Professor Adílio Jacinto Filho
Geógrafo,Escritor e Jornalista
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segunda-feira, 9 de junho de 2025
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
LULA culpado! Ainda bem que acabou mais um ciclo da democracia brasileira.
LULA culpado! Ainda bem que acabou mais um ciclo da democracia brasileira.
"Os Ingênuos" se fizeram na onda dos escritos de Karl Marx e proliferou mais depois da formação do bloco da antiga União Soviética ou URSS caracterizado do lema igualdade social para todos, fizeram a experiência de 65 anos destes que se deu tantos romances e filmes além de das doutrinações de muitos intelectuais que inundaram o Brasil.
Estas doutrinações fizeram o ingênuo que era honesto vivesse o drama das desgraças que atinge o brasileiro espantado com as ridículas convenções das mazelas econômicas e sociais queriam voltar à natureza onde a se não atacarmos estas não haverá melhorias, o problema que o país tem uma distribuição econômica das piores do mundo ficando atrás do Paraguai só ficando a frente da Bolívia e Haiti não conseguiu até agora melhorar as condições dos brasileiros.
É claro que relação os ingênuos não esconderam suas ojerizas para as desigualdades, entretanto achar que LULA se passar incólume para nova democracia que somos, lembrando que o país se passaram 29 anos desta, ironicamente as crises brasileiras sempre tiveram um ciclo de 30 anos, o ciclo anterior da tomada dos militares ficaram no poder 30 anos, a era de Getúlio também tiveram 30 anos.
Na era LULA completou 30 anos o problema que há ainda muitos “ingênuos” e pessoas com discurso fácil que é cara dos sindicatos dos trabalhadores, mas, há um elo interesse de obter vantagens diferentes na forma de desenvolver as ideias durante os anos da URSS onde foram captados pela doutrinação escolar por antigos socialistas principalmente em jovens inocentes ideologicamente onde encontraram vasto quadro de adeptos .
Nos meios da imprensa escrita teve concepções feitas através de um humor mordaz, cáustico e irreverente como o Jornal Pasquim e outros além de tudo colunistas de grandes jornais como a Folha de São Paulo onde a maioria de leitores era torpedeada pela critica que com parcimônia, dando ênfase a um estilo dramático em que se mesclam dor e melancolia que se podiam ter uma sociedade igualitária.
A respeito da morte do amado socialismo da URSS os ingênuos como expressou Voltaire: "O terrível silêncio do Ingênuo, seus olhos sombrios, seus lábios trementes, os frêmitos de seu corpo, incutiam, na alma de todos aqueles que o contemplavam, essa mescla de compaixão e terror que encadeia a alma, que impede a palavra e só se manifesta por frases entrecortadas” como é o discurso dos que se diz de “esquerda”.
Igualmente dramática é a conclusão que o socialismo não deu certo na Rússia e que chega Ingênuo, após ler sobre a História ainda há pessoas ingênuas onde no mundo ainda não desapareceu e a História, com efeito, não é mais que o quadro de corrupção que o país atravessa.
Há ainda uma multidão de homens inocentes e pacíficos sempre se apaga nesse vasto cenário do finado socialista será que precisamos ter ainda o exemplo da Venezuela, Cuba e Coréia do Norte que mostraram que os principais papéis de seus lideres que são ambiciosos e perversos.
O líder LULA sem mudar o conhecido estilo, não perde a irreverência de se dizer “pai da igualdade” social mesmo avançado em idade, era um excelente ainda é politico amado por ingênuos diferente do anos 70 e 80 mesmo sabendo do fim do socialismo apregoado por Karl Marx na Rússia só que de ingênuos os lideres da suposta “esquerda” PT de nada tem e ainda bem que a fase do 30 anos está passando, justiça foi toda feita.
sexta-feira, 18 de março de 2016
Quando teremos eficiência na República com lideres populistas?
Do ano de 1945 até 1964, houve o período de populismo no Brasil, que teve origem em 1930. O modelo de gestão, nas mãos de Vargas, gerou para os trabalhadores brasileiros a criação do CLT – Códigos de Leis Trabalhistas -, redução de jornadas de trabalho, e a instituição do salário mínimo, além do Dia do Trabalhador, no dia 1° de maio.
Com a renúncia de Vargas, José Linhares convocou eleições para a presidência em 1945. Os candidatos eram Eurico Gaspar Dutra e Eduardo Gomes. Vargas indicou Dutra como seu sucessor, que foi eleito graças a esse apoio.
