecidas correções, e falei como amigo da
prosperidade do país em que vivo: como homem que deseja, que o facho
da razão alumie a todos os concidadãos, e como pai de família, que
acredita ser a melhor herança, que se pode deixar, a virtude, que
encerra a sincera homenagem da criatura com o seu criador; o respeito
aos depositários do poder público, obediência às leis, e amor ao
trabalho.
A escola de Pombal foi
de extrema importância para o Brasil os mais eruditos ensinavam em
grupos e utilizava os métodos dos quakers todos eram responsáveis
por todos, havia uma união grupal que através de diálogos deram
nas aulas régias tanto que o ideal de liberdade, igualdade e
fraternidade feita pelos inconfidentes mineiros, na Revolta dos
Inconfidentes (Estado de Minas Gerais), portanto a escola de Pombal
não foi tão ruim, mas se concentrava nas elites, mas lançou as
bases do iluminismo no Brasil e o conceito de educação popular.
UTOPIA DE Lancaster ou
Sistema de Madras ou Panóptico feito por D. Pedro I
18. Utopia Escola
Memética feita por mim
As abordagens acima
foram frutos do click saudável, o do interesse em conhecer apreender
e Sob o ponto de vista da Escola Memética tentará esclarecer por
que não temos uma escola boa no Brasil porque é porque existe e
existiram mentiras burocráticas como pedagógica que não passa de
adaptações Utopias Educacionais escritores clássicos como Skinner.
Elaborarei uma nova
utopia pedagógica chamada de escola Memética que parte do principio
do filósofo francês, Gilles Deleuze, que escreveu que em nossa
consciência coletiva foi criada uma Sociedade de Controle, iniciada
pela idéia em Maquiavel (do esforço mínimo).
A idéia de escola
Memética, baseado na citação de Gilles Deleuze que diz “A
idéia”. “O que é ter uma idéia?”. Que diz: “A idéia no
sentido em que a usamos, pois não se trata mais de Platão,
atravessa todas as atividades criadoras”.
Criar é ter uma idéia.
É muito difícil ter
uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram à
vida inteira sem ter uma idéia. Pode-se ter uma idéia em qualquer
área e mais difícil ainda e nos processos de aprendizagens.
Os processos de
aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os
seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam
o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente
pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro
lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de
homem, sociedade e saber.
A formação histórica
da escola brasileira até agora feitas às utopias não formaram uma
sociedade com autonomia e democrática, nem politicamente. Desde
jesuítas com a utopia Escolástica passando por D. Pedro que
efetivou e escola panóptico onde projetou o modelo dos prédios que
encontramos até hoje nas escolas.
Com D. Pedro ele seguiu
o exemplo baseado na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor
anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do
jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da ideia do
panóptico.
Para isto Bentham
estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema
penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um
observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o
Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.
As adaptações até
não fizeram nossas escolas ser boas.
A com tempos
determinados para disciplinas que são interrompidas, não tem uma
seqüência de ligação, as matérias tem 50 minutos, 50 minutos de
matemática, 50 minutos de inglês, elas estão compartimentalizada,
há uma ruptura. Segue uma divisão de trabalhos escolares igual a
ordem vigente nas manufaturas.
A escola brasileira com
as atuais utopias impregnada de pressupostos político-ideológicos
faz com que os alunos passam a vida inteira sem ter uma idéia de
quer ser porque ele não é preparado para ser um aluno perceptos.
Perceptos que na
psicologia são os processos de aprendizagem e de aquisição de
conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos
mentais usados no pensamento e na percepção, também na
classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento
através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e
soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer
que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e
pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.
Mas o conhecimento lhe
traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de
conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno.
Ela é um processo pelo
qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em
que vive sem perder a sua identidade existencial.
Ela começa com a
captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É,
portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a
informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na
nossa memória.
Os processos mentais
que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da
ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos
domínios, examinando questões sobre a memória, atenção,
percepção, representação de conhecimento, raciocínio,
criatividade e resolução de problemas.
No século XX, a
psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos
sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em
certa medida, o processamento humano e animal da informação com
processos eletrônicos, como o computador.
Hoje perceptos
necessita de liberdade de comportamento e tentarei propor a pedagogia
Memética.
A Pedagogia Memética
parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no
seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do
gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes.
É considerado como uma
unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em
cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros
e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros
locais de armazenamento ou outros cérebros.
No que diz respeito à
sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução
cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser
idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos,
capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que
possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade
autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de
informação é conhecido como memética.
Quando usado num
contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar
apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este
uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus",
afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir
os memes como replicadores de comportamentos.
A chave de todo ser
humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem
oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos
seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser
reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga
comandos próprios.
Temos hoje tecnologia e
dinheiro para isto. Um aluno deveria receber 680 reais se dinheiro da
arrecadação fosse direto e escolheria qual utopia seguiria, (ou
seus pais, no caso de menores de 10 anos ou...). Assumiriam seus
próprios comandos que também pode ser grupal.
Para isto é necessário
que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como
estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio
escolar. Ele deve ser, mas ter é extremamente necessário para ser
perceptos.
Até hoje as elites
usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos
perceptos, que sofreram uma lavagem cerebral e condiciona a idéia de
uma consciência coletiva melhor.
Historicamente a escola
foi um palco de teorias copiadas e adequadas a realidade brasileira,
a ultima moda é bullyng, o aluno contra aluno, ou professor contra
aluno. Os alunos estão cada vez mais violento, veja o caso do Rio da
chacina que um ex-aluno fez na escola bem parecido a dos Estados
Unidos.
Assim sendo tentarei
mostrar o porquê escola brasileira não deu certo.
19. Um novo olhar no
significado do que é utopia .
Há pedagogos teóricos
utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram
metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor,
ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado.
Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.
As adaptações das
utopias clássicas feitas, pelo que chamo de pseudos-pedagogos, que
nada mais fez que confundisse e ainda confunde muitos professores e
pais, ou seja, o usuário das escolas publica. As utopias dão
suportes a três correntes teóricas, capitalistas, socialistas e
religiosas que tentam encaminhar as metodologias que não dão mais
conta do mundo real em que vivemos.
No Brasil, as elites
que podem pagar escola privada, sabem dos experimentalismos dos
burocratas estatais e de seus “pseudos-pedagogos”, eles preferem
uma escola onde às utopias são claras, como de Skinner, Piaget, do
que a bagunça teóricas utópicas Estatal.
As estruturas
burocráticas emperraram e emperram a escola publica que deveria ser
democrática, uma escola que segundo a Constituição deve ser
autônoma, mas não é. Autonomia da escola deve se autogerir e
programar suas próprias utopias, pode ser Piagentina se quiserem.
Os 763 Reais daria mais
estímulos para os alunos de hoje, que pela dimensão econômica a
chave para alavancar um norte para as camadas populares. Colocaria um
fim na frase que sempre se houve nos estudantes carentes: - para que
estudar se não pode pagar uma universidade, um curso técnico...
Mas os governantes
vaidosos querem programar a “autonomia” deles baseada em utopias
de gabinetes que só confundem os pais, professores, diretores, as
pessoas que estão ligadas diretamente ao aluno. Tratam-nos como
débeis mentais. Deixe a escola programar suas Utopias.
Nas anteriores gerações
brasileiras se havia mais cultura cristã que com advento da
televisão começaram a ter contato com as idéias socialistas,
capitalistas, etc., mas, poucos sabiam ler. Para isto as imagens e a
cultura ocidental foram dubladas principalmente a norte-americana que
impregnaram nossa juventude com a linguagem da imagem mais que a
escrita, facilitaram as utopias capitalistas e socialistas e
religiosas a se tornarem consciência coletiva.
Hoje, os jovens querem
aqui e o agora, a linguagem da imagem propagada pela Televisão e
outras mídias como musica, que mostra uma cultura ocidental
violentíssima há sempre heróis e bandidos. Claro é mais fácil
convencer um analfabeto e agora também como alguns chama analfabeto
funcional, ou seja, sabe lê mais consegue entender.
Para felicidade da
Nação eles adoram um click no controle remoto, e pronto! Ficam
satisfeitos, é um troca-troca de felicidade momentânea muito
rápida, onde lei do menor esforço de Maquiavel (ou que por aqui no
Brasil como se diz: - a “lei de Gerson”). As imagens dos clicks
se projetam neles e ao olhar as telas, os indivíduos torna criatura
imaginada utopicamente dentro do seu espaço e se acomoda, ele se vê
como artista no bar, rua, jogador na festa, cantor, político famoso,
há uma vestimenta na consciência coletiva de quero ter e não ser.
A consciência coletiva
segundo Émile Durkheim “é que a sociedade tem uma consciência
individual que se juntam e formam uma consciência coletiva e
partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados
como coisas, forneceram uma definição do normal e do patológico
aplicada a cada sociedade”.
“Em que o normal
seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e
superior a ele. O que significa que a sociedade e a consciência
coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência
tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve
permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa
estrutura.”
“Para que reine certo
consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma
solidariedade entre seus membros criticamente, ou seja, pensa e age”.
Ufa! Será que um dia chegaremos lá.
A sociedade precisa
saber criticamente utilizar o click se quisermos ter uma consciência
coletiva. Mas, será difícil pela qualidade dos canais do Brasil
para melhorar deveremos acabar com as dublagens, seria um passo para
nossos jovens melhorarem a leitura e forçaria aqueles que não sabe
ler um esforço maior, saindo da lei de Maquiavel. Que tanto permeia
nossa sociedade ou consciência coletiva que está incrustada ainda
no lixo da violência e no mínimo de esforço possível.
Na utopia anarquista de
Freinet que é à base do planejamento dos utópicos
pseudos-pedagogos atuais e também da ECA - Estatuto da Criança e
Adolescente, que proíbe e esconde uma realidade escolar, e nos dão
esta utopia de cima para baixo, não se pode fazer nada antes dos 18
anos e as crianças abusam da ECA, os pais são obrigados a colocar
os filhos na escola, mesmo se este ter vontade.
Retorno de novo: - a
Escola deve com sua própria utopia feita pela sua própria
consciência coletiva, de cada escola, seja ela no bairro Butantã ou
em Pinheiros ou ter a pedagogia memética que estou propondo.
Antes não havia
obrigação de colocar seu filho na escola, ele ia trabalhar no campo
e sabia das dificuldades que seus pais passavam e dava valor aos
esforços de cada conquista familiar e pessoal, mas, a maioria era
analfabeta. Davam valor a quem sabia ler e interpretar, os
professores mais do que nunca eram o suporte da moral e sabedoria,
eram ídolos, os pais acreditavam e deixavam o professor livre para
educar seus filhos, não havia a utopia de hoje – Herói, Bandido.
As pessoas liam mais,
quem tinha condições de se instruir dava valor ao professor, ele
era uma categoria especial, até o seu aumento salarial era de
categoria especial. Os melhores escritores de nossa literatura foram
desta época. Com o aumento da industrialização e com o inicio das
Rádios as utopias do herói e bandidos começaram a fazer a
consciência coletiva ficar massificada. Foi instalada a cultura de
massa que aumentou mais ainda a partir de 1960.
Cultura de massa
(também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de
idéias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos
que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o
mainstream ( quer dizer uma corrente de pensamento principal. É um
termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria
da população).
É muito utilizado
atualmente referindo-se às artes. Em uma dada cultura, especialmente
a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente
mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.
Fortemente influenciada
pela mídia de massa, essa coleção de idéias permeia o cotidiano
da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário
cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.
A cultura popular é
frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa
encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como
resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais
notavelmente grupos religiosos e contra culturais ) que a acreditam
superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.
O termo "cultura
popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir
à educação e cultura das classes mais baixas. “O termo começou
a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas,
separado e se opondo à verdadeira educação” próxima do final do
século, um uso que se tornou estabelecido no período de entre
guerras.
O significado corrente
do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente
nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra
Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de
1960.
A principal utopia da
cultura pop culture foi "hippie" foi o "Woodstock,"
um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que
contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais,
como o folk, o "rock'roll" e o blues, todos esses
movimentos de alguma forma digamos ligados às críticas e à
contestação do movimento foi à utopia que aumentou a lei do mínimo
possível de Maquiavel e sedimentou a cultura da imagem bandido e
mocinhos..
O mais importante na
cultura de massa é o significado de “meme”, a autopropagação,
isto é, a transmissão de informação de uma mente para outra.
Replicaram comportamentos e sempre surge meme falsa a todo o momento
principalmente pela internet.
Há hoje uma
consciência coletiva Nemética onde o click de uma pessoa pode mudar
uma atitude de muitos, se ligam nas redes sociais, facebook, orkut,
MSN e outros meios. Vou dar uma ideia memética: vamos acabar com as
eleições obrigatórias no Brasil votando em branco, precisamos 50 %
mais um voto colocaria a constituição em contradição.
Outro exemplo, as
votações nos projetos on-line poderiam acabar com o modelo
democrático falso temos e que veio lá do império romano para que
senadores e os deputados fossem eleitos sem um mandato efetivo de 4
anos, nós poderemos tirá-lo só com um click, ele tem que ter a
maioria mesmo. Teríamos uma democracia direta estes são exemplos de
consciência coletiva memética. (Sei também que no Brasil não são
todos que podem e sabem dar o click).
As pessoas se
interagiriam via internet, as provas para o aluno passar de ano seria
feito num centro de provas localizadas em pólos, nestes haveria
professores para tirar as dúvidas. Mesmo pode ter uma intranet entre
professores e alunos, (como disse acima, um aluno deveria receber 680
reais por mês se viesse direto sem os entraves do governo), aquele
que não tirasse nota acima de 7 não teria este beneficio, ou seja,
os 763 reais.
Seria um jeito de
diminuir custos, diminuiria a quantidade de professores, mas os
salários aumentariam, veja bem, estou aqui fazendo também uma
Utopia. Antes o Brasil era um país “caipira” e respeitador, não
se tinha as maldades de hoje, mas os jovens de hoje querem tudo nas
mãos. Não sabem a dificuldade de não ter um Real para comprar pão,
se projetam nos ídolos.
Os governantes dizem
que para um país ser desenvolvido tem que ter índice igual aos
paises mais ricos e instalam o mito que a educação salvará o
Brasil, confundem educação com índice, educação não é índice.
Educação engloba os
processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em
qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável
pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às
gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir
necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu
grupo ou sociedade.
A Socialização é o
processo pelo quais as crianças, ou outros novos membros da
sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de
socialização. A socialização é o principal canal para a
transmissão da cultura através do tempo e das gerações, assim a
escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.
Ao longo do tempo os
lideres tentam fazer a lavagem cerebral que é também conhecido como
Reforma de pensamento ou Reeducação é o esforço constituído
visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças
consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e
conhecimentos das outras pessoas.
Os motivos para a
lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e
comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão
considerados indesejável como desejável.
Enquanto processo de
sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de
convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade,
do indivíduo ao grupo ou dos grupos. No Brasil não houve uma
Socialização plena, mas uma lavagem Cerebral.
Os lideres se servem de
teorias utópicas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais desde
jesuítas até os autores socialistas, capitalistas e eclesiásticos
atuais que atrapalham os professores e os usuários da escola
publica. O autogereciamento escolar é uma necessidade urgente para
melhoria da escola. A organização deve ser feita por quem participa
diretamente na unidade escolar, chega de interferências.
Gostaria de perguntar
para os utópicos e lideres e as elites que podem pagar e que
planejam e idealizam a escola que temos hoje, se eles têm coragem de
colocar seus filhos na escola publica. Com o autogereciamento as
escolas serão mais transparentes, é imperioso que se faça já,
porque as mentiras da educação elaboradas pelas utopias criadas
pelos governantes, ocasionaram esta porcaria de educação
brasileira.
As utopias clássicas
segundo a Escola Memética na educação brasileira.
As Mentiras da Educação
Brasileira elaboradas pelas elites educacionais desde jesuítas que
obrigaram os nativos ao modelo educacional europeu, hoje, os
pedagogos ou pseudos-pedagogos que vieram depois fizeram cópias das
teorias educacionais muitos do Século XIX como Sir Jean William
Fritz Piaget.
As teorias atendem as
utopias, são casadas no pensamento e que são usadas para atender
aos interesses das Elites que elaboram a educação brasileira. Como
a teoria educacional socialistas e capitalista que só confundem a
escola publica e a desqualificando.
A escola publica não
tem liberdade e transparência como às privadas, devem seguir uma
diretriz de um governo e quando muda, seja por secretários estadual
ou municipal, prefeito, governador ou presidente, lá vêm eles com
outras teorias ou dá continuidade no que esta dando errado.
Criaram o Mito da
educação com a “máxima à escola serve para o desenvolvimento do
país” e que deve ter uma um maior quantidade de alunos dentro da
escola para formarem cidadão para o trabalho, como esta na
Constituição.
Querem mostrar através
de projetos que escolas são formadoras de cidadãos, elas são
autônomas, e, blá-blá, a vaidade, a ineficiência deles fazem que
as estruturas escolares um experimentalismo, com suas teorias que é
jogada aos usuários da escola pública a moda agora é bulling.
Segundo alguns
filósofos, nós não vivemos sem uma utopia, portanto, sempre haverá
uma utopia a ser realizada, a nós basta escolher uma que nos dê
felicidades.
A escola que querem,
portanto é utópica cujo significado é há uma idéia de
civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma
cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no
presente, porém em um paralelo. Que significa "não-lugar"
ou "lugar que não existe".
“Utopia é um termo
inventado por Thomas More que serviu de título a uma de suas obras
escritas em latim por volta de 1516. Segundo a versão de vários
historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias de
Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de
Noronha, em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar novo e
puro onde existiria uma sociedade perfeita.”
As tentativas de
colocar utopias educacionais feitas ao longo dos anos e como somos
enganados por elas. Que no período da Guerra Fria, os
pseudos-pedagogos, se fartaram desta.A utopia colocada na educação
publica brasileira foram não deram felicidades, mas só tristeza.
Professores sabem
claramente das teorias elaboradas pelos órgãos estatais, mas também
sabem elas não são claras e transparentes e nem praticáveis, nas
universidades uma boa parte das utopias educacionais clássicas são
saboreadas, são tantas, mas não sabe o que seguem Skinner ou
Montessori, Piaget. Começam nas universidades as confusões
educacionais que as elites gostam.
Os governos vêm com
diretrizes, uniformizando do Estado, todas as escolas devem
segui-las, lá vêm coordenadores, etc. tentam mostrar como devem
funcionar estas. As maiorias dos professores vieram das classes
populares onde a utopia socialista era e é forte, muitos foram
iludidos, por teóricos como Paulo Freire, Freinet, eles tem
consciências que o Estado e as elites não querem uma escola de boa
qualidade.
Segundo a Constituição
a escola deve ser democrática e transparente. A democracia fica por
conta deles. Tudo vem de cima, cumpra. Os professores olham um para
outro, suspiram e pensam e dizem: - Vai começar tudo de novo, a
culpa é nossa, fazer o quê?
Querem que estes dias
de lavagem cerebral entre aspas termine logo, para ir embora, por que
já sabem não vai mudar nada, sempre vai ter um culpado, e, especial
sempre sobra para o professor. O modelo que o Estado empregou e
empregam, mostraram falsas utopias para gestão escolar.
Teorias e seus
seguidores não cumprem dimensão econômica, filosófica, potencial
e causal que o capitalismo requer, estas quatro dimensões será
minha base de análise do por que a educação brasileira não deu
certo.
Entendo as dimensões
econômicas, filosófica, potencial e causal.
A Desatenção,
Desalinhamento, Desesperança, os 3 Ds, segundo Roberto Adami
Tranjan:
Desatenção “é
quando ligamos o piloto automático e seguimos enfrente, não
percebemos algo mais e não observamos que se repete e nos escapa e
não interagirmos”.
Desalinhamento “ é
quando somos incoerentes com” nossos pensamentos está desintegrado
pelos sentimentos e comportamentos e quando não vivemos nossos
valores, ignorando com comportamentos mesquinhos, reduzimos e não
enxergamos os valores significantes para nossa melhoria.
Desesperança “somos,
apesar de lutarmos, tentarmos acreditar que se terá mudanças, nós
não estamos incrédulo, não acreditamos em ninguém, só nos restas
sonhos, vazios de sonhos, e as atuais utopias não nos alimenta, as
forças do mal sempre vence, o crime compensa.”
As elites que podem
pagar só lamentam e seguem a lei de Maquiavel a “lei do mínimo
esforço” que para ele “a natureza humana seria essencialmente má
e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor
esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso.”
“A natureza humana
também não se alteraria ao longo da história fazendo com que seus
contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que
a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo.
Falta-lhe um senso das mudanças históricas se mantém felizes com
as conquistas e se brinda com o percentual e comemora que seus filhos
conseguiram o melhor.”
Eles já sabem que se
seus filhos encontrarem com o povão, nas escolas publicas saíram
perdendo, e se matem no redutivismo, ou seja, a quanto se fala de
melhorias na educação das massas populares, eles têm um algodão
nos ouvidos.
Eles almejam resultados
para seus filhos com o máximo que podem pagar. Nem seguer tentam ir
além, aprender algo novo.
Sabem e se contentam em
não fazer movimentos para melhoria nas escolas publicas porque as
escolas que podem pagar correspondem as suas expectativas.
Assim nos lutarmos todo
tempo com utopias que dão falsos 3 Ds, que até agora que não nos
levaram a nada e só servem para mascarar os descasos das Elites e do
Estado e confundem quem vive da escola publica.
Para entender a
dimensão econômica restringe ao plano material, composto de
máquinas, equipamentos, produtos, relatório e principalmente
dinheiro, sem não haverá um serviço e as pessoas que estão
envolvidas com a educação não conseguem enxergar, inovar e quando
ganho pouca acha que estão no mesmo lugar e não administram bem.
Hoje se tem 317,5 bilhões em impostos que deveria ir para educação,
segundo a Constituição, hoje há matriculado na escola publica 41,3
milhões de Reais, se dividirmos teremos para cada aluno durante um
ano 7650,60 mil e se dividirmos por 12 meses daria 637,55 reais.
Mas, estes impostos,
não vão direto para escola ou direto para um cartão estudante, ou
boleto para uma instituição qualquer particular nossos alunos e
filhos tem que agüentar as demagogias dos governantes.
Assim uma escola que
tem uma dimensão econômica proposta pelas elites com seus projetos
nunca vai para frente, é o maior dos erros que existe na educação.
Pela dimensão
filosófica é quando buscamos respostas por que existe a escola, a
sua missão , suas razoes pela quais ela existe, será que ela a
utopia que sonhamos, e principalmente das classes populares onde
deveria assegurar emocionalmente sucessos futuros de seus filhos.
O Estado e as elites
que pode... Levam aos trancos e barrancos baseada na malícia e
truques, é o quadro em que a escola publica esta metida.
Para explicar melhor a
dimensão filosófica contarei da mitologia grega a historia de e
Sísifio, Prometeu, Hermes.
Começarei com Sísifio
Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como
um dos maiores ofensores dos deuses.
Segundo Higino, ele
odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia
matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com
Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas
Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por
causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria
empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela
rola de volta por 30 mil anos.
O nosso povo carrega
511 anos os modelos, programas, jeitos, um descaso das elites.
Outra malícia de
Sísifio é a seguinte: Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua
cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem
Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem
ter informações sobre a filha, foi parar em Corinto.
Sísifo sabia o que
tinha acontecido, Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se
sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo
fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele
contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte
presenteada recebeu o nome de Pirene.
A tantos acordos e
interesses egoístas nos nossos lideres que eles fazem qualquer
acordo e como dizem aqui no Brasil: “tudo acaba em Pizza”.
Mas quando ele contou
para Asopo, despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da
Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o
esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua
beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar.
O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo
manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Sempre fazem isto com a
educação brasileira. É estatística para todo lado, são melhores
que Pelé, Maradona, Robinho, etc. Saresp, SAEB, Prova Brasil. Tanto
gastos.
Durante um tempo não
morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou
novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares,
o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar
as batalhas.
Tão logo teve
conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse
Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se
despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela
não enterrasse seu corpo.
Já no inferno, Sísifo
reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o
enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da
mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o
pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia
enganado a Morte pela segunda vez.
Sempre, sempre nos
enganados.
Sísifo morreu de
velhice e Zeus enviou Hermes que para conduzir sua alma a Hades. No
tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um
castigo, juntamente com Prometeu.
Por toda a eternidade
Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas
mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava
quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo
até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.
Sísifo tornou-se
conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se
de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade
dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois,
concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua
plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.
A escola de hoje é
Sisífica não somos felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. E
fazem que carreguemos as pedras mentirosas das utopias que estão aí.
Outro mito, segundo
Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar
os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e
Prometeu encarregou-se de supervisioná-la.
Na obra, Epimeteu
atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez,
sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um
terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do
barro.
Mas como Epimeteu
gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão
Prometeu.
Este então roubou o
fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade
dos homens sobre os outros animais.
Todavia o fogo era
exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto
que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma
águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias,
regeneravam-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
As elites que elaboram
as utopias estão nos fazendo como Prometeu, estão comendo nossos
fígados e acabando com os fogos de uma boa escola.
E querem aplausos, o
que importa são refletores, os aplausos, mas as famílias, os alunos
e os educadores bananas. Vaidades geradas em modice impulsionada por
pseudos pedagogos, a última ultima utopia é o bullyng. A igualdade
lastreada na constituição e nos ECAs da vida são só para “gregos
verem”.
Pela dimensão
potencial é quem faz um grupo, um organismo social que cria e
elabora pelo meio de suas potencialidades para que cada um se dê bem
e seja feliz, porque ele se estimula a lutar e vencer as dificuldades
em sua vida.
São a mais
negligenciadas dentro da escola, as escolas sempre a um líder que se
orgulha mais da máquina do que quem opera regida pela sagacidade,
sempre em busca de ondas perfeitas, são equilibristas. Procuram se
adequar a novos cenários e utopias, usam a vontade propagandas que
mostram suas utopias, sempre com aplausos da imagem.
Hoje a imagem é que
conta, ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas
enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola.
Agem como mágicos e usa certos pseudos-pedagogos que com seus
talentos copiadores expressam uma nova teoria para utopias que já
existiam.
Direcionados pela
ambição que buscam aprovação e sucesso... E não resolve os
problemas da escola só ocasionam confusões nas cabeças dos que
utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e que
diminui as potencialidades do grupo onde deveria dar êxito aos
talentosos.
Dimensão Causal é
baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma
realidade melhor e colocam os serviços da escola em estágios de
compreensão para uma demanda de satisfação.
Declaradamente a escola
publica esta insatisfeita. Sempre a um culpado, se o aluno não vai
bem, é culpa do professor, daí os professores culpam os pais, e
assim vai... Necessitamos de construir pessoas para um futuro
promissor, precisamos de um norte, os professores, alunos, direção,
corpo de educadores estão mais perdidos que “uma agulha no
deserto” e cada vez mais os serviços oferecidos pela escola.
A escola precisa de
liberdade tanto utopicamente como economicamente, em suma,
autogerenciar, sem interferência dos Utópicos de Plantão.
Como foram as
histórias das utopias no Brasil.
Como disse, tento neste
livro, esclarecer os utópicos educacionais no ponto de vista da
dimensão econômica, filosófica, potencial e causal dos chamo de
pseudos-pedagogos a serviço do Estado e das elites que vem sempre
como modismo, mas são teorias copiadas dos clássicos como Freinet
Piaget e Anton Makarenko e outros.
Vem com nova roupagem
que atrapalharam e atrapalham e, principalmente confundem os
professores, eles sempre acham uma tese para melhorar escola
brasileira, que são meras adaptações dos clássicos utópicos, mas
continua ainda sendo aplicada no modelo Panóptico de Jeremy Bentham.
A estrutura de escola
que temos no Brasil foi baseada no modelo estrutural de escola
realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell
(1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy
Bentham (1748-1792), autor do Panóptico e nos seminários cristãos.
“No final do Século
17, o filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham concebeu pela
primeira vez a ideia do panóptico”. Para isto Bentham estudou
racionalmente, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário.
Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador
poderia ver todos os locais onde houvesse presos.
Ele também observou
que estes mesmos projetos de prisão poderiam ser utilizados em
escolas e no trabalho, como meio de tornar mais eficiente o
funcionamento daqueles locais. Alguma semelhança com modelos
estrutural de nossas escolas! É “isso aí, nossa escola foi
baseada em prisões.”. Eis o Panóptico. Esse processo panóptico
teve várias adaptações no processo de aprendizagem que junto com o
modelo jesuítico fazem nossa educação não dar certo.
23. As principais
adaptações utópicas clássicas nos processos de aprendizagem no
Brasil
Na Antiguidade
aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da
antiguidade oriental. Já no Egito, na China e na Índia a finalidade
era transmitir as tradições e os costumes. Na antiguidade clássica,
na Grécia e em Roma, a aprendizagem passou a seguir duas linhas
opostas, porém complementares: A pedagogia da personalidade visava a
formação individual. A pedagogia humanista desenvolvia os
indivíduos numa linha onde o Sistema de ensino e sistema educacional
era representativo da realidade social e dava ênfase à aprendizagem
universal.
Na Idade Média a
aprendizagem e consequentemente o ensino (aqui ambos seguem o mesmo
rumo) passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas. Por
exemplo, uma criança aprendia a não ser canhota, ou sinistra,
embora geneticamente o fosse.
No final daquele
período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e
do ensino com a independência em relação ao clero. Devido às
modificações que ocorreram com o advento do humanismo e da Reforma,
no século XVI, e sua ampliação a partir da revolução francesa,
as teorias do ensino-aprendizagem continuaram a seguir seu rumo
natural.
Do século XVII até o
início do século XX, a doutrina central sobre a aprendizagem era
demonstrar cientificamente que determinados processos universais
regiam os princípios da aprendizagem tentando explicar as causas e
formas de seu funcionamento, forçando uma metodologia que visava
enquadrar o comportamento de todos os organismos num sistema
unificado de leis. O exemplo da sistematização efetuada pelos
cientistas para a explicação dos demais fenômenos das ciências
naturais.
Muitos acreditavam que
a aprendizagem estava intimamente ligada somente ao condicionamento.
Um exemplo de experiência sobre o condicionamento foi realizado pelo
fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem
ao som de campainhas.
A partir da década de
30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman
pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem.Guthrie acreditava
que as respostas, ao invés das percepções ou os estados mentais,
poderiam formar os componentes da aprendizagem.
Hull afirmava que a
força do hábito, além dos estímulos originados pelas recompensas,
constituía um dos principais aspectos da aprendizagem, a qual se
dava num processo gradual.
Tolman seguia a linha
de raciocínio de que o princípio objetivo visado pelo sujeito era a
base comportamental para a aprendizagem. Percebendo o ser humano na
sociedade em que está inserido, se faz necessário uma maior
observação de seu estado emocional.
26. As influências e
os processos utópicos nas utopias pedagógicas
A aprendizagem é
influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo alguns
teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o
estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos
básicos para o processo de fixação das novas informações
absorvidas e processadas pelo indivíduo.
O processo de
aprendizagem é de suma importância para o estudo do comportamento.
Alguns autores afirmam que certos processos neuróticos, ou neuroses,
nada mais são aprendizagens distorcida, e que a ação recomendada
para algumas psicopatologias são um redirecionamento para a absorção
da nova aprendizagem que substituirá a antiga, de forma a minimizar
as sintomatizações que perturbam o indivíduo. Isto é, através da
reaprendizagem (re-educação) ou da intervenção profissional
através da Psicopedagogia.
Pela motivação se
aprende melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que
se está a estudar. Motivado, um indivíduo possui uma atitude ativa
e empenhada no processo de aprendizagem e, por isso, aprende melhor.
A relação entre a aprendizagem e a motivação é dinâmica: é
freqüente o Homem interessar-se por um assunto, empenhar-se, quando
começa a aprender. A motivação pode ocorrer durante o processo de
aprendizagem.
No Brasil a motivação
dos perceptos é bloqueada tanto pela ineficácia do Estado que
considera a igualdade dos desiguais, entendeu? Vou explicar: - numa
sala se encontra 35 alunos, 5 fazem uma bagunça imensa, não querem
saber de ser motivado eles querem é ser jogador de futebol, é sua
utopia, 15 alunos estão extramente interessado e motivado querem
aprender mesmo, só não consegue porque os 5 alunos bagunceiros não
deixam seguirem motivados. Não sei se entendeu a política dos
iguais brasileira.
Os conhecimentos
anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto podem
condicionar a aprendizagem. Há conhecimentos, aprendizagens prévias,
que, se não tiverem sido concretizadas, não permitem a
possibilidade de se aprender. Uma nova aprendizagem só concretiza
quando o material novo se incorpora se relaciona, com os
conhecimentos e os saberes que se possui.
A quantidade de
informação e possibilidade de o Homem aprender novas informações
é limitada: não é possível integrar grandes quantidades de
informação ao mesmo tempo. É necessário proceder-se a uma seleção
da informação relevante, organizando-a de modo a poder ser gerida
em termos de aprendizagem.
A diversidade das
atividades e quanto mais diversificadas forem as abordagens a um
tema, quanto mais diferenciadas as tarefas, maior é a motivação e
a concentração e melhor decorre a aprendizagem.
A planificação e a
organização e melhor forma como se aprende pode determinar, em
grande parte, o que se aprende. A definição clara de objetivos, a
seleção de estratégias, é essencial para uma aprendizagem bem
sucedida. Contudo, isto não basta: é necessário planificar,
organizar o trabalho por etapas, e ir avaliando os resultados. Para
além de estes processos serem mais eficientes, a planificação e a
organização promovem o controle dos processos de aprendizagem e,
deste modo, a autonomia de cada ser humano.
Bela abordagem, mas,
por favor, fale para os 5 alunos que não querem saber de nada.
A cooperação e a
forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o
soluciona é diferente. Por isso, determinados tipos de problemas são
mais bem resolvidos e a aprendizagem é mais eficaz se existir
trabalho de forma cooperativa com os outros. A aprendizagem
cooperativa, ao implicar a interação e a ajuda mútua, possibilita
a resolução de problemas complexos de forma mais eficaz e
elaborada.
Peça de novo para os 5
alunos.
Estilos de aprendizagem
de cada indivíduo apresentam um conjunto de estratégias cognitivas
que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada
pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias
entre os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos
estilos de aprendizagem:
· Visual: aprendizagem
centrada na visualização
· Auditiva: centrada
na audição
· Leitura/escrita:
aprendizagem através de textos
· Ativa: aprendizagem
através do fazer
· Olfativa: através
do cheiro pode possibilitar conhecimento já adquirido anteriormente,
com o deitar de gazes é exemplo de uma aprendizagem olfativa.
Aprendizagem
Associativa e a associação é um tema que reside na observação de
que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas sensações, o
resultado é a consciência de algo no mundo exterior que pode ser
definida como ideia.
Portanto, a associação
leva às idéias, e para tal, é necessária a proximidade do objeto
ou ocorrência no espaço e no tempo; deve haver uma similaridade;
freqüência de observação; além da proeminência e da atração
da atenção aos objetos em questão. Estes objetos de estudo para a
aprendizagem podem ser, por exemplo, uma alavanca que gera
determinado impulso, que ao ser acionada gera o impulso tantas vezes
quantas for acionada. A associação ocorre quando o indivíduo em
questão acionar outra alavanca similar à primeira esperando o mesmo
impulso da outra. O que levou ao indivíduo acionar a segunda
alavanca foi a ideia gerada através da associação entre os objetos
(alavancas).
Um grupo liderado pelos
pesquisadores Guthrie e Hull sustentava que as associações se davam
entre estímulos e respostas, estes eram passíveis de observação.
A teoria da
aprendizagem associativa, ou a capacidade que o indivíduo tem para
associar um estímulo que antes parecia não ter importância a uma
determinada resposta, ocorre pelo condicionamento, em que o reforço
gera novas condutas. Porém, as teorias de estímulo e resposta não
mostraram os mecanismos da aprendizagem, pois não levaram em conta
os processos interiores do indivíduo. (Há que se diferenciar
aprendizagem de condicionamento).
Tolman pesquisou que as
associações através do estímulo geravam uma impressão sensorial
subjetiva.
Aprendizagem
Condicionada é o reforçamento, é uma noção que provém da
descoberta da possibilidade que é possível reforçar um padrão
comportamental através de métodos onde são utilizadas as
recompensas ou castigos. A é uma proposta para integrar alunos e
professores durante a aprendizagem em sala de aula, de modo a
possibilitar a construção de conhecimentos por meio das interações.