Seguindo o pensamento do governo populista, Dutra promulgou a nova Constituição, substituindo a criada em 1934. Passaram a ser liberada a criação de novos partidos políticos, mas dois anos depois, temeroso com o avanço do comunismo, o presidente declarou ilegal o Partido Comunista. O Governo Dutra foi responsável ainda pela criação do SALTE, sua ação mais importante. O plano social e econômico integrava saúde, alimentação, transporte e energia.
Vargas retornou ao poder em 1951, de forma legal. Foi eleito por voto direto, e criou a Petrobrás, empresa estatal de exploração e refinação do petróleo extraído no território brasileiro. O presidente continuou com sua política, conseguindo equilibrar os interesses da burguesia e da classe operária.
Apesar de sua grande aceitação por parte da população, Vargas não era aceito por partidos políticos, como a UDN. A União Democrática Nacional temia um novo gole político, como o que deu origem ao Estado Novo. Carlos Lacerda era seu principal adversário político e partidários de Vargas decidiram tentar acabar com sua vida. Ele e seu acompanhante, Major da Aeronáutica Rubens Vaz foram abordados por um pistoleiro, mas apenas Rubens foi assassinado.
Mesmo Vargas afirmando que não teve participação nem conhecimento no Atentado da Rua Toneleros, a oposição exigiu sua renúncia junto com a aeronáutica. Ele recusou-se e, em 1954, suicidou-se com um tiro no peito. Seu suicídio, devido à falta de tecnologia ou até mesmo à negligência, é considerado um pouco duvidoso.
Em 1956, o presidente eleito Juscelino Kubitchek assumia o poder. Com base eleitoral predominantemente agrária, o período de governo do presidente trouxe uma rápida industrialização e a sensação de prosperidade. Com a construção de Brasília, a nova capital, o presidente passou a gastar mais do que a situação econômica do Brasil permitia, gerando grande inflação e crise.
Jânio Quadros, sucessor de JK, denunciou a crise, e afirmou que tomaria as medidas que fossem necessárias para acabar com o problema financeiro. No entanto, no mesmo ano em que assumiu o poder, Jânio renuncia alegando poderes de forças ocultas.
Assume João Goulart. Neste período, iniciou-se um período parlamentarista e, após muitas tentativas de acabar com a inflação, Goulart é obrigado a exilar-se.
Já passamos de 12 anos de Governo “vermelho” em 1974, o “verde Amarelo” perdeu para numa eleição indireta que teve elegido o General Geisel , Ulisses perdera, mas mesmo assim este continuou junto com outros, em 79 Anistia-Já, também estava lá, o Senador Teotônio Vilela também e milhões de pessoas estavam também.
Foi um movimento multi-partidário, neste apareceu LULA, sintonizado com os sindicatos, hoje mostra a mesma coisa.
Quando Lula fez seu discurso no Estádio não estava lá, estava servindo o Exercito, assim o quis, Houve prontidão por 10 dias, perguntei para o Terceiro Sargento porque estávamos de prontidão, ele disse:- é necessário.
- Vamos sair não sair? Por quê? Sargento.
- Soldado é necessário em primeiro lugar o dever da Democracia.
Saindo de lá em 81 como Núcleo Base, ou seja, necessário "bons" comportamentos para chegada dos conscritos, ou seja, novatos.
Em 82 pela influência de certos Professores da utopia do socialismo, entrei na Luta de Classe e vi em LULA como presidente poderia mudar o Brasil. Hoje estou vendo ele se agarrando e falando que não larga o Poder e Golpe. Ufa!
sai do Partido do PT em 1998, senti na pele que era contrario aos "lideres" participei e com outros professores da doutrinação dos alunos para utopia do socialismo como militante e ativista do Partido e me formei em 92 como Professor até 98 desisti por ser perseguido pelo lideres do partido em Caçapava. Passei em quarto lugar, o quinto era do partido e foi designado para Diretor da minha unidade, se não fosse por mim ele assumiria o a quarta vaga, a ultima a ser preenchida.
Num incidente com um tema transversal sobre aumento da HIV, falei sobre sexologia e uma mãe veio reclamar que estava falando de sexo, este não exitou, veio com advertência, lembrando que estava em estagio Probatório, um segundo incidente, um aluno jogou giz na lousa e bateu nos olhos da professora que veio chorando para a sala dos professores.
Não aguentei, ele ficou parado não resolveu nada, era o próximo a lecionar na sala do aluno, este mesmo continuou a falar pedi para ele parar, disse "quero ver que homem vai me tirar daqui", continuou pedi para ele se retirar num estalo gritou se fosse homem tirava ele de lá, pedi para o mesmo Diretor vir a Sala, nada, ficou de braços cruzado. nem precisa dizer o resto, foi exonerado do cargo e o diretor assumiu minha vaga.
Mas ainda continuei e votei no LULA, fiz várias greves, posso dizer uma coisa regado a Cerveja e "Rabo de Galo".
Os alunos perguntavam em que voltaria falei LULA, por que, respondi para implosão do populismo ou melhoria do país.
Ah! Um problema do SE me ajudasse estaria triste hoje, mas não, vejo a Democracia e o Estado de Direito Democrático atuando, posso afirmar agora que será o fim do populismo com toda certeza, de novo o SE me arremete para ver se a República haverá eficiência é outra história.
Mas ainda continuei e votei no LULA, fiz várias greves, posso dizer uma coisa regado a Cerveja e "Rabo de Galo".
Os alunos perguntavam em que voltaria falei LULA, por que, respondi para implosão do populismo ou melhoria do país.
Ah! Um problema do SE me ajudasse estaria triste hoje, mas não, vejo a Democracia e o Estado de Direito Democrático atuando, posso afirmar agora que será o fim do populismo com toda certeza, de novo o SE me arremete para ver se a República haverá eficiência é outra história.
Este é o PT com seus companheiros que tem o populista LULA no poder e se dizem de esquerda e protetores dos pobres e que o mundo assisti nas cidades são na maioria pessoas trazidas de várias cidades do interior dos movimentos manipulados pelas "companheiradas" tanto intelectual como artista.
Mais manifestações aconteceram na próxima os artistas e intelectuais que não pactuam com as "coisas" ou como ele, o Sr. LULA disse: - "coxinhas" saiam e vem para rua em shows para animar a platéia e de preferencia de graça e os manifestantes levem coxinhas. Se não puderem o importante é manter o movimento forte agora e sempre e que os "jogos comecem", isto é política.
Professor Adílio Jacinto Filho
Mais manifestações aconteceram na próxima os artistas e intelectuais que não pactuam com as "coisas" ou como ele, o Sr. LULA disse: - "coxinhas" saiam e vem para rua em shows para animar a platéia e de preferencia de graça e os manifestantes levem coxinhas. Se não puderem o importante é manter o movimento forte agora e sempre e que os "jogos comecem", isto é política.
Professor Adílio Jacinto Filho
quarta-feira, 16 de março de 2016
sábado, 23 de janeiro de 2016
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
ESTAMOS PRECISANDO DE AJUDA ECONÔMICA
Pedido de ajuda econômica
Amigos que assistiram nossos vídeos estamos precisando de ajuda
econômica para continuar nossos trabalhos, não colocamos propaganda para
não comprometer os conteúdos, o próximo vídeo será a terceira parte da
Administração que Estatística pode ajudar na tomada de decisões e
Depois Economia e além uma armadilha contra O Aedes Eghiptos sem
agredir a natureza. Para isto precisamos de suas contribuições: Agencia
6511-0. conta 34711-6. Obrigado
O BRASIL, FOI ALGUM DIA PÁTRIA EDUCADORA?
1. APRESENTAÇÃO
Sou Adílio Jacinto Filho, Professor de Geografia leciono há
28 anos Escola Publica do Estado de São Paulo, formado na Universidade do Vale
do Paraíba, nasci no meio rural, em
1961, quando o Brasil ainda não tinha a
maioria das pessoas vivendo na cidade, ou seja, urbanizado.
Este livro foi concebido para esclarecer por que não temos
uma boa Escola, baseados nas concepções econômicas, filosófica, potencial e
causal.
As mentiras pregam na verdade é histórica que veio dos
jesuítas até hoje, onde as elites implantam sistemas de ensino sempre buscando
um culpado, ora o professor, ora os pais, ora os alunos, mas nunca nas
incapacidades deles, eles são egoístas demais.
Demonstrarei a formação histórica da escola brasileira baseada
na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell
(1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham
(1748-1792), que foi autor da ideia do panóptico.
Para isto Bentham estudou “racionalmente”, em suas próprias
palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular,
onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o
Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.
Para estas adaptações se tem as utopias clássicas e dos que
chamo pseudos-pedagogos que confundiram e confundem muitos professores e pais,
ou seja, o usuário das escolas publica.