A aprendizagem
reflexiva como estratégia para a formação profissional. A melhoria
da qualidade da prática docente facilita o aprendizado de novos
modos de ensino e expande estratégias de aprendizagem.
Na formação de
Docentes é necessário ter em conta, como princípio básico, a
atuação, tornando a sua prática para muito além dos meios
tradicionais de ensino.
Onde vou mandar os 5
alunos. O lugar mais certo é eles ficarem jogando futebol daí
estarei sendo memético.
O princípio da
aprendizagem reflexiva, considerada por alguns autores, trata da
urgência em formar profissionais, que venham a espelhar a sua
própria prática, na esperança de que a reflexão será um meio de
desenvolvimento do pensamento e da ação.
De novo a culpa nos
professores.
A dificuldade em
decifrar este conhecimento, reside no fato das ações serem ativas,
de forma diversificada em às teorias, que são mais estáticas.
Desta forma, ao descrever o conhecimento empregue numa determinada
ação, com o intuito de compreender, o futuro docente, estará a
praticar um processo de estrutura do seu saber.
A maioria dos
professores com a falta de respeito dos 5 alunos não consegue atuar,
ele fica a procura de uma utopia, mas fica numa roda viva de utopias.
27. Outras utopias de
aprendizagem
Atualmente, muitos
profissionais da área educacional contestam a existência de uma
validade universal na teoria da associação. Estes afirmam a
importância de outros fatores na aprendizagem. Exemplos típicos são
os educadores que seguem a linha gestalt|gestaltista, estes defendem
que os processos mais importantes da aprendizagem envolvem uma
reestruturação das relações com o meio e não simplesmente uma
associação das mesmas.
Existem também, os
educadores que estudam os aspectos psicológicos da linguagem, ou
psicolinguistas. Estes, por sua vez, sustentam que a aprendizagem de
uma língua abrange um número de palavras e locuções muito grande
para ser explicado pela teoria associativa. Alguns pesquisadores
afirmam que a aprendizagem lingüística se baseia numa estrutura
básica de organização elemento.
Outras correntes de
pensamento afirmam que as teorias da aprendizagem incluem o papel da
motivação além dos estágios da aprendizagem, os processos e a
natureza da evocação, do esquecimento e da recuperação de
informações ou memória. Na pesquisa sobre a aprendizagem, ainda
existem os conceitos não passíveis de quantificação, como os
processos cognição-cognitiva, a imagem, à vontade e a consciência
- conscientização.
As lacunas do
experimentalismo e sua teoria geral da aprendizagem utilizando
métodos experimentalistas encontraram muitas lacunas. Começaram
surgir então teorias que aparentemente demonstravam não ser
possível teorização da aprendizagem através de um único método,
ou sistema. Estas teorias convergiram para um raciocínio sistêmico
ao invés de sistemático. Começou-se a pensar na utilização de
métodos que explicassem a aprendizagem de forma dinâmica, e não
estática.
28. Como foram usadas
as utopias na educação no Brasil dos jesuítas até D. Pedro I.
Primeiramente vamos
entender melhor um aluno percepto na pedagogia memética. O aluno
deve procura com prazer que terá tranqüilidade e liberdade sem
medo, sem ausência de sofrimento numa escola que lhe dê felicidades
e não somente a possibilidade comprar, ter bens materiais. Em linhas
gerais, o homem está em contato permanente com dois tipos de
realidade: a inteligível e a sensível. A inteligência está na
procura das idéias que afetam os sentidos percebendo o mundo
concreto que pode mudá-lo com a criticamente e estão repletos de
utopias.
Segundo Platão “o
problema do ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é
uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para
o segundo, o movimento que é uma ilusão, pois algo que é não pode
deixar de ser e algo que não é não pode passar a ser; assim, não
há mudança”. (Daí as utopias serem o ligamento dos ideais.).
Por exemplo, “o que
faz com determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de
semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto
outra de outra espécie, com características tão diferentes”?
Há aqui uma mudança,
tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela
cresce) quanto da árvore em relação à outra. Para Heraclito, a
árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides,
ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão.
(Concepção da diferença das utopias. Para uns pode ser verdade
para outro falso).
Platão resolve esse
problema com sua Teoria das Idéias. “O que há de permanente em um
objeto é a Idéia; mais precisamente, a participação desse objeto
na sua Idéia correspondente”. “E a mudança ocorre porque esse
objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da
Idéia desse objeto”.
No exemplo da árvore,
o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra
coisa). A despeito de sua diferença daquilo que era quando mais
jovem e de outras árvores de outras espécies, e, mesmo das árvores
da mesma espécie, é a sua participação na idéia de Árvore, e
sua mudança, deve-se ao fato de ser uma pálida representação da
idéia de Árvore”.
Outro diálogo de
Platão é seguinte “cada caneta terá outros atributos, sendo ela
também uma caneta, tanto quanto a outra”. “Aquilo que faz com
que as duas sejam canetas é, para Platão, a idéia de Caneta,
perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta”. ( é
como somos humanos e imperfeitos, mas cada um tem uma percepção de
utopia).
Platão também
elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica
como se podem conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do
conhecimento. Segundo ele, ao ver um objeto repetido várias vezes,
uma pessoa se lembra, aos poucos, da Ideia daquele objeto que viu no
mundo das idéias.
Para explicar como se
dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo “a
qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela,
onde se localizam as idéias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é
"jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que
esqueça o que viu na estrela. Mas, ao ver um objeto aparecer de
diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a
alma se recorda da idéia daquele objeto que foi visto na estrela.
Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis”. (para a
pedagogia memética é uma nova forma de ver o mundo)
A reminiscência para
Platão é uma das condições para a indagação ou investigação
acerca das idéias é que não estamos em estado de completa
ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo
nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição
necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma
alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as
idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e
nos recordemos das idéias ao vê-las reproduzidas palidamente nas
coisas”. (para isto o aluno percepto de estar livre para escolher
as idéias ou utopias sem obrigação como é no Brasil.)
Deste modo, toda a
ciência platônica é uma reminiscência. A investigação das
idéias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde
contemplavam as idéias. (a escola não é mais única fonte de
investigação.).
Podemos tomar como
exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo Fedro, de
Platão (é “um diálogo platônico que se ocupa com uma
investigação acerca da retórica e do amor (sensual),” Neste
diálogo, Platão compara a raça humana a carros alados). “Tudo o
que fazemos de bom, dá forças às nossas asas.”
“Tudo o que fazemos
de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos
tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem elas
para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até
hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as
sombras do Mundo das idéias”. (que são utópicas e para se ter
uma pedagogia memética tem que dar asas aos educandos e não uma
educação que só educa com utopias feita pelas elites).
Conhecimento
Platão não buscava as
verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e
seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a
verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência
do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja,
variam, mudam, surgem e se vão. (É que chamo de utopia).
“Como o filósofo
busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas
verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se
há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer
para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo
superior. ( verdade é difícil em cada momento, cada segundo).”
Como seu mestre
Sócrates, Platão busca descobrir as verdades essenciais das coisas.
As coisas devem ter um outro fundamento, além do físico, e a forma
de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas, mas
do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa. Isto
significa buscar a verdade no interior do próprio homem, não
meramente como sujeito particular, mas como participante das verdades
essenciais do ser. ( eis aí a essência do aluno percepto na
pedagogia memética, ele buscará o que lhe interessa se não esta
pronto para a matemática e gosta de artes deixem desenvolver todas
suas aptidões depois ele procurará os conhecimentos mínimos de
matemática, física, mas, se ele realmente precisar ).
O conhecimento era o
conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não
enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento contido na alma era
a essência daquilo que existia no mundo sensível. Portanto, em
Platão, também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A
alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das idéias,
porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.
Também o conhecimento
tinha fins morais, isto é, levar o homem à bondade e à felicidade.
Assim a forma de conhecimento era um reconhecimento, que faria o
homem dar-se conta das verdades que sempre possuíra e que o levavam
a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A
obtenção do autoconhecimento era um caminho árduo e metódico. (
que facilita no caso de um aluno que tem aptidão numa escola
memética).
Quanto ao mundo
material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne
(técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo
das idéias, o homem pode ter a épisthéme, (epistemológica) o
conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico.
Platão não defendia
que todas as pessoas tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos
terem a alma perfeita, nem todos chegava à contemplação absoluta
do mundo das idéias. ( é assim na consciência coletiva, um
individuo não é igual ao outro, por isto deve-se diferenciar às
disciplinas para a pedagogia memética, do qual ele terá maior
contemplação).
"Os males não
cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos
filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por
uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente."
(Platão, Carta Sétima, 326b).
Esta afirmação de
Platão deve ser compreendida com base primeira base na teoria e
utopia do conhecimento
Platão acreditava que
existiam três espécies de virtudes baseadas na alma
A primeira virtude era
a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o
governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão. (no caso
brasileiro usam as teorias utópicas de baixo para cima)
A segunda espécie de
virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os
soldados ou guardiões da polis (cidade), pois sua alma de prata é
imbuída de vontade. ( acho que esta virtude não cabe nos desejos
burocracia brasileira que entravam à educação e deve sair de cena
e deixar a escola memética se auto-executar).
E, por fim, A terceira
virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou
os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das
coisas sensíveis. ( que belo seria nós trabalhadores termos
realmente em mãos o dinheiro arrecado e aplicássemos melhor sem
interferência do alto-ventre, ou seja, os que fazem as utopias
educacionais brasileiras).
Por meio da relação
de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das
idéias e aspira ao conhecimento e às idéias do Bem e da Justiça.
A partir da contemplação do mundo das idéias, o Demiurgo, ( é o
criador do Mundo inferior ou material é considerado o chefe dos
Arcontes -’servos’- possuindo sabedoria limitada e imperfeita).
O termo demiurgo provém
do latim demiurgus, e este por sua vez do grego δημιουργός
(dēmiourgós), literalmente "o que produz para o povo", e
foi originalmente um termo comum que designava qualquer trabalhador
cujo ofício se faz de uso público: artistas, artesãos, médicos,
mensageiros, etc. Que no século V a.C. passou a designar certos
magistrados ou funcionários eleitos. ( ou seja, nós, professores,
e, outros educadores).
Platão o utilizou em
seu diálogo Timeu, uma exposição sobre cosmologia escrita por
volta de 360 a.C. onde o Demiurgo figura como o agente que, embora
não seja o criador da realidade, organiza e modela a matéria
caótica preexistente de acordo com modelos perfeitos e eternos.
Platão descreveu no
Timeu, organizou o mundo sensível. Não se trata de uma criação ex
nihilo, isto é, do nada, como no caso do Deus judaico-cristão, pois
o Demiurgo não criou a matéria (Timeu, 53b) nem é a fonte da
racionalidade das idéias por ele contempladas. A ação do homem se
restringe ao mundo material; no mundo das idéias o homem não pode
transformar nada. Pois o que é perfeito, não pode ser mais
perfeito.
Timeu encontra-se a
"teoria das formas inteligíveis", que explicaria a
natureza do mundo sensível. Pelas idéias poder-se-ia explicar a
natureza do universo ou da totalidade das coisas sensíveis. Estas
estão sujeitas a geração e foram criadas de acordo com um modelo
(paradigma eterno).
Assim, causas imutáveis
seriam aplicadas ao que é instável por natureza e as coisas
sensíveis teriam nas formas inteligíveis a própria possibilidade
de existência. (por isto as utopias com suas teorias por serem
instáveis numa escola memética esta dariam a possibilidade
estabilização dos indivíduos).
Agora sim, veremos como
as utopias educacionais foram utilizada no Brasil.
Escolástica no Brasil
Os escolásticos
dividiram os discursos em perfeito e imperfeito definido pó Santo
Tomás (in Perih. I lect. 7 n. 4). O discurso perfeito é o que
completa a sentença, isto é, o que proporciona à inteligência um
significado completo (o homem bom é generoso). O discurso imperfeito
é o que na completa a sentença (‘o homem bom’).
Que se iniciou com
Inácio de Loyola, de origem nobre, Durante o período de
convalescença dedicou-se à leitura do "Flos Sanctorum",
após o que se decidiu a desprezar os bens terrenos em busca dos
sobrenaturais. No santuário de Monserrat fez a sua 'vigília
d'armas' e submeteu-se a uma confissão geral. Abandonou a
indumentária fidalga substituindo-a pela dos mendicantes. (começamos
já com utopia das classes dominantes) que segundo ele um bom aluno
deve:
Uma pessoa que se sente
chamada, atraída, movida, conquistada por Jesus Cristo, e,
agradecida e com toda liberdade e determinação adere a Ele, numa
comunhão de vida e de missão. Colocando-se à disposição para
trabalhar sob sua bandeira, para recriar nosso mundo e formar uma
humanidade nova, que se caracterize pela solidariedade e pela
fraternidade, tomando como modelo de vida o próprio Jesus Cristo.
Uma pessoa que, pela
graça de Deus, dinamizada pelos Exercícios Espirituais,
experimentou-se pecador, num mundo pecador, porém se sente amado e
resgatado pela obra de Jesus e, agradecido, se sente também atraído
e movido para acompanhá-lo na Sua Missão Redentora.
Uma pessoa que,
experimentando o amor extremado e efetivo do Cristo, que viveu em si
mesmo a condição do pecador e de todo o pecado do mundo. E o vence
pela sua morte e ressurreição, sente o desejo e é levada, com
muito amor, a seguir vitalmente o Senhor Jesus no seu aniquilamento,
na sua pobreza e na sua dedicação para o resgate de todos os seres
humanos e de toda a criação. Esta pessoa assume tudo isso não
contando nem pensando nas suas próprias forças e disposições, mas
sentindo-se abraçada e conquistada por Jesus, atraída e movida por
Ele, confiando na graça d´Ele, e dispõe-se a segui-Lo vitalmente
na sua vida de opróbrios e exclusões, estando disposta a viver na
pobreza e enfrentar os conflitos decorrentes de tal decisão.
Uma pessoa que conhece
Jesus Cristo intimamente, O ama e deseja ardentemente segui-Lo,
identificando-se com seu modo de ser e Sua Missão.
Uma pessoa que saiba
discernir e que tome as suas resoluções, menores ou maiores, na
hora oportuna, baseando-se, sobretudo, não em critérios humanos e
normas regulamentares. Mas na própria experiência do encontro e da
união com o Senhor Jesus caracterizado pela paz, pela fé, esperança
e caridade, numa palavra, pela consolação espiritual.
Uma pessoa seduzida por
Jesus Cristo, envolvida no Seu amor e com o desejo de corresponder a
este amor vivendo com Jesus no desempenho de sua missão. Assim,
relativiza todos os meios, usando-os tanto quanto forem úteis para a
construção do Reino de Deus, desapegando-se de tudo que não conduz
a viver de acordo com a vontade do Pai. Esta pessoa sabe que a tarefa
na construção do Reino é um Dom de Deus.
Uma pessoa que acolhe o
Senhor Jesus na Sua totalidade de enviado do Pai para resgatar o ser
humano, identificando-se até com o mais excluído e miserável
(quanto mais excluído e miserável, mais divino) e admiravelmente
restaurando-o para a totalidade do ser humano (quando mais humano
mais divino).
Uma pessoa que se
reconhece conquistada pelo Senhor e que, conscientemente se entrega
totalmente a Ele, e com Ele e nele à Sua missão, e assim, descobre
Deus em todas as coisas, se incorpora na ação que Deus está
executando no mundo, sendo um contemplativo na ação.
Uma pessoa que descobre
o Senhor Jesus presente e atuante de diversas maneiras em todas as
pessoas. E também na natureza, e que se sente chamada a viver e agir
no Senhor Jesus não sozinha, mas em conjunto com todas as outras
pessoas integradas no Senhor Jesus e com a mesma criação.
Segundo a missão
redentora era o resgate de missão que salva o Ocidente em um segundo
sentido específico. A espiritualidade cristã ocidental, afirma, em
comparação com a espiritualidade cristã oriental, acentuou o
caráter encarnatório do cristianismo, é dizer, a relação entre
"natureza e graça", entre "a Causa Primeira (Deus) e
as causas segundas (as criaturas)".
O característico do
Oriente é uma concepção do mundo em que predomina a atitude do
homem para com a divindade. É uma cultura que tende a desprender-se
do terreno, para volver-se para o absoluto transcendente. Pensemos
por exemplo no hinduismo.
No Ocidente, ao
contrário, encontramos a tendência a acentuar mais o terreno, tudo
o que o homem faz aqui na terra.
Nos últimos séculos,
desde a Reforma e o Iluminismo, no âmbito cultural do Ocidente, se
foi criando um pensamento separatista, que o Pe. Kentenich denomina
"pensar mecanicista" e considera como uma enfermidade da
alma ocidental. A este modo de pensar mecanicista, o fundador de
Schoenstatt contrapõe o "pensar a mentalidade orgânica".
Segundo o Pe.
Kentenich, uma das grandes contribuições que o cristianismo surgido
no âmbito de Ocidente, está chamado a oferecer para a evangelização
dos povos, é este modo de pensar e ver a realidade. Isto significa
transmitir uma fé e uma espiritualidade que permite captar a relação
harmônica do natural e o sobrenatural, de Deus e a criatura, segundo
a qual, a natureza e a graça, Deus e homem, não se opõe
mecanicamente nem são realidades justapostas, uma ao lado da outra.
Para compreender melhor
esta visão, a mentalidade orgânica, é preciso ter presente as
seguintes considerações que faz o Pe. Kentenich:
• Santo Agostinho, a
maior figura do cristianismo primitivo, teve a missão de destacar o
lugar que correspondia a Deus dentro do mundo, como Causa Primeira.
Agostinho viveu em um momento em que o cristianismo começa a
penetrar no mundo dessa época e começava a chegar até aos círculos
intelectuais. Daí sua preocupação em tornar a doutrina cristã
compreensível e atraente para eles.
Para isto se apoiou na
filosofia reinante, o neoplatonismo. Sabemos que o platonismo dava
importância primaria as "idéias". Estas eram o real e
verdadeiro; em contradição, o mundo e as coisas são reflexos delas
e só aparências. De este modo se restava valor ao terreno, o mundo
como tal.
Santo Agustinho
"cristianizou" o pensamento de Platão. A partir do
platonismo olha a realidade primeiramente desde o ponto de vista
sobrenatural. Sua conquista é precisamente haver reafirmado o lugar
de Deus como Causa Primeira, como "o verdadeiro" e
definitivo. (Analogicamente ao que Platão ensinava sobre as idéias).
Seu pensamento gira em torno a Deus (não como idéia, senão como
Deus pessoal, revelado por Cristo), sem destacar a importância e o
valor a autonomia das criaturas.
• A outra grande
figura que foi influente no Ocidente é São Tomás de Aquino.
São Tomás teve
acesso, através dos filósofos árabes, aos escritos de Aristóteles,
quem complementava a Platão, sua filosofia. Aristóteles dava
importância preponderante a realidade, as coisas, ao homem, no que
são elas por si mesmas.
Ele captou a doutrina
aristotélica das causas segundas (de a realidade criada) e
desenvolveu sua teologia a partir da base aristotélica. Não separa
a causa segunda da Causa Primeira. Destaca o Deus como Causa
Primeira, mas, vê as realidades criadas como causas segundas,
afirmando sua autonomia e leis próprias.
As criaturas têm um
valor em si mesmo e leis próprias que as regem. Afirma que as causas
segundas não são independentes de Deus, já que Deus é o Criador,
em quem as criaturas se sustentam e recebem seu sentido último. Deus
mesmo lhe da uma natureza e originalidade próprias, e as resposta em
sua ordem de ser natural.
Desta forma, São Tomás
elaborou o que poderia chamar-se uma teologia a filosofia das causas
segundas. É dizer, a propriedade de as criaturas em relação a Deus
e as leis que regem a harmonia entre Deus e o mundo. Dos enunciados
tomistas resumem sua visão:
“Deus governa o mundo
por meio de causas segundas livres”. “A graça não destruiu a
natureza senão que a supõe, a sana, eleva e perfecciona”.
Agora bem, nos últimos
400 anos, pouco a pouco o Ocidente foi perdendo a visão dessa
harmonia que São Tomás elaborou doutrinalmente. O Ocidente chegou a
separar quase de modo absoluto, mecanicista, o natural do
sobrenatural, tanto na teoria como na prática. Nega o mundo do além
e toda transcendência, encerrando-se no aquém, professando um
ateísmo prático e teórico.
Neste contexto, Pe.
Kentenich desenvolveu, complementando a visão doutrinal de São
Tomás de Aquino, uma espiritualidade e pedagogia da harmonia entre a
natureza e a graça. Se São Tomás elaborou uma teologia das causas
segundas, era necessário elaborar uma psicologia, ascética e
pedagógica das causas segundas.
Com isso, Pe. Kentenich
responde a um profundo problema do mundo atual e da Igreja: a relação
Deus-mundo; a relação do sobrenatural com o natural, da ação de
Deus e a liberdade do homem; a autonomia e importância do criado em
relação ao Criador. O Concilio Vaticano II expressou mais tarde
assim esta problemática: “O divórcio entre Evangelho e cultura é
o drama de nosso tempo”.
Neste contexto, Pe.
Kentenich destaca o segundo objetivo de Schoenstatt: resgatar a
missão salvadora do Ocidente, responsabilizando-se por salvar a
harmonia entre a natureza e a graça, tanto no pensar, amar como no
atuar e viver do homem moderno.
Portanto, assumir esta
missão redentora significa para Schoenstatt (Movimento Apostólico
Internacional de Schoenstatt é um movimento católico mariano
fundado em Schönstatt, na Alemanha, em 1914 pelo padre Joseph
Kentenich.)
• responsabilizar-se
pela harmonia entre o sobrenatural e o natural;
• pela união
harmônica entre a Causa Primeira e as causas segundas livres;
• pelo cultivo do
pensar, amar e viver orgânicos.
• Tudo isto, em
relação a todas as realidades, tanto na teoria como na prática.
"Percebem
analisando Schoenstatt a partir do ponto de vista da convulsão
espiritual que hoje existe, rapidamente se darão conta que (a
doutrina das causas segundas) é o maior, o mais original, o mais
amplamente elaborado que podemos oferecer ao tempo e ao mundo atual"
(Pe. Kentench, 1967).
Pe. Kentenich anuncia
este segundo objetivo de Schoenstatt, especialmente em 31 de Maio de
1949, a partir do santuário Cenáculo de Bellavista:
"Vemos como o
Ocidente caminha para a ruína e cremos que somos chamados a partir
daqui para realizar um trabalho de salvação, de construção e de
edificação”.
Toda a vida e missão
de Schoenstatt estão traspassadas por seu caráter essencialmente
mariano. Também o está em relação ao resgate da missão redentora
do Ocidente. O Pe. Kentenich vê em Maria a encarnação preclara da
harmonia entre o sobrenatural e natural, o lugar de convergência de
Deus e a humanidade. Nela, Deus mostra que é valoriza a criatura e a
associa a sua obra salvadora.
Inácio de Loyola
escreveu as constituições jesuítas, adotadas em 1554, que deram
origem a uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a
absoluta abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores
hierárquicos (perinde ac cadaver, "disciplinado como um
cadáver", nas palavras de Inácio). O seu grande princípio
tornou-se o lema dos jesuítas: "Ad maiorem Dei gloriam"
("Para a maior glória de Deus")
Na companhia de Fabro e
Laynez, Inácio viajou até Roma, em outubro de 1538, para pedir ao
papa a aprovação da ordem. O plano das Constituições da Companhia
de Jesus foi examinado por Tomás Badia, mestre do Sacro Palácio, e
mereceu sua aprovação. A congregação de cardeais, depois de
algumas resistências, deu parecer positivo à constituição
apresentada.
Em 27 de Setembro de
1540 Paulo III confirmou a nova ordem através da Bula "Regimini
militantis Ecclesiae", que integra a "Fórmula do
Instituto", onde está contida a legislação substancial da
Ordem, cujo número de membros foi limitado a 60. A limitação foi,
porém posteriormente abolida pela bula Injunctum nobis de 14 de
março de 1543.
O Papa Paulo III
autorizou que fossem ordenados padres, o que sucedeu em Veneza, pelo
bispo de Arbe, em 24 de junho. Devotaram-se inicialmente a pregar e
em obras de caridade em Itália. A guerra reatada entre o imperador,
Veneza, o papa e os turcos, tornava qualquer viagem até Jerusalém
pouco aconselhável.
Inácio de Loyola foi
escolhido para servir como primeiro superior geral. Enviou os seus
companheiros e missionários para vários países europeus, com o fim
de criar escolas, liceus e seminários.
O Papa Paulo III também
fez O Concílio de Trento foi o concílio ecumênico mais longo da
História da Igreja Católica. Foi também o concílio que "emitiu
o maior número de decretos dogmáticos e reformas, e produziu os
resultados mais benéficos", duradouros e profundos "sobre
a fé e a disciplina da Igreja".
Para se opor ao
protestantismo (chamam-se hoje de evangélicos aqui no Brasil), o
concílio emitiu numerosos decretos disciplinares e especificou
claramente as doutrinas católicas quanto à salvação.
Foram criados diversos
tipos de seminários: os seminários menores recebem alunos mais
novos, que não estão ainda em idade para estudar no ensino
superior. Os seminários maiores incluem os alunos que estão já na
última etapa da sua formação para o sacerdócio e que freqüentam
o curso superior de Teologia.
Alem destes, de forma
um pouco diferente existem os pré-seminários, que recebem
potenciais ingressos nos seminários nas dioceses como centros de
formação sacerdotal e confirmou-se a superioridade do Papa sobre
qualquer concílio ecumênico. Foi instituído o "Index Librorum
Prohibitorum” ( “índice dos Livros Proibidos” ou "Lista
dos Livros Proibidos" em português) foi uma lista de
publicações proibidas pela Igreja Católica, de "livros
perniciosos" contendo ainda as regras da igreja relativamente a
livros.
Ofício divino: nome
utilizado durante séculos, até ao Concílio Vaticano II, que
exprimia o caráter de obrigatoriedade (ofício) desta oração para
os clérigos. Ao mesmo tempo, remetia para o dever de rezar, dado por
Deus aos seus fiéis. ) e um novo Catecismo (A palavra "catecismo"
origina-se do termo grego katecheo que significa informar, instruir e
ensinar.). Foi reorganizada também a Inquisição.
A Inquisição foi
criada inicialmente para combater o sincretismo (do grego é uma
fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças
religiosas, seja nas filosóficas. entre alguns grupos religiosos,
que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam Lista
de métodos de adivinhação.
A Inquisição
medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no
Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros.
O catarismo (do grego,
"puro") foi um movimento cristão, considerado herético
pela Igreja Católica que se manifestou no sul da França e no norte
da Itália do final do século XI até meados do século XIV. Suas
idéias têm fortes paralelos com o gnosticismo.
Gnosticismo (do grego
'conhecimento') é um conjunto de correntes filosófico-religiosas
sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos
primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um
pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre
os intelectuais cristãos.
De fato, pode falar-se
em um gnosticismo pagão e em um gnosticismo cristão, ainda que o
pensamento gnóstica mais significativo tenha sido alcançado como
uma vertente heterodoxa (quaisquer opiniões ou doutrinas que
discordem de uma posição oficial ou ortodoxa) do cristianismo
primitivo.
Ao escrever sobre o
gnosticismo quis mostrar que a pedagogia escolástica foi uma reação
ao mesmo, então vamos para os fundamentos da pedagogia escolástica.
A Escolástica veio
para o Brasil com Cláudio Aquaviva, em 1584, quinto Geral da
Companhia, inicia a preparação de um plano definitivo para
aplicação em todos os colégios sob direção da Sociedade de
Jesus. Porém, este só será promulgado sob forma definitiva, ou
seja, como Plano e Instituição de Estudos da Companhia de Jesus
(Ratio Atque Instituto Studiorum Societatis Jesu), em 1599, depois de
duas versões experimentais.
Neste documento,
regulamenta-se o governo do colégio, o conteúdo dos estudos e o
procedimento a se seguir no processo educativo, inclusive o
comportamento dos professores e dos alunos, como também a formação
dos próprios professores.
Os jesuítas não se
limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar
eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados
secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível
superior, para formação de sacerdotes, para as elites, para o povo
brasileiro “nadinha de nada”.
Aos nativos pregava a
utopia do pensamento escolástico com acentos notadamente cristãos,
a escolástica surgia da necessidade de responder às exigências da
fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos
valores espirituais e morais de toda a Cristandade.
Por assim dizer,
responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma
fé. Esta linha vai do começo do século IX até ao fim do século
XVI, ou seja, até ao fim da Idade Média. Este pensamento cristão
deve o seu nome às artes ensinadas na altura pelos acadêmicos
(escolásticos) nas escolas medievais. Estas artes podiam ser
divididas em Trivium (gramática, retórica e dialética) e
Quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música). A
escolástica resulta essencialmente do aprofundar da filosofia.
A Filosofia que até
então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos,
sofreu influências da cultura judaica e cristã, a partir do século
V, quando pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar
uma fé que estava amadurecendo, em uma tentativa de harmonizá-la
com as exigências do pensamento filosófico. Alguns temas que antes
não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como:
Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada
passaram a fazer parte de temáticas filosóficas.
A Escolástica possui
uma constante de natureza neoplatônica, que conciliava elementos da
filosofia de Platão com valores de ordem espiritual, reinterpretadas
pelo Ocidente cristão. E mesmo quando Tomás de Aquino introduz
elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico,
esta constante neoplatônica ainda é presente.
Basicamente, a questão
chave que vai atravessar todo o pensamento escolástico é a
harmonização de duas esferas: a fé e a razão. O pensamento de
Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da
razão em relação à fé, por crer que esta venha restaurar a
condição decaída da razão humana. Enquanto que a linha de Tomás
de Aquino defende certa autonomia da razão na obtenção de
respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em
nenhum momento negar tal subordinação da razão à fé.
Para a Escolástica,
algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua reflexão,
por exemplo, os filósofos antigos, as Sagradas Escrituras e os
Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham
sobre si a autoridade de fé e de santidade.
Assim, a Ratio
Studiorum é um documento que traduz a missão educativa da Companhia
num programa concreto e prático. Um instrumento que será utilizado
para estender a Contra-Reforma no ensino para além das fronteiras da
Espanha, de Portugal, da França, da Itália, da Áustria, da
Alemanha do sul, da Rússia, até as colônias espanholas e
portuguesas no Novo Mundo, na África e nas índias Orientais.
A Companhia de Jesus
foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos,
na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos
catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do
luteranismo na Europa.
Os primeiros jesuítas
chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o
primeiro governador·geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre
Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira
escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão
Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou·se
o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos
dedicou·se ao ensino e a propagação da fé religiosa.
O mais conhecido e
talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na
Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no
litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou·se
mestre·escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São
Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria"
(De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio
de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de
1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso, foi
autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil.
No Brasil os jesuítas
se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo.
Perceberam que não seria possível converter os índios à fé
católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra
jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a
chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar
(Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de
Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).
Todas as escolas
jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio
de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente
de Ratio Studiorum.
Que era o seguinte:
O plano de estudos
(Ratio Studiorum): uma metodologia humanista católica.
A recomendação de um
Plano de Estudos já é feita pelas Constituições: deve incluir a
determinação dos horários de aula, sua ordem e métodos de
execução; determinar os exercícios, tanto de composição (que
devem ser corrigidos pelo próprio mestre), como as disputas ou
debates públicos.
Tudo isto deve ser
assunto de um tratado à parte, a ser aprovado pelo Superior Geral da
Companhia. Mas tanto o método quanto o conteúdo devem adaptar-se às
exigências da época, do local e das pessoas em questão, o que
também é grande inovação.
Diante da rápida
expansão da rede de escolas sob a direção da Companhia, tornou-se
absolutamente necessária a elaboração desse plano, pois em 1586 já
havia 162 colégios, dos quais 147 eram abertos a alunos externos.
Em termos históricos,
o reitor do Colégio de Messina, Jerônimo Nadal (1507-74), já tinha
elaborado um Programa de Estudos - (Ordo Studiorum) em 1551, modelo
seguido por outras escolas da Companhia de Jesus.
No mesmo ano em que
Nadal elaborou seu Programa, fundou-se uma escola livre de Gramática,
Humanidades e Doutrina Cristã, em Roma: o Colégio Romano, que
servirá de inspiração e instrumento de coordenação do ensino, de
acordo com os crescentes esforços dos jesuítas que visam primeiro
conterem e depois combater o aumento de influência da Reforma
Protestante.
A primeira notícia da
escola será promulgada sob o seguinte dístico: Scuola di gramática,
d'umanità e di dottril1a christíana, grátis (Escola de gramática,
de ciências humanas e de doutrina cristã).
Em 1584, Cláudio
Aquaviva, quinto Geral da Companhia, inicia a preparação de um
plano definitivo para aplicação em todos os colégios sob direção
da Sociedade de Jesus. Porém, este só será promulgado sob forma
definitiva, ou seja, como Plano e Instituição de Estudos da
Companhia de Jesus (Ratio Atque Instituto Studiorum Societatis Jesu),
em 1599, depois de duas versões experimentais.
Neste documento,
regulamenta-se o governo do colégio, o conteúdo dos estudos e o
procedimento a se seguir no processo educativo, inclusive o
comportamento dos professores e dos alunos, como também a formação
dos próprios professores.
Quanto ao conteúdo,
este seguirá o programa do humanismo cristão. O instrumento para
sua implantação será o colégio, e o único método para sua
realização será a tríplice metodologia, que consiste na preleção,
no conserto e na repetição, ou seja, a utopia escolástica que
escrevi na pagina 11, índice 4.1.
Reforma no ensino feita
pela utopia escolástica, a força nas colônias, para além das
fronteiras da Espanha, de Portugal, da França, da Itália, da
Áustria, da Alemanha do sul, da Rússia, ela é usada e deve ser
usada se as pessoas neméticas quiserem.
Começa aqui as utopias
que os professores usam, utopias feitas pelas Elites. Sempre de cima
para baixo.
As utopias utilizadas
no período Pombalino no Brasil.
Em 1755, Sebastião de
Melo, ou Marquês de Pombal foi primeiro-ministro do reino de
Portugal. Governou com mão de ferro, impondo a lei a todas as
classes, desde os mais pobres até à alta nobreza. Impressionado
pelo sucesso econômico inglês, tentou, com êxito, implementar
medidas que incutissem um sentido semelhante à economia portuguesa.
A região demarcada para a produção do vinho do Porto, a primeira
região a assegurar a qualidade dos seus vinhos, data da sua
governação. Em sua gestão, Pombal pôs em prática um vasto
programa de reformas, cujo objectivo era racionalizar a administração
sem enfraquecer o poder real. Para atingir essa meta, o ministro
incorporou as novas idéias divulgadas na Europa pelos iluministas,
mas ao mesmo tempo conservou aspectos do absolutismo e da política
mercantilista.
O Marquês de Pombal
foi à figura-chave do governo português entre 1750 e 1777. Sua
gestão foi um perfeito exemplo de despotismo esclarecido, forma de
governo que combinava a monarquia absolutista com o racionalismo
iluminista. Uma notável realização de Pombal foi a fundação, em
1774, da Vila Real de Santo António, próxima à foz do rio
Guadiana, no sul de Portugal.
Aboliu também a
escravatura nas Índias portuguesas, reorganizou o exército e a
marinha, reestruturou a Universidade de Coimbra acabando com a
discriminação dos "cristãos novos" (pelo menos em
parte). Mas uma das mais importantes reformas foi nos campos das
economias e finanças, com a criação de companhias e associações
corporativas que regulavam a atividade comercial, assim como a
reforma do sistema fiscal. Todas estas reformas granjearam-lhe a
inimizade das altas classes sociais, em especial da nobreza,
apelidando-o - "novo rico".
Em 1758 D. José I é
ferido numa tentativa de regicídio. A família de Távora e o Duque
de Aveiro foram acusadas como implicados no atentado e executados
após um rápido julgamento. Nessa altura Sebastião de Melo não
mostrou qualquer misericórdia, tendo perseguido cada um dos
envolvidos.43. Período Pombalino
POMBAL E A REFORMA
EDUCACIONAL
A política educacional
como outra qualquer de Pombal era lógica, prática e centrada nas
relações econômicas anglo-portuguesa.
A reforma educacional
pombalina culminou com a expulsão dos jesuítas precisamente das
colônias portuguesas, tirando o comando da educação das mãos
destes e passando para as mãos do Estado. Os objetivos que
conduziram a administração pombalina a tal reforma, foram assim, um
imperativo da própria circunstância histórica. Extintos os
colégios jesuítas, o governo não poderia deixar de suprir a enorme
lacuna que se abria na vida educacional tanto portuguesa como de suas
colônias.
Para o Brasil, a
expulsão dos jesuítas significou, entre outras coisas, a destruição
do único sistema de ensino existente no país. Para Fernando de
Azevedo, foi “a primeira grande e desastrosa reforma de ensino no
Brasil”. Como bem colocou Niskier, “A organicidade da educação
jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou levando o ensino
brasileiro ao caos, através de suas famosas ‘aulas régias’, a
despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens
religiosas, como os Beneditinos, os franciscanos e os Carmelitas”.
(Niskier, 2001, p. 34).
Enquanto na Metrópole
buscava-se construir um sistema público de ensino, mais moderno e
popular, na colônia, apesar das várias tentativas, através de
sucessivos alvarás e cartas régias. As Reformas Pombalinas no campo
da educação, só logrou desarranjar a sólida estrutura educacional
construída pelos jesuítas, confiscando-lhes os bens e fechando
todos os seus colégios.
É importante destacar
que a reforma pombalina no Brasil não foi implementada no mesmo
momento e da mesma forma que em Portugal. Foi de quase trinta anos o
tempo de que o Estado português necessitou para assumir o controle
pedagógico da educação a ser oferecida em terras brasileiras; da
completa expulsão dos jesuítas e do desmantelamento sistemático de
seu aparelho educacional, dos métodos aos materiais didáticos, até
a nomeação de um Diretor Geral dos Estudos que deveria, em nome do
Rei, nomear professores e fiscalizar sua ação na colônia.
Através do Alvará
Régio de 28 de junho de 1759. O Marquês de Pombal suprimia as
escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias ao expulsar
os jesuítas da colônia e, ao mesmo tempo, criava as aulas régias
ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, que deveriam
suprir as disciplinas antes oferecidas nos extintos colégios
jesuítas.
Estas providências,
entretanto, não foram suficientes para assegurar a continuidade e a
expansão das escolas brasileiras, constantemente reclamadas pelas
populações que até então se beneficiavam dos colégios jesuítas.
Portugal logo percebeu que a educação no Brasil estava estagnada e
era preciso oferecer uma solução.
Somente quando a Real
Mesa Censória, criada em 1767 (inicialmente com atribuição para
examinar livros e papéis já introduzidos e por introduzir em
Portugal), alguns anos depois, passa a assumir a incumbência da
administração e direção dos estudos das escolas menores de
Portugal e suas colônias, é que as reformas na instrução ganham
meios de implementação. Com as novas incumbências e a partir das
experiências administrativas da direção geral de estudos, nos anos
anteriores, a Mesa Censória apontou para as necessidades tanto na
metrópole quanto na colônia referente ao campo educacional. Assim,
os estudos menores ganharam amplitude e penetração com a
instituição, em 1772, do chamado “subsídio literário” para
manutenção dos ensinos primário e secundário. Como Carvalho
(1978) bem explicitou:
“Com os recursos
deste imposto, chamado subsídio literário, além do pagamento dos
ordenados aos professores, para o qual ele foi instituído,
poder-se-iam ainda obter as seguintes aplicações: 1) compra de
livros para a constituição da biblioteca pública, subordinada à
Real Mesa Censória; 2) organização de um museu de variedades; 3)
construção de um gabinete de física experimental; 4) ampliação
dos estabelecimentos e incentivos aos professores, dentre outras
aplicações” (Carvalho, 1978, p. 128).
Dessa forma, foi
implantado o novo sistema educacional que deveria substituir o
sistema jesuítico. Aberto que estava à modernidade européia,
incorporou partes dos discursos sobre a ação do Estado na educação
e passou a empregá-lo para ocupar o vácuo que foi deixado com a
saída dos jesuítas, pelo menos no que diz respeito ao controle e
gestão administrativa do sistema escolar.
O NOVO SISTEMA
Como vimos, foi através
do Alvará Régio de 28 de junho de 1759 que o Marquês de Pombal, ao
mesmo tempo expulsou os jesuítas de Portugal e de suas colônias,
suprimindo as escolas e colégios jesuíticas e de Portugal e de
todas as colônias.
Criou as aulas régias
ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, que deveriam
substituir os extintos colégios jesuítas e criou a figura do
“Diretor Geral dos Estudos”, para nomear e fiscalizar a ação
dos professores.
As aulas régias eram
autônomas e isoladas, com professor único e uma não se articulava
com as outras. Destarte, o novo sistema não impediu a continuação
do oferecimento de estudos nos seminários e colégios das ordens
religiosas que não a dos jesuítas (Oratorianos, Franciscanos e
Carmelitas, principalmente).
Em lugar de um sistema
mais ou menos unificado, baseado na seriação dos estudos, o ensino
passou a ser disperso e fragmentado, baseado em aulas isoladas que
eram ministrados por professores leigos e mal preparados.
Com a implantação do
subsídio literário, imposto colonial para custear o ensino, houve
um aumento no número de aulas régias, porém ainda muito precário
devido à escassez de recursos, de docentes preparados e da falta de
um currículo regular.
Ademais, vemos uma
continuidade na escolarização baseada na formação clássica,
ornamental e europeizante dos jesuítas. Isto porque a base da
pedagogia jesuítica permaneceu a mesma, pois os padres missionários,
além de terem cuidado da manutenção dos colégios destinados à
formação dos seus sacerdotes, criaram seminários para um clero
secular, constituído por “tios-padres” e “capelães de
engenho”, ou os chamadas “padres-mestres”.
Estes, dando
continuidade à sua ação pedagógica, mantiveram sua metodologia e
seu programa de estudos, que deixava de fora, além das ciências
naturais, as línguas e literaturas modernas.
Em oposição ao que
acontecia na Metrópole, onde as principais inovações de Pombal no
campo da educação como o ensino das línguas modernas, o estudo das
ciências e a formação profissional já se faziam presentes.
Por isso, se para
Portugal as reformas no campo da educação, que levaram a laicização
do ensino representou um avanço.
Criou grupos de
discussões educacionais que proliferaram os ideais revolucionários
iluministas, veja o grupo de Tiradentes.
“O Brasil não é
contemplado com as novas propostas que objetivavam a modernização
do ensino pela introdução da filosofia moderna e das ciências da
natureza, com a finalidade de acompanhar os progressos do século.
Restam no Brasil, na educação, as aulas régias para a formação
mínima dos que iriam ser educadas na Europa”. (Zotti, 2004, p. 32)
Nas Instruções do
Alvará Régio de 1759 X, transparece claramente o objetivo que
norteou a reforma na instrução. A preocupação básica era de
formar o perfeito nobre, simplificando os estudos, abreviando o tempo
do aprendizado de latim, facilitando os estudos para o ingresso nos
cursos superiores, além de propiciar o aprimoramento da língua
portuguesa, diversificar o conteúdo, incluir a natureza científica
e torná-los mais práticos.
Em substância, tal
Alvará teve como significado central a tentativa de manter a
continuidade de um trabalho pedagógico interrompido pela expulsão
dos jesuítas. A educação jesuítica não mais convinha aos
interesses comerciais emanados por Pombal, com seus conhecidos
motivos e atos na tentativa de modernização de Portugal, que
chegariam também as suas colônias. Assim sendo, as escolas da
Companhia de Jesus que tinham por objetivo servir aos interesses da
fé não atendiam aos anseios de Pombal em organizar a escola para
servir aos interesses do Estado.
É dentro desta ordem e
em nome dela que o Alvará de 1759 pode ser visto como o primeiro
esforço no sentido da secularização das escolas portuguesas e de
suas colônias, entendendo que somente um ensino, dirigido e mantido
pelo poder secular, poderia corresponder aos fins da ordem civil.
A ingerência do Estado
nas questões de educação começa a ganhar vulto a partir do deste
período, concomitante com a idéia do desenvolvimento de sistemas
nacionais de educação, ligados aos processos político-sociais de
consolidação dos Estados Nacionais europeus.
Seguindo nesta direção,
com uma ação intensiva, o Estado português assume definitivamente
o controle da educação colonial.
A criação da figura
do “Diretor Geral dos Estudos” deixa bem clara, no mesmo
“Alvará”, a intenção da Coroa de uniformizar a educação na
Colônia e fiscalizar a ação dos professores, desde, já por ela
nomeados — do material didático por eles utilizado — também
devidamente “recomendado” no mesmo documento — de modo a que
não houvesse choque de interesses — isto é, que não houvesse
nenhum outro poder, como era o dos jesuítas, a afrontar as
determinações da Coroa. Cabe à Coroa a instalação de um novo
sistema de ensino, e é exatamente essa a linha pela qual segue o
Alvará Régio.
As aulas régias
instituídas por Pombal para substituir o ensino religioso
constituíram, dessa forma, a primeira experiência de ensino
promovido pelo Estado na história brasileira. A educação a partir
de então, passou a ser uma questão de Estado. Desnecessário frisar
que este sistema de ensino cuidado pelo Estado servia a uns poucos,
em sua imensa maioria, filhos das incipientes elites coloniais.
Pedagogicamente, esta
nova organização não representou um avanço. Mesmo exigindo novos
métodos e novos livros, no latim a orientação era apenas de servir
como instrumento de auxílio à língua portuguesa, o grego era
indispensável a teólogos, advogados, artistas e médicos, a
retórica não deveria ter seu uso restrito a cátedra. A filosofia
ficou para bem mais tarde, mas efetivamente nada de novo aconteceu
devido principalmente, às dificuldades quanto à falta de recursos e
pessoal preparado.
As transformações no
nível secundário não afetaram o fundamental, que permaneceu
desvinculado da realidade, e buscando o modelo de exterior
"civilizado". Quem tinha condições de cursar o ensino
superior enfrentava os perigos das viagens, para freqüentar a
Universidade de Coimbra ou outros centros europeus. Como as "Reformas
Pombalinas" visavam transformar Portugal numa metrópole como a
Inglaterra, a elite masculina deveria buscar respaldo fora, para
poder servir melhor na sua função de articuladora dos interesses da
camada dominante.
Os 27 anos de governo
de Pombal caracterizaram-se por uma tentativa de modernização da
sociedade e de desenvolvimento da economia portuguesa.
A peculiaridade de
Portugal nessa época foi a coincidência do iluminismo com a luta do
Estado português para voltar a ser a grande nação da época dos
descobrimentos - por meio do fortalecimento do Reino e seu soberano -
adaptando-se às técnicas que acreditava terem sido utilizadas pelos
seus rivais para ultrapassá-lo - ainda que para tanto devesse se
apoiar nas novas idéias da Ilustração, que não poupavam críticas
a sua ordem política e social já considerada velha - Pombal tinha
essa missão.
Foi um homem eclético,
pragmático e obstinado, disposto a tirar de seu caminho tudo que lhe
impedisse de alcançar seus objetivos. - em inúmeras oportunidades
entrou em conflito com membros da nobreza e do clero – como se
percebe a controvérsia está no núcleo da ação pombalina, na
combinação particular de métodos que ele utilizou. Eles refletem
seu posicionamento entre oportunidade e necessidade.
Era a oportunidade e
seu senso prático que o faziam agir independentemente do julgamento
de quem quer que fosse. Isso se esclarece por meio das grandes
reformas perpetradas por Pombal , como por exemplo: A reconstrução
de Lisboa foi possível pela catástrofe do terremoto de 1755. A
reforma da área militar seguiu-se à invasão espanhola de 1762. Sua
reforma do sistema educacional foi o resultado inevitável da
expulsão dos jesuítas. A crescente ênfase nas manufaturas que
ocorriam na época acompanhou a criação de um ambiente econômico
favorável à substituição das importações.
Portanto, a
praticidade, às vezes perversa de Pombal, se traduz nas atividades e
reformas estabelecidas pelo Marquês na defesa do absolutismo. Na
verdade tratava-se de um oportunista cuja hábil manipulação das
circunstâncias nas quais não lhe importavam os métodos, colocou o
poder do Estado como o maior de seus objetivos, tendo sido, nesse
sentido, o maior reformador de seu tempo. Tratava-se, portanto de
manobras sociais para o fortalecimento estado absolutista de
Portugal.
Embora a Metrópole
portuguesa só abrisse perspectivas para a penetração de um
Iluminismo contido, científico na aparência, já que permaneceria
submetido à tradição cultural da imitação, memorização e
erudição literária, houve um avanço no ensino público português,
que passou a formar uma burocracia administrativa mais moderna e
eficiente.
Além disso, os
professores régios que aqui exerciam a profissão de ensinar foram
propulsionadores dos sentimentos liberais e incentivadores das idéias
filosóficas que tão significativamente se fizeram atuantes nos
últimos trinta anos que antecederam a independência do país.
É muito interessante
perceber por quais vias o iluminismo implantou-se no Brasil. É
justamente através da política imperial de racionalização e
padronização da administração de Pombal que a educação passou
para as mãos do Estado, mas essa educação que passou a ser
pública, não se faz para os interesses dos cidadãos. Ela serviu
aos interesses imediatos do Estado, que para garantir seu status
absolutista precisa manter-se forte e centralizado nas mãos e sobre
comando de uns poucos preparados para tais tarefas.
Assim, mesmo que
aparentemente as ações de Pombal induzam ao entendimento de uma
política despótica de benefícios individuais - idéia que não é
de toda inválida - é preciso acordar com a análise de Maxwell de
que os lucros das reformas pombalinas foram individuais, privados.
Mas os interesses foram públicos - no sentido de estatal - na medida
em que naquele contexto, iluminismo, racionalidade e progresso têm
um significado muito diferente aos quais se deve estar atento:
iluminismo no contexto da colônia brasileira tratou-se, na verdade
do engrandecimento do poder do Estado e não das liberdades
individuais,
Dessa forma, entender o
projeto do iluminismo pombalino talvez seja a chave para ajudar a
perceber a tradição reformista nas tentativas de construção de um
sistema nacional de educação pública realmente voltada aos
interesses públicos, que até hoje não se consolidou no Brasil.
Pombal, após a
expulsão dos jesuítas, ele estruturou e organizou a escola para
servir aos interesses do Estado e do povo democraticamente e bateu de
frente com a elite conservadora.
Ele programou As aulas
régias que compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes
ao Estado e não mais restritas à Igreja - foi a primeira forma do
sistema de ensino público no Brasil. Apesar da novidade imposta pela
Reforma de Estudos realizada pelo Marquês de Pombal, em 1759, o
primeiro concurso para professor somente foi realizado em 1760 e as
primeiras aulas efetivamente implantadas em 1774, de Filosofia
Racional e Moral.
Em 1772 foi criado o
Subsídio Literário, um imposto que incidia sobre a produção do
vinho e da carne, destinado à manutenção dessas aulas isoladas. Na
prática o sistema das Aulas Régias pouco alterou a realidade
educacional no Brasil, tampouco se constituiu numa oferta de educação
popular, ficando restrita às elites locais.
Ao rei cabia a criação
dessas aulas isoladas e a nomeação dos professores, que levavam
quase um ano para a percepção de seus ordenados, arcando eles
próprios com a sua manutenção. Azevedo (1943, p. 315) menciona a
abertura de uma aula régia de desenho e de figura, em 1800, nas
principais cidades da orla marítima. E em algumas raras do planalto
e do sertão.
Estas "tinham uma
estrutura escolar propriamente dita, em que as matérias apresentavam
uma seqüência lógica, os cursos tinham uma duração determinada e
os estudantes eram reunidos em classe e trabalhavam de acordo com um
plano de ensino previamente estabelecido" (Piletti, 1996: 37).
Começou a seriação
no Brasil e até hoje é usada é modelo, metodologia os planos de
aulas.
A permanência
praticamente inalterada do sistema das Aulas Régias no Brasil da
virada do século XVIII para o seguinte, estendendo-se ainda durante
o primeiro reinado, deveu-se à continuidade dos modelos de
pensamento em nossa elite cultural.
Existiu um grande
descompasso entre o pretendido pelo governo monárquico – tanto o
português quanto o brasileiro, após a independência – e aquilo
que as condições sociais e econômicas viriam permitir, dentro de
um modelo produtivo excludente, escravista.
O subsídio literário
destinava-se a custear as reformas no campo da instrução promovidas
pelo Marquês de Pombal, substituindo, como imposto único, todas as
coletas que tinham sido lançadas para fazer face às despesas com a
instrução pública. Este alvará determina também a instituição
da Junta do Subsídio Literário.
Este subsídio foi
extinto em 1857. Consistia no pagamento de um real em cada canada de
vinho O valor da canada variava de localidade para localidade, mas
aproximava-se, normalmente, dos atuais 1,5 litros. A canada de Lisboa
equivalia a 480 réis ou um cruzado, começamos mal na distribuição
da riqueza brasileira, optaram pelo vinho que vinha de Portugal
deixaram de lado as canadas de todos os produtos que eram exportados,
como cana de açúcar, carne seca e outros produtos. A distribuição
desta era feito pelo presidente da Real Mesa Censória, espécie de
conselheiros.
A cobrança deste
subsídio pertencia em grande parte aos conselhos, mas cuja gestão
era entregue a uma Junta Central que era composta por homens de
negócios, ( da para comparar com hoje, os recursos ficam perdidos em
tantos institutos, MEC, FUNDEB, etc.).
O pagamento dos
professores ficava a cargo da administração central que era um
conjunto de instituições e serviços que apóiam tarefas de um
órgão central, normalmente com características de decisão de como
seria nossa escola.
Começou a
centralização do ensino brasileiro como distribuir os dinheiros
arrecadados através de mecanismo centralizador, e nunca direto para
escola, que permanece até hoje.
Aqui começo a mostrar
como as elites que comandam a escola até hoje torna ineficaz.
As utopias no período
de D. Pedro I
Ao declarar a
Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de
cunho liberal, em 1824 é outorgada a primeira Constituição
brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução
primária e gratuita para todos os cidadãos".
Nas escolas que Pombal
montara D. Pedro Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de
professores, ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado
baseado no decurião vindo da idéia do império romano (era um
oficial de cavalaria do Exército Romano que comandava um esquadrão
(turma) de aproximadamente 30 homens).
Para isto lançou O
MÉTODO DE LANCASTER OU MÉTODO LANCASTERIANO
Na historiografia ficou
conhecido como Método de Ensino Mútuo, Método Monitorial, Método
Inglês de Ensino, Método de Lancaster, Método Lancasteriano de
Ensino e também como Sistema de Madras.
O quaker inglês Joseph
Lancaster (1778-1838).
Os quakers são uns
grupos religioso surgido na Inglaterra, em 1647, como uma dissidência
da Igreja Anglicana. Inspirados na crença de que Deus está presente
no íntimo de cada um, os quakers não têm líderes religiosos e
pregam o recolhimento e a prática da solidariedade.
"Vós sois meus
amigos, se fazeis o que vos mando" Na prática, porém, os
seguidores ficaram conhecidos como quakers: o termo é derivado do
verbo 'to quake' - estremecer, em inglês -, em alusão ao que
ocorria com os adeptos quando tocados pelo Espírito Santo em suas
reuniões. Alguns pseudos pedagogos pregam.
Um dos pilares da fé
dos quakers é a crença de que Cristo está presente sempre que os
"amigos" se reúnem em silêncio. Como uma das
conseqüências disso, dispensa a figura de líderes ou mediadores.
Idéia de ser autodidata, apreender sozinho.
"Os quakers
notabilizaram-se por crer na manifestação de Deus por meio de uma
voz interior. Assim, todos os crentes são considerados ministros em
potencial", a ideia de que todos alunos tem potencial.
O pesquisador Douglas
Nassif Cardoso, da Universidade Metodista de São Paulo. "Representam
uma posição completamente diferenciada, contrários tanto ao
Catolicismo quanto ao Protestantismo. Era uma terceira linha que
valorizava o contato direto com Deus."
Rejeitando qualquer
organização clerical, viviam em recolhimento e pregam a prática do
pacifismo, da solidariedade e da filantropia. Depois a igreja
católica copiou, hoje dão bolsa auxílio aos carentes, mas ainda
controlam as grandes universidades como a PUC, UNISO, etc. E são uma
das instituições que mais ganham dinheiro com as camadas que não
podem entrar na universidade publica.
Com o objetivo de
garantir sua pureza moral, também defendiam atitudes, digamos, nada
moderadas: recusavam-se a pagar dízimos à igreja oficial, idéia
contemplada para quem queria o ensino laico. E prestar juramento
diante dos magistrados nas cortes ou a homenagear autoridades,
incluindo o rei. Negavam-se ainda a prestar o serviço militar e a
tomar parte nas guerras esta parte é claro que D. Pedro não
gostava.
Mas era uma boa idéia
para acalmar e confundir os católicos e os ideais liberalistas.
Na entanto, nas
colônias inglesas, mantiveram sua postura extremada, que se
refletia, também no modo de se vestir. Os fiéis, por exemplo,
distinguiam-se por usar longos chapéus pretos em locais fechados ou
na presença de autoridades, como um meio de mostrar que não
reverenciavam ninguém além de Deus. Ao longo dos anos, porém, o
uso da peça se perdeu e a figura tradicional do religioso quaker
ficou apenas na história, ou nas embalagens dos alimentos da empresa
americana Quaker, que se inspirou na imagem, apesar de não ter
relação com a crença.
"Valorizamos a
simplicidade e, por isso, usamos roupas baratas, práticas e
discretas. Mas participamos da cultura do século, e não há nada
que chame a atenção na vestimenta de um quaker moderno em relação
às outras pessoas", diz o americano Chel Avery, diretor
interino do Centro de Informações Quaker, na Filadélfia.
Atualmente, os quakers
concentram-se nos Estados Unidos, no Canadá e na Inglaterra, mas há
comunidades em todo o mundo. No Brasil, um grupo se formou na década
de 90, mas não vingou. "Reuníamos em São Paulo, mas as
pessoas se mudaram e o grupo acabou", conta a americana Linnis
Cook, que há 16 anos vive no Brasil e é quaker desde a década de
70. "Mas, no exterior, o movimento continua forte, com tradição
em militância social", afirma ela. (Karina Fusco - Revista das
Religiões).
A filosofia da
simplicidade, a humildade continua nas mentiras das elites que querem
este estereótipo para o professor. Muitos dizem que um sacerdócio.
O trabalho pedagógico
realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell
(1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy
Bentham (1748-1792), autor do Panóptico.
Que é o seguinte. No
final do Séc. XVIII o filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham
concebeu pela primeira vez a ideia do panóptico. Para isto Bentham
estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema
penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um
observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o
Panóptico.
Ele também observou
que estes mesmos projetos de prisão poderiam ser utilizados em
escolas e no trabalho, como meio de tornar mais eficiente o
funcionamento daqueles locais. Alguma semelhança com modelos
estrutural de nossas escolas! É isso aí, nossa escola foi baseada
em prisões.
Estabeleceu em 1798,
uma escola para filhos da classe trabalhadora, também utilizando
monitores para o encaminhamento das atividades pedagógicas. Todavia,
Lancaster amparou seu método no ensino oral, no uso refinado e
constante da repetição e, principalmente, na memorização, porque
acreditava que esta inibia a preguiça, a ociosidade, e aumentava o
desejo pela quietude.
Em face desta opção
metodológica ele não esperava que os alunos tivessem “originalidade
ou elucubração intelectual” na atividade pedagógica, mas
disciplinada mentalmente e fisicamente.
Em Lancaster, o
principal encargo do monitor não estava na tarefa de ensinar ou de
corrigir os erros, mas sim na de coordenar para que os alunos se
corrigissem entre si.
Para Lancaster, os
monitores eram os responsáveis pela organização geral da escola,
da limpeza e, fundamentalmente, da manutenção da ordem, outra
tarefa relevante do monitor lancasteriano. Diferentemente de
Comênius.
Comênius defendia sua
pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que
sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem
colocar-se no mundo como autor.
Objetivando a
aproximação do homem a Deus, seu objetivo central era tornar os
homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de fé,
capazes de praticar ações virtuosas estendendo-se a todos: ricos,
pobres, mulheres, portadores de deficiências. A didática é, ao
mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a
arte de ensinar.
Salientava a
importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou
a criação de escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a
oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam
aprofundar mais tarde.
A educação deveria
começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas por
meio dos objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas
pela razão.
Compreensão, retenção
e práticas consistiam a base de seu método didático e, por eles se
chegaria às três qualidades: erudição, virtude e religião,
correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto, vontade
e memória.
Fundamentos naturais do
método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e
perfeição; - todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de
terem inteligências diversas; - a diversidade das inteligências é
tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o
melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando
as inteligências são novas.
O método tem como
preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer
coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática,
uso definido; - deve ensinar-se de maneira direta e clara; - ensinar
a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar
primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido
tempo; - Foi um grande influenciador na educação moderna.
A obra de Comenius é
maior paradigma do saber sobre a educação da infância e juventude,
utilizando, para isso, um local privilegiado: a escola. Já a
Didática Magna apresenta as características fundamentais da escola
moderna: - a construção da infância moderna como forma de
pedagogização dessa infância por meio da escolaridade formal (até
então, as crianças eram tratadas como pequenos adultos); - uma
aliança entre a família e a escola, por meio da qual a criança vai
se soltando da influência da órbita familiar para a órbita
escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes,
baseada no método de instrução simultânea, agrupando-se os
alunos; e - a construção de um lugar de educador, de mestre,
reservado aos adultos portadores de saberes legítimo.
Propôs um sistema
articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens
ao saber. O maior educador e pedagogo do século XVII produziram obra
fecunda e sistemática, cujo principal livro é a DIDÁTICA MAGNA.
São suas propostas:
A educação realista e
permanente;
Método pedagógico
rápido, econômico e sem fadiga;
Ensinamento a partir de
experiências quotidianas;
Conhecimento de todas
as ciências e de todas as artes;
Ensino unificado.
Já Lancaster defendia
uma proposta disciplinar de instrução, relacionada à
disciplinarização da mente, do corpo e no desenvolvimento de
crenças morais próprias da sociedade disciplinar, e não na
independência intelectual.
Observa-se a utilização
de monitores, no método do educador morávio pressupunha uma
organização para a atividade de ensino, no interior da escola, que
a equiparasse à ordem vigente nas manufaturas, onde a divisão do
trabalho permitia que diferentes operações, realizadas por
trabalhadores distintos, se desenvolvessem de ma rigorosamente
controlada. Segundo um plano prévio e intencional que as articulava,
visando produzir resultados com economia de tempo, de fadiga e de
recursos. (...)
Estavam sob
pressupostos pedagógicos bastante diferentes entre si. Portanto,
considero oportuno problematizar o discurso, consolidado e assumido
por uma historiografia de larga tradição, que trata o Ensino Mútuo
e o Método Lancasteriano como métodos que se identificam entre si,
como iguais, como sinônimos, apesar da visibilidade dos
distanciamentos teórico-metodológicos.
Dando conseqüência
aos seus propósitos, o educador morávio se investiu da tarefa de
procurar e encontrar um processo’ através do qual a escola, ‘uma
máquina tão bem construída, ao menos, a construir sobre bons
fundamentos, seja posta em movimento’.
Para tanto, existiam
‘impedimentos’, desde ‘a falta de pessoas conhecedoras do
método, as quais, abertas e tolas por toda a parte, possam
dirigi-las de modo que produzam (...) sólido fruto’, até ‘os
pseudo-sábios, cujo coração se compraz na rotina dos velhos
hábitos’.
(...)as elaborações
de Coménio [também] estão penetradas pela consciência dos
condicionamentos econômicos que poderiam comprometer a expansão
escolar. Essa consciência se expressa de forma indireta, apenas,
quando esse educador afirma a necessidade de a escola oferecer
serviços que assegurem economia de tempo e de fadiga.
Para Coménio, então,
tratava-se de simplificar e objetivar o trabalho didático, de tal
forma que qualquer homem mediano pudesse ensinar. Até então, o
mestre era uma figura cujo conhecimento ia muito além da média dos
homens. Não raro o professor despontava por sua erudição. Erasmo,
expoente do Humanismo e testemunha dessa época anterior, confirma
esse entendimento ao exigir que o professor, além ‘de bons
costumes e de caráter meigo’, fosse ‘dotado de conhecimentos
invulgares’. Esse humanista usa uma outra expressão mais
significativa, ainda, para defini-lo: ‘artífice primoroso’. Mas
esse tipo de exigência havia sido superado pelo tempo e
representava, de fato, um impedimento à expansão dos serviços
escolares especialmente se considerado o imperativo de sua
universalização. Quando a escola se propôs atender a todos,
precisou desvencilhar-se do professor sábio. Por esse motivo, o
intróito de Didática Magna afirma, textualmente, a necessidade de
‘investigar e descobrir o método segundo o qual os professores
ensinem menos’. Foi esta escola que D. Pedro instalou no país.
Segundo o francês
Michel Foucault, iniciou-se um processo de disseminação sistemática
de dispositivos disciplinares, a exemplo do panóptico.
Um conjunto de
dispositivos que permitiria uma vigilância e um controle sociais
cada vez mais eficientes, porém, não necessariamente com os mesmos
objetivos “racionais” desejados por Bentham e muitos de seus
antecessores e contemporâneos.
Dos anos 60, do Séc.
XX, quando Foucault escreveu suas primeiras obras, até o início do
Séc. XXI, novas tecnologias de comunicação e informação
surgiram, permitindo novas formas de vigilância que por vezes se
tornam tão dissimuladas que não são facilmente percebidas pelos
indivíduos. Tornam-se também naturalizadas, não deixando claros
todos os objetivos de quem se utiliza daquelas novas técnicas de
vigilância.
Nestes novos tempos, o
nosso, a vigilância também vem adquirir uma nova característica. A
possibilidade de observação de todos sobre todos. Hoje é possível
ao patrão ler mensagens de correio eletrônico de seu empregado, mas
também existe a possibilidade de colegas lerem mensagens de colegas,
maridos de esposas, pais de filhos, a partir de ferramentas gratuitas
disponíveis na Internet, por exemplo.
As escolas conseguem, a
partir de celulares, câmeras digitais vigiam cada metro quadrado da
escola e controlam se a escola vai bem ou não.
Governos e crackers (
burocratas) podem, com o instrumento adequado, ter as informações
das escolas de qualquer cidadão, a partir de banco de dados
individuais (como SAEB, SARESP, ETC).
O panóptico se
disseminou. E como afirmou enfaticamente em meados dos anos 90 outro
filósofo francês, Gilles Deleuze, isso gerou a criação de uma
Sociedade de Controle.
Os dois Lancaster e
Comenius deram base para que D. Pedro efetivasse a didática e
estrutura predial que encontramos até hoje nas escolas, são
verdadeiras prisões com cara de indústria e com sinal de
industrial.
Com tempos determinados
com matérias feitas em etapas, 50 minutos de matemática, 50 minutos
de inglês, tudo sem uma seqüência elas estão compartimentalizada,
não tem uma seqüência, há uma ruptura. O aluno se perde seguindo
a uma ordem vigente nas manufaturas.
29. As utopias
educacionais utilizadas nos início da República.
Quando o Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova, datado de 1932, foi escrito durante o
governo de Getúlio Vargas e consolidava a visão de um segmento da
elite intelectual que, embora com diferentes posições ideológicas,
vislumbrava a possibilidade de interferir na organização da
sociedade brasileira do ponto de vista da educação.
Redigido por Fernando
de Azevedo, dentre 26 intelectuais, entre os quais Anísio Teixeira,
Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de
Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles.
Ao ser lançado, em
meio ao processo de reordenação política resultante da Revolução
de 30, o documento se tornou o marco inaugural do projeto de
renovação educacional do país. Além de constatar a desorganização
do aparelho escolar, propunha que o Estado organizasse um plano geral
de educação e defendia a bandeira de uma escola única, pública,
laica, obrigatória e gratuita.
O movimento reformador
foi alvo da crítica forte e continuada da Igreja Católica, que
naquela conjuntura era forte concorrente do Estado na expectativa de
educar a população, e tinha sob seu controle a propriedade e a
orientação de parcela expressiva das escolas da rede privada que
continua até hoje.
Contexto e conteúdo
Ao longo da história
educacional da Primeira República (1889 - 1930), a oportunidade de
acesso e a qualidade do ensino brasileiro se configuraram como
privilégio de uma pequena classe dominante em detrimento de grande
parcela da população, formada apenas para trabalhar. A escola
brasileira, deste período, contribuía para formação de uma casta
intelectualizada.
O que se verificará,
que, dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais, que
era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo
sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem
espírito de continuidade, não logrou ainda criar um sistema de
organização escolar, à altura das necessidades do país. O
objetivo do manifesto era de ter uma educação voltada para todos
sem discriminação de classe social.
Os signatários
afirmam:
"Em nosso regime
político, o Estado não poderá, decerto, impedir que, graças à
organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes
mais privilegiadas assegurem a seus filhos uma educação de classe
determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro
do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só
tenha acesso uma minoria, por um privilégio exclusivamente
econômico.
Afastada a idéia de
monopólio da educação pelo Estado, num país em que o Estado, pela
sua situação financeira, não está ainda em condições de assumir
a sua responsabilidade exclusiva, e em que, portanto, se torna
necessário estimular, sob sua vigilância, as instituições
privadas idôneas. A escola única se entenderá entre nós, não
como uma conscrição precoce arrolando, da escola infantil à
universidade que até hoje não se concretizou.
Todos os brasileiros e
submetendo-os durante o maior tempo possível a uma formação
idêntica, para ramificações posteriores em vista de destinos
diversos, mas antes como a escola oficial, única, em que todas as
crianças, de 7 a 15 anos. Todas ao menos que, nessa idade, sejam
confiadas pelos pais à escola pública, tenham uma educação comum,
igual para todos.
Começou a unificação
nacional de disciplinas e dividir a disciplinas em horários, aulas
sem uma seqüência, entra um professor de português em sala e fica
uma hora, entra matemática, mais uma hora, não se tem uma seqüência
e nem perguntam para os alunos qual matérias eles gostariam de ter.
A escola integral e
única proposta pelo manifesto eram definidas em oposição à escola
existente, chamada de tradicional. Assim conceituava o manifesto a
escola ou educação nova: A educação nova, alargando sua
finalidade para além dos limites das classes, assume, com uma feição
mais humana, a sua verdadeira função social, preparando-se para
formar a hierarquia democrática pela ‘hierarquia das capacidades’,
recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas
oportunidades de educação.
Ela tem, por objeto,
organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de
dirigir o desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada
uma das etapas de seu crescimento, de acordo com certa concepção de
mundo.
Coerentemente com essa
definição da "educação nova", os educadores propunham
um programa de política educacional amplo e integrador, assim
registrado no manifesto: A seleção dos alunos nas suas aptidões
naturais, a supressão de instituições criadoras de diferenças
sobre base econômica, a incorporação dos estudos do magistério à
universidade.
A equiparação dos
mestres e professores em remuneração e trabalho, a correlação e a
continuidade do ensino em todos os graus e a reação contra tudo que
lhe quebra a coerência interna e a unidade vital, constituem o
programa de uma política educacional.
Fundada sobre a
aplicação do princípio unificador que modifica profundamente a
estrutura íntima e a organização dos elementos constitutivos do
ensino e dos sistemas escolares.
Mas está no dever
indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado,
quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por
um privilégio exclusivamente econômico.
Afastada a idéia de
monopólio da educação pelo Estado, num país em que o Estado, pela
sua situação financeira, não está ainda em condições de assumir
a sua responsabilidade exclusiva, e em que, portanto, se torna
necessário estimular, sob sua vigilância, as instituições
privadas idôneas.
A escola única se
entenderá entre nós, não como uma conscrição precoce arrolando,
da escola infantil à universidade (que beleza de utopia).
Recrutadas em todos os
grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação.
Ela tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação
durável com o fim de dirigir o desenvolvimento natural e integral do
ser humano em cada uma das etapas de seu crescimento, de acordo com
certa concepção de mundo.
O manifesto dos
pioneiros da Educação Nova – 1932.
“A RECONSTRUÇÃO
EDUCACIONAL NO BRASIL - AO POVO E AO GOVERNO”.
Na hierarquia dos
problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao
da educação. Nem mesmo os de caráter econômico, e não podem
disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional, primeira
mentira.
Pois, se a evolução
orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições
econômicas, é impossível desenvolver as forças econômicas ou de
produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o
desenvolvimento das aptidões à invenção. E à iniciativa que são
os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade,
teoria do desenvolve.
A maior mentira e
inicio do Mito do Desenvolvimento.
No entanto, se depois
de 43 anos de regime republicano, se der um balanço ao estado atual
da educação pública, no Brasil, se verificará que, dissociadas
sempre as reformas econômicas e educacionais.