Mostrarei também que as elites que podem pagar uma escola
privada sabem dos experimentalismos dos burocratas estatais, preferem uma escola às utopias são claras,
como de Skinner, Piaget etc.
Também mostrarei de como as estruturas burocráticas
emperram e não devem existir.
Os jovens de hoje querem aqui e o agora, baseado na
linguagem da imagem propagada pela Televisão e outras mídias como musica, cultura ocidental é violenta, há heróis e
bandidos, nas gerações anteriores brasileiras se tinha mais uma cultura cristã
ou socialista.
As mudanças efetivadas na moral e também escritas nas
constituições não levam em conta os valores individuais e está emperrando o
ensino, o ECA - Estatuto da Criança e
Adolescente, mascara uma realidade que muitos pais, que gostariam de educar de
sua maneira não pode, exemplo: antes não havia obrigação de colocar seu filho
na escola, ele ia trabalhar no campo e sabia da dificuldades que seus pais
passavam, hoje eles querem tudo nas mãos.
Os lideres dizem que um país para ser desenvolvido tem que ter índice igual aos paises mais ricos e
instalam o mito que a educação salvará o Brasil, confundem educação com índice, educação não é
índice.
Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um
fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas,
responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às
gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à
convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.
Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida
nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à
sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade.
Na verdade não houve uma Socialização, mas uma lavagem
Cerebral. A Socialização é o processo pelo quais as crianças, ou outros novos
membros da sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de
socialização. A socialização é o principal canal para a transmissão da cultura
através do tempo e das gerações, assim a escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.
Ao longo do tempo os lideres tentam fazer a lavagem
cerebral que é também conhecido como Reforma de pensamento ou Reeducação é o
esforço constituído visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças
consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e conhecimentos das
outras pessoas.
Os motivos para a lavagem cerebral podem incluir o objetivo
de afetar o pensamento e comportamento do indivíduo que o sistema de valores
padrão considerados indesejável.
Os lideres se servem de teorias que fazem verdadeiras
lavagens cerebrais desde jesuítas até os autores ditos socialistas que
bagunçaram através de mentiras efetivadas na educação.
Aprender o modo de vida é respeitar o autogereciamento escolar, sem interferência
dos lideres burocráticos e deixe a escola livre, o cidadão deve escolher seus
caminhos e não uma obrigação efetivada por uma lei ou estatuto porque eles não
conseguem educar as camadas populares.
Pergunte algum deles se eles colocariam seus filhos na
educação que planejam como ideal, as escolas tentam ser mais transparentes. Assim
sendo, tentarei esclarecer as mentiras da educação.
2. Introdução
As Mentiras da Educação Brasileira elaboradas pelas elites
educacionais desde jesuítas que obrigaram os nativos ao modelo educacional europeu,
hoje, os pedagogos ou pseudos-pedagogos
que vieram depois fizeram cópias das teorias
educacionais muitos do Século XIX como Sir Jean William Fritz Piaget.
As teorias atendem as utopias, mas, elas são usadas para atender aos interesses das Elites que elaboram a educação brasileira. Com
teorias educacionais socialistas e capitalistas que só confundem a escola
publica e a desqualifica.
A escola publica não tem liberdade e transparência como às
privadas, sempre devem seguir uma diretriz de um governo e quando muda, seja
por secretários estadual ou municipal, prefeito, governador ou presidente, lá
vêm eles com outras teorias, ou dá continuidade no que esta dando errado.
Criaram o Mito da
educação com a máxima à escola serve para o desenvolvimento do país e assim se
deve ter uma um maior quantidade de alunos dentro da escola para formarem
cidadão para o trabalho, como esta na Constituição.
Querem mostrar através de projetos que escolas formadoras,
autônomas, mas na realidade a vaidade, a ineficiência deles quem
usam as estruturas estatais, e lá vem teorias que é jogada aos usuários
da escola publica.
Segundo alguns filósofos, nós não vivemos sem uma utopia,
portanto, sempre haverá uma utopia a ser
realizada, a nós basta escolher uma e viveremos na inércia de um dia sermos
felizes.
A escola que querem, portanto é utópica cujo o significado
é há uma idéia de civilização ideal,
imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo
possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. A palavra
foi cunhada a partir dos radicais gregos οὐ,
"não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar"
ou "lugar que não existe".
“Utopia é um termo inventado por Thomas More que serviu de título a uma de suas
obras escritas em latim por volta de 1516. Segundo a versão de
vários historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias de
Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha,
em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar
novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita.”