É indispensável
entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os
nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de
continuidade, não logrou ainda criar um sistema de organização
escolar, à altura das necessidades modernas e das necessidades do
país.
Está tudo fragmentário
e desarticulado. A situação atual, criada pela sucessão periódica
de reformas parciais e freqüentemente arbitrárias, lançadas sem
solidez econômica e sem uma visão global do problema, em todos os
seus aspectos, nos deixa antes a impressão desoladora de construções
isoladas. Algumas já em ruína, outras abandonadas em seus
alicerces, e as melhores, ainda não em termos de serem despojadas de
seus andaimes. E ainda está depois mais de 100 anos.E continua o
mesmo blá-blá.
Onde procura a causa
principal desse estado antes de inorganização do que de
desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os
planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação
(aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico)
dos métodos científicos aos problemas de educação. (Bela
utopia.).
Nunca chegamos a
possuir uma "cultura própria", nem mesmo uma "cultura
geral" que nos convencesse da "existência de um problema
sobre objetivos e fins da educação". Bela verdade e vocês não
vão resolver. Não se podia encontrar, por isto, unidade e
continuidade de pensamento em planos de reformas, nos quais as
instituições escolares, esparsas, não traziam, para atraí-las e
orientá-las para uma direção.
O pólo magnético de
uma concepção da vida, nem se submetiam, na sua organização e no
seu funcionamento, a medidas objetivas com que o tratamento
científico dos problemas da administração escolar nos ajuda a
descobrir, à luz dos fins estabelecidos, os processos mais eficazes
para a realização da obra educacional... (Já se passaram 100 anos
e ainda surgi pseudos-pedagogos que melhoram utopicamente esta
teoria.)
Têm-se essa cultura
geral, que lhe permite organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu
horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de
um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico
ou dos métodos ao problema filosófico ou dos fins da educação. (
até hoje que fim trágico).
Recorrer-se-á a
técnicas mais ou menos elaboradas e dominar a situação, realizando
experiências e medindo os resultados de toda e qualquer modificação
nos processos e nas técnicas, que se desenvolveram sob o impulso dos
trabalhos científicos na administração dos serviços escolares.
(Ufa! Que centralização).
Movimento de renovação
educacional.
Para vermos mais claro
e mais longe e desvendarmos, através da complexidade tremenda dos
problemas sociais, horizontes mais vastos.
Diretrizes que se
esclarecem. Tivemos a iniciativa e assumimos a responsabilidade, e
com a qual se incutira, por todas as formas, no magistério, o
espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a consciência da
necessidade de um aperfeiçoamento constante, ( I! Acho que não sei
não, foram tantas capacitações) ainda não se podia considerar
inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais.
(agora é a maior utopia)
Vivificou o espírito
nesse fecundo movimento renovador no campo da educação pública,
nos últimos anos. ( só se for para eles que com suas teorias onde
ganharam muito dinheiro e postos nomeados).
Reformas e a Reforma.
Foi uma serena
confiança na vitória definitiva de nossos ideais de educação. Em
lugar dessas reformas parciais, que se sucedeu na sua quase
totalidade, na estreiteza crônica de tentativas empíricas, o nosso
programa concretiza uma nova política educacional, que nos
preparará, por etapas, a grande reforma ( é realmente uma
enganação).
Em cada uma das
reformas anteriores, em que impressiona vivamente a falta de uma
visão global do problema educativo, a força inspiradora ou a
energia estimulante mudou apenas de forma, dando soluções
diferentes aos problemas particulares. (ainda continua na mesma)
A educação é uma
reforma social, não pode, ao menos em grande proporção,
realizar-se senão pela ação extensa e intensiva da escola sobre o
indivíduo e deste sobre si mesmo nem produzir-se do ponto de vista
das influências exteriores. Senão por uma evolução contínua,
favorecida e estimulada por todas as forças organizadas de cultura e
de educação. ( no caso vocês).
Finalidades da
educação.
Toda a educação varia
sempre em função de uma "concepção da vida", é'
evidente que as diferentes camadas e grupos (classes) de uma
sociedade dada terão respectivamente opiniões diferentes sobre a
"concepção do mundo", que convém fazer adotar ao
educando e sobre o que é necessário considerar como "qualidade
socialmente útil". ( ou suja inocente útil).
O fim da educação não
é como bem observou G. Davy, "desenvolver de maneira anárquica
às tendências dominantes do educando; se o mestre intervém para
transformar, isto implica nele a representação de um certo ideal à
imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos".
A questão primordial
das finalidades da educação gira, pois, em torno de uma concepção
da vida, de um ideal, ( ou seja, suas utopias) a que devem
conformar-se os educandos, e que uns consideram abstrato e absoluto,
e outros, concreto e relativo, variável no tempo e no espaço.
Valores mutáveis e
valores permanentes.
O equilíbrio entre os
valores mutáveis e os valores permanentes da vida humana. É um no
novo sistema de educação, que, longe de se propor os fins
particulares de determinados grupos sociais, às tendências ou
preocupações de classes, os subordina aos fins fundamentais e
gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas.
É certo que é preciso
fazer homens, antes de fazer instrumentos de produção. ( beleza )
Mas, o trabalho que foi sempre a maior escola de formação da
personalidade moral, não é apenas o método que realiza o acréscimo
da produção social, é o único método susceptível de fazer
homens cultivados e úteis sob todos os aspectos. O Estado em face da
educação.A educação, uma função essencialmente pública.
O direito de cada
indivíduo é educação integral, o Estado o reconhece e o proclama,
o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e
manifestações, como uma função social e eminentemente pública,
que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as
instituições sociais. A educação que é uma das funções de que
a família se vem despojando em proveito da sociedade política,
rompeu os quadros do comunismo familiar e dos grupos específicos
(instituições privadas), para se incorporar definitivamente entre
as funções essenciais e primordiais do Estado.
O Estado, longe de
prescindir da família, deve assentar o trabalho da educação no
apoio que ela dá à escola e na colaboração efetiva entre pais e
professores, entre os quais, nessa obra profundamente social. E tem o
dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações,
associando e pondo o serviço da obra comum essas duas forças
sociais - a família e a escola. (começou a culpa da escola).
A questão da escola
única.
Em nosso regime
político, o Estado não poderá, de certo, impedir que, graças à
organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes
mais privilegiadas assegurem os seus filhos uma educação de classe
determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro
do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só
tenha acesso uma minoria, por um privilegio exclusivamente econômico.
A laicidade,
gratuidade, obrigatoriedade e co-educação.
A laicidade, que coloca
o ambiente escolar acima de crenças e disputas religiosas, alheia a
todo o dogmatismo sectário, subtrai o educando, respeitando-lhe a
integridade da personalidade em formação, à pressão perturbadora
da escola quando utilizada como instrumento de propaganda de seitas e
doutrinas.
A gratuidade extensiva
a todas as instituições oficiais de educação é um princípio
igualitário que torna a educação, em qualquer de seus graus ( cadê
a Universidade gratuita para todos).
Eles pregaram até 18
anos, é mais necessária ainda "na sociedade moderna em que o
industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e
violentam a criança e o jovem", cuja educação é
freqüentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou
responsáveis e pelas contingências econômicas. ( começou a
obrigatoriedade).
A função educacional.
a) A unidade da função
educacional.
A organização de um
regime escolar tem que ter bases da unificação do ensino, com todas
as suas conseqüências.
A autonomia econômica
não se poderá realizar a não ser pela instituição de um "fundo
especial ou escolar", ( hoje só se tem uma mera esmola, é
bolsa família, ENEM etc.).
Através de impostos e
rendas próprias seja administrado e aplicado exclusivamente no
desenvolvimento da obra educacional, pelos próprios órgãos do
ensino, incumbidos de sua direção.
b) A descentralização.
À União, na capital,
e aos estados, nos seus respectivos territórios, é que deve
competir a educação em todos os graus, dentro dos princípios
gerais fixados na nova constituição, que deve conter, com a
definição de atribuições e deveres, os fundamentos da educação
nacional.
Ao governo central,
pelo Ministério da Educação, caberá vigiar sobre a obediência a
esses princípios (é um paradoxo porque centraliza ainda é assim).
Processo educativo.
O conceito e os
fundamentos da educação nova.
Nessa nova concepção
da escola, que é uma reação contra as tendências exclusivamente
passivas, intelectualizas e verbalistas da escola tradicional deve
ser dirigida à satisfação das necessidades do próprio indivíduo.
Na verdadeira educação
funcional deve estar, pois, sempre presente, como elemento essencial
e inerente à sua própria natureza, o problema não só da
correspondência entre os graus do ensino e as etapas da evolução
intelectual fixadas sobre a base dos interesses. Como também da
adaptação da atividade educativa às necessidades psicobiológicas
do momento.
Psicobiológico do
interesse, que é a primeira condição de uma atividade espontânea
e o estímulo constante ao educando (criança, adolescente ou jovem)
a buscar todos os recursos ao seu alcance, “graças à força de
atração das necessidades”.
A escola nova deve ser
reorganizada de maneira que o trabalho seja seu elemento formador,
favorecendo a expansão das energias criadoras do educando.
Plano de reconstrução
educacional.
As linhas gerais do
plano.Ora, assentada a finalidade da educação e definidos os meios
de ação ou processos de que necessita o indivíduo para o seu
desenvolvimento integral, ficam fixados os princípios científicos
sobre os quais se pode apoiar solidamente um sistema de educação. A
aplicação desses princípios importa, como se vê, numa radical
transformação da educação pública em todos os seus graus, tanto
à luz do novo conceito de educação, como à vista das necessidades
nacionais devera ter um plano de reconstrução educacional.
O ponto nevrálgico da
questão.
A estrutura do plano
educacional corresponde, na hierarquia de suas instituições
escolares (escola infantil ou pré-primária; primária; secundária
e superior ou universitária) aos quatro grandes períodos que
apresenta o desenvolvimento natural do ser humano. É uma reforma
integral da organização e dos métodos de toda a educação
nacional, dentro do mesmo espírito que substitui o conceito estático
do ensino por um conceito dinâmico, fazendo um apelo, dos jardins de
infância à Universidade, não à receptividade, mas à atividade
criadora do aluno. A partir da escola infantil (4 a 6 anos) à
Universidade, com escala pela educação primária (7 a 12) e pela
secundária (l2 a 18 anos), a "continuação ininterrupta de
esforços criadores" deve levar à formação da personalidade
integral do aluno e ao desenvolvimento de sua faculdade produtora e
de seu poder criador, pela aplicação, na escola.
Para a aquisição
ativa de conhecimentos, dos mesmos métodos (observação, pesquisa,
e experiência), que segue o espírito maduro, nas investigações
científicas. A escola secundária, unificada para se evitar o
divórcio entre os trabalhadores manuais e intelectuais, terá uma
sólida base comum de cultura geral (3 anos), para a posterior
bifurcação (dos 15 aos 18), em seção de preponderância
intelectual (com os 3 ciclos de humanidades modernas; ciências
físicas e matemáticas; e ciências químicas e biológicas), e em
seção de preferência manual, ramificada por sua vez em ciclos. (
esta vendo não de hoje que querem ciclos).
O conceito moderno de
Universidade e o problema universitário no Brasil
.A educação superior
ou universitária, a partir dos 18 anos, inteiramente gratuita como
as demais, deve tender, de fato, não somente à formação
profissional e técnica, no seu máximo desenvolvimento, como à
formação de pesquisadores, em todos os ramos de conhecimentos
humanos. Ela deve ser organizada de maneira que possa desempenhar a
tríplice função que lhe cabe de elaboradora ou criadora de ciência
(investigação), docente ou transmissora de conhecimentos (ciência
feita) e de vulgarizadora ou popularizadora, pelas instituições de
extensão universitária, das ciências e das artes. ( continua no
papel).
A unidade de formação
de professores e a unidade de espírito.
Ora, dessa elite deve
fazer parte evidentemente o professorado de todos os graus.
A formação
universitária dos professores não é somente uma necessidade da
função educativa, mas o único meio de, elevando-lhes em
verticalidade a cultura, e abrindo-lhes a vida sobre todos os
horizontes.
O papel da escola na
vida e a sua função social.
Os progressos da
psicologia aplicada à criança começaram a dar à educação bases
científicas, os estudos sociológicos, (começou as teorias)
definindo a posição da escola em face da vida, nos trouxeram uma
consciência mais nítida da sua função social e da estreiteza
relativa de seu círculo de ação.
Compreende-se, à luz
desses estudos, que a escola, campo específico de educação é um
órgão feliz e vivo, no conjunto das instituições necessárias à
vida, o lugar onde vivem a criança, a adolescência e a mocidade, de
conformidade com os interesses e as alegrias profundas de sua
natureza.
A educação, porém,
não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou
contrariada, ampliada ou reduzida pelo jogo de forças inumeráveis
que concorrem ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e
variadíssimas são, de fato, as influências que formam o homem
através da existência. ( aqui começa a diferença dos teóricos
socialistas dos teóricos capitalistas)
Dessa concepção
positiva da escola, como uma instituição social, limitada, na sua
ação educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que
concorrem ao movimento das sociedades, resulta a necessidade de
reorganizá-la. ( até quando?).
A democracia é um
programa de longos deveres.
O próprio espírito
que o informa de uma nova política educacional, democrática, com
sentido unitário e de bases científicas baseado em outros países,
É preciso, certamente, tempo para que as camadas mais profundas do
magistério e da sociedade em geral sejam tocadas pelas doutrinas
novas..para nos permitir as conquistas globais, por isto a nova
política de educação.. “Deve acabar a centralização do poder e
democratizá-la”.
Os obstáculos
acumulados, porém, não abateram ainda nem poderão abater os
professores. Até hoje estas utopias que escrevi são usadas na
formação de professores nas universidades e também há muitos
utopistas brasileiros que pseudos-pedagogos socialistas e
capitalistas, como Paulo Freire e os discípulos dos pioneiros da
educação como Fernando de Azevedo e médico Anísio Teixeira.
Para os utópicos
sempre argumentam que a escola deve ser usada para formar cidadania,
critica, o engraçado é que a gratuidade só vai até o ensino
médio, os alunos ficam com tal cidadania baseada no Ser e não no
Ter.
As utopias anteriores
estão esgotadas e proponho a Escola Nemética aquela onde os
recursos que vem dos impostos irão direto para o aluno, daí ele
escola como estudar, seja pela internet ou numa escola em que o aluno
escolha a matéria que quer eliminar.
Por exemplo, que
eliminar matemática neste ano, ele só estudará matemática, não
perde a seqüência lógica. Ele se concentra mais.
Também ele terá
oportunidade de qual ele tem mais aptidão ou vocação, numa
universidade de letras ele não necessita saber de cateto oposto ou
formula gravitacional, e pura perda de tempo e só aborrece os
alunos.
Tem alunos que gostam
mais de exatas, outros, humanas ou biológicas, é necessário
canalizar as energias porque na lei do mínimo possível, ele
escolhe, ficaria melhor.
Para eles passarem deve
ter no mínimo 8 nas provas oficiais elaboradas em centro de
referencias ou escolas de referencias que coletará as digitais
deles.
Estas escolas de
referencias neméticas deve ser ampla, ter laboratórios, teatro, um
belo centro esportivo, as salas de aulas devem ser amplas e
separadas, distantes uma das outras para que não prejudique com o
barulho do vizinho. Exemplo, numa aula de arte como fazer uma
dramatização sem um choro alto, um grito ao lado de uma matéria
que requer silêncio como resolução de uma questão de matemática.
A concepção Utópica
que está presente desde 1896 no Brasil, esta esgotada e perdidas que
dragam os esforços dos professores, alunos e as famílias.
30. Atuais utopias
utilizadas na educação com recortes dos utópicos Clássicos
ANTROPOLOGIA COGNITIVA
A Antropologia
Cognitiva, citada por Perrenoud, é um campo teórico-conceitual com
ênfase especial no entendimento da estrutura de significação que
membros de uma sociedade utilizam para construir a vida cotidiana, os
significados compartilhados que fazem a vida social possível, bem
como os métodos válidos que auxiliam o pesquisador a descobrir
essas significações e avaliar o grau em que elas são
compartilhadas e distribuídas em relação a fatores sociais.
A antropologia
cognitiva amplia o horizonte de estudos do pensamento humano de uma
forma bastante peculiar. Busca entender as variações de pensamento
e manifestações comportamentais em diferentes culturas, copia da
Teoria de Makarenko.
AUTONOMIA
Esse conceito tem a ver
com a possibilidade do educando, paulatinamente, construir as
competências e habilidades para continuar aprendendo por conta
própria, a possibilidade de tomar as suas decisões num mundo em
constante transformação.
As Diretrizes
Curriculares Nacionais definem autonomia como um objetivo que se
inicia no Ensino Infantil, que deve ser construído de forma
gradativa e concretizado no final do Ensino Básico.
Segundo Paulo Freire, o
professor, progressista para trabalhar com a perspectiva da
autonomia, contribui positivamente para que o educando seja artífice
de sua formação, e o ajuda no empenho da busca de investigações,
de forma crítica. É indispensável à experiência histórica que
só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não
determinado, mas que pode ser mudado.
O papel histórico não
é só o deconstatar o que ocorre, mas também o de intervir como
sujeito de ocorrências, não para se adaptar, mas para mudar a
realidade.
Quando se trata da
escola, a autonomia se refere à efetiva responsabilidade e poder de
decisão atribuída à unidade escolar e as condições para que ela
realize essa responsabilidade; tais como suporte técnico,
financeiro, recursos humanos, mecanismos de avaliação de resultados
e organização da participação dos pais. Copia da Teoria de
Vygotsky.
AVALIAÇÃO
A avaliação, na
educação tradicional, está restrita a uma prova, na qual os alunos
sentados separadamente, em silêncio, de cabeças baixas realizam
questões preparadas pelo professor. A estas questões depois de
corrigidas, são atribuídas notas de acordo com o desempenho de cada
um, a partir da perspectiva do professor. Este procedimento tenta
avaliar o desempenho do aprendizado do aluno, porém, não
necessariamente leva o professor a avaliar seu próprio desempenho.
Na perspectiva
abordada, deve levar em conta que, se a média da classe foi
satisfatória, e apenas alguns alunos não apresentaram o desempenho
esperado, é possível concluir que os conteúdos foram assimilados
pela maioria dos alunos e que esses modificaram atitudes e valores
dos educandos. Certamente a metodologia de trabalho do professor foi
bem sucedida, embora um trabalho mais individual deva ser realizado
com os alunos que não obtiveram bom desempenho.
Porém, se a média da
classe foi baixa, pode-se supor que o desempenho do professor não
está sendo satisfatório, que o ensino não está sendo
significativo para os alunos e que, provavelmente, a metodologia de
trabalho adotada precisa de alterações.
A avaliação precisa
se entendida como instrumento de compreensão do nível de
aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e às
habilidades desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o
processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos
subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos
educandos e, assim rever a sua prática e redirecionar suas ações,
se preciso.
Não há lugar para a
avaliação autoritária ou classificatória, mas se abre um longo
espaço para outros tipos de avaliação: diagnóstica, mediadora,
integradora, ou por competências, dependendo da concepção de
educação, sendo com certeza, uma forma de melhorar o trabalho e
acompanhar cada aluno, melhorando seu desempenho escolar e o trabalho
do próprio professor.
Segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais, “a avaliação subsidia o professor” com
elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática. Sobre a
criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos
que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para
o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o
aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades e possibilidades. Para reorganização de seu
investimento na tarefa de aprender. “Para a escola, possibilita
definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio.”
A avaliação é
imprescindível dentro da instituição educacional, porém quando é
utilizada apenas como uma forma de obtenção de números pode
tornar-se um instrumento de segregação do aluno com dificuldades de
aprendizagem. Pode igualmente levar a taxação dos alunos de uma
maneira geral, sem proporcionar ao professor uma visão do seu
próprio trabalho e do aluno como indivíduo, ou seja, a avaliação
quando realizada desta maneira, nivela os alunos como iguais sem que
haja a oportunidade de serem enxergados como indivíduos únicos.
Copia da Teoria de Vygotsky, Teoria de Makarenko, Teoria de Maria
Montessori é uma salada de teorias.
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS
A avaliação de
sistemas educacionais tem por objetivo o levantamento de informações
relevantes, principalmente sobre acesso e qualidade educacionais de
determinado sistema de ensino, de modo a subsidiar os elaboradores de
políticas públicas e tomadores de decisão em geral a planejar e
programar ações que visem à melhoria do sistema avaliado.
Para a avaliação de
sistemas educacionais são construídos instrumentos de avaliação,
que podem ser testes de larga escala, aliados os questionários de
fatores associados que ajudam a levantar as informações desejadas.
A avaliação também pode ser amostral em que apenas parte da
população educacional é submetida aos testes, ou censitária em
que o conjunto total de estudantes é submetido aos testes. Podem,
também, ser selecionadas uma ou mais disciplinas para a avaliação.
No contexto
Mundialmente, a avaliação de sistemas decorreu, de um lado, da
necessidade de racionalizar os recursos existentes para atender a uma
crescente demanda populacional por educação e, de outro, para
implementar reformas educacionais que buscassem melhor distribuição
das oportunidades, diminuindo a exclusão e a desigualdade social.
Teoria de Freinet, e continuação das utopias dos teóricos do “O
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932)”.
Mais recentemente, na
década de 80, crises sociais e econômicas foram responsáveis por
mostrar uma nova dimensão à questão educacional, uma vez que a
competição entre mercados globais apontou como tendo forte vantagem
competitiva nações que haviam elevado à qualidade educativa de sua
população. Em face desse novo paradigma que associa educação a
desenvolvimento, os olhares se voltaram à eficiência das
instituições escolares. Desse modo, as análises advindas das
avaliações buscaram verificar a influência de todos os fatores
envolvidos na educação, tais como administração escolar,
aprendizagem, currículo e, mais recentemente, competências e
habilidades cognitivas.
No Brasil, a discussão
sobre a montagem de um sistema de avaliação da educação básica
surgiu no bojo das discussões sobre redemocratização, e na
redefinição dos papéis dos estados, municípios e União, entre
1985 e 1986, tendo em vista a busca de articulação e cooperação
entre as instâncias governamentais e a sociedade como um todo.
Assim, precedido de
algumas experiências isoladas, teve início em 1988 o Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, cuja última
aplicação ocorreu em 2003.
Inspirados pelo SAEB e
pela importância das informações que ele traz, alguns estados
brasileiros têm desenvolvido seus próprios sistemas de avaliação,
como é o caso de São Paulo, Ceará, Goiás, Maranhão, entre
outros. Desse modo, o SAEB, juntamente com os sistemas estaduais, tem
fornecido informações relevantes que ajudam no desenvolvimento de
estratégias de melhoria da educação brasileira.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
É o processo de
avaliação que tem como objetivo detectar o conjunto de conhecimento
assimilado pelos alunos no interior do processo ensino aprendizagem.
Sua função é processual diante da atividade pedagógica, diferente
da ação dirigida ao aluno ou ao conjunto de conhecimento
trabalhado, procura observar e integrar as três dimensões, docente,
conhecimento, discente, no interior da instituição de ensino. A
avaliação diagnóstica deve estar sempre norteada pela proposta
pedagógica, tanto no que se refere à concepção e eixos centrais
das áreas de conhecimento quanto aos pontos de chegada, uma vez que
faz parte do trabalho como um todo. Sabendo aonde quer chegar e como,
o professor pode fazer uma avaliação diagnóstica que não o leve a
classificar os alunos, mas sim indique caminhos para o trabalho. Deve
ser um instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e a
identificação dos caminhos a serem perseguidos. Diante disso a
avaliação da aprendizagem escolar deve ser vista como meio e não
fim em si mesmo, não sendo dessa forma apenas uma ação mecânica,
mas com um objetivo a ser seguido.
É uma avaliação
pedagógica e não punitiva que vai além da prova clássica, cujo
objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação
diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro
ou do acerto, interpretando a produção do aluno. De acordo com a
avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar num
determinado momento, em que etapa do processo de
construção/apropriação do conhecimento encontra-se o estudante e,
em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são
necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde
se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor
possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada
aluno.
Esse conceito está
desenvolvido, principalmente nas obras de Cipriano Luckesi e se
diferencia da Avaliação Mediadora, principalmente por estar mais
adequada à concepção critico social dos conteúdos do que ao
construtivismo.
AVALIAÇÃO DIALÓGICA
Conforme definido por
Yves de la Taille, a prova clássica, objetiva contabilizar acertos e
erros, enquanto a avaliação dialógica é pedagógica e não
punitiva. Com a avaliação dialógica, o professor deve ser capaz de
chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do
aluno, para isso, ele precisa localizar num determinado momento, em
que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o
estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas
que são necessárias para estimular o seu progresso avaliando a
qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar
suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno,
dialogando com o processo de ensino-aprendizagem. Teoria de Freinet,
e pseudo-teórico Paulo Freire e outros.
A idéia de avaliação
dialógica surgiu a partir da abolição da repetência no ensino
fundamental nas escolas públicas, com a chamada progressão
continuada. Teoria de Freinet.
AVALIAÇÃO INTEGRADORA
Segundo Zabala, a
avaliação é um processo, no qual o professor precisa de objetivos
claros, saber o que as crianças já conhecem e preparar o que eles
devem aprender — tudo em função de suas necessidades (avaliação
inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades
adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele
deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho
dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de
ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar
o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora).
AVALIAÇÃO MEDIADORA
Jussara Hoffman
(Avaliar para Promover, as Setas do Caminho, 2004), na perspectiva de
superação das práticas avaliativas positivistas e classificatórias
(baseadas em verdades absolutas, critérios objetivos, padronização
e estatísticas), que tem como objetivo classificar e selecionar no
processo de seriação. Provocar atitudes alienadas e reprodutoras,
com visão centrada no professor e em medidas padronizadas, em
disciplinas fragmentadas na lógica da competição, propõe uma
avaliação em favor de uma ação consciente e reflexiva sobre o
valor das situações avaliadas e do exercício do diálogo entre os
envolvidos. Teoria de Decroly
Assim, se confere ao
educador uma grande responsabilidade no compromisso com o objeto
avaliado e com sua própria aprendizagem – daí a avaliação
mediadora, fundada na ação pedagógica reflexiva, com o objetivo
explícito de promover melhoria na situação avaliada. Em se
tratando da avaliação da aprendizagem, sua finalidade não é o
registro do desempenho escolar, mas a observação contínua das
manifestações de aprendizagem para desenvolver ações educativas
que visem à promoção, a melhoria das evoluções individuais.
Teoria de Vygotsky, Teoria de Dewey, Teoria da Lauro de Oliveira
Lima.
A finalidade da
avaliação mediadora é subsidiar o professor, como instrumento de
acompanhamento do trabalho, e a escola, no processo de melhoria da
qualidade de ensino, para que possam compreender os limites e as
possibilidades dos alunos e delinear ações que possam favorecer seu
desenvolvimento.
A finalidade da
avaliação é promover a evolução da aprendizagem dos educandos e
a promoção da qualidade do trabalho educativo, colocando a
avaliação a serviço da aprendizagem, da formação, proporcionando
cidadania. Mobilizando em busca de sentido e significado da ação,
tendo à intenção de acompanhamento permanente de mediação e
intervenção pedagógica favorável a aprendizagem, tendo visão
dialógica, de negociação, se referenciado na interdisciplinaridade
e na contextualização, respeitando as individualidades, confiando
na capacidade de todos, na interação e na socialização do
processo avaliativo. Segundo a autora, da mesma forma que o professor
media a questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria
mediar este processo, para desta forma tornar possível a
identificação de problemas na aprendizagem do aluno, bem como no
método que o professor emprega para realizá-lo. Teoria de Wallon,
Teoria de Gagné,
AVALIAÇÃO POR
COMPETÊNCIAS
A avaliação numa
abordagem por competências, segundo Perrenoud, deve verificar não
só os conhecimentos, mas, a capacidade do aluno no enfrentamento de
novas situações. Ela deve estar baseada em critérios relacionados
com o saber, saber ser e saber fazer, privilegiar a resolução de
problemas, pois as tarefas devem ser contextualizadas; estimular a
colaboração entre pares; o contrato didático; valorizar os
conhecimentos anteriores e os valores dos alunos e verificar o grau
de domínio das competências visadas; promover a auto-avaliação e
definir de forma clara os critérios para realizá-la. Karl Rogers.
AVALIAÇÕES EXTERNAS
No final dos anos 70,
solidificou-se nos Estados Unidos o conceito de que a educação é a
principal mola propulsora do desenvolvimento dos povos. Essa idéia
acabou se disseminando pelo mundo, tendo com isso aflorado
preocupações muito significativas sobre algumas questões
essenciais. Deixou-se de supervalorizar a acumulação de conteúdos
a fim de priorizar habilidades e competências.
O importante, quando se
fala em avaliações externas, é considerar que elas devem obedecer
a certos quesitos, como isenção, sigilo, universalidade, seriedade
e simultaneidade na aplicação das provas, para que dessa forma elas
sejam confiáveis, oferecendo segurança aos avaliados, quer sejam
eles alunos ou instituições.
Os Objetivos das
avaliações Externas são: oferecer subsídios à formulação,
reformulação e monitoramento de políticas públicas e programas de
intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas nas áreas e
etapas de ensino avaliadas; identificar os problemas e as diferenças
regionais do ensino; produzir informações sobre os fatores do
contexto socioeconômico, cultural e escolar que influenciam o
desempenho dos alunos; proporcionar aos agentes educacionais e à
sociedade uma visão clara dos resultados dos processos de ensino e
aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos e
desenvolver competência técnica e científica na área de avaliação
educacional, ativando o intercâmbio entre instituições
educacionais de ensino e pesquisa. Teoria de Skinner.
BEHAVIORISMO
O Behaviorismo (
behavior, em inglês, comportamento) se trata de uma corrente
técnico-teórica da Psicologia. Teve origem com o lançamento, em
1913, do manifesto “A Psicologia tal como a vê um Behaviorista”,
de John B. Watson. Ele afirmava que a Psicologia deveria ser
redefinida como estudo do comportamento, ou uma filosofia de uma
ciência do comportamento que estuda a relação entre comportamento
e ambiente. Nesse estudo, que começou com a observação de animais,
é verificado o comportamento de um indivíduo em ambientes
cuidadosamente controlados, oferecendo uma alternativa para o estudo
do comportamento humano.
Mais tarde, Skinner
desenvolveu o conceito de condicionamento operante, no qual o animal
que estava sob observação era premiado após realizar um
determinado comportamento almejado, sendo reforçado com um prêmio.
Skinner ainda desenvolveu uma máquina de ensino, onde se aprendia
paulatinamente, encontrando-se as respostas que levavam ao prêmio
imediato.
BULLYING
É como se caracterizam
as formas de atitudes agressivas intencionais e recorrentes
praticadas, sem motivação evidente, por crianças e adolescentes,
executadas dentro de uma relação desigual de poder. Os atos
repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são
as características essenciais, que tornam possível a intimidação
da vítima. Esse tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu
alvo humilhação, dor e angústia. Afeta estudantes, pais e
professores no mundo inteiro.
A palavra bullying é
derivada do verbo inglês bully, que significa usar a superioridade
física para intimidar alguém. Também tem valor de adjetivo, com o
significado de “valentão” e/ou “tirano”. Não existe uma
tradução na língua portuguesa capaz de expressar as várias
situações de bullying, mas, em geral, ela está associada a ações
como colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir,
isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar,
amedrontar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar,
etc.
Comumente, vemos no
ambiente escolar, crianças, desde muito pequenas, e adolescentes,
colocando apelidos nos colegas, criando estigmas, discriminando-os
por serem obesos, negros, pobres, pela sua orientação sexual ou
religiosa, por pertencerem a diferentes tribos e grupos, etc. Nova
teoria utópica de BEAUDOIN & TAYLOR.
Esse cenário pode
passar despercebido por parte dos educadores que vêem às vezes,
esses comportamentos como brincadeiras. Porém, para os que sofrem
bullying, é algo muito mais sério e, por vezes, trágico.
Além de causar danos
cruéis, o bullying está disseminado nas escolas, e seus
comportamentos característicos tendem a aumentar rapidamente com o
avanço da idade dos alunos. Os motivos que levam a esse tipo de
violência são extremamente variados e estão relacionados com as
experiências que cada indivíduo tem em sua família e/ou
comunidade.
As práticas de
bullying apresentam características, como comportamentos deliberados
e danosos, produzidos de forma repetitiva em período prolongado de
tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de desequilíbrio
de poder, o que dificulta a defesa da vítima; não há motivos
evidentes; acontece de forma direta, por meio de agressões físicas
e verbais, e de forma indireta, por meio de agressões morais e
psicológicas, caracterizando-se pela disseminação de rumores que
visam à discriminação, ao preconceito e à exclusão.
Mais do que um
fenômeno, para, o bullying é uma cultura na escola, mas não é
algo natural e inevitável entre os jovens. Muitos alunos têm
dificuldades, não só de auto-aceitação e de convivência com seus
pares, mas também de aprendizagens.
Diante dessa realidade
é necessário criar situações favoráveis às aprendizagens e à
formação cidadã dos indivíduos. Assim, para BEAUDOIN &
TAYLOR, ao trabalhar o Bulling na escola, deve-se fortalecer o
vínculo que se refere ao estar junto e também à realização de
atividades conjuntas, impedindo o surgimento de sérios problemas
entre os alunos, como as brigas, a competição, o desrespeito,
ajudando-os a serem tolerantes uns com os outros, a aceitar a
diversidade em sala de aula e a aproveitar o tempo que passam na
escola. De novo o estudante é culpado.
CICLOS
Os ciclos de formação,
políticas de ciclos ou ensino por ciclos são uma alternativa
apresentada para a organização do ensino básico da Educação
Básica em resposta aos diversos problemas apresentados pelo ensino
seriado, sistema escolar predominante no Brasil até o início dos
anos 90. No estado de São Paulo, os ciclos foram implantados a
partir de 1997, através do regime de progressão continuada.
Segundo a proposta
oficial, o objetivo da Progressão Continuada seria possibilitar que,
os alunos aprendessem cada vez mais, mediante a eliminação de
dificultadores os quais, supostamente, estariam interrompendo o
processo de aprendizagem dos alunos e levando-os à reprovação, em
especial, a desconsideração dos conhecimentos construídos pelos
alunos no decorrer do ano letivo. As idéias básicas do regime de
progressão continuada, fundamentadas em princípios da psicologia do
desenvolvimento, da aprendizagem e da teoria sócio - construtivista
da educação, são: - toda criança é capaz de aprender;
-toda interação
professor/aluno e aluno/aluno resulta em aprendizagem;
-a aprendizagem ocorre
em um movimento não linear, o que permite que alunos atrasados em
relação ao seu grupo consigam avançar e dominar conteúdos que,
até então, eram considerados inacessíveis;
-a aprendizagem é um
processo contínuo e sem retrocessos, conseqüentemente, a repetência
é capaz de destruir a auto - estima do aluno e sabotar a sua
capacidade de aprender. Em termos operacionais, a evolução escolar
do educando dentro dos ciclos é de avanço contínuo. Assim, os
alunos poderão progredir do 1o até o 5o ano (ciclo I) e do 6º até
o 9º ano (ciclo II) continuamente. Ao final de cada ciclo (5o série
e 9º ano ), caso não atinjam os parâmetros de aprendizagem,
conhecimento e habilidades desejáveis, têm o direito de fazer a
recuperação de ciclos, por um ano letivo.
O processo de avaliação
é contínuo e cumulativo, possibilitando que necessidade de
atividades de reforço e recuperação seja diagnosticada rapidamente
e que as dificuldades detectadas possam ser solucionadas o mais
brevemente possível.
Com a proposta de
atender aos agrupamentos de alunos com ritmos e dificuldades variados
sugere-se, além da realização de atividades coletivas, em pequenos
grupos ou individuais, o planejamento de situações de trabalho
diversificado. O que exige do professor a elaboração, o
planejamento de atividades diferentes e o equilíbrio na formação
de grupos mais autônomos, para que os alunos mais adiantados possam
auxiliar aqueles que precisam de maior colaboração.
O ponto de partida do
trabalho deve ser o cotidiano do aluno, seu real contexto de
aprendizagem, trazendo-se para a sala de aula o que já se conhece
para ser retomado e reconhecido e, a partir daí, ampliar-se em
direção a um outro patamar de conhecimento sistematizado. Teoria de
Piaget, Teoria de Dewey.
CIDADANIA
É, juntamente com a
preparação para o mundo do trabalho, um dos objetivos centrais da
educação escolar brasileira, definidos pela Constituição Federal
e Pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O termo
cidadania se refere aos direitos e deveres das pessoas.
Considerando-se como centrais os direitos políticos que se referem
ao direito de votar e ser votado para ser representante da população
nos poderes executivo, legislativo e judiciário; e os direitos
civis, como o direito à liberdade de expressão, à vida, a
propriedade e também direitos sociais, como ter acesso à educação,
saúde, segurança e moradia.
Foi somente no século
V a.C. (antes de Cristo), em Atenas, cidade-estado da Grécia, que a
política passou a ser atividade não só de soberanos, mas também
de um determinado grupo de homens designados como CIDADÃOS, pois
nasceu na própria CIDADE de Atenas.
Nesse século, após
vencerem os persas, os atenienses transformaram a sua cidade no maior
centro intelectual do mundo grego e construíram um sistema político
em que, pela primeira vez, a soberania era atributo de determinados
membros da cidade. Essa experiência grega é considerada a primeira
proposta de DEMOCRACIA que a humanidade conheceu e aconteceu no
período em que a cidade foi governada por Péricles.
Entre os povos romanos,
eram considerados cidadãos todos aqueles que viviam na cidade de
Roma e gozavam dos benefícios de participar da vida política, como
os patrícios (aristocratas), no século II d.C. O direito de ser
cidadão romano havia se estendido também a alguns habitantes das
terras conquistadas pelos romanos. Mas, o conceito atual de cidadania
remete à Revolução Francesa, na qual o termo foi adaptado aos
objetivos dela e definitivamente associado à ideia de democracia.
Na história dos povos
ocidentais, a idéia de cidadania foi sendo construída e conquistada
de várias formas e em vários momentos diferentes. Atualmente, por
vezes, o termo aparece adjetivado como, por exemplo: cidadania
responsável, cidadania política, etc. Que se iniciou com
Pestallozi.
COGNIÇÃO
Cognição é derivada
da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um
conhecimento através da percepção. É o ato ou processo de
conhecer, que envolve percepção, memória, raciocínio, juízo,
imaginação, pensamento e linguagem. A palavra cognição tem origem
nos escritos de Platão e Aristóteles.
É o conjunto dos
processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na
classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento
através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e
soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer
que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e
pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.
A cognição é mais do
que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a
nossa melhor adaptação ao meio - mas é também um mecanismo de
conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. É um
processo pelo qual o ser humano interage com os semelhantes e com o
meio em que vive sem perder a sua identidade existencial. Ela começa
com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção.
É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a
informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na
nossa memória.
COMPETÊNCIAS
As competências e
habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de
conhecimentos. Competências se constituem num conjunto de
conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém
para vários desempenhos da vida. As competências pressupõem
operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de
atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. De
acordo com Vasco Moretto, "as competências são um conjunto de
habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam, por
exemplo, uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico
ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na
busca das competências.”.
Para ele um dos
sentidos de competência aflora na utilização da palavra no senso
comum quando utilizamos expressões como "vou procurar um
dentista, mas quero que seja competente", ou "meu irmão é
um pianista competente". Todas elas têm o mesmo sentido: uma
pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma
determinada tarefa. A expressão isolada "fulano é competente"
não tem muito sentido, provocando outra pergunta: "competente
para fazer o quê?" Poderíamos dizer que Ronaldinho (jogador de
futebol) é mais, ou menos competente que Guga (tenista)?
Vislumbrando as varias
acepções de competências, parece mais lógico o conceito de
competência relacionado à capacidade de bem realizar uma tarefa, ou
seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o sujeito
deverá ter disponíveis os recursos necessários para serem
mobilizados com vistas a resolver a situação na hora em que ela se
apresente.
Educar para
competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver
as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados para
resolver a situação complexa. "Assim, educar alguém para ser
um pianista competente é criar as condições para que ela adquira
os conhecimentos, as habilidades, as linguagens, os valores culturais
e os emocionais relacionados à atividade específica de tocar piano
muito bem" (Moretto).
A competência tem de
ser flexível. Nesta analise, a idéia de competência é: “como me
viro diante de uma situação complexa”? A pessoa que realmente
adquiriu uma competência tem condições de resolver este tipo de
situação com criatividade. Assim, a metodologia com relação a
competências precisa dar conta de situações novas. Teoria de
Skinner, Teoria de Piaget, Teoria de Dewey, Rogers, Decroly é uma
salada de novo.
O trabalho em grupo e a
pedagogia de projetos estão se destacando como facilitadores para
uma nova metodologia. Na prática Não estamos conseguindo separar a
idéia de competência de conteúdos, a escola traz para os alunos
respostas para perguntas que eles não fizeram: o resultado é o
desinteresse; As perguntas são mais importantes que as respostas.
COMPETÊNCIA RELACIONAL
Essa forma de
competência é interdependente, ou seja, não basta ser muito
entendido em uma matéria, não basta possuir objetos potentes e
adequados, pois o importante é “como esses fatores interagem".
A competência relacional expressa esse jogo de interações. É
comum na escola um professor saber relatar bem um problema que está
acontecendo em sala de aula, mas na própria aula não saber resolver
situações relacionadas com a indisciplina, espaço ou tempo.
Numa partida de
futebol, para fazer gol, não basta que o jogador saiba chutar a gol,
fazer embaixadas, correr com a bola no pé, é necessário que saiba
coordenar tudo isso no momento da partida.
No caso de uma
conferência, a qualidade do texto (competência do objeto) não é
condição suficiente para que ela atinja os objetivos do
conferencista, é necessário fazer uma boa leitura (competência do
sujeito), considerando as reações da platéia, o ritmo, as pausas,
etc. (competência relacional).
A situação de jogo é
um bom exemplo de competência relacional, pois essa forma sempre se
expressa em um contexto de interdependência. "Não se ganha o
jogo na véspera", como se diz usualmente. Na véspera, há
muitas ações que se podem realizar (treinar, estudar outras
partidas, etc.), mas são as leituras ou interpretações, no momento
do jogo propriamente dito, as tomadas de decisão, as coordenações
entre ataque e defesa que definirão as possibilidades de ganhar ou
perder. Por isso, o jogo é uma boa metáfora para tantas outras
situações que, como ele, depende de competência relacional. A sala
de aula é um bom exemplo disso. Muito se pode e deve fazer
previamente: estudar, preparar e selecionar materiais, escrever o
texto ou definir o esquema a ser seguido. Mas há outros fatores que
só podem e deve ser definidos no momento da aula, em função de
outros que não se podem antecipar, justamente porque são
construídos no jogo das interações entre o professor, seus alunos
e os materiais de ensino. De novo uma salada.
COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS
DE ENSINO
Nome dado aos
diferentes estágios da educação escolar.
A LDB (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação), no seu Art. 21, estabelece a
divisão da educação escolar em dois blocos: a Educação Básica
(que compreende três níveis, a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio) e a Educação Superior. As outras
formas de educação tratadas pela LDB classificam-se como
modalidades, já que podem localizar-se nos diferentes níveis da
educação escolar.
COMUNIDADE DE
APRENDIZAGEM
A sociedade atual vive
transformação social e produtiva marcadas por grandes avanços
tecnológicos e que exigem das pessoas maior formação e
flexibilidade no desenvolvimento de novas competências.
Essa nova realidade tem
sido identificada por muitos autores como constitutiva da Sociedade
de Informação. Diante de tal contexto, a escola torna-se mais
importante do que em tempos anteriores, como espaço de
democratização da sociedade, podendo garantir o acesso à
informação e desenvolver a capacidade de selecioná-la e
utilizá-la, transformando-a em conhecimento.
Segundo Guiomar N.
Mello (2002), há um papel fundamental da escola enquanto espaço
público, solidário e comunicativo, para o qual as tecnologias da
informação e da comunicação (TICS) - bem como os espaços e
práticas de potencialização de interações entre diferentes
sujeitos - são fundamentais enquanto ferramentas de transformação
da escola implica uma transformação social e cultural na escola e
no seu entorno porque envolve mudança de hábitos e atitudes das
famílias, profissionais da educação (incluindo-se professores e
professoras), alunos e alunas e de toda a comunidade em torno da
idéia de construir uma escola onde todas as pessoas aprendam à
comunidade de aprendizagem.
Na escola, tal
transformação envolve a participação de todos os agentes
educativos, por meio de diálogo igualitário, o qual considera que
todas as pessoas, independente de idade, raça, sexo ou nível
escolar pode estabelecer comunicação em busca de construção de
consensos. O importante é que o diálogo busque as formas de superar
os obstáculos à aprendizagem.
CONFLITO ESCOLAR
É uma alternativa
potente e viável para a diminuição da violência escolar. Álvaro
Crispino nos mostra um estudo onde jovens entre 14 e 18 anos apontam
o quanto à escola e a educação povoam o seu imaginário, o quanto
estes ainda vêem na escola e na educação instrumentos importantes
para suas vidas e o quanto a violência na escola os afasta de seus
sonhos ou os amedronta.
Para o autor, a
massificação da educação garantiu o acesso dos alunos, mas por
outro lado, expôs a escola a um contingente de alunos cujo perfil
ela – a escola – não estava preparada para absorver. Antes, o
aluno tinha um tipo padrão, com expectativas padrões, com passados
semelhantes, com sonhos e limites aproximados, os perfis eram muito
próximos. Com a massificação, no mesmo espaço escolar, temos
alunos com diferentes vivências, diferentes expectativas, sonhos,
valores, culturas hábitos [...], mas a escola permaneceu a mesma! É
este conjunto de diferenças o causador de conflitos que, quando não
trabalhados, provocam uma manifestação violenta. Essa é a causa
primordial da violência escolar.
Os problemas novos da
violência escolar no Brasil são um problema antigo em outros países
e para isso são necessárias políticas públicas dirigidas aos
diversos atores. O conflito é a manifestação da ordem em que ele
próprio se produz e da qual se derivam suas conseqüências
principais. O conflito é a manifestação da ordem democrática, que
o garante e o sustenta.
A ordem e o conflito
são resultados da interação entre os seres humanos. A ordem, em
toda sociedade humana, não é outra coisa senão uma normatização
do conflito.
No espaço escolar,
professores e alunos dão valores diferentes à mesma ação e reagem
diferentemente ao mesmo ato: isso é conflito. Como a escola está
acostumada historicamente a lidar com um tipo padrão de aluno, ela
apresenta a regra e requer dos alunos enquadramento automático.
Quanto mais
diversificado for o perfil dos alunos (e dos professores), maior será
a possibilidade de conflito ou de diferença de opinião. E isso numa
comunidade que está treinada para inibir o conflito, pois este é
visto como algo ruim, uma anomalia do controle social. Teoria de
Vygotsky, Teoria de Gagné.
Porém, o mito de que o
conflito é ruim está ruindo. O conflito começa a ser visto como
uma manifestação mais natural e, por conseguinte, é necessários
às relações entre pessoas, grupos sociais, organismos políticos e
Estados.
O conflito é
inevitável e não se devem suprimir seus motivos, até porque ele
possui inúmeras vantagens dificilmente percebidas por aqueles que
vêem nele algo a ser evitado: Ajuda a regular as relações sociais;
ensina a ver o mundo pela perspectiva do outro e permite o
reconhecimento das diferenças, que não são ameaça, mas resultado
natural de uma situação em que há recursos escassos.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Para a pedagogia
contemporânea, não se deve considerar conhecimentos prévios os
conteúdos trabalhados anteriormente pelo docente, a partir de suas
perspectivas e do que ele considera como conhecimentos necessários
visando os conteúdos que pretende trabalhar. Para a concepção
construtivista, a aprendizagem de um novo conteúdo é produto de uma
atividade mental realizada pelo aluno, atividade na qual constrói e
incorpora, à sua estrutura mental, os significados e representações
relativas ao novo conteúdo. Essa construção, não pode ser
realizada a partir do nada.
Aprender passa pela
possibilidade de entrar em contato com um novo conhecimento a partir
de algo que já conhecemos. Esses conhecimentos prévios são os
fundamentos da construção de novos significados. As aprendizagens
serão mais significativas, na medida em que os educandos consigam
estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e o novo
conteúdo. Para César Coll, conhecimento prévio “é a
representação que uma pessoa possui em um determinado momento de
sua história, sobre uma parcela da realidade”.
Os PCNS apontam que “as
crianças trazem de sua experiência pessoal uma série de
conhecimentos relativos ao corpo, ao movimento e à cultura corporal.
A escola deve promover a ampliação desses conhecimentos, permitindo
sua utilização em situações sociais”.
CONSTRUTIVISMO
É uma das correntes
teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se
desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da
inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo
e o meio.
Esta concepção do
conhecimento e da aprendizagem tem como base, principalmente, as
teorias da epistemologia genética de Jean Piaget e da pesquisa
sócio-histórica de Lev Vygotsky, além da teoria sobre a
afetividade de Henri Wallon. Parte da idéia de que o homem não
nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do
meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles
para construir e organizar seu próprio conhecimento, de forma cada
vez mais elaborada.
Nesta concepção, o
conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, em
representar o real tal como ele é, mas numa questão de adaptação
(noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente.
Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas
ações e operações conceituais com base nas suas experiências.
O construtivismo como
corrente pedagógica contemporânea, deriva do escolanovismo de
Dewey, movimento que em seu tempo assumiu uma concepção reformista
e uma atitude transformadora dos processos escolares. Poder-se-ia
dizer, em outras palavras, que o Construtivismo seria, em todo caso,
um elo que se desprendeu desse grande movimento pedagógico, cujas
implicações ideológicas e culturais ainda estão vigentes nas
práticas educativas de nosso tempo.
CONTEXTUALIZAÇÃO
De forma geral, é o
ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua aplicação. A
idéia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino
médio, a partir LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de
1996, que orienta para a compreensão dos conhecimentos para uso
cotidiano. Tem origem nas definições dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (Pcns), que são guias para orientar a escola e os
professores na aplicação do novo modelo. De acordo com esses
documentos, orienta-se para uma organização curricular que, entre
outras coisas, trate os conteúdos de ensino de modo contextualizado,
aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para
dar significado ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e
estimulá-lo a ter autonomia intelectual.
Nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, “contextualizar o
conteúdo que se quer aprendido significa em primeiro lugar assumir
que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto”.
Na escola o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações
originais nas quais acontece sua produção.
Por essa razão quase
sempre o conhecimento escolar se vale de uma transposição didática
para na qual a linguagem joga papel decisivo.
O tratamento
contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para
retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem
trabalhado, permite que ao longo da transposição didática, o
conteúdo do ensino provoque aprendizagens significativas que
mobilizam o aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento
uma relação de reciprocidade.
“A contextualização
evoca por isto áreas, âmbitos ou dimensões presentes na vida
pessoal, social e cultural, e mobiliza competências cognitivas já
adquiridas.”
Porém se percebe que
raras vezes conseguimos, em nossas aulas, contextualizar os conteúdos
escolares, o que provoca o desenvolvimento de aulas nas quais não há
uma dimensão mais ampla do conteúdo, em suas inserções sociais,
culturais, políticas e econômicas. O aluno só se motiva para os
estudos quando o assunto trabalhado desperta o seu interesse, vendo
na aprendizagem a satisfação de sua necessidade de conhecimento.
Uma das críticas ao
ensino tradicional é o fato de não considerar interesses da vida do
aluno, levando esse ao desinteresse pelo que é ensinado em sala de
aula.
Libâneo no seu livro
“Didática (1990) aponta que “ao selecionar os conteúdos da
série em que irá trabalhar, o professor precisa analisar os textos,
verificar como são abordados os assuntos para enriquecê-los com sua
própria contribuição e a dos alunos, comparando o que se afirma
com fatos, problemas, realidades da vivência real dos alunos, Já
Paulo Freire, em Educação como Prática de Liberdade (1974) diz que
“ensinar é uma prática social, uma ação cultural, pois se
concretiza na interação entre professores e alunos, refletindo a
cultura e os contextos sociais a que pertence.”. Se não for assim,
não se trata de contextualização.
Portanto, o novo
currículo vai exigir que “todo conhecimento tenha como ponto de
partida a experiência do estudante, o contexto onde está inserido e
onde ele vai atuar como trabalhador, cidadão, um agente ativo de sua
comunidade”. A contextualização também pode ser entendida como
um tipo de interdisciplinaridade, na medida em que aponta para o
tratamento de certos conteúdos como contexto de outros.
Considerando a ação
pedagógica ou didática, o conceito contextualização significa que
o educador deve relacionar seus objetivos e conteúdos com os vários
níveis de possíveis ligações sociais no universo do aluno e da
instituição de ensino. Neste sentido o trabalho docente deve
objetivar o maior nível possível de interações no interno e
externo da instituição escolar.
CONTRATO DIDÁTICO
O contrato didático é
o conjunto de comportamentos do professor que são esperados pelo
aluno e o conjunto de comportamentos do aluno que são esperados pelo
professor, além do conjunto de comportamentos esperados desses para
com a comunidade escolar e vice versa. São “expectativas”. Esse
contrato é renovado e adaptado por intermédio de alguma forma de
negociação. Trata-se da relação professor/aluno/saber/comunidade
e sofrem influência dos contextos nos quais se estabelecem, ou seja,
de fatores externos.
Pode haver a ruptura
contratual. Isso ocorre quando os indivíduos envolvidos na relação
(professores, alunos e comunidade escolar) manifestam uma conduta não
declarada anteriormente, e dessa forma “rompem o contrato”,
quando se torna necessária uma nova normatização, e, portanto, um
novo contrato é estabelecido.
É interessante
colocarmos, que num primeiro momento, esse contrato, geralmente, é
aceito silenciosamente pelos alunos.
Porém, a adesão pode
ocorrer por meio de negociação. Além disso, devem ser feitas
considerações na relação professor/aluno/saber/comunidade porque
se trata de relações implícitas estabelecidas entre eles,
sobretudo porque estas exercem influência no processo ensino
aprendizagem, propriamente dito. Teoria de Vygotsky.
BOM CANSEI DE REMARCAR
AS IMITAÇÕES DOS TEÓRICOS PELOS NOSSOS IMITADORES PEDAGOGOS. É só
seguirem os destaques que dei no início e que esta na ultima pagina
deste livro.
CURRÍCULO
A palavra vem do latim
e significa percurso, carreira, curso. (...)
Aplicado à educação
o currículo sofre transformações em sua trajetória, tendo
definições diferenciadas nos períodos históricos. O currículo
passa por uma dimensão filosófica, uma dimensão,
sócio-antropológica e uma dimensão psicológica.
Até pouco tempo, falar
de currículo significava falar dos conteúdos socialmente
construídos pela humanidade e transmitidos na escola, de forma
fragmentada. Muitos consideram, até hoje, apenas a grade curricular,
ou seja, a divisão em disciplinas e os conteúdos trabalhados por
elas. O currículo explicitava e hierarquizava os graus escolares e
os critérios de avaliação por mérito ou prestígio. O conceito se
ampliou para adaptar-se às exigências da sociedade contemporânea e
tem a ver com a forma de ensino e os conteúdos trabalhados na busca
do desenvolvimento do raciocínio e, portanto, na busca da autonomia
nas crianças e jovens.
Atualmente o currículo
é visto como um conjunto formado por todas as atividades pedagógicas
realizadas na escola, que além do conteúdo tradicional propedêutico
envolve habilidades e competências que estejam voltadas para
questões valorativas, procedimentais e atitudinais, em todo o âmbito
escolar e não somente na sala de aula.
Não devemos confundir
planejamento com currículo. O planejamento é o ato de organizar na
escola os passos e métodos que serão utilizados para aplicar as
questões curriculares. As questões curriculares são definidas em
Lei, nas diversas Diretrizes Curriculares Nacionais, editadas pela
Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
A definição de
conteúdos não é estabelecida nacionalmente. As escolas devem ter
autonomia curricular, tendo por base os PCNS (Parâmetros
Curriculares Nacionais), mas devendo ser flexível, respeitando-se o
disposto na LDB: 75% da sua composição levando em conta a Base
Nacional Comum e, 25%, perfazendo a Parte Diversificada que deve
respeitar características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e da clientela.
CURRÍCULO EM AÇÃO
Segundo Geraldi (1994),
o currículo em ação é o conjunto de experiências vividas pelos
alunos dentro ou fora da escola, mas sob responsabilidade desta, no
decorrer da trajetória escolar. O currículo em ação mostra
fragmentos marcados pelo massacre dos alunos e pelo tédio, tendo
como referência o livro didático que dá direção ao processo
pedagógico, expropriado do professor, pois segundo o autor, é o
livro didático quem adota o professor e não o contrário.
As aulas são quase
sempre iguais, os alunos ouvem, copiam, fazem exercícios, falam
quando os docentes autorizam, mas normalmente não tem resposta. As
carteiras são enfileiradas e ocorre à separação entre meninos e
meninas, e os docentes reclamam do não cumprimento correto das
ordens, com o fato de não fazer a lição de casa, não responder o
exercício completo, fugir dos limites do tempo estabelecido, falar e
bagunçar quando devem fazer lição, correr quando devem caminhar,
etc.
O padrão de tempo,
atividades, formas de relação, da postura esperada do aluno A
divisão dos alunos fortes e fracos, por componentes e áreas
curriculares, pela separação da escola e do mundo cultural da
criança, hora de copiar e de fazer o copiado, pela separação de
gêneros e pela divisão dos que entram no padrão e dos que resistem
a ele, tudo isso são componentes que ajudam a compor o mosaico do
currículo em ação.
CURRÍCULO OCULTO
Para Michel Apple esse
é um tema central para ser examinado. Ele mostra que no passado se
enfatizava a formação de hábitos e práticas automatizadas e não
conscientes que pouco tinham a ver com o conhecimento trabalhado nas
escolas.
Assim, o currículo
explicito aquilo que se ensina nas escolas, ficava sem exame.
Era como se houvesse
uma espécie de consenso tão sedimentado de que os conhecimentos
escolares eram os conhecimentos da humanidade sobre cada uma das
disciplinas escolares, que não havia por que analisá-los. Apple
mostra que as disciplinas escolares se consolidaram de forma a apagar
um processo central na história de sua constituição: “a tradição
seletiva”.
Aquilo que é definido
como conhecimento escolar, é na verdade, um recorte, uma seleção,
entre a inúmera variedade de conhecimentos produzidos por diferentes
culturas em diferentes períodos históricos. O currículo oculto não
é apenas um fenômeno presente na geração de comportamentos, mas
também na reprodução tão questionada de conhecimentos escolares
declarados como universalmente válidos e neutros.
Aquilo que a escola
chama de conhecimento é na verdade um recorte, que se estabeleceu
como oficial, relegando as outras formas de conhecimento à
periferia. As outras formas de conhecimento são chamadas
pejorativamente de “folclore”, ou “saber popular”. É crucial
atentar para as dinâmicas que reduzem os horizontes dos alunos ao
tratar conhecimentos como neutros.
Segundo Tomás Tadeu da
Silva "O currículo oculto é constituído por todos aqueles
aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo
oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para
aprendizagens sociais relevantes (...) o que se aprende no currículo
oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e
orientações...”.
DIALÉTICA
Dialética era, na
Grécia antiga, a arte do diálogo. Aos poucos, passou a ser a arte
de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação
capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na
discussão.
Na acepção moderna,
entretanto, dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos
as contradições da realidade, o modo de compreendemos a realidade
como essencialmente contraditórias em permanente transformação.
O conceito de dialética
é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com
cada uma, assume um significado distinto.
Para Platão, a
dialética é sinônima de filosofia, o método mais eficaz de
aproximação entre as idéias particulares e as idéias universais
ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele
teria aprendido com Sócrates (470 a.C. – 99 a.C.).
Platão considera que
apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o
verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao
mundo das idéias. Pela decomposição e investigação racional de
um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada,
num processo infinito que busca a verdade.
Aristóteles define a
dialética como a lógica do provável, do processo racional que não
pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a
todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o
filósofo.
Kant retoma a noção
aristotélica quando define a dialética como a "lógica da
aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão, pois se
baseia em princípios que são subjetivos.
O método dialético
possui várias definições, tal como a hegeliana e a marxista entre
outras.
Para alguns, ela
consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se
baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou
opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem
relações de causa e efeito entre os fatos (ex: a radiação solar
provoca a evaporação da água, esta contribui para a formação de
nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca
elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma
nova situação decorrente desse conflito.
DIALOGICIDADE
Segundo Paulo Freire,
ela está em permitir aos alunos agir e refletir sobre a ação
pedagógica realizada, diferente de um refletir exclusivo da mente do
professor. Aí se chega à práxis, ou a "teoria do fazer",
com ação e reflexão simultâneas, em reciprocidade.
O diálogo ganha
importância ao permitir a liberdade de expressão, ao conceder aos
participantes do processo de ensino e aprendizagem o controle da
ação. Dialogar para refletir, dizer para construir seu
entendimento. Não há como questionar sem diálogo, pois monólogo
significa imposição do conhecimento. Dialogar significa expor-se em
público, combater a imposição de conteúdos e ajustar
coletivamente a compreensão dialética do conhecimento
problematizado, por novas vias de esclarecimento.
DISLEXIA
Segundo a Associação
Brasileira de Dislexia, a dislexia é um dos muitos distúrbios de
linguagem, de origem neurológica, caracterizado pela dificuldade de
decodificar palavras simples.
A dislexia não é uma
doença, e por isso não podemos falar em cura. Ela é congênita e
hereditária, sua sintomas podem ser identificados desde a
pré-escola, e podem ser aliviados e contornados com acompanhamento
adequado.
Há dados que mostram
diferenças entre os dois hemisférios cerebrais dos disléxicos e
alteração do lado direito do cérebro, justificando o
desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão
para as artes, do raciocínio que dá preferência ao todo, da
subjetividade, e das qualidades que são características do
hemisfério direito.
É o distúrbio de
maior incidência nas salas de aula. Ao contrário do que muitos
pensam a dislexia não é o resultado de má alfabetização,
desatenção, desmotivação, condição sócio econômico ou baixa
inteligência.
Os alunos que possuem
dislexia, assim como outros distúrbios de linguagem, são
considerados com necessidades educacionais especiais e, segundo a
LDB, devem ser inseridos, preferencialmente, no sistema regular de
ensino. Como é uma dificuldade de aprendizagem perceptual, pode ser
de natureza mais visual, auditiva ou mista. É dividida em três
graus: leve, moderado e severo.
Como é uma síndrome
geralmente detectada na infância, o papel do professor é muito
importante, principalmente na fase da alfabetização. Perceber algo
errado com o aluno é essencial para evitar traumas futuros.
A dislexia sempre se
caracteriza como um distúrbio da organização das funções
cerebrais, que se desenvolvem desde o nascimento e que são
necessárias no momento da aprendizagem da leitura. Porém, ao
contrário do que se possa pensar, não tem a ver com o nível
mental.
As dificuldades de
aprendizagem relacionadas com a linguagem podem ser inicialmente
diagnosticadas pelo professor a partir de algumas observações, como
observar, por exemplo, se a criança fica excessivamente tensa ao
ler, se segue à linha com o dedo, se a leitura silenciosa é mais
rápida que a oral, se movimenta a cabeça ao longo da linha, se
movimenta os lábios ou murmura ao ler, se é dispersa, tem atraso no
desenvolvimento da fala e da linguagem, se tem falta de interesse por
livros impressos.
A reeducação
consiste, sobretudo, em exercícios e treinamento adequados das
funções necessárias à leitura, que estão imaturas, assim, como
esquema corporal, orientação espacial, percepção e uma revisão
da alfabetização feita de maneira a fixar definitivamente os
elementos onde se encontrem as maiores dificuldades.
DISCALCULIA
Discalculia é a
incapacidade de compreender o mecanismo do cálculo e a solução de
problemas. Porém, não é qualquer dificuldade para aprender
matemática que pode ser considerada discalculia.
O que geralmente ocorre
é a exigência, principalmente nas séries iniciais, de a criança
ir mais além do que consiga operar, o que pode gerar um distúrbio
neurológico decorrente de uma falha na formação dos circuitos
neuronais por onde passam os impulsos nervosos.
Podemos perceber a
discalculia, segundo Andréa Mafra (2005) "quando há um retardo
no aprendizado das relações de tamanho (menor e maior),
contigüidade espacial, identificação dos dedos e, mais tarde, se
expressa através da dificuldade nas funções de pareamento,
reversibilidade e compreensão das quantidades e dos signos visuais
(números)".
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Nome dado ao processo
de integração dos portadores de necessidades especiais ou de
distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus
graus. A idéia da educação inclusiva tem base no princípio da
inclusão social, tendo em vista a equiparação de oportunidades e,
conseqüentemente, uma sociedade para todos.
O processo de inclusão
envolve não só o acesso dos alunos especiais às classes comuns
como também o fornecimento de suporte técnico e serviços na área
de educação especial através dos seus profissionais.
A opção pela educação
inclusiva partiu de um consenso geral entre os que trabalham no campo
educacional. Que resultou em documentos produzidos em grandes
congressos internacionais patrocinados pela Unesco (Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e cujo teor
tentava estabelecer os fundamentos de uma nova política educacional
mundial, menos excludente e mais inclusiva. Os principais documentos
mundiais que visam à inclusão social são a Convenção de Direitos
da Criança (1988), a Declaração Mundial de Educação para Todos
(1990) e, em especial, a Declaração de Salamanca (1994).
A tendência mundial
que consolidou a educação inclusiva tem sido atribuída aos
movimentos de direitos humanos e de desinstitucionalização
manicomial que surgiram a partir das décadas de 60 e 70.
EDUCAÇÃO PROPEDÊUTICA
Em geral, refere-se a
uma educação iniciadora para uma especialização posterior. Como
característica principal, temos uma preparação geral básica capaz
de permitir o desdobramento posterior de uma área de conhecimento ou
estudo.
EMPIRISMO
Teoria segundo a qual
todo conhecimento provém da observação e da experiência. Algo é
"empírico" quando a sua veracidade ou falsidade pode ser
verificada tendo como referência os fatos que a experiência
revelou. Assim sendo, "empírico" é aquilo que se baseia
exclusivamente pela experiência, baseada não na teoria, mas sim, em
fatos ocorridos. Na ciência, o empirismo deve suas bases modernas a
John Locke e David Hume, e como método científico defende que as
teorias devem ser baseadas na observação (investigação empírica)
e no raciocínio dedutivo.
Locke argumentou que a
mente seria, originalmente, um "quadro em branco" (tabula
rasa), sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a
sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o fazem sem saber
de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento
algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido
pela experiência, pela tentativa e erro.
Historicamente, o
empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo, segundo a
qual o homem nasceria com certas idéias inatas, as quais iriam
"aflorando" à consciência e constituiriam as verdades
acerca do Universo. A partir dessas idéias, o homem poderia entender
os fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O
conhecimento da verdade, portanto, independeria dos sentidos físicos.
ENEM (Exame Nacional do
Ensino Médio)
Avaliação criada pelo
Ministério da Educação (MEC) em 1998 com a proposta de analisar as
competências e habilidades fundamentais dos alunos do Ensino Médio
para a inserção social e o exercício da cidadania, tirando do
centro das atenções às disciplinas escolares. A criação do Enem
encontra-se no contexto da reforma do Ensino Médio, prevista na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, que
introduziu importantes mudanças na educação brasileira.
A prova do Enem
geralmente é composta por questões de múltipla escolha e uma
redação dissertativa elaborada a partir de um tema de ordem social,
cultural ou política. Os participantes recebem o Boletim Individual
de Resultados, pelos Correios, com duas notas: uma para a parte
objetiva e outra para a redação e, também, uma interpretação dos
resultados obtidos para cada uma das cinco competências avaliadas
nas duas partes da prova. Muitas universidades brasileiras utilizam
os resultados do Enem nos seus processos de seleção. Os métodos de
uso podem variar: algumas reservam vagas aos participantes que
obtiverem média maior ou igual à determinada nota; outras
acrescentam pontos à primeira ou à segunda fase de seus
vestibulares, e outras ainda substituem a nota do vestibular pela do
Enem.
A idéia do Enem é
também servir de referência para o professor implementar a reforma
do Ensino Médio em sala de aula, desenvolvendo os conteúdos de
forma contextualizada e interdisciplinar.
EQUIDADE
Consiste na adaptação
da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios
de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta
a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa, levando
em conta a moral social e o regime político vigente. Não é o mesmo
que igualdade. A equidade requer o reconhecimento das diferenças. O
tratamento não deve ser igual para todas, as diferenças devem ser
consideradas e compensadas, de acordo com esse conceito, o direito ao
acesso aos conhecimentos deve ser igual para todos, mas o tratamento
deve ser diferente porque as pessoas são diferentes.
EPISTEMOLOGIA
A expressão
"epistemologia" deriva das palavras gregas "episteme",
que significa "ciência", e "logia" que significa
"estudo", podendo ser definida em sua etimologia como "o
estudo da ciência".
Epistemologia ou teoria
do conhecimento é o estudo ou tratado do conhecimento da ciência,
ou ainda, o estudo filosófico da origem, natureza e limites do
conhecimento. O desafio da "epistemologia" é responder "o
que é" e "como" alcançamos o conhecimento. Diante
dessas questões da epistemologia surgem duas posições:
O empirismo, para o
qual o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que
for apreendido pelos sentidos e o racionalismo, que prega que as
fontes do conhecimento se encontram na razão, e não na experiência.
ERGONOMIA COGNITIVA
A ergonomia, aplicada
aos estudos no campo da educação, interessa-se pela investigação
da dinâmica que considera o sujeito, a atividade e o contexto como
um todo. De modo mais específico, trata-se de um ponto de vista
centrado no desenvolvimento dos conhecimentos em contexto.
Nessa perspectiva, o
ensino é uma "situação situada", ou seja, uma atividade
complexa cujo objetivo é a adaptação a uma situação.
Consequentemente, não se pode descrever analisar, compreender esta
atividade sem descrever, analisar e compreender a situação.
Portanto, é conveniente considerar simultaneamente os limites da
situação de ensino e as características dessa atividade
profissional, tendo em vista a análise do saber-ensinar.
Os dois pólos –
atividade e situação – são inseparáveis. As regras da situação
impõem uma organização à atividade dos docentes que, ao mesmo
tempo, selecionam e definem as regras às quais eles respondem. Este
duplo controle do sujeito (ator) sobre seu contexto e do contexto
sobre a atividade do ator é polimorfo (assume diversas formas) e
complexo. Trata-se de uma interação regulada segundo diversas
modalidades, das mais diretas (quando o contexto provoca e controla
diretamente alguns componentes da atividade do ensino), às mais
indiretas (quando a ação resulta de uma deliberação mental).
Esta interação pode
corresponder a uma adaptação (ou seja, é no interior da ação que
este duplo movimento de controle se opera), ou a uma diferenciação
(uma atividade antecipadora de um lado, e retroativa de outro lado,
que permite um enquadramento antecipador e metacognitivo da mesma). A
análise ergonômica se esforça para levar em conta estas duas
vertentes e integrá-las em um quadro analítico geral.
ESCOLA ABERTA
Trata-se de abrir a
escola com projetos esportivos e culturais abrangendo alunos,
professores e comunidade. Esse projeto determina o passo gigantesco
em busca dos saberes educacionais futuros, pois encontram uma boa
relação entre as partes, a valorização humana e a compreensão da
importância educacional e utiliza o espaço existente e disponível
para uma estreita relação entre inteligência e afetividade.
Segundo Morin, a
"Escola de portas abertas" fortalece e introduz, aleatória
e intencionalmente, o estabelecimento da capacidade de reagir
emocionalmente, porque "em um estágio superior da razão
dominante da emoção, propõe um eixo intelecto/afeto que de certa
forma introduz a capacidade de emoções indispensáveis aos
restabelecimentos racionais".
A necessidade da
integração, sociedade e escola nos impõem à preocupação de
fazer do ambiente educacional a parte integrante e necessária da
educação moderna e participativa.
ESCOLA APRENDENTE
É a escola que também
aprende que comunga da concepção de que o conhecimento não é
apenas o historicamente acumulado. É aquela que considera o seu
aluno como portador de conhecimentos. A escola deixa de ser
instituição que simplesmente ensina e passa a ser aquela que também
aprende a ensinar.
ESCOLA NOVA
Jonh Dewey foi o
precursor teórico da Escola Nova, um observador das relações entre
educação e produção e entre educação e sociedade. O "learning
by doing" (aprender fazendo) é o centro da unidade de instrução
e trabalho. Dewey foi um transformador da escola, e não da
sociedade; ele tenta adequar a escola à vida produtiva real, ou
seja, à sociedade e aos avanços capitalistas.
Exalta o tema da
espontaneidade da criança, da necessidade de aderir à evolução de
sua psique, solicitando a educação sensório-motora e intelectual
através de formas adequadas.