“O "utopismo" consiste na idéia de idealizar não
apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa
visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo
absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas
fossem*²”.
Pretendo mostrar é o conflito das utopias educacionais
feitas ao longo dos anos e como somos enganados por elas.
A utopia da educação brasileira é sempre foi mentirosa, muitos
professores não sabem claramente as teorias elaborados pelos órgãos estatais porque
elas não são claras e transparentes.
As maiorias
professores vieram das classes populares onde a utopia socialista é
forte, muitos foram iludidos, por
teóricos como Paulo Freire, Freinet, eles tem consciências que o Estado e as
elites não querem uma escola de boa qualidade.
O modelo que o
Estado empregou e empregam, mostraram falsas utopias para gestão escolar, não é
transparente.
Teorias e seus seguidores não cumprem dimensão econômica, filosófica, potencial e
causal que o capitalismo requer.
Nas escolas publicas
tem um emaranhado de utopias socialistas
e capitalistas que não conseguem dar a cidadania, é um faz de conta das elites
que a estruturam.
Hoje a moda é Bullying que é um termo utilizado para
descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos,
praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de
indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação
desigual de poder. Só mentiras ao longo dos tempos.
Tudo agora virou bullying, o professor não pode falar mais
alto, o aluno não pode falar mais alto, já não bastava a ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que junto com Constituição obriga os pais que os
alunos fiquem na escola sem querer. Não é uma escola para ser feliz, adeus
utopia.
Para se ter educação não é necessárias leis diretivas, muito interferências das estruturas como MEC,
FUNDEB, onde o dinheiro arrecadado se perde, a
primeira coisa é que este deve ir direto para a escola. Deixe que o
povo governe diretamente de modo
transparente.
A burocracia brasileira é incompetente, além de tudo nos
lançam utopias baseados em vários autores, que confundem a
Natureza humana da utopia de Nicolau Maquiavel (italiano, 1469
- 1527) que para ele, “a natureza humana seria essencialmente má e os
seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas
fazendo o bem quando forçados a isso. A
natureza humana também não se alteraria ao longo da história fazendo com que
seus contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que a
história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo. Falta-lhe um
senso das mudanças históricas.”
"Mesmo as leis mais bem ordenadas são impotentes
diante dos costumes" por isto que as leis diretrizes não dão certo feitas no Brasil nunca daremos certo, nós
estamos acostumados a fazer o mínimo esforço possível.
Como conseqüência acha inútil imaginar Estados utópicos, visto que nunca
antes postos em prática e prefere pensar no real. Sem querer com isso dizer que
os seres humanos ajam sempre de forma má, pois isso causaria o fim da
sociedade, baseada em um acordo entre os cidadãos. Ele “quer dizer que o governante
não pode esperar o melhor dos homens ou que estes ajam segundo o que se espera
deles”
Nossa sociedade foi condicionada no esforço mínimo,
aumentando ainda mais hoje, basta um click no canal de televisão que já mudamos
nossa felicidade, é sociedade do imediatismo, da idolatria, e, principalmente
da imagem.
O brasileiro faz o mínimo esforço, sabe das falsidades das
utopias que eles fazem, mas...
Para começar os burocratas e governantes e idealistas
através de teorias sustentam suas utopias, há varias teorias que comentarei,
mas, darei neste momento duas, a do Bruner e de Lauro de Oliveira Lima e Freinet.
2.2. Entendo as utopias educacionais brasileira.
Do teórico Bruner:
O que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura,
suas idéias e relações fundamentais. A compreensão de princípios e conceitos
fundamentais parece ser, segundo Bruner, o principal caminho para uma adequada
transferência da aprendizagem;
Encara o ensino como uma atividade que deve principalmente
concentrar-se em como aperfeiçoar a aprendizagem facilitar a transferência ou a
recuperação de informações;
Destaca a importância de planejar o ensino levando em conta
o que se sabe sobre o desenvolvimento intelectual do aprendiz.
Daí se deu a idéia de ciclos ou etapas, no caso brasileiro,
educação infantil, fundamental, médio, técnico, superior e ensino de jovens
adultos ( antiga madureza, feito mais rápido).
ü
Os pseudosteóricos do
capitalismo usam muito.