O jogo, a livre
atividade, o desenvolvimento afetivo, a socialização e o trabalho
são elementos educativos sempre presentes: é por isso que depois
foram chamadas de ativas. São escolas nos campos, no meio dos
bosques, equipadas com instrumentos de laboratório, baseadas no
auto-governo e na cooperação, onde se procura ao máximo respeitar
e estimular a personalidade da criança.
Portanto, o
conhecimento da psicologia infantil e da psicologia da idade
evolutiva, tanto da criança individual como da infância e da
adolescência em geral, são temas essenciais do escolanovismo.
O trabalho, nas
escolas, com essa orientação pedagógica, não se relaciona tanto
ao desenvolvimento industrial, mas ao desenvolvimento da criança:
não é preparação profissional, mas de elemento de moralidade
didática. Os representantes desta tendência são críticos radicais
da escola e da educação tradicionais. Alguns autores consideram a
Escola Nova, precursor do construtivismo.
ESTÉTICA DA
SENSIBILIDADE
Em conjunto com a Ética
da Identidade e a Política da Igualdade, são, segundo as Diretrizes
Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e
implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma,
os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a
Constituição e a LDB, deve articular-se com a sensibilidade, a
igualdade e a identidade, de maneira complementar.
Guiomar Namo de Mello,
nas Diretrizes, afirma que “a estética da sensibilidade vem
substituir a da repetição e padronização, hegemônica na era das
revoluções industriais. Ela estimula à criatividade, o espírito
inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para
facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a
inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente.
(…), valoriza a leveza, a delicadeza e a sutileza(...), realiza um
esforço permanente para devolver ao âmbito do trabalho e da
produção, a criação e a beleza daí banalizados pela moralidade
industrial taylorista. (...) procura não limitar o lúdico a espaços
e tempos exclusivos, mas integrar diversão, alegria e senso de humor
as dimensões de vida, muitas vezes consideradas afetivamente
austeras como a escola, o trabalho, os deveres, a rotina cotidiana
(...), transformar o uso do tempo livre num exercício produtivo
porque criador (…) e que aprendam a fazer do prazer, do
entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade
responsável.
Ela facilitará o
reconhecimento e valorização da diversidade cultural brasileira e
das formas de perceber e expressar a realidade própria dos gêneros,
das etnias, e das muitas regiões e grupos sociais do país.
É um substrato
indispensável para uma pedagogia que se quer ser brasileira,
portadora da riqueza de cores, sons e sabores deste país, aberta à
diversidade dos nossos alunos e professores, mas que não abdica da
responsabilidade de constituir cidadania para um mundo que se
globaliza e de dar significado universal aos conteúdos da
aprendizagem”.
ÉTICA DA IDENTIDADE
Em conjunto com a
Política da Igualdade e a Estética da Sensibilidade são, segundo
as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de
formulação e implementação das políticas públicas educacionais.
Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram
a Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a
igualdade e a identidade, de maneira complementar.
Guiomar Namo de Mello,
nas Diretrizes, afirma que “a Ética da Identidade substitui a
moralidade dos valores abstratos da era industrialista e busca a
finalidade ambiciosa de reconciliar no coração humano aquilo que o
dividiu desde os primórdios da idade moderna: o mundo da moral e o
mundo da matéria, o privado e o público, enfim a contradição
expressa pela divisão entre a”igreja” e o”estado”. Essa
ética se constitui a partir da estética e da política e não por
negação delas. (…).
Reconhece que a
educação é um processo de construção de identidades. Educar sob
a inspiração da ética não é transmitir valores morais, mas criar
as condições para que as identidades se constituam pelo
desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito a
igualdade a fim de que orientem suas condutas por valores que
respondam as exigências do seu tempo. ”(...) Ela é expressa por
“um permanente reconhecimento da identidade própria e do outro. No
reconhecimento reside talvez a grande responsabilidade da escola como
lugar de conviver e, na escola, do adulto educador, para a formação
da identidade das futuras gerações.” (…).
“Tem como fim mais
importante a autonomia, constituindo identidades mais aptas a
incorporar a responsabilidade e a solidariedade. Neste sentido, a
ética da identidade supõe uma racionalidade diferente daquela que
preside a dos valores abstratos, porque visa formar pessoas
solidárias e responsáveis por serem autônomas”.
ETIMOLOGIA
É a parte da gramática
que trata da história ou origem das palavras e da explicação do
significado de palavras através da análise dos elementos que as
constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos
vocábulos e das regras de sua evolução histórica.
Algumas palavras
derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as
palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e
comparações com outras línguas, os etimologistas tentam
reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma
língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se
modificaram.
Os etimologistas também
tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas
demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa
ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se
aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo,
foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por
todo o caminho de volta até a origem.
FLEXIBILIDADE
É um dos conceitos
chave da Pedagogia Contemporânea e está relacionada com a
preparação para o mundo do trabalho. No início do século XX, o
mundo do trabalho estava organizado de acordo com os preceitos do
FORDISMO e do TAYLORISMO. Nele, as funções de cada trabalhador eram
definidas de maneira cartesiana. Cada um era responsável por uma
parte e no final, se tinha o produto completo. Não era necessário
dominar o processo de produção, bastava saber executar a sua parte.
A escola, por sua vez, tinha a função de preparar esses
trabalhadores, daí a fragmentação curricular, o foco nas
disciplinas e no professor como centro da transmissão dos conteúdos.
Com a reestruturação
produtiva e a necessidade do domínio do avanço científico e
tecnológico da produção moderna, o mundo do trabalho exige a
flexibilização da prática laborativa. Guiomar Namo de Mello afirma
que “as transformações aceleradas do processo produtivo, as novas
exigências da cidadania moderna, a revolução da informática e dos
meios de comunicação de massa, a necessidade de se redescobrir e
revalorizar a ética nas relações sociais – enfim, as
possibilidades e impasses deste final de século, colocam a educação
diante de uma agenda exigente e desafiadora...” e dessa forma “
uma grande margem de flexibilidade poderia também ser aberta às
escolas que quisessem, por exemplo, organizar atividades curriculares
diferenciadas, programas de iniciação profissional, experiências
culturais e artísticas, e outras atividades...” ( Cidadania e
Competitividade – 1983 - p. 33 e 145 ), atendendo, dessa forma, a
flexibilização do mundo do trabalho.
FORDISMO/TAYLORISMO
Em 1911, o engenheiro
estadunidense Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da
administração científica”, propondo uma intensificação da
divisão do trabalho. Ou seja, fracionar as etapas do processo
produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas
ultra-especializadas e repetitivas, diferenciando o trabalho
intelectual do trabalho manual, fazendo um controle sobre o tempo
gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização,
para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o
trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios
como incentivos.
O norte-americano Henry
Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor
Company”, o taylorismo. Posteriormente, ele inovou com o processo
do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em
organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais,
controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os
transportes, a formação da mão- de - obra. Ele adotou três
princípios básicos:
Princípio de
Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego
imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação
do produto no mercado, do estoque, da matéria-prima em
transformação.
Princípio de
Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo
período (produtividade) por meio da especialização e da linha de
montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.
FORMAÇÃO CONTINUADA
Expressão entendida no
sentido de uma formação complementar, como atualização de
conhecimentos, como resignificação de metas e padrões que foram
superados pelas novas tecnologias e pelos relacionamentos no mundo do
trabalho e na comunicação cultural.
A noção de formação
continuada liga-se à percepção da aceleração das mudanças
sociais e técnico-científicas, que se constituem como os novos
desafios da modernidade. Essa formação considera que a educação
escolar e a formação superior devem conviver com cenários que se
distanciam dos tradicionais padrões de conhecimento definidos e
estabelecidos como patrimônios universais. O objetivo é adequar os
modelos de formação a esse tempo de constante emergência de novas
demandas, afinal não se poderia mais admitir a formação de
competências estáveis.
A idéia de formação
continuada entrou em evidência no Brasil principalmente a partir da
LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, que na
orientação de uma política para o magistério, busca a valorização
do profissional da educação escolar.
Há uma série de
disposições na LDB sobre os profissionais da educação, incluindo
a orientação no que se refere os três campos específicos de
formação: a inicial, a pedagógica e a continuada. Dessa forma, a
formação inicial deveria contemplar o atendimento à formação de
professores para as séries terminais do ensino fundamental e para o
ensino médio; a formação pedagógica deveria atender os
"portadores de diplomas de educação superior que queiram se
dedicar à educação básica"; e a formação continuada
deveria atender aos profissionais de educação dos diversos níveis,
aí incluindo também os de nível superior.
A formação continuada
é considerada pela LDB direito de todos os profissionais que
trabalham em qualquer estabelecimento de ensino, uma vez que não só
ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na
qualificação e na competência dos profissionais. Mas também
propicia o desenvolvimento dos professores articulados com estes
estabelecimentos e seus projetos.
FORMAÇÃO DOCENTE NA
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
De acordo com Delors,
nas orientações da Comissão Internacional sobre Educação para o
Século XXI, feitas para a UNESCO, a educação ao longo de toda a
vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Nesse mesmo sentido,
Dewey (1989) afirma que "se não se compreende o que se aprende,
não há uma boa aprendizagem". Uma das idéias que dá sentido
à palavra compreensão é aquela que relaciona aprendizagem com
vida. Todos os processos de aprendizagem, englobados, levam as
pessoas, desde a infância até o fim da vida, a um conhecimento
dinâmico do mundo, dos outros e de si mesmas, combinando, de maneira
flexível, os quatro pilares citados. A educação é um todo, que
deve ser considerada em sua plenitude. Os primeiros conhecimentos são
enriquecidos e aprofundados, para que as pessoas possam adaptar-se a
um mundo de mudanças.
A competência do
professor, nessa perspectiva, está em saber se desempenhar em
situações complexas, embora uma determinada rotinização do
comportamento profissional simplifique tudo isso, de modo que o que
parece complexo e dificilmente governável desde esquemas conscientes
de atuação profissional se torna fácil e quase automático ou
“rotineiro’ para o professor”.
“A competência dos
professores tem a ver muito mais com sua capacidade para prever,
reagir e dar soluções às situações pelas quais transcorre seu
fazer profissional num campo institucionalizado”.
Sua competência
profissional se expressa melhor no como enfrenta as situações que
lhe são dadas. Trata-se de ver mais a originalidade no modelar
pessoalmente as situações que lhe são dadas prefiguradas ou ver
como se choca com elas, driblando os limites impostos ou adotando uma
posição de submissão. Diante dessas afirmações, deduzimos que o
desenvolvimento docente é contínuo e ocorre ao longo da vida. A
formação inicial não é a única responsável pelo processo de
formação profissional, devendo desenvolver-se acompanhando as
transformações da sociedade contemporânea.
FRACASSO ESCOLAR
O fracasso escolar
caracteriza-se por repetências sucessivas, evasão escolar e
dificuldade de aprendizagem de diferentes ordens. A expressão está
relacionada, em geral, ao aluno que não aprende e não realiza
nenhuma das funções sociais da educação, acusando o fracasso
desta e, ao mesmo tempo, sucumbindo a esse fracasso, conforme
definido pela psicopedagoga argentina Sara Pain.
Para ela, existem dois
tipos de fracasso escolar. O primeiro tipo é aquele fracasso das
crianças, vindas de famílias pauperizadas, que não aprendem porque
já chegam prejudicadas à escola.
Seja porque não têm o
vocabulário exigido por essa escola, ou não convivem com um
ambiente letrado em casa, ou ainda porque não possuem os materiais
mais simples, como um caderno ou um lápis. O segundo tipo é o
fracasso mais pontual, aquele das crianças que não se adaptam ao
sistema escolar por problemas orgânicos, corporais ou emocionais.
Este é que deve ser objeto de tratamento clínico da psicopedagogia.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática
da escola realiza-se quando existe a participação dos profissionais
da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; da
participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
ou equivalentes. Além da participação dos profissionais da
educação e comunidade, para a efetivação da Gestão Democrática
da escola, o poder público deve incentivar progressivamente a
autonomia pedagógica e administrativa de gestão financeira.
HABILIDADES
As
competências/habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem
domínio de conhecimentos. Habilidades se ligam a atributos
relacionados não apenas ao saber-conhecer, mas ao saber-fazer,
saber-conviver e ao saber-ser. De acordo com Vasco Moretto, "as
habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou
mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar
variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações,
analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e
manipular são exemplos de habilidades”. Nesse sentido, o aluno, ao
invés de decorar conteúdos, exercitará habilidades, e através
delas, adquirirá competências.
Caberia então aos
professores mediar à construção do processo de conceituação a
ser apropriado pelos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e
desenvolvendo condições para que eles participem da nova sociedade
do conhecimento.
INDISCIPLINA
A indisciplina é
sempre um tema polêmico a ser discutido, porém é um problema
presente e constante nas escolas.
A imagem da escola na
atualidade está ameaçada, podemos afirmar até que ela está
passando por uma grande crise, pois seus moldes não se transformaram
seguindo o ritmo da transformação da sociedade. A sociedade de hoje
não se comporta como a sociedade do início do século passado.
Entretanto a escola perdura com uma estrutura similar a daquela
época.
Nesse sentido, o
fenômeno da indisciplina pode ser relacionado intrinsecamente com o
problema que a própria estrutura da escola apresenta, e que seus
alunos através de comportamentos indisciplinares refletem essa
"deficiência" ou "ineficiência" da escola.
A indisciplina escolar
indica que existe uma recusa desse novo sujeito histórico, que a
sociedade atual produziu, em relação às práticas arraigadas no
cotidiano escolar. A indisciplina é uma tentativa de apropriação
da escola de outra maneira, mais aberta, mais fluida, mais
democrática diferente da escola de antigamente e que a escola atual
ainda se configura nesses moldes (AQUINO, 1998).
Contudo, a indisciplina
sempre é remetida a fatores individuais dos alunos caracterizando-os
como: alunos desrespeitadores, alunos sem limites, alunos
desinteressados, de maneira geral os "alunos - problema" da
escola. Mas o fato do profissional da educação taxar seus alunos
dessa maneira pode ser considerado, de acordo com Aquino (1998), como
um "equívoco ético" já que a disciplina não é
requisito para a ação pedagógica, e sim um dos produtos ou efeitos
do trabalho cotidiano na sala de aula. É como se um médico dissesse
que o principal problema de sua profissão é o surgimento de novas
doenças, ou seja, o fato do aluno estar desinteressado, não ter
limites ou ainda ser desrespeitador é um complicador sim! Mas não é
um impedimento para o trabalho do professor.
Portanto, o professor
não deve abandonar sua função justificando que os alunos não dão
conta de aprender ou não dão conta de se comportar e entrar nos
padrões exigidos para se estar na escola, ou ainda que possuam
problemas, mas deve transformar suas ações buscando novas formas de
atuação para tornar essa função altamente atrativa para seus
alunos, eis o desafio de ser professor.
INTELIGÊNCIAS
MÚLTIPLAS
De acordo com Howard
Gardner a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio
lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Há
outros tipos de inteligência, a musical, a espacial, a interpessoal,
a intrapessoal, a corporal, a lingüística, a naturalista e a
existencial, o que torna a inteligência múltipla. Antigamente, os
testes de Q.I. apontavam que aqueles que dominavam às habilidades
lógico-matemática eram considerados inteligentes para tudo.
O mesmo valia para
aqueles cujos testes indicavam serem médios ou fracos. Dizia-se que
a inteligência era determinada pela genética.
Gardner afirma que as
inteligências são desenvolvidas de forma diferente pelos seres
humanos, tendo seu grau de individualidade. O pesquisador enfatiza a
idéia de individualização, pela qual os educadores devem conhecer
cada um dos seus alunos, e saber como trabalhar com seus aspectos
individuais e atuar para que eles aprendam, ao mesmo tempo, enfatiza
a ideia de pluralização, onde insiste na necessidade de enfocar o
ensino de várias maneiras: debates, jogos, filmes, exercícios
práticos, etc.
INTERDISCIPLINARIDADE
Termo que se refere a
olhar/estudar os saberes na complexidade em que estes se estruturam
para perceber seus vários aspectos. Em relação ao currículo
escolar, é a forma contrária àquela de planejar com base no
conhecimento fragmentado em disciplinas que, aparentemente, não têm
qualquer relação entre si.
Tendo como perspectiva
a articulação interativa entre as diversas disciplinas no sentido
de enriquecê-las através de relações dialógicas entre os métodos
e conteúdos que as constituem. A interdisciplinaridade parte da
idéia de que a especialização sem limites das disciplinas
científicas culminou numa fragmentação crescente do conhecimento.
Dessa forma, pela
interdisciplinaridade há um movimento constante que inclui a
integração entre as disciplinas, mas a ultrapassa - o grupo é mais
que a simples soma de seus membros. Supõe troca de experiências e
reciprocidade entre disciplinas e áreas do conhecimento.
O que se busca com tal
maneira de lidar com o conhecimento é relacionar os conteúdos das
várias disciplinas para compreender cada assunto ou fenômeno, na
sua totalidade. Mas a interdisciplinaridade não é apenas integração
de conteúdos, mais que isso, ela permite sempre a criação e a
recriação de pontos para discussão, e já a integração, trabalha
sempre com os mesmos pontos sem permitir o levantamento de novas
questões. Também não é a interdisciplinaridade apenas um
amontoado de assuntos de várias disciplinas sem um planejamento
prévio que permite a contextualização do trabalho a ser
desenvolvido.
A interdisciplinaridade
está se concretizando, na maioria das vezes, através de projetos
planejados e realizados por uma equipe de professores em torno de uma
questão-problema, que contextualiza e faz a relação entre as aulas
de todos os professores que trabalham essa questão. É uma estrutura
de organização do processo ensino aprendizagem em que o
conhecimento e as ciências como tal devem ser trabalhados de forma
integrada em suas derivações e dependências. O fundamento desta
estrutura é que o conhecimento em sua totalidade não acontece de
forma isolada pelas classificações científicas feitas pelo
racionalismo e sim estão interdependentes e conectados.
INSTITUIÇÕES DE
ENSINO
São estruturas sociais
voltadas para a educação. O sistema educacional brasileiro, de
acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996,
admite o princípio da "coexistência de instituições públicas
e privadas de ensino". Dessa forma, o ensino é livre à
iniciativa privada, atendidas determinadas condições, como o
"cumprimento das normas gerais da educação nacional e do
respectivo sistema de ensino" e a "autorização de
funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público".
Mas continua obrigatório.
A LDB delimita a
natureza das instituições de ensino ao classificá-las em duas
categorias administrativas: As públicas, "assim entendidas as
criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público"
e as privadas, que constituem as "mantidas e administradas por
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado". As
instituições privadas se enquadram em "particulares em sentido
estrito", comunitárias, confessionais e filantrópicas.
A LDB orienta para a
"capacidade de autofinanciamento" da iniciativa privada,
assegurando o princípio da "gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais". Ao mesmo tempo, definiu que os
recursos públicos seriam "destinados à escola pública,
podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais e
filantrópicas" em forma de bolsa, em casos especiais como
insuficiência de recursos e falta de vagas ou cursos regulares na
rede pública.
LIDERANÇA RESPONSÁVEL
A Pedagogia das
Competências adjetiva alguns conceitos, desse modo, um líder deve
ter responsabilidade com o Projeto Pedagógico da Escola. Em geral,
mas não necessariamente, o líder será o gestor. Ele será capaz de
definir metas e motivar todo o grupo para alcançá-las, não se
limita à burocracia e está preocupado com o sucesso pedagógico,
estabelecendo uma atmosfera de colaboração e solidariedade,
atendendo as demandas da comunidade escolar.
O líder responsável
não pode ser aquela pessoa que só aparece para dar ordens e ditar
as regras. Ele é capaz de apurar as necessidades da escola, ouvindo
e observando aqueles que estão à sua volta, discutindo com todos e
envolvendo a equipe, traçando metas reais, tendo a gestão
participativa e democrática como princípio para melhorar a
qualidade de ensino.
METAFÍSICA
Parte da filosofia que
busca o princípio e as causas fundamentais de tudo, tratando de
questões que, em geral, não podem ser confirmadas pela experiência
direta. Constitui a filosofia primeira, o ponto de partida do sistema
filosófico. O termo surge por volta de 50a.C., quando Andronico de
Rodes, ao organizar a obra de Aristóteles, dá o nome de ta metà ta
physiká ao conjunto de textos que se seguiam aos da física ("metà"
quer dizer além).
Historicamente, a
palavra passa a significar tudo o que transcende à física, porque
nesses estudos Aristóteles examina a natureza do ser em geral e não
de suas formas particulares, postulando a idéia de deus como
substância fundamental. As bases do pensamento de Aristóteles podem
ser encontradas no platonismo. Para Platão, a filosofia é a única
ciência capaz de atingir o verdadeiro conhecimento. Na Idade Média,
a metafísica confunde-se com a teologia.
Tomás de Aquino afirma
que a metafísica estuda a causa primeira, e, como a causa primeira é
Deus, ele é o objeto da metafísica. Na Idade Moderna a experiência
passa a ser extremamente valorizada e a metafísica deixa de ser
considerada a base do conhecimento filosófico. David Hume diz que o
homem está completamente submetido aos sentidos, portanto não pode
criar idéias, e não é possível formular nenhuma teoria geral da
realidade. Para ele, ciência alguma é capaz de atingir a verdade,
seus conhecimentos são sempre probabilidades.
No século XVIII,
Immanuel Kant afirma que o domínio da razão e o rigor científico
podem recriar a metafísica como conjunta dos conhecimentos dados
apenas pela razão, sem utilizar os dados da experiência. Nesse
sentido, a metafísica para Kant reduz-se ao estudo das condições e
limites do conhecimento. No século XIX, o positivismo de Auguste
Comte afirma que a metafísica como ciência está superada.
Segundo ele, a história
da humanidade (e, por analogia, o conhecimento humano) passa por três
períodos: o teológico, o metafísico e o positivo, ou científico,
sendo que este último é superior aos anteriores. No século XX,
Martin Heidegger faz uma revisão da história da metafísica e
sustenta que ela confunde o estudo do ser, o verdadeiro objeto da
filosofia, com outros temas, como a ideia, a natureza e a razão.
MODALIDADES DE ENSINO
Classificação dada
pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), de 1996,
a determinadas formas de organização que podem localizar-se nos
diferentes níveis da Educação Básica.
São modalidades de
ensino: Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional,
Educação Especial, Educação Escolar Indígena e a Educação para
as questões relacionadas à África e aos Afros descendentes. Em
geral, entende-se por modalidades todas as formas de trabalho
educacional que não são definidas como níveis. Dessa forma, por
exemplo, a educação de jovens e adultos pode ser ofertada como
ensino fundamental ou médio. A educação especial, por sua vez,
tanto pode acontecer na educação infantil, como nos demais níveis
da educação básica e da educação superior.
MULTIDISCIPLINARIDADE
Conjunto de disciplinas
a serem trabalhadas simultaneamente, sem fazer aparecer às relações
que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de um só
nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação. A
multidisciplinaridade corresponde à estrutura tradicional de
currículo nas escolas, o qual se encontra fragmentado em várias
disciplinas.
De acordo com o
conceito de multidisciplinaridade, recorre-se a informações de
várias matérias para estudar um determinado elemento, sem a
preocupação de interligar as disciplinas entre si. Assim, cada
matéria contribuiu com informações próprias do seu campo de
conhecimento, sem considerar que existe uma integração entre elas.
Essa forma de relacionamento entre as disciplinas é considerada
pouco eficaz para a transferência de conhecimentos, já que impede
uma relação entre os vários conhecimentos.
Segundo Piaget, a
multidisciplinaridade ocorre quando "a solução de um problema
torna necessário obter informação de duas ou mais ciências ou
setores do conhecimento sem que as disciplinas envolvidas no processo
sejam elas mesmas modificadas ou enriquecidas". A
multidisciplinaridade foi considerada importante para acabar com um
ensino extremamente especializado, concentrado em uma única
disciplina.
A origem da
multidisciplinaridade encontra-se na idéia de que o conhecimento
pode ser dividido em partes (disciplinas), resultado da visão
cartesiana e depois cientificista na qual a disciplina é um tipo de
saber específico e possui um objeto determinado e reconhecido. Bem
como conhecimentos e saberes relativos a este objeto e métodos
próprios. Constitui-se, então, a partir de uma determinada
subdivisão de um domínio específico do conhecimento. A tentativa
de estabelecer relações entre as disciplinas é que daria origem à
chamada interdisciplinaridade.
A multidisciplinaridade
difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também
considerar um sistema de disciplinas de um só nível, possui
disciplinas justapostas situadas geralmente ao mesmo nível
hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer às relações
existentes entre elas.
NECESSIDADES BÁSICAS
DE APRENDIZAGEM
De acordo com Guiomar
Namo de Mello, é “um conceito que tem se revelado suficientemente
amplo e flexível para articular diferentes níveis de intervenção
pelos quais as reformas educativas devem passar para efetivarem
processos de mudança”(Cidadania e Competividade, 1983, p.29).
Articula os
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores levando em conta as
necessidades individuais, as demandas do processo produtivo e as
exigências do exercício da cidadania plena, evitando ideologismos e
enfatizando conhecimentos que os indivíduos precisam dominar para
viver melhor. Trabalhar e continuar aprendendo para viver em
sociedades de informações, nas quais o conhecimento passa a ser
fator decisivo para a melhoria de vida, o desenvolvimento produtivo
com equidade.
Em suma dar prioridade
aos códigos básicos da modernidade, valorizando a capacidade de
resolver problemas com flexibilidade e adaptabilidade a novas
situações, a capacidade de decisões fundamentadas, a seleção de
informações relevantes e a capacidade de continuar aprendendo.
PARADIGMA
No conceito científico
paradigma é um modelo de padrão a ser seguido, um conhecimento que
sirva de base para um estudo de uma realização científica com
métodos e valores a serem usados em outras pesquisas e estudos.
No conceito educacional
são regras que servem de limites para os limites relativos a
determinados assuntos ou para questões levantadas através de certos
pensamentos ou ações e como ter sucesso resolvendo as ações
dentro destes limites.
PEDAGOGIA DE PROJETOS
Projeto é intenção,
pretensão. Projeto é doutrina, filosofia, diretriz. Projeto é
atividade organizada com o objetivo de resolver um problema.
Características incentivadas para realização de projetos de
trabalho: profissionais com maior autonomia para tomar decisões,
valorização do trabalho em grupo, desenvolvimento de vínculos de
solidariedade e aprendizado.
Em uma equipe que
trabalha com vistas a realizar um projeto, são mais importantes à
solidariedade e o cuidado com a contribuição de cada um para o
todo, do que os níveis hierárquicos. A questão não é quem manda
em quem, mas se o projeto está se tornando realidade.
Criar um projeto é
definir um resultado a ser alcançado. Existem situações em que os
resultados de um projeto são fáceis de definir. Por exemplo, em
meados de maio, muitas escolas começam a pensar na festa junina.
Para que não seja apenas um evento, pode-se então desenvolver um
projeto para planejar, organizar e realizar uma festa junina que
envolva toda a comunidade escolar. Em casos assim, os resultados bem
definidos orientam o planejamento e a implementação do projeto.
Para fazer uma festa
junina é preciso escolher uma data e pensar nos preparativos:
decoração da escola, quadrilha, venda de refrigerantes e comidas,
jogos (derrubar latas com bolas de meia, coelho que entra na casa,
argola, etc.). É preciso pensar ainda na divulgação externa
(faixas, cartazes, rádio local, jornal do bairro, carta aos pais e
responsáveis) e interna (comunicação aos alunos, professores e
funcionários).
Para cada um dos itens
mencionados acima é preciso haver pessoas que se responsabilizem por
sua resolução. É fundamental destacar que esta e outras
festividades que têm origem na tradição popular devem ser sempre
contextualizadas, possibilitando um enfoque enriquecedor e envolvendo
a família e toda a comunidade.
PILARES DA EDUCAÇÃO
Delors, nas orientações
da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI,
feitas para a UNESCO, define que toda a vida baseia-se em quatro
pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver
juntos e aprender a ser. Sendo também os pilares que balizam a
educação contemporânea:
Aprender a conhecer,
combinando uma cultura geral suficientemente vasta com a
possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de
matérias. O que também significa aprender a aprender, para
beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo
de toda a vida.
O que tinha sido
previsto em linhas gerais, agora é especificado e sistematizado.
Através dos objetivos gerais, deve-se considerar os resultados
esperados e estabelecer quais serão os métodos e procedimentos
presentes na aula específica.
O plano de aula deve
conter um ou mais objetivos específicos, que considerem os
resultados esperados da assimilação de conhecimentos e habilidades.
A partir de definidos os objetivos, selecionam-se os métodos e
procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as
formas de avaliação.
O desenvolvimento
metodológico é desdobrado nos seguintes itens: preparação e
introdução do assunto, desenvolvimento e estudo ativo do assunto,
sistematização e aplicação e tarefas de casa. Dentro desses itens
devem estar especificados os métodos, procedimentos e materiais
didáticos que serão utilizados, para alcançar os objetivos
determinados.
A preparação da aula
por escrito resulta em um documento escrito que orienta as ações do
professor e possibilita revisões e aprimoramentos das aulas de ano
para ano.
PLANO ESCOLAR
É a apresentação
sistemática e justificada do que a escola pretende realizar e que
deve ser traduzida num documento que registre o que a escola pensa
fazer, como fazer, quando fazer com que e com quem fazer, segundo
definição do Instituto Paulo Freire. Para que a escola tenha um
plano escolar é preciso que ela defina suas finalidades e objetivos,
estabeleça um rumo, um horizonte de trabalho. O plano escolar é um
dos temas indicados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, de 1996, para organização das escolas.
POLÍTICA DA IGUALDADE
Em conjunto com a Ética
da Identidade e a Estética da Sensibilidade são, segundo as
Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação
e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma,
os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a
Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a
igualdade e a identidade, de maneira complementar. Guiomar Namo de
Mello, nas Diretrizes, afirma que a política da igualdade incorpora
a igualdade formal, cunhada no período de constituição dos grandes
estados nacionais.
O ponto de partida “é
o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e
deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando
para a vida civil (…). “Para a sociedade de informação, na qual
vivemos a política da igualdade” vai se expressar também na busca
da equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio
ambiente saudável, e outros benefícios sociais e no combate a todas
as formas de preconceito e discriminação por motivo de raça, sexo
e religião, cultura, condição econômica, aparência ou condição
física.”.
A política da
igualdade visa compreender e respeitar o Estado de Direito e seus
princípios constitucionais: o sistema federativo e o regime
republicano e democrático.”.
Esse conceito está
associado ao respeito ao bem comum e constitui uma das finalidades
mais importantes da política da igualdade e se expressa por condutas
de participação e solidariedade, respeito e senso de
responsabilidade pelo outro e pelo público.
Um dos fundamentos da
política da igualdade é a estética da sensibilidade, pois quando
se combate os esteriótipos que alimentam as discriminações,
reconhecendo-se a diversidade, afirma que oportunidades iguais são
necessárias, mas não suficientes, para oportunizar, tratamento
diferenciado “visando promover igualdade entre desiguais”.
A política da
igualdade relaciona-se com os direitos da pessoa humana, do respeito,
da responsabilidade e da solidariedade.
“Ela deve ser
praticada na garantia de igualdade de oportunidades e de diversidade
de tratamentos dos alunos e dos professores para aprender e aprender
a ensinar os conteúdos curriculares”.
Não se trata de um
conceito que propõe a igualdade social ou econômica, mas está
escorado na equidade, ou seja, na possibilidade de oferecimento de
oportunidades iguais, mas com tratamento diferenciado aos desiguais,
mantendo a desigualdade, mas promovendo a igualdade nas
oportunidades.
PROGRESSÃO CONTINUADA
É a organização
pedagógica visando evitar a repetência. É aplicada com a divisão
do tempo escolar em ciclos de aprendizagem. Cada um desses ciclos
terá duração de três ou quatro anos, conforme os critérios da
rede pública que os adota.
As formas de avaliação
não são provas, nem notas. O que o educando não aprende será
objeto da aplicação de outras metodologias de ensino como
laboratórios e aulas de reforço, geralmente no turno inverso, em
classes de poucos alunos organizados por disciplina. É assim até o
fim do ciclo.
Um dos princípios dos
ciclos é a crença de que cada indivíduo possui diferentes ritmos
de aprendizado.
Parte-se do pressuposto
de que, ao final do período de três ou quatro anos, todos tenham
aprendido a mesma coisa, mas cada um no seu tempo.
A progressão
continuada impõe, através dos ciclos, uma nova visão do ensinar
que considera importante o desenvolvimento das competências
cognitivas de cada aluno, através de um processo que não se encerra
em um ano letivo e requer, sobretudo, um cuidado maior na definição
dos objetivos que se pretende alcançar ao final do ciclo.
Com o objetivo de
assegurar a qualidade de ensino sem desconsiderar o processo de
aprendizagem do aluno, se faz necessária à realização de
avaliações contínuas com intuito de diagnosticar problemas e
superá-los através do empenho em recuperar as dificuldades dos
alunos.
No Estado de São
Paulo, a Progressão Continuada está organizada em dois ciclos no
Ensino Fundamental, no entanto, a legislação não aboliu a
seriação, havendo uma combinação entre seriação e progressão
continuada, o que leva alguns autores a não tratar, necessariamente,
ciclo e progressão continuada como sinônimos.
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Instrumento
técnico-político utilizado com base no princípio da escola
autônoma, que pressupõe a descentralização administrativa e a
autonomia financeira da escola. O projeto político pedagógico (PPP)
contém a definição do conteúdo que deve ser ensinado e o que deve
ser aprendido na escola. Ele caracteriza-se, principalmente, por
expressar os interesses e necessidades da sociedade e por ser
concebido e construído com base na realidade local e com a
participação conjunta da comunidade. O projeto político pedagógico
passou a ter importância a partir de meados da década de 90, quando
o MEC passou a transferir recursos financeiros diretamente para as
unidades escolares, de acordo com os princípios da descentralização
e da escola autônoma, estabelecido na LDB (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação), de 1996.
PROLETARIZAÇÃO DO
ENSINO
A base teórica do
conceito, "proletarização do ensino", parte de uma
análise marxista das condições de trabalho no modo de produção
capitalista. Segundo esta teoria, não só as empresas, mas todas as
produções gerais submeteram-se a uma lógica racionalizadora, cujo
intuito é o controle sobre o processo produtivo. Dentro dessa
lógica, esse mesmo processo produtivo foi sendo subdividido em
processos cada vez mais simples, de maneira que os operários ficaram
especializados em tarefas cada vez mais reduzidas da cadeia
produtiva, perdendo, deste modo, a perspectiva de conjunto do seu
trabalho fundamenta anteriormente para a execução do trabalho.
Neste sentido, houve a
perda de sua própria qualificação, enquanto operário, da
capacidade essencial de visão do todo, de decisão sobre determinada
fase do processo.
Essa lógica
racionalizadora transcendeu o âmbito da empresa, assim como o âmbito
privado e de produção, enquanto processo de acumulação de
capital, para invadir a esfera do Estado, obrigando-o a sustentar a
acumulação de capital e, ainda, legitimar a si próprio e ao
processo de acumulação.
No caso do ensino,
segundo Contreras, a atenção a essas necessidades realizou-se
historicamente mediante a introdução do espírito de "gestão
cientifica", que pode ser notado tanto no que se refere ao
conteúdo da prática educativa como ao modo de organização e
controle do trabalho do professor.
Neste sentido, as
escolas transformaram-se em organizações mais amplas e começaram a
ser introduzidos critérios de seqüência e hierarquia. Surge daí
"a organização graduada", que validou a homogeneização
das tarefas dos professores sob a hipótese da também homogeneização
dos alunos aos quais se dirigiam.
A hierarquização de
funções dentro da instituição escolar ocorreu mediante a figura
do diretor, que as legitima. Em paralelo, o currículo, um dos modos
de organização da escola, começou a refletir, igualmente, uma
espécie de processo de produção, organizado sob os mesmos
parâmetros de decomposição em elementos mínimos de realização
(objetivos/fragmentação). Que se refletiu na descrição das
atividades particulares e específicas da vida adulta para as quais,
supostamente, o educando deveria se preparar. A racionalização
tecnológica do ensino, por sua vez, também limitou a função
docente ao cumprimento de prescrições externamente determinadas.
Assim como os
operários, os docentes perderam a visão do conjunto de seu trabalho
e o controle de sua tarefa; a lógica da produção capitalista
"arrancou-lhes" a autonomia, daí o conceito de
proletarização do ensino.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
É um instrumento de
caráter geral, que apresenta as finalidades, concepções e
diretrizes do funcionamento da escola, a partir das quais se originam
todas as outras ações escolares. Não há um padrão de proposta
pedagógica que atenda a todas as escolas, pois cada unidade escolar
está inserida num contexto próprio, determinado por suas condições
materiais e pelo conjunto das relações que se estabelecem em seu
interior e entorno social. Assim, cada escola deve desenvolver o seu
modelo, aquele que melhor expressa sua identidade e seu compromisso
com o aluno, com a comunidade, com a educação.
Entende-se que ela deve
ter uma construção coletiva, com a participação ativa de todos os
envolvidos (alunos, pais, professores, funcionários, representantes
da comunidade, etc.).
Histórico e
identificação da instituição de ensino e da entidade mantenedora;
fins e princípios norteadores; diagnóstico e análise da situação
da escola; definição dos objetivos educacionais e metas a serem
alcançadas; seleção das ações; organização curricular; forma
de gestão administrativa e pedagógica da escola; avaliação;
organização da vida escolar e do regime escolar; capacitação
continuada de pessoal; profissionais envolvidos na proposta
pedagógica; e anexos são alguns aspectos considerados relevantes na
elaboração do documento final.
SABERES DOCENTES
As discussões sobre o
professor e seus saberes se inserem em um movimento pela
profissionalização do ensino, que visa renovar os fundamentos
epistemológicos do ofício de professor desenvolvendo e implantando
as características do conhecimento profissional dentro do ensino e
na formação de professores. Para ser considerada profissão a
docência tem que contar com um repertório de saberes reconhecido
perante outras profissões. Isso remete a uma maior proteção dos
docentes, com relação aos saberes que detêm, e que são
necessários ao desenvolvimento de profissionais para atuarem no
ensino, renovando seus fundamentos epistemológicos.
Segundo Tardif, a
epistemologia da prática é o estudo dos saberes utilizado pelos
professores em seu cotidiano para desempenhar todas as suas tarefas.
Busca compreender a natureza de estes saberes e como os docentes os
produzem, utilizam e transformam em função das situações de
trabalho. Não existe um consenso sobre a definição de saber.
Porém, em geral,
trabalha-se com três concepções: A primeira diz que saber é o
tipo particular de certeza subjetiva produzida pelo pensamento
racional. Então, saber qualquer coisa é possuir uma certeza
subjetiva racional. A segunda coloca que saber é o julgamento
verdadeiro, o discurso que afirma, com razão, qualquer coisa sobre
qualquer coisa e a terceira define saber como a atividade discursiva
que pode validar com argumentos, operações discursivas e
lingüísticas, uma proposição ou uma ação. Porém, existem
particularidades referentes a cada autor sobre a questão dos
saberes.
Tardif (2000) define o
saber dentro dessas particularidades, assim, o saber possui um
sentido mais amplo, que engloba os conhecimentos, as competências,
as habilidades (as aptidões) e as atitudes, o que muitas vezes foi
considerado como saber, saber-fazer e saber-ser. Assim, o saber
docente é um saber plural, formado pelo amálgama de saberes
oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares,
curriculares e experiências.
O que caracteriza os
saberes práticos ou experiências é o fato de se originarem da
prática cotidiana da profissão e serem por ela validados. Para os
professores, os saberes da experiência profissional constituem os
fundamentos de sua competência. Por isso os saberes experiências
surgem como núcleo vital do saber docente.
PROTAGONISMO JUVENIL
"Protagonista"
significa, originalmente, a personagem principal de uma peça
teatral, de um filme, de um romance etc. Em sentido figurado, a
palavra é usada para referir à pessoa que desempenha ou ocupa o
primeiro lugar em um acontecimento. O Protagonismo Juvenil é um tipo
de ação de intervenção no contexto social para responder a
problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal. Significa,
tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que
não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a
problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na
sociedade mais ampla. Outro aspecto do protagonismo é a concepção
do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de
liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é
responsabilidade.
É uma forma superior
de educação para a cidadania não pelo discurso das palavras, mas
pelo curso dos acontecimentos. É passar a mensagem da cidadania
criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de
centralidade.
Na raiz do protagonismo
tem que haver uma opção livre do jovem, ele tem que participar na
decisão se vai ou não fazer a ação. O jovem tem que participar na
execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos
resultados.
Existem dois padrões
de protagonismo juvenil: quando as pessoas do mundo adulto fazem
junto com os jovens e quando os jovens fazem de maneira autônoma. Em
relação ao processo ensino aprendizagem pode ser identificada como
a condição de participação efetiva dos discentes no interior da
instituição escolar.
Em alguns autores
também aparece como a situação concreta de participação dos
jovens nas instituições sociais da sociedade moderna. O importante
que este é um conceito acompanhado de “referência propositiva”
no sentido de ser sempre uma “ação afirmativa” de valores
sociais.
SÓCIO-INTERACIONISMO
Os estudos de Vygotsky
postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio,
como desencadeador do desenvolvimento sócio-cognitivo. Para Vygotsky
e seus colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela
linguagem. Eles acreditam que a estrutura dos estágios descrita por
Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica
evolutiva.
Enquanto Piaget defende
que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para
Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o
desenvolvimento das estruturas mentais superiores. Para ele, a
cultura molda o psicológico, isto é, determina a maneira de pensar.
Pessoas de diferentes
culturas têm diferentes perfis psicológicos. As funções
psicológicas de uma pessoa são desenvolvidas ao longo do tempo e
mediadas pelo social, através de símbolos criados pela cultura. A
linguagem representa a cultura e depende do intercâmbio social.
Os conceitos são
construídos no processo histórico e o cérebro humano é resultado
da evolução. Em todas as culturas, os símbolos culturais fazem à
mediação ou a interação com os processos sócio-culturais.
Para Vygotsky, as
interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o
conhecimento real, sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de
fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda
de outro sujeito. Assim, determina-se a Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP) e o nível de riqueza e diversidade das interações
determinará o potencial atingido. Quanto mais ricas as interações,
maior e mais sofisticado será o desenvolvimento.
No campo da educação
a interação que é um dos conceitos fundamentais da teoria de
Vygotsky encaixa-se perfeitamente na concepção de escola que se
pretende efetivar no sistema brasileiro de ensino. E neste caso, o
professor e o aluno passam a ter um papel essencial no processo de
ensino e aprendizagem.
Dessa forma é possível
desenvolver tanto os conceitos de ZDP quanto a relação existente
entre pensamento, linguagem e intervenção no âmbito da escola,
possibilitando assim um maior nível de aprendizagem.
TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(Tics) Muito se houve
falar, atualmente, nas Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs). Todas as pessoas estão em contato com elas, seja nos caixas
eletrônicos, nas linhas de produção das indústrias e, mesmo, em
nossas casas, com a Internet, as câmeras digitais, etc.
As TICS resultam da
fusão das tecnologias de informação, antes referenciadas como
informática, e as tecnologias de comunicação, antes denominadas
como telecomunicações e mídia eletrônica. Elas envolvem a
aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da
informação por meios eletrônicos e digitais, como rádio,
televisão, telefone e computadores.
A inserção das TICs
nas escolas públicas já se tornou um processo irreversível, pois
com o advento do computador entra-se numa fase de não-retorno no que
se refere ao uso das tecnologias na escola devido à indústria, a
revolução tecnológica e ao poder das crianças que dispõem de
computador em casa.
A importância da
utilização das TICs na educação se deve ao fato de que podem
promover mudanças na prática docente de modo a inovar o processo de
ensino-aprendizagem, ou seja, o professor pode utilizá-las para
realizar atividades que seriam impossíveis sem essas ferramentas.
O contato dos alunos
com as TICs em situações de ensino-aprendizagem promovem o
desenvolvimento cognitivo e intelectual, principalmente o raciocínio
lógico formal, a capacidade de pensar com rigor e sistematicidade, a
criatividade e solução para problemas.
Em uma aula
tradicional, o professor é o transmissor do conhecimento e
utilizam-se exclusivamente do livro didático, lousa e giz para
ensinar seus alunos que recebem passivamente informações.
Com o uso das TICs o
professor deixa de ser o detentor do conhecimento e a única fonte de
informações dos alunos, deixa de ser a autoridade incontestada do
saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos sabe.
“Professor e aluno passam a ser parceiros de um mesmo processo de
construção do conhecimento”.
Diante da velocidade
acelerada das transformações tecnocientíficas, os conteúdos
administrados nas diferentes disciplinas escolares não acompanham as
qualidades exigidas nos perfis profissionais do mercado de trabalho.
Se uma das funções da escola seria a de preparar profissionais para
a sociedade é preciso desenvolver a atualização dos objetivos
educacionais ao conjunto dos atributos demandados pelas profissões
modernas, não apenas no nível das informações, saberes e aptidões
adquiridas, mas, sobretudo, nas habilidades atitudinais que as
condições de trabalho modernas reclamam. Daí a importância das
TICs no processo de ensino-aprendizagem.
TEMA GERADOR
Esse conceito remete a
concepção de “Palavra Geradora” desenvolvida no trabalho com
alfabetização de adultos feito por Paulo Freire, na década de
1960. É uma proposta metodológica inspirada na dialética. Segundo
o autor, no livro Pedagogia do Oprimido, “a escola pode deixar de
ser campo de reprodução para ser agente de transformação da
realidade, permitindo, desta forma, estruturar e desenvolver todo
processo de conhecimento onde a atuação educativa é um processo de
criação e recriação do conhecimento”.
Assim, os temas são
chamados de geradores, porque são gerados na comunidade escolar e
geram respostas para essa comunidade, sem perder a perspectiva da
relação com o mundo, além disso, contém a possibilidade de
desdobrar-se em outros tantos temas, que provocam novas tarefas a
serem cumpridas.
O tema gerador,
portanto não pode ser definido, a priori, mas na estreita relação
da escola com a comunidade escolar. Para estabelecê-lo devem-se
diagnosticar quais são as situações significativas para os alunos,
os docentes e a comunidade, naquele determinado contexto, depois, a
partir delas se estabelecer o tema e os subtemas decorrentes.
Com essa definição,
os docentes definem quais conteúdos irão trabalhar para dar
respostas a essas situações significativas para, na volta ao tema,
e à comunidade escolar, se definam novos temas e subtemas, gerando
nova pesquisa, decorrente da anteriores e novas respostas.
Desse modo, não é
necessário que tendo se estabelecido um tema, todos os docentes
falem do mesmo assunto, como é comum em alguns projetos
desenvolvidos nas escolas. Se fosse assim, o trabalho não seria
interdisciplinar e se tornaria maçante tanto pra docentes, quanto
para alunos, corroborando com a pedagogia bancária ou tradicional.
O tema é chamado de
gerador, justamente pelo método dialético e dialógico como é
definido e trabalhado e não por ser objeto de repetição.
TEMAS TRANSVERSAIS
A transversalidade é
uma das formas de organizar o trabalho didático. Os temas devem ser
incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da
escola.
Os temas transversais
traduzem as preocupações cotidianas da sociedade brasileira no
exercício da cidadania. Os PCNs do ensino fundamental definem como
temas transversais: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente,
Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo.
Eles não são
definidos aleatoriamente, devem ter como norte o princípio da
dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação e a
co-responsabilidade pela vida social.
Os critérios para sua
escolha são a urgência social, a abrangência nacional. A
possibilidade de ensino e aprendizagem e o favorecimento da
compreensão da realidade e participação social.
Os temas transversais
não constituem novas áreas, não são temas escolhidos pela equipe
docente, por vontade desses, mas temas relevantes socialmente que
atravessam todas as disciplinas e interagem com elas.
A proposta de
transversalidade traz a necessidade de a escola refletir e atuar
conscientemente via educação de valores e atitudes em todas as
áreas, garantindo que a perspectiva político-social se expresse no
direcionamento do trabalho pedagógico dos conteúdos e das
orientações didáticas.
A perspectiva
transversal aponta uma transformação de prática pedagógica, pois
rompe com a pedagogia formal e amplia a responsabilidade com a
formação do aluno, com um trabalho sistemático e continuo que
permita a escola refletir sobre os objetivos a serem alcançados de
forma a se definirem em termos do trabalho a ser desenvolvido.
TRANSDISCIPLINARIDADE
Princípio teórico que
busca uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando
efetivamente de um tema comum (transversal). Ou seja, na
transdisciplinaridade não existem fronteiras entre as disciplinas.
A idéia de
transdisciplinaridade surgiu para superar o conceito de disciplina,
que se configura pela departamentalização do saber em diversas
matérias. Ou seja, considera que as práticas educativas foram
centradas num paradigma em que cada disciplina é abordada de modo
fragmentado e isolada das demais. Isto resultaria também na
fragmentação das mentalidades, das consciências e das posturas que
perdem assim a compreensão do ser, da vida, da cultura, em suas
relações e inter-relações. Sobre esta lógica, Morin (2000)
afirma: que "a inteligência parcelizada, compartimentada.
31. Entendo melhor a
utopia da Escola Memética.
Usaram e usam as
utopias clássicas aperfeiçoado-as com adaptações pedagógicas um
exemplo é de Destaques na Teoria de Makarenko: “A vida e o seu
trabalho como educador foi marcado com o compromisso em defesa da
classe trabalhadora. Trabalhou com crianças e jovens abandonados e
infratores. Sua proposta pedagógica, sobretudo transformar e formar
cidadãos; Achava que os pais que não soubessem educar seus filhos
deveriam ser reeducados pela escola.
Este exemplo coloca na
escola a responsabilidade que não esta e nem estará apta ao formar
uma maioria para mudanças que estes utópicos querem ao utilizar as
utopias socialistas misturada com capitalista, ou seja, é mais
baseada no SER do que no TER, este só fica no sonho tanto no
professor e pais e alem de confundirem e brigarem entre si, é uma
escola de conflito.
Sempre se tem uma
utopia agora é a escola de tempo integral.
Eu entrei para ser
professor com a utopia socialista que era possível transformar
sociedade, torná-la igualitária, cidadã, como professor, escolhi a
utopia socialista bem como uma boa parte dos professorados
pós-decadência do socialismo da ex-união soviética que acreditava
que fosse a ideal.
Sofremos uma lavagem
cerebral, primeiro pelos utópicos capitalistas ditatorial, depois
com a avalanche de professores socialistas e de todos os cassados
anistiado pela Lei da anistia promulgada pelo presidente Figueiredo
de 1979, ainda durante a ditadura militar. Do qual participei
ativamente como massa de manobra dos populistas de plantão seja ele
de esquerda ou direita como diziam que o Brasil e outros países da
América etc.
Elas vieram com tudo,
hoje as utopias socialista e capitalista estão entrelaçadas dentro
da escola, fazem com que os professores fiquem perdidos em tantas
teorias utópicas e se cansaram e cansam de ouvir os utópicos de
plantão. Eles estão cansados de tantas falsidades e o aluno e pais
também.
O aluno de hoje querem
é TER e não as mentiras de que devem SER dos planos de educação
elaborados pela burocracia incompetente, a ultima moda agora é o
Bullyng, sempre acham os culpados, menos eles.
Para estes utópicos
sempre argumentam que a escola deve ser usada para formar cidadania,
critica, o engraçado é que a gratuidade só vai até o ensino
médio, os alunos ficam com tal cidadania baseada no Ser e não no
Ter.
Como se vê não de
hoje que nossa educação é cheia de remendo histórico, mas os
utópicos, tanto socialista como capitalista, não largam o “osso”.
A confusão histórica que mostrarei.
As utopias anteriores
estão esgotadas e proponho a Escola Nemética aquela aonde os
recursos que vem dos impostos irão direto para o aluno, daí ele
escolhe como estudar, seja pela internet ou numa escola em que o
aluno escolha a matéria que quer eliminar.
Por exemplo, que
eliminar matemática neste ano, ele só estudará matemática, para
não perder a seqüência lógica. Ele se concentra mais.
A escola memética se
baseia na autogestão, o dinheiro arrecadado que é mais ou menos 370
bilhões de Reais deve ir direto para o bolso do aluno, mas deve este
tem que ter uma média de 8 nas matérias.
Também se deve nesta a
questão de aptidão, tem alunos que tem mais habilidade em humanas
para que ele souber seno e co-seno, equação de Newton, movimento
dos corpos em física e decorar toda a tabela de química. Ele deve
só ter uma visão mínima, já em literatura, teatrologia,
filosofia, sociologia, psicologia, ou seja, disciplinas afins, da
área de humanas seriam mais aptas para ele. Portanto não
desgastariam em tanta coisa que ele não vai usar em sua vida,
saliento que as disciplinas eles escolheriam.
E, assim acabariam com
seriação, ciclos e outras modalidades de ensino. A escola deve ser
autônoma e se adaptaria de forma autogerenciada, sem interferência
de diretrizes, Usam as utopias dos clássicos ou próprios (que é
mais interessante) atraindo os alunos para si e este pagaria.
Quanto o aluno
receberia se o dinheiro dos impostos que são recebidos pelo Estado
que receberia seria um média 769 reais por cabeça e escolheriam o
modo de estudar.
A utopia pedagógica
chamada de escola Memética que proponho parte do principio do
filósofo francês, Gilles Deleuze, que escreveu que em nossa
consciência coletiva foi criada uma Sociedade de Controle, iniciada
pela idéia em Maquiavel (do esforço mínimo).
A idéia de escola
Memética, baseado na citação de Gilles Deleuze que diz “A
idéia”. “O que é ter uma idéia?”. Que diz: “A idéia no
sentido em que a usamos, pois, não se trata mais de Platão,
atravessa todas as atividades criadoras”. Criar é ter uma idéia.
Os processos de
aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os
seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam
o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente
pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro
lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de
homem, sociedade e saber.
É muito difícil ter
uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram à
vida inteira sem ter uma idéia.
Pode-se ter uma idéia
em qualquer área e mais difícil ainda e nos processos de
aprendizagens. Usarei as quatro dimensões: econômica, filosófica,
potencial e causal de Roberto Adami Trajan.
Ele começa com os 3 Ds
que é a Desatenção, Desalinhamento, Desesperança.
Desatenção “é
quando ligamos o piloto automático e seguimos enfrente, não
percebemos algo mais e não observamos que se repete e nos escapa e
não interagirmos”.
Desalinhamento “ é
quando somos incoerentes com” nossos pensamentos está desintegrado
pelos sentimentos e comportamentos e quando não vivemos nossos
valores, ignorando com comportamentos mesquinhos, reduzimos e não
enxergamos os valores significantes para nossa melhoria.
Desesperança “somos,
apesar de lutarmos, tentarmos acreditar que se terá mudanças, nós
não estamos incrédulo, não acreditamos em ninguém, só nos restas
sonhos, vazios de sonhos, e as atuais utopias não nos alimenta as
forças do mal sempre vence, o crime compensa.”.
As elites que podem
pagar só lamentam e seguem a lei de Maquiavel a “lei do mínimo
esforço” que para ele “a natureza humana seria essencialmente má
e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor
esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso.”.
“A natureza humana
também não se alteraria ao longo da história fazendo com que seus
contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que
a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo.
Falta-lhe um senso das mudanças históricas se mantém felizes com
as conquistas e se brinda com o percentual e comemora que seus filhos
conseguiram o melhor.”
Eles já sabem que se
seus filhos encontrarem com o povão, nas escolas publicas saíram
perdendo, e se matem no redutivismo, ou seja, a quanto se fala de
melhorias na educação das massas populares, eles têm um algodão
nos ouvidos.
Eles almejam resultados
para seus filhos com o máximo que podem pagar. Nem seguer tentam ir
além, aprender algo novo.
Sabem e se contentam em
não fazer movimentos para melhoria nas escolas publicas porque as
escolas que podem pagar correspondem as suas expectativas.
Assim nos lutarmos todo
tempo com utopias que dão falsos 3 Ds, que até agora que não nos
levaram a nada e só servem para mascarar os descasos das Elites e do
Estado e confundem quem vive da escola publica.
Para entender a
dimensão econômica restringe ao plano material, composto de
máquinas, equipamentos, produtos, relatório e principalmente
dinheiro, sem não haverá um serviço e as pessoas que estão
envolvidas com a educação não conseguem enxergar, inovar e quando
ganho pouca acha que estão no mesmo lugar e não administram bem.
Hoje se tem 375 bilhões em impostos que deveria ir para educação,
segundo a Constituição, hoje há matriculado na escola publica 41,3
milhões de Reais, se dividirmos teremos para cada aluno durante um
ano 7650,60 mil.
Mas, estes impostos,
não vão direto para escola ou direto para um cartão estudante, ou
boleto para uma instituição qualquer particular nossos alunos e
filhos tem que agüentar as demagogias dos governantes.
Assim uma escola que
tem uma dimensão econômica proposta pelas elites com seus projetos
nunca vai para frente, é o maior dos erros que existe na educação.
Pela dimensão
filosófica é quando buscamos respostas por que existe a escola, a
sua missão , suas razoes pela quais ela existe, será que ela a
utopia que sonhamos, e principalmente das classes populares onde
deveria assegurar emocionalmente sucessos futuros de seus filhos.
O Estado e as elites
que pode... Levam aos trancos e barrancos baseada na malícia e
truques, é o quadro em que a escola publica esta metida.
Para explicar melhor a
dimensão filosófica contarei da mitologia grega a historia de e
Sísifio, Prometeu, Hermes.
Começarei com Sísifio
Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como
um dos maiores ofensores dos deuses.
Segundo Higino, ele
odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia
matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com
Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas
Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por
causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria
empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela
rola de volta por 30 mil anos. O nosso povo carrega 511 anos os
modelos, programas, jeitos, um descaso das elites.
Outra malícia de
Sísifio é a seguinte: Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua
cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem
Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem
ter informações sobre a filha, foi parar em Corinto.
Sísifo sabia o que
tinha acontecido, Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se
sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo
fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele
contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte
presenteada recebeu o nome de Pirene.
A tantos acordos e
interesses egoístas nos nossos lideres que eles fazem qualquer
acordo e como dizem aqui no Brasil: “tudo acaba em Pizza”.
Mas quando ele contou
para Asopo, despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da
Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o
esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua
beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar.
O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo
manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Sempre fazem isto com a
educação brasileira. É estatística para todo lado, são melhores
que Pelé, Maradona, Robinho, etc. Saresp, SAEB, Prova Brasil. Tanto
gastos.
Durante um tempo não
morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou
novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares,
o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar
as batalhas.
Tão logo teve
conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse
Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se
despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela
não enterrasse seu corpo.
Já no inferno, Sísifo
reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o
enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da
mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o
pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia
enganado a Morte pela segunda vez. Sempre, sempre nos enganados.
Sísifo morreu de
velhice e Zeus enviou Hermes que para conduzir sua alma a Hades. No
tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um
castigo, juntamente com Prometeu.
Por toda a eternidade
Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas
mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava
quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo
até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.
Sísifo tornou-se
conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se
de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade
dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois,
concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua
plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.
A escola de hoje é
Sisífica não somos felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. E
fazem que carreguemos as pedras mentirosas das utopias que estão aí.
Outro mito, segundo
Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar
os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e
Prometeu encarregou-se de supervisioná-la.
Na obra, Epimeteu
atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez,
sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um
terceiro, etc. Porém, quando chegou à vez do homem, formou-o do
barro.
Mas como Epimeteu
gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão
Prometeu.
Este então roubou o
fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade
dos homens sobre os outros animais.
Todavia o fogo era
exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto
que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma
águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias,
regeneravam-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
As elites que elaboram
as utopias estão nos fazendo como Prometeu, estão comendo nossos
fígados e acabando com os fogos de uma boa escola.
E querem aplausos, o
que importa são refletores, os aplausos, mas as famílias, os alunos
e os educadores bananas. Vaidades geradas em modice impulsionada por
pseudos pedagogos, a última ultima utopia é o bullyng. A igualdade
lastreada na constituição e nos Ecas da vida são só para “gregos
verem”.
Pela dimensão
potencial é quem faz um grupo, um organismo social que cria e
elabora pelo meio de suas potencialidades para que cada um se dê bem
e seja feliz, porque ele se estimula a lutar e vencer as dificuldades
em sua vida.
São a mais
negligenciadas dentro da escola, as escolas sempre a um líder que se
orgulha mais da máquina do que quem opera regida pela sagacidade,
sempre em busca de ondas perfeitas, são equilibristas. Procuram se
adequar a novos cenários e utopias, usam a vontade propagandas que
mostram suas utopias, sempre com aplausos da imagem.
Hoje a imagem é que
conta, ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas
enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola.
Agem como mágicos e usa certos pedagogos que com seus talentos
copiadores expressam uma nova teoria para utopias que já existiam.
Direcionados pela
ambição que buscam aprovação e sucesso... E não resolve os
problemas da escola só ocasionam confusões nas cabeças dos que
utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e que
diminui as potencialidades do grupo onde deveria dar êxito aos
talentosos.
Dimensão Causal é
baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma
realidade melhor e colocam os serviços da escola em estágios de
compreensão para uma demanda de satisfação.
Declaradamente a escola
publica esta insatisfeita. Sempre a um culpado, se o aluno não vai
bem, é culpa do professor, daí os professores culpam os pais, e
assim vai... Necessitamos de construir pessoas para um futuro
promissor, precisamos de um norte, os professores, alunos, direção,
corpo de educadores estão mais perdidos que “uma agulha no
deserto” e cada vez mais os serviços oferecidos pela escola.
A escola precisa de
liberdade tanto utopicamente como economicamente, em suma,
autogerenciar, sem interferência dos Utópicos de Plantão. E a
escola utópica que proponho é a Escola Memética.
Até agora feitas às
utopias não formaram uma sociedade com autonomia e democrática, nem
politicamente. Desde jesuítas com a utopia Escolástica passando por
D. Pedro que efetivou e escola panóptico onde projetou o modelo dos
prédios que encontramos até hoje nas escolas.
Com D. Pedro ele seguiu
o exemplo baseado na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor
anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do
jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da ideia do
panóptico.
Para isto Bentham
estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema
penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um
observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o
Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.
As adaptações até
não fizeram nossas escolas ser boas.
A com tempos
determinados para disciplinas que são interrompidas, não tem uma
seqüência de ligação, as matérias tem 50 minutos, 50 minutos de
matemática, 50 minutos de inglês, elas estão compartimentalizada,
há uma ruptura. Segue uma divisão de trabalhos escolares igual à
ordem vigente nas manufaturas.
A escola brasileira com
as atuais utopias impregnada de pressupostos político-ideológicos
faz com que os alunos passam a vida inteira sem ter uma idéia de
quer ser porque ele não é preparado para ser um aluno perceptos.
Perceptos que na
psicologia são os processos de aprendizagem e de aquisição de
conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos
mentais usados no pensamento e na percepção, também na
classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento
através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e
soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer
que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e
pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.
Mas o conhecimento lhe
traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de
conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno.
Ela é um processo pelo
qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em
que vive sem perder a sua identidade existencial.
Ela começa com a
captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É,
portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a
informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na
nossa memória.
Os processos mentais
que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da
ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos
domínios, examinando questões sobre a memória, atenção,
percepção, representação de conhecimento, raciocínio,
criatividade e resolução de problemas.
No século XX, a
psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos
sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em
certa medida, o processamento humano e animal da informação com
processos eletrônicos, como o computador.
Hoje perceptos
necessita de liberdade de comportamento e tentarei propor a pedagogia
Memética.
A Pedagogia Memética
parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no
seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do
gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes.
É considerado como uma
unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em
cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros
e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros
locais de armazenamento ou outros cérebros.
No que diz respeito à
sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução
cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser
idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos,
capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que
possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade
autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de
informação é conhecido como memética.
Quando usado num
contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar
apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este
uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus",
afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir
os memes como replicadores de comportamentos.
A chave de todo ser
humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem
oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos
seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser
reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga
comandos próprios.
Temos hoje tecnologia e
dinheiro para isto. Um aluno deveria receber 680 reais se dinheiro da
arrecadação fosse direto e escolheria qual utopia seguiria, (ou
seus pais, no caso de menores de 10 anos ou...). Assumiriam seus
próprios comandos que também pode ser grupal.
Para isto é necessário
que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como
estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio
escolar. ou mesmo cursando on-line para que Ele deve SER, mas TER é
extremamente necessário para ser perceptos.
Até hoje as elites
usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos
perceptos, que sofreram uma lavagem cerebral e condiciona a idéia de
uma consciência coletiva melhor.
Historicamente a escola
foi um palco de teorias copiadas e adequadas à realidade brasileira,
a ultima moda é bullyng, o aluno contra aluno, ou professor contra
aluno. Os alunos estão cada vez mais violento, veja o caso do Rio da
chacina que um ex-aluno fez na escola bem parecido a dos Estados
Unidos.
Assim sendo tentarei
mostrar o porquê da escola brasileira não deram certo até hoje no
ano de 2011. E no decorrer das colocações anteriores.
Recordando o que é uma
utopia: ela consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas
uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão
fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um
modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos
que elas fossem.
As pessoas vivem numa
utopia, nós inclusive, sem ela a vida teria que ser o paraíso para
nos contentar. As utopias se chocam, os adeptos se lançam em várias
teorias para sustentá-la.
Há pedagogos teóricos
utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram
metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor,
ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado.
Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.
As adaptações das
utopias clássicas feitas, pelo que chamo de pedagogos, que nada mais
fez que confundisse e ainda confunde muitos professores e pais, ou
seja, o usuário das escolas publica. As utopias dão suportes a três
correntes teóricas, capitalistas, socialistas e religiosas que
tentam encaminhar as metodologias que não dão mais conta do mundo
real em que vivemos.
No Brasil, as elites
que podem pagar escola privada, sabem dos experimentalismos dos
burocratas estatais e de seus “pseudos-pedagogos”, eles preferem
uma escola onde às utopias são clara, como de Skinner, Piaget, do
que a bagunça teórica utópica Estatal.
As estruturas
burocráticas emperraram e emperram a escola publica que deveria ser
democrática, uma escola que segundo a Constituição deve ser
autônoma, mas não é. Autonomia da escola deve se autogerir e
programar suas próprias utopias, pode ser Piagentina se quiserem.
Os impostos arrecadados
dariam a cada aluno brasileiro 680 reais, mas... Fica uma boa parte
nas estruturas burocráticas. Com 680 reais os alunos poderiam
escolher qualquer escola seja ela particular ou publica até a
Universidade.
Daria o maior estimulo
para os alunos de hoje, aí sim a gratuidade total de seus estudos,
que pela dimensão econômica a chave para alavancar um norte para as
camadas populares. Colocaria um fim na frase que sempre se houve nos
estudantes carentes: - para que estudar se não pode pagar uma
universidade, um curso técnico...
Mas os governantes
vaidosos querem programar a “autonomia” deles baseada em utopias
de gabinetes que só confundem os pais, professores, diretores, as
pessoas que estão ligadas diretamente ao aluno. Tratam-nos como
débeis mentais. Deixe a escola programar suas Utopias.
Nas anteriores gerações
brasileiras se havia mais cultura cristã que com advento da
televisão começaram a ter contato com as idéias socialistas,
capitalistas, etc., mas, poucos sabiam ler. Para isto as imagens e a
cultura ocidental foram dubladas principalmente a norte-americana que
impregnaram nossa juventude com a linguagem da imagem mais que a
escrita, facilitaram as utopias capitalistas e socialistas e
religiosas a se tornarem consciência coletiva.
Hoje, os jovens querem
aqui e o agora, a linguagem da imagem propagada pela Televisão e
outras mídias como musica, que mostra uma cultura ocidental
violentíssima há sempre heróis e bandidos. Claro é mais fácil
convencer um analfabeto e agora também como alguns chama analfabeto
funcional, ou seja, sabe lê mais consegue entender.
Para felicidade da
Nação eles adoram um click no controle remoto, e pronto! Ficam
satisfeitos, é um troca-troca de felicidade momentânea muito
rápida, onde lei do menor esforço de Maquiavel (ou que por aqui no
Brasil como se diz: - a “lei de Gerson”). As imagens dos clicks
se projetam neles e ao olhar as telas, os indivíduos torna criatura
imaginada utopicamente dentro do seu espaço e se acomoda, ele se vê
como artista no bar, rua, jogador na festa, cantor, político famoso,
há uma vestimenta na consciência coletiva de quero ter e não ser.
A consciência coletiva
segundo Émile Durkheim “é que a sociedade tem uma consciência
individual que se juntam e formam uma consciência coletiva e
partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados
como coisas, forneceram uma definição do normal e do patológico
aplicada a cada sociedade”.
“Em que o normal
seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e
superior a ele. O que significa que a sociedade e a consciência
coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência
tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve
permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa
estrutura.”
“Para que reine certo
consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma
solidariedade entre seus membros criticamente, ou seja, pensa e age”.
Ufa! Será que um dia chegaremos lá.
A sociedade precisa
saber criticamente utilizar o click se quisermos ter uma consciência
coletiva. Mas, será difícil pela qualidade dos canais do Brasil
para melhorar deveremos acabar com as dublagens, seria um passo para
nossos jovens melhorarem a leitura e forçaria aqueles que não sabe
ler um esforço maior, saindo da lei de Maquiavel. Que tanto permeia
nossa sociedade ou consciência coletiva que está incrustada ainda
no lixo da violência e no mínimo de esforço possível.
A Escola deve com sua
própria utopia feita pela sua própria consciência coletiva, de
cada escola, seja ela no bairro Butantã ou em Pinheiros ou ter a
pedagogia memética que estou propondo.
Antes não havia
obrigação de colocar seu filho na escola, ele ia trabalhar no campo
e sabia das dificuldades que seus pais passavam e dava valor aos
esforços de cada conquista familiar e pessoal, mas, a maioria era
analfabeta. Davam valor a quem sabia ler e interpretar, os
professores mais do que nunca eram o suporte da moral e sabedoria,
eram ídolos, os pais acreditavam e deixavam o professor livre para
educar seus filhos, não havia a utopia de hoje – Herói, Bandido.
As pessoas liam mais,
quem tinha condições de se instruir dava valor ao professor, ele
era uma categoria especial, até o seu aumento salarial era de
categoria especial. Os melhores escritores de nossa literatura foram
desta época. Com o aumento da industrialização e com o inicio das
Rádios as utopias do herói e bandidos começaram a fazer a
consciência coletiva ficar massificada. Foi instalada a cultura de
massa que aumentou mais ainda a partir de 1960.
Cultura de massa
(também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de
idéias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos
que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o
mainstream ( quer dizer uma corrente de pensamento principal. É um
termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria
da população).
É muito utilizado
atualmente referindo-se às artes. Em uma dada cultura, especialmente
a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente
mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.
Fortemente influenciada
pela mídia de massa, essa coleção de idéias permeia o cotidiano
da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário
cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.
A cultura popular é
frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa
encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como
resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais
notavelmente grupos religiosos e contra culturais ) que a acreditam
superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.
O termo "cultura
popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir
à educação e cultura das classes mais baixas. “O termo começou
a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas,
separado e se opondo à verdadeira educação” próxima do final do
século, um uso que se tornou estabelecido no período de entre
guerras.
O significado corrente
do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente
nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra
Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de
1960.
A principal utopia da
cultura pop culture foi "hippie" foi o "Woodstock,"
um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que
contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais,
como o folk, o "rock'roll" e o blues, todos esses
movimentos de alguma forma digamos ligados às críticas e à
contestação do movimento foi à utopia que aumentou a lei do mínimo
possível de Maquiavel e sedimentou a cultura da imagem bandido e
mocinhos.
O mais importante na
cultura de massa é o significado de “meme”, a auto propagação,
isto é, a transmissão de informação de uma mente para outra.
Replicaram comportamentos e sempre surge meme falsa a todo o momento
principalmente pela internet.
Há hoje uma
consciência coletiva Nemética onde o click de uma pessoa pode mudar
uma atitude de muitos, se ligam nas redes sociais, facebook, orkut,
MSN e outros meios. Vou dar uma ideia memética: vamos acabar com as
eleições obrigatórias no Brasil votando em branco, precisamos 50 %
mais um voto colocaria a constituição em contradição.
Outro exemplo, as
votações nos projetos on-line poderiam acabar com o modelo
democrático falso temos e que veio lá do império romano para que
senadores e os deputados fossem eleitos sem um mandato efetivo de 4
anos, nós poderemos tirá-lo só com um click, ele tem que ter a
maioria mesmo. Teríamos uma democracia direta estes são exemplos de
consciência coletiva memética. (no Brasil não são todos que podem
e sabem dar o click).
As pessoas se
interagiriam via internet, as provas para o aluno passar de ano seria
feito num centro de provas localizadas em pólos, nestes haveria
professores para tirar as dúvidas. Mesmo pode ter uma intranet entre
professores e alunos, (como disse acima, um aluno deveria receber 680
reais por mês se viesse direto sem os entraves do governo), aquele
que não tirasse nota acima de 8 não teria este beneficio, ou seja,
os 763 reais.
Seria um jeito de
diminuir custos, diminuiria a quantidade de professores, mas os
salários aumentariam, veja bem, estou aqui fazendo também uma
Utopia. Antes o Brasil era um país “caipira” e respeitador, não
se tinha as maldades de hoje, mas os jovens de hoje querem tudo nas
mãos. Não sabem a dificuldade de não ter um Real para comprar pão,
se projetam nos ídolos.
Os governantes dizem
que para um país ser desenvolvido tem que ter índice igual aos
paises mais ricos e instalam o mito que a educação salvará o
Brasil, confundem educação com índice, educação não é índice.
Educação engloba os
processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em
qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável
pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às
gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir
necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu
grupo ou sociedade.
A Socialização é o
processo pelo quais as crianças, ou outros novos membros da
sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de
socialização. A socialização é o principal canal para a
transmissão da cultura através do tempo e das gerações, assim a
escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.
Ao longo do tempo os
lideres tentam fazer a lavagem cerebral que é também conhecido como
Reforma de pensamento ou Reeducação é o esforço constituído
visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças
consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e
conhecimentos das outras pessoas.
Os motivos para a
lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e
comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão
considerados indesejável como desejável.
Enquanto processo de
sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de
convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade,
do indivíduo ao grupo ou dos grupos. No Brasil não houve uma
Socialização plena, mas uma lavagem Cerebral.
Os lideres se servem de
teorias utópicas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais desde
jesuítas até os autores socialistas, capitalistas e eclesiásticos
atuais que atrapalham os professores e os usuários da escola
publica.
O autogereciamento
escolar é uma necessidade urgente para melhoria da escola. A
organização deve ser feita por quem participa diretamente na
unidade escolar, chega de interferências.
Gostaria de perguntar
para os utópicos e lideres e as elites que podem pagar e que
planejam e idealizam a escola que temos hoje, se eles têm coragem de
colocar seus filhos na escola publica.
Com o autogereciamento
as escolas serão mais transparentes, é imperioso que se faça já,
porque as mentiras da educação elaboradas pelas utopias criadas
pelos governantes, ocasionaram esta porcaria de educação
brasileira. Para isto veremos abaixo as principais utopias clássicas
utilizada no Brasil.
Segundo Higino, ele
odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia
matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com
Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas
Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por
causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria
empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela
rola de volta por 30 mil anos. O nosso povo carrega 511 anos os
modelos, programas, jeitos, um descaso das elites.
Outra malícia de
Sísifio é a seguinte: Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua
cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem
Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem
ter informações sobre a filha, foi parar em Corinto.
Sísifo sabia o que
tinha acontecido, Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se
sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo
fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele
contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte
presenteada recebeu o nome de Pirene.
A tantos acordos e
interesses egoístas nos nossos lideres que eles fazem qualquer
acordo e como dizem aqui no Brasil: “tudo acaba em Pizza”.
Mas quando ele contou
para Asopo, despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da
Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o
esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua
beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar.
O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo
manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Sempre fazem isto com a
educação brasileira. É estatística para todo lado, são melhores
que Pelé, Maradona, Robinho, etc. Saresp, SAEB, Prova Brasil. Tanto
gastos.
Durante um tempo não
morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou
novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares,
o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar
as batalhas.
Tão logo teve
conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse
Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se
despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela
não enterrasse seu corpo.
Já no inferno, Sísifo
reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o
enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da
mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o
pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia
enganado a Morte pela segunda vez. Sempre, sempre nos enganados.
Sísifo morreu de
velhice e Zeus enviou Hermes que para conduzir sua alma a Hades. No
tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um
castigo, juntamente com Prometeu.
Por toda a eternidade
Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas
mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava
quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo
até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.
Sísifo tornou-se
conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se
de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade
dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois,
concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua
plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.
A escola de hoje é
Sisífica não somos felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. E
fazem que carreguemos as pedras mentirosas das utopias que estão aí.
Outro mito, segundo
Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar
os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e
Prometeu encarregou-se de supervisioná-la.
Na obra, Epimeteu
atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez,
sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um
terceiro, etc. Porém, quando chegou à vez do homem, formou-o do
barro.
Mas como Epimeteu
gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão
Prometeu.
Este então roubou o
fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade
dos homens sobre os outros animais.
Todavia o fogo era
exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto
que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma
águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias,
regeneravam-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
As elites que elaboram
as utopias estão nos fazendo como Prometeu, estão comendo nossos
fígados e acabando com os fogos de uma boa escola.
E querem aplausos, o
que importa são refletores, os aplausos, mas as famílias, os alunos
e os educadores bananas. Vaidades geradas em modice impulsionada por
pseudos pedagogos, a última ultima utopia é o bullyng. A igualdade
lastreada na constituição e nos Ecas da vida são só para “gregos
verem”.
Pela dimensão
potencial é quem faz um grupo, um organismo social que cria e
elabora pelo meio de suas potencialidades para que cada um se dê bem
e seja feliz, porque ele se estimula a lutar e vencer as dificuldades
em sua vida.
São a mais
negligenciadas dentro da escola, as escolas sempre a um líder que se
orgulha mais da máquina do que quem opera regida pela sagacidade,
sempre em busca de ondas perfeitas, são equilibristas. Procuram se
adequar a novos cenários e utopias, usam a vontade propagandas que
mostram suas utopias, sempre com aplausos da imagem.
Hoje a imagem é que
conta, ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas
enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola.
Agem como mágicos e usa certos pedagogos que com seus talentos
copiadores expressam uma nova teoria para utopias que já existiam.
Direcionados pela
ambição que buscam aprovação e sucesso... E não resolve os
problemas da escola só ocasionam confusões nas cabeças dos que
utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e que
diminui as potencialidades do grupo onde deveria dar êxito aos
talentosos.
Dimensão Causal é
baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma
realidade melhor e colocam os serviços da escola em estágios de
compreensão para uma demanda de satisfação.
Declaradamente a escola
publica esta insatisfeita. Sempre a um culpado, se o aluno não vai
bem, é culpa do professor, daí os professores culpam os pais, e
assim vai... Necessitamos de construir pessoas para um futuro
promissor, precisamos de um norte, os professores, alunos, direção,
corpo de educadores estão mais perdidos que “uma agulha no
deserto” e cada vez mais os serviços oferecidos pela escola.
A escola precisa de
liberdade tanto utopicamente como economicamente, em suma,
autogerenciar, sem interferência dos Utópicos de Plantão. E a
escola utópica que proponho é a Escola Memética.
Primeiramente vamos
entender melhor um aluno percepto na pedagogia memética. O aluno
deve procura com prazer que terá tranqüilidade e liberdade sem
medo, sem ausência de sofrimento numa escola que lhe dê felicidades
e não somente a possibilidade comprar, ter bens materiais. Em linhas
gerais, o homem está em contato permanente com dois tipos de
realidade: a inteligível e a sensível. A inteligência está na
procura das idéias que afetam os sentidos percebendo o mundo
concreto que pode mudá-lo com a criticamente e estão repletos de
utopias.
Segundo Platão “o
problema do ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é
uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para
o segundo, o movimento que é uma ilusão, pois algo que é não pode
deixar de ser e algo que não é não pode passar a ser; assim, não
há mudança”. (Daí as utopias serem o ligamento dos ideais.).
Por exemplo, “o que
faz com determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de
semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto
outra de outra espécie, com características tão diferentes”?
Há aqui uma mudança,
tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela
cresce) quanto da árvore em relação à outra. Para Heraclito, a
árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides,
ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão.
(Concepção da diferença das utopias. Para uns pode ser verdade
para outro falso).
Platão resolve esse
problema com sua Teoria das Idéias. “O que há de permanente em um
objeto é a Idéia; mais precisamente, a participação desse objeto
na sua Idéia correspondente”. “E a mudança ocorre porque esse
objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da
Idéia desse objeto”.
No exemplo da árvore,
o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra
coisa). A despeito da diferença daquilo que era quando mais jovem e
de outras árvores de outras espécies e mesmo das árvores da mesma
espécie, é a sua participação na idéia de Árvore, e sua
mudança, deve-se ao fato de ser uma pálida representação da idéia
de Árvore”.
Outro diálogo de
Platão é seguinte “cada caneta terá outros atributos, sendo ela
também uma caneta, tanto quanto a outra”. “Aquilo que faz com
que as duas sejam canetas é, para Platão, a idéia de Caneta,
perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta”. ( é
como somos humanos e imperfeitos, mas cada um tem uma percepção de
utopia).
Platão também
elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica
como se podem conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do
conhecimento. Segundo ele, ao ver um objeto repetido várias vezes,
uma pessoa se lembra, aos poucos, da Ideia daquele objeto que viu no
mundo das idéias.
Para explicar como se
dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo “a
qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela,
onde se localizam as idéias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é
"jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que
esqueça o que viu na estrela. Mas, ao ver um objeto aparecer de
diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a
alma se recorda da idéia daquele objeto que foi visto na estrela.
Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis”. (para a
pedagogia memética é uma nova forma de ver o mundo)
A reminiscência para
Platão é uma das condições para a indagação ou investigação
acerca das idéias é que não estamos em estado de completa
ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo
nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição
necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma
alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as
idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e
nos recordemos das idéias ao vê-las reproduzidas palidamente nas
coisas”. (para isto o aluno percepto de estar livre para escolher
as idéias ou utopias sem obrigação como é no Brasil.).
Deste modo, toda a
ciência platônica é uma reminiscência. A investigação das
idéias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde
contemplavam as idéias. (a escola não é mais única fonte de
investigação.).
Podemos tomar como
exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo Fedro, de
Platão (é “um diálogo platônico que se ocupa com uma
investigação acerca da retórica e do amor (sensual),” Neste
diálogo, Platão compara a raça humana a carros alados). “Tudo o
que fazemos de bom, dá forças às nossas asas.”
“Tudo o que fazemos
de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos
tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem elas
para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até
hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as
sombras do Mundo das idéias”. (que são utópicas e para se ter
uma pedagogia memética tem que dar asas aos educandos e não uma
educação que só educa com utopias feita pelas elites).
Conhecimento
Platão não buscava as
verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e
seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a
verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência
do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja,
variam, mudam, surgem e se vão. (É que chamo de utopia).
“Como o filósofo
busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas
verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se
há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer
para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo
superior. ( verdade é difícil em cada momento, cada segundo).”
Como seu mestre
Sócrates, Platão busca descobrir as verdades essenciais das coisas.
As coisas devem ter um outro fundamento, além do físico, e a forma
de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas, mas
do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa. Isto
significa buscar a verdade no interior do próprio homem, não
meramente como sujeito particular, mas como participante das verdades
essenciais do ser. ( eis aí a essência do aluno percepto na
pedagogia memética, ele buscará o que lhe interessa se não esta
pronto para a matemática e gosta de artes deixem desenvolver todas
suas aptidões depois ele procurará os conhecimentos mínimos de
matemática, física, mas, se ele realmente precisar ).
O conhecimento era o
conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não
enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento contido na alma era
a essência daquilo que existia no mundo sensível. Portanto, em
Platão, também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A
alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das idéias,
porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.
Também o conhecimento
tinha fins morais, isto é, levar o homem à bondade e à felicidade.
Assim a forma de conhecimento era um reconhecimento, que faria o
homem dar-se conta das verdades que sempre possuíra e que o levavam
a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A
obtenção do autoconhecimento era um caminho árduo e metódico. (
que facilita no caso de um aluno que tem aptidão numa escola
memética).
Quanto ao mundo
material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne
(técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo
das idéias, o homem pode ter a épisthéme, (epistemológica) o
conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico.
Platão não defendia
que todas as pessoas tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos
terem a alma perfeita, nem todos chegava à contemplação absoluta
do mundo das idéias. ( é assim na consciência coletiva, um
individuo não é igual ao outro, por isto deve-se diferenciar às
disciplinas para a pedagogia memética, do qual ele terá maior
contemplação).
"Os males não
cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos
filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por
uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente."
(Platão, Carta Sétima, 326b).
Esta afirmação de
Platão deve ser compreendida com base primeira base na teoria e
utopia do conhecimento
Platão acreditava que
existiam três espécies de virtudes baseadas na alma
A primeira virtude era
a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o
governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão. (no caso
brasileiro usam as teorias utópicas de baixo para cima)
A segunda espécie de
virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os
soldados ou guardiões da polis (cidade), pois sua alma de prata é
imbuída de vontade. ( acho que esta virtude não cabe nos desejos
burocracia brasileira que entravam à educação e deve sair de cena
e deixar a escola memética se auto-executar).
E, por fim, A terceira
virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou
os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das
coisas sensíveis. ( que belo nos seriamos trabalhadores têm
realmente em mãos os dinheiros arrecadam e aplicassem melhor sem
interferência do alto-ventre, ou seja, os que fazem as utopias
educacionais brasileiras).
Por meio da relação
de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das
idéias e aspira ao conhecimento e às idéias do Bem e da Justiça.
A partir da contemplação do mundo das idéias, o Demiurgo, ( é o
criador do Mundo inferior ou material é considerado o chefe dos
Arcontes -’servos’- possuindo sabedoria limitada e imperfeita).
O termo demiurgo provém
do latim demiurgus, e este por sua vez do grego δημιουργός
(dēmiourgós), literalmente "o que produz para o povo", e
foi originalmente um termo comum que designava qualquer trabalhador
cujo ofício se faz de uso público: artistas, artesãos, médicos,
mensageiros, etc. Que no século V a.C. passou a designar certos
magistrados ou funcionários eleitos. ( ou seja, nós, professores,
e, outros educadores).
Platão o utilizou em
seu diálogo Timeu, uma exposição sobre cosmologia escrita por
volta de 360 a.C. onde o Demiurgo figura como o agente que, embora
não seja o criador da realidade, organiza e modela a matéria
caótica preexistente de acordo com modelos perfeitos e eternos.
Platão descreveu no
Timeu, organizou o mundo sensível. Não se trata de uma criação ex
nihilo, isto é, do nada, como no caso do Deus judaico-cristão, pois
o Demiurgo não criou a matéria (Timeu, 53b) nem é a fonte da
racionalidade das idéias por ele contempladas. A ação do homem se
restringe ao mundo material; no mundo das idéias o homem não pode
transformar nada. Pois o que é perfeito, não pode ser mais
perfeito.
Timeu encontra-se a
"teoria das formas inteligíveis", que explicaria a
natureza do mundo sensível. Pelas idéias poder-se-ia explicar a
natureza do universo ou da totalidade das coisas sensíveis. Estas
estão sujeitas a geração e foram criadas de acordo com um modelo
(paradigma eterno).
Assim, causas imutáveis
seriam aplicadas ao que é instável por natureza e as coisas
sensíveis teriam nas formas inteligíveis a própria possibilidade
de existência. (por isto as utopias com suas teorias por serem
instáveis numa escola memética esta dariam à possibilidade
estabilização dos indivíduos).
Até agora feitas às
utopias não formaram uma sociedade com autonomia e democrática, nem
politicamente. Desde jesuítas com a utopia Escolástica passando por
D. Pedro que efetivou e escola panóptico onde projetou o modelo dos
prédios que encontramos até hoje nas escolas.
Com D. Pedro ele seguiu
o exemplo baseado na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor
anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do
jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da ideia do
panóptico.
Para isto Bentham
estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema
penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um
observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o
Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.
As adaptações
utópicas até não fizeram nossas escolas serem boas.
A com tempos
determinados para disciplinas que são interrompidas, não tem uma
seqüência de ligação, as matérias tem 50 minutos, 50 minutos de
matemática, 50 minutos de inglês, elas estão compartimentalizada,
há uma ruptura. Segue uma divisão de trabalhos escolares igual à
ordem vigente nas manufaturas.
A escola brasileira com
as atuais utopias impregnada de pressupostos político-ideológicos
faz com que os alunos passam a vida inteira sem ter uma idéia de
quer ser porque ele não é preparado para ser um aluno perceptos.
Perceptos que na
psicologia são os processos de aprendizagem e de aquisição de
conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos
mentais usados no pensamento e na percepção, também na
classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento
através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e
soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer
que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e
pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.
Mas o conhecimento lhe
traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de
conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno.
Ela é um processo pelo
qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em
que vive sem perder a sua identidade existencial.
Ela começa com a
captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É,
portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a
informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na
nossa memória.
Os processos mentais
que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da
ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos
domínios, examinando questões sobre a memória, atenção,
percepção, representação de conhecimento, raciocínio,
criatividade e resolução de problemas.
No século XX, a
psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos
sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em
certa medida, o processamento humano e animal da informação com
processos eletrônicos, como o computador.
Hoje perceptos
necessita de liberdade de comportamento e tentarei propor a pedagogia
Memética.
A Pedagogia Memética
parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no
seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do
gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes.
É considerado como uma
unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em
cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros
e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros
locais de armazenamento ou outros cérebros.
No que diz respeito à
sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução
cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser
idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos,
capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que
possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade
autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de
informação é conhecido como memética.
Quando usado num
contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar
apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este
uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus",
afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir
os memes como replicadores de comportamentos.
A chave de todo ser
humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem
oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos
seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser
reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga
comandos próprios.
Temos hoje tecnologia e
dinheiro para isto. Um aluno deveria receber 680 reais se dinheiro da
arrecadação fosse direto e escolheria qual utopia seguiria, (ou
seus pais, no caso de menores de 10 anos ou...). Assumiriam seus
próprios comandos que também pode ser grupal.
Para isto é necessário
que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como
estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio
escolar. Ele deve ser, mas ter é extremamente necessário para ser
perceptos.
Até hoje as elites
usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos
perceptos, que sofreram uma lavagem cerebral e condiciona a idéia de
uma consciência coletiva melhor.
Historicamente a escola
foi um palco de teorias copiadas e adequadas à realidade brasileira,
a ultima moda é bullyng, o aluno contra aluno, ou professor contra
aluno. Os alunos estão cada vez mais violento, veja o caso do Rio da
chacina que um ex-aluno fez na escola bem parecido a dos Estados
Unidos.
Recordando o que é uma
utopia: ela consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas
uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão
fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um
modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos
que elas fossem.
As pessoas vivem numa
utopia, nós inclusive, sem ela a vida teria que ser o paraíso para
nos contentar. As utopias se chocam, os adeptos se lançam em várias
teorias para sustentá-la.
Há pedagogos teóricos
utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram
metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor,
ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado.
Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.
As adaptações das
utopias clássicas feitas, pelo que chamo de pedagogos, que nada mais
fez que confundisse e ainda confunde muitos professores e pais, ou
seja, o usuário das escolas publica. As utopias dão suportes a três
correntes teóricas, capitalistas, socialistas e religiosas que
tentam encaminhar as metodologias que não dão mais conta do mundo
real em que vivemos.
No Brasil, as elites
que podem pagar escola privada, sabem dos experimentalismos dos
burocratas estatais e de seus “pseudos-pedagogos”, eles preferem
uma escola onde às utopias são clara, como de Skinner, Piaget, do
que a bagunça teórica utópica Estatal.
As estruturas
burocráticas emperraram e emperram a escola publica que deveria ser
democrática, uma escola que segundo a Constituição deve ser
autônoma, mas não é. Autonomia da escola deve se autogerir e
programar suas próprias utopias, pode ser Piagentina se quiserem.
Os impostos arrecadados
dariam a cada aluno brasileiro 680 reais, mas... Fica uma boa parte
nas estruturas burocráticas. Com 680 reais os alunos poderiam
escolher qualquer escola seja ela particular ou publica até a
Universidade.
Daria o maior estimulo
para os alunos de hoje, aí sim a gratuidade total de seus estudos,
que pela dimensão econômica a chave para alavancar um norte para as
camadas populares. Colocaria um fim na frase que sempre se houve nos
estudantes carentes: - para que estudar se não pode pagar uma
universidade, um curso técnico...
Mas os governantes
vaidosos querem programar a “autonomia” deles baseada em utopias
de gabinetes que só confundem os pais, professores, diretores, as
pessoas que estão ligadas diretamente ao aluno. Tratam-nos como
débeis mentais. Deixe a escola programar suas Utopias.
Nas anteriores gerações
brasileiras se havia mais cultura cristã que com advento da
televisão começaram a ter contato com as idéias socialistas,
capitalistas, etc., mas, poucos sabiam ler. Para isto as imagens e a
cultura ocidental foram dubladas principalmente a norte-americana que
impregnaram nossa juventude com a linguagem da imagem mais que a
escrita, facilitaram as utopias capitalistas e socialistas e
religiosas a se tornarem consciência coletiva.
Hoje, os jovens querem
aqui e o agora, a linguagem da imagem propagada pela Televisão e
outras mídias como musica, que mostra uma cultura ocidental
violentíssima há sempre heróis e bandidos. Claro é mais fácil
convencer um analfabeto e agora também como alguns chama analfabeto
funcional, ou seja, sabe lê mais consegue entender.
Para felicidade da
Nação eles adoram um click no controle remoto, e pronto! Ficam
satisfeitos, é um troca-troca de felicidade momentânea muito
rápida, onde lei do menor esforço de Maquiavel (ou que por aqui no
Brasil como se diz: - a “lei de Gerson”). As imagens dos clicks
se projetam neles e ao olhar as telas, os indivíduos torna criatura
imaginada utopicamente dentro do seu espaço e se acomoda, ele se vê
como artista no bar, rua, jogador na festa, cantor, político famoso,
há uma vestimenta na consciência coletiva de quero ter e não ser.
A consciência coletiva
segundo Émile Durkheim “é que a sociedade tem uma consciência
individual que se juntam e formam uma consciência coletiva e
partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados
como coisas, forneceram uma definição do normal e do patológico
aplicada a cada sociedade”.
“Em que o normal
seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e
superior a ele. O que significa que a sociedade e a consciência
coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência
tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve
permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa
estrutura.”
“Para que reine certo
consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma
solidariedade entre seus membros criticamente, ou seja, pensa e age”.
Ufa! Será que um dia chegaremos lá.
A sociedade precisa
saber criticamente utilizar o click se quisermos ter uma consciência
coletiva. Mas, será difícil pela qualidade dos canais do Brasil
para melhorar deveremos acabar com as dublagens, seria um passo para
nossos jovens melhorarem a leitura e forçaria aqueles que não sabe
ler um esforço maior, saindo da lei de Maquiavel. Que tanto permeia
nossa sociedade ou consciência coletiva que está incrustada ainda
no lixo da violência e no mínimo de esforço possível.
A mudança efetivada
nas escolas publica e também na Constituição brasileira criou a
cultura da lei do menor esforço possível, passa-se aluno que não
sabe ler e escrever corretamente. A utopia mais aplicada é a utopia
de Freinet que se segue abaixo um esboço:
Celestin Freinet (1896
† 1966) foi um pedagogo anarquista francês, uma importante
referência da pedagogia de sua época, cujas propostas continuam
tendo grande ressonância na educação dos dias atuais.
A criança é da mesma
natureza que o adulto.
Ser maior não
significa necessariamente estar acima dos outros.
O comportamento escolar
de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e
constitucional.
A criança e o adulto
não gostam de imposições autoritárias.
A criança e o adulto
não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer
passivamente uma ordem externa.
Ninguém gosta de fazer
determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não
o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
Todos gostam de
escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais
vantajosa.
Ninguém gosta de
trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas
nas quais não participa.
É fundamental a
motivação para o trabalho.
Todos querem ser
bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
Não é o jogo que é
natural na criança, mas sim o trabalho.
Não é a observação,
explicação e a demonstração - processos essenciais da escola - as
únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a
experiência tateante, que é uma conduta natural e universal.
A memória, tão
preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser
quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra
verdadeiramente a serviço da vida.
As aquisições não
são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê,
mas sim pela experiência. Estudar primeiras regras e leis é colocar
o carro na frente dos bois.
A inteligência não é
uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado,
independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina à
escolástica.
A escola cultiva apenas
uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade fica
fixada na memória por meio de palavras e idéias.
A criança não gosta
de receber lições autoritárias.
A criança não se
cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua
vida.
A criança e o adulto
não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza
uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
As notas e
classificações constituem sempre um erro.
Fale o menos possível.
A criança não gosta
de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho
individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
A ordem e a disciplina
são necessárias na aula.
Os castigos são sempre
uns erros. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não
passam de paliativo.
A nova vida da escola
supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo
trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
A sobrecarga das
classes constitui sempre um erro pedagógico.
A concepção atual das
grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é
sempre um erro e cria barreiras.
A democracia de amanhã
prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na
escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
Uma das primeiras
condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por
sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é
possível educar dentro da dignidade.
A reação social e
política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição
com o qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou
modificá-la.
É preciso ter
esperança otimista na vida.
Assim a utopia
anarquista de Freinet é à base do planejamento dos utópicos
pedagogos atuaise e também da ECA - Estatuto da Criança e
Adolescente, que proíbe e esconde uma realidade escolar, e nos dão
esta utopia de cima para baixo, não se pode fazer nada antes dos 18
anos e as crianças abusam da ECA, os pais são obrigados a colocar
os filhos na escola, mesmo se este não tiver vontade.
Retorno de novo: - a
Escola deve com sua própria utopia feita pela sua própria
consciência coletiva, de cada escola, seja ela no bairro Butantã ou
em Pinheiros ou ter a pedagogia memética que estou propondo.
Antes não havia
obrigação de colocar seu filho na escola, ele ia trabalhar no campo
e sabia das dificuldades que seus pais passavam e dava valor aos
esforços de cada conquista familiar e pessoal, mas, a maioria era
analfabeta. Davam valor a quem sabia ler e interpretar, os
professores mais do que nunca eram o suporte da moral e sabedoria,
eram ídolos, os pais acreditavam e deixavam o professor livre para
educar seus filhos, não havia a utopia de hoje – Herói, Bandido.
As pessoas liam mais,
quem tinha condições de se instruir dava valor ao professor, ele
era uma categoria especial, até o seu aumento salarial era de
categoria especial. Os melhores escritores de nossa literatura foram
desta época. Com o aumento da industrialização e com o inicio das
Rádios as utopias do herói e bandidos começaram a fazer a
consciência coletiva ficar massificada. Foi instalada a cultura de
massa que aumentou mais ainda a partir de 1960.
Cultura de massa
(também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de
idéias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos
que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o
mainstream ( quer dizer uma corrente de pensamento principal. É um
termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria
da população).
É muito utilizado
atualmente referindo-se às artes. Em uma dada cultura, especialmente
a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente
mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.
Fortemente influenciada
pela mídia de massa, essa coleção de idéias permeia o cotidiano
da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário
cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.
A cultura popular é
frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa
encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como
resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais
notavelmente grupos religiosos e contra culturais ) que a acreditam
superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.
O termo "cultura
popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir
à educação e cultura das classes mais baixas. “O termo começou
a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas,
separado e se opondo à verdadeira educação” próxima do final do
século, um uso que se tornou estabelecido no período de entre
guerras.
O significado corrente
do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente
nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra
Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de
1960.
A principal utopia da
cultura pop culture foi "hippie" foi o "Woodstock,"
um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que
contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais,
como o folk, o "rock'roll" e o blues, todos esses
movimentos de alguma forma digamos ligados às críticas e à
contestação do movimento foi à utopia que aumentou a lei do mínimo
possível de Maquiavel e sedimentou a cultura da imagem bandido e
mocinhos.
O mais importante na
cultura de massa é o significado de “meme”, a auto propagação,
isto é, a transmissão de informação de uma mente para outra.
Replicaram comportamentos e sempre surge meme falsa a todo o momento
principalmente pela internet.
Há hoje uma
consciência coletiva Nemética onde o click de uma pessoa pode mudar
uma atitude de muitos, se ligam nas redes sociais, facebook, orkut,
MSN e outros meios. Vou dar uma ideia memética: vamos acabar com as
eleições obrigatórias no Brasil votando em branco, precisamos 50 %
mais um voto colocaria a constituição em contradição.
Outro exemplo, as
votações nos projetos on-line poderiam acabar com o modelo
democrático falso temos e que veio lá do império romano para que
senadores e os deputados fossem eleitos sem um mandato efetivo de 4
anos, nós poderemos tirá-lo só com um click, ele tem que ter a
maioria mesmo. Teríamos uma democracia direta estes são exemplos de
consciência coletiva memética. (no Brasil não são todos que podem
e sabem dar o click).
As pessoas se
interagiriam via internet, as provas para o aluno passar de ano seria
feito num centro de provas localizadas em pólos, nestes haveria
professores para tirar as dúvidas. Mesmo pode ter uma intranet entre
professores e alunos, (como disse acima, um aluno deveria receber 765
reais por mês se viesse direto sem os entraves do governo), aquele
que não tirasse nota acima de 8 não teria este beneficio, ou seja,
os 765 reais.
Seria um jeito de
diminuir custos, diminuiria a quantidade de professores, mas os
salários aumentariam, veja bem, estou aqui fazendo também uma
Utopia. Antes o Brasil era um país “caipira” e respeitador, não
se tinha as maldades de hoje, mas os jovens de hoje querem tudo nas
mãos. Não sabem a dificuldade de não ter um Real para comprar pão,
se projetam nos ídolos.
Os governantes dizem
que para um país ser desenvolvido tem que ter índice igual aos
paises mais ricos e instalam o mito que a educação salvará o
Brasil, confundem educação com índice, educação não é índice.
Educação engloba os
processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em
qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável
pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às
gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir
necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu
grupo ou sociedade.
A Socialização é o
processo pelo quais as crianças, ou outros novos membros da
sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de
socialização. A socialização é o principal canal para a
transmissão da cultura através do tempo e das gerações, assim a
escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.
Ao longo do tempo os
lideres tentam fazer a lavagem cerebral que é também conhecido como
Reforma de pensamento ou Reeducação é o esforço constituído
visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças
consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e
conhecimentos das outras pessoas.
Os motivos para a
lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e
comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão
considerados indesejável como desejável.
Enquanto processo de
sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de
convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade,
do indivíduo ao grupo ou dos grupos. No Brasil não houve uma
Socialização plena, mas uma lavagem Cerebral.
Os lideres se servem de
teorias utópicas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais desde
jesuítas até os autores socialistas, capitalistas e eclesiásticos
atuais que atrapalham os professores e os usuários da escola
publica.
O autogereciamento
escolar é uma necessidade urgente para melhoria da escola. A
organização deve ser feita por quem participa diretamente na
unidade escolar, chega de interferências.
Gostaria de perguntar
para os utópicos e lideres e as elites que podem pagar e que
planejam e idealizam a escola que temos hoje, se eles têm coragem de
colocar seus filhos na escola publica. Com o autogereciamento as
escolas serão mais transparentes, é imperioso que se faça já,
porque as mentiras da educação elaboradas pelas utopias criadas
pelos governantes, ocasionaram esta porcaria de educação
brasileira.
32. Conclusão.
As utopias que fizeram
na Educação Brasileira feita pelas elites educacionais que vieram
com os jesuítas onde obrigaram os nativos e depois os brasileiros
fizeram até agora uma escola onde são colocadas várias teorias
educacionais que não atenderam dimensão econômica, filosófica,
potencial e causal que tanto precisamos.
A educação esta fora
do lugar quanto às teorias, elas querem mostrar promessas de
prosperidade. O de sermos bem-sucedidos na empresa como proprietário,
executivo, profissional liberal ou autônomo, mas nem todos
conseguem.
Tantos sacrifícios,
nós brasileiros fizemos, mergulhados nas precariedades das migalhas
que o Estado e pela as elites que podem pagar escolas particulares
fazem que da pena.
Não é para menos, as
escolas públicas vivem as mínguas, pela nossa natureza devemos ter
evolução, nossa sociedade propaga a riqueza. Enganam-nos com as
utopias da educação de cunho socialista misturada com os teóricos
que foram banidos depois da Ditadura Militar e que retornaram com
tudo, principalmente, que fizeram com O Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova(1932).
As pessoas trabalham
para crescente prosperidade material, esta é essência da utopia
capitalista em que vivemos. Nas escolas públicas, ainda estão
baseadas em utopias educacionais que não correspondem com as
verdadeiras necessidades do povo brasileiro.
A escola que querem é
uma escola de mentira feita historicamente.
Para e pense. Como anda
a educação? Esta empobrecida, esgotada e perdidas em tantas teorias
que dragam os esforços dos professores, alunos e as famílias.
Sempre o aluno, o
professor, os pais são os culpados e até brigam entre eles, mas não
percebem a culpa do Estado e das elites que podem pagar escolas
particulares são os Sabotadores e nos jogam nas armadilhas das
teorias utópicas da educação. Que impede uma educação realmente
formadora e crítica.
As elites que podem
pagar as pessoas que tem seus filhos nas Escolas Particulares, ou,
que tem renda superior a cinco salários minínos, e fugiram das
escolas publicas quando no governo militar popularizou acabando com
os exames admissionais na reforma de 1975.
Os pseudos-pedagogos
voltaram com tudo após o governo militar fazer abertura.
Há perdas de recursos
provindos dos impostos que fica na estrutura burocrática montada
desde jesuítas até Dilma Rousset (PT).
As influencias
culturais feitas pelos novos meios de comunicação que ocasionaram
uma nova consciência coletiva a docontrole do click.
Também mostrarei a
centralização caótica tanto do dinheiro arrecadado e metodologias
aplicadas feitas desde período colonial. E que deve acabar.
Os impostos arrecadados
devem ir direto para escola, não se perder nas instituições que
não deveriam existir que vieram desde período colonial, que deram
seqüências das políticas educacionais falsas sofrendo algumas
adaptações e gerindo mal os recursos.
A educação voltada
para brasileiros com autonomia, gratuíta, se possível na minha
utopia, até a universidade, para isto deve-se alterar a
constituição, em que o ensino é voltado para o trabalho, mas até
o Phd, (pós-doutorado) que levarão a nós brasileiros a SER e TER.
Se um padre voltar a
dar aula agora não verá diferença na estrutura predial das escolas
das escolas das igrejas, basta ver a PUC, UNISO, etc.
A educação começou
com os jesuítas que trouxeram somente a moral, os costumes e a
religiosidade européia e métodos pedagógicos autoritários.
Até agora 510 anos
sofremos com pseudos-utopias e persiste no inconciente coletivo
social até hoje e estão a todo vapor nas universidades tanto nas
públicas como nas particulares ,como USP, PUC, UNISO, etc.
Além disto eles
mascaram que são bons, com cara de filantropia e dão somente bolsas
a estudantes carentes.
Segundo os pensamentos
de Jean Jacques Rousseau.
Os destaques do
pensamento de Rousseau que na obra Contrato Social, publicada em
1762.
Propõe que todos os
homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do
homem baseado na experiência política das antigas civilizações
onde predomina o consenso e dessa forma se garantam os direitos de
todos os cidadãos.
Primeiramente se aborda
a liberdade natural, nata, do ser humano, como ele a havia perdido, e
como ele haveria de recuperá-la.
Rousseau condena a
escravidão, como algo paradoxal ao direito e se recuperando a
liberdade, o povo é quem escolhe seus representantes e a melhor
forma de governo.
A maior defesa é à
passagem do estado natural de escravo para o civil é a necessidade
de uma liberdade moral, que garante o sentimento de autonomia do
homem.
A soberania do povo,
que é indivisível. O povo, tem interesses, são nomeados como
“vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade ele não
pode ultrapassar a soberania do povo ou a vontade geral.
Mais até quando vamos
esperar!
E também diz “o
soberano tem que agir de acordo com vontade do povo, onde o limite do
poder do governante: a corrupção dos governantes quanto à vontade
geral, garantida o direito de tirar do poder tal governante
corrupto”.
Hoje no caso de Dilma,
como também nos casos dos ex- presidentes, são lideres que não
fazem nada para autonomia do povo para se submeterem a vontade deles,
deve ser por isto que o Brasil têm os 3 Ds demais.
Espero que tenha
colaborado. E por favor entre nos comentários dê sugestões e
críticas e não estou cobrando nada para divulgar esta, portanto
faça bom uso. obrigado.
Obs* a maioria das
minhas pesquisas sairam da wikipédia e autores sitados no blogger.
O próximo blogger ser
uma nova divisão territorial brasileira rumo a verdadeira
democracia.
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