ü
A Teoria da Lauro de
Oliveira Lima:
ü
A aula expositiva
torna-se quase um desestimulo a criatividade;
ü
O nível mental da
criança é que determina como o professor deve apresentar as situações
didáticas;
ü
O grupo é o condutor
de estímulos de aprendizagem;
ü
Não ensine, provoque a
atividade do aluno;
ü
A escola deve
estimular a criatividade e preparar o aluno para resolver situações-problema;
ü
Em cada estágio de
desenvolvimento, o aluno tem uma forma diferente de aprender;
ü
Valoriza mais o
processo de aquisição do saber, do que o saber propriamente dito;
ü
Sugere ao professor,
que faça o aluno compreender o que faz;
ü
No grupo o aluno
constrói a solidariedade, a responsabilidade, a criatividade, preservando a
individualidade;
As teorias são à base das utopias e elas se diferenciam nas
aplicações, na escola publica usa-se mais aplicação social e não econômico, em
que ora a culpa cai nos alunos, ora nos pais, ora nos professores.
Nas particulares, as teorias são baseadas no econômico, mais nos estímulos, um pai que
promete dar um carro, uma viagem para o exterior, além que, o professor ganha
mais.
Há conflitos em ambas, mas nas particulares os pais que
pagam fazem com que as escolas particulares se tornem mais eficiente.
Ineficiência do Estado se baseia no Mito da Prosperidade
Desenvolmentista, cuja máxima é “uma nação para ser desenvolvida precisa ter o
menor numero de analfabetos” que deverá ser efetivada em quantidade e não
qualidade.
Lideres burocrático cometem erros bravissimos, falsas
promessas de prosperidade etc. o Mito até hoje funciona muito bem, já sofremos
a lavagem celebral. Precisamos acabar com ela.
Os pais que podem pagar a escola têm medo de colocar seus
filhos nas escolas publicas ou nem querem saber, eles podem e tem dinheiro, é
lei do mínimo possível.
Com abertura para as camadas populares no Governo Militar. A
utopia estabelecida por eles foi o nacionalismo capitalista, utopia socialista
passava longe, ao fazerem us utópicos socialistas e que iniciaram O Manifesto
dos Pioneiros da Educação Nova(1932) voltaram com tudo.
De 1982 até hoje eles lançam teorias e fazem uma bagunça na educação, há varias teses, livros, revistas
que ainda não perceberam que suas teorias não ajudaram em nada a escola, só há
um senso comum o igualitarismo falseada na cidadania.
Esses teóricos querem dar eficiência teorias
psicopedagogicos clássicos são tantas adaptações, pegam um tópico de um
clássico e adaptam - Skhineriana, Piagetiano, Montessori, etc.
Enquanto, os burocratas e eleitos, fazem diretrizes, planos
comuns a todas as escolas, sem transparência, são tantas pseudosteorias que o
povo já não acredita mais, há desanimo, quem participa diretamente só são coadjuvantes,
auxiliares de suas pseudosteorias.
Exemplo de teorias que adaptaram as utopias atuais
Teorias que adaptaram a educação atual - de Freinet e Paulo Freire.
Celestin Freinet * 1896 †
1966 foi um pedagogo anarquista francês, uma importante referência da pedagogia de sua época, cujas propostas
continuam tendo grande ressonância na educação dos dias atuais.
Para Freinet, “ educação deveria proporcionar ao aluno a
realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os
princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da escola, pois
a considerava teórica e, portanto desligada da vida.
Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a
respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu
conhecimento. Através da observação constante ele percebia onde e quando tinha
que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno.
De acordo com Freinet, a aprendizagem através da
experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der
certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho,
precisará da cooperação do professor.
Na proposta pedagógica de Freinet, a interação
professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a
realidade em que vive o aluno é fundamental. As práticas atuais de jornal
escolar e troca de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são idéias
defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do século passado.
Além das técnicas pedagógicas, o aspecto político e social
ao redor da escola não deve ser ignorado pelo educador. Isto porque sua
pedagogia traz em seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que
atua no presente. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em
comunidade, criando as associações, os conselhos, eleições, enfim as várias
formas de participação e colaboração de tudo na formação do aluno, direcionando
o movimento pedagógico em defesa da fraternidade, respeito e crescimento de uma
sociedade cooperativa e feliz.
Há princípios no saber Pedagógico que C.Freinet considerava
invariáveis, ou seja, independente do local ou período histórico, certos
pressupostos deveriam sempre ser levados em conta na prática educacional. Desta
“forma, postulou as chamadas “Invariantes Pedagógicas”, consideradas como
pilares de sua proposta Pedagógica.”.
“Desde sua origem, o movimento sempre se manteve aberto a
todas as experiências pedagógicas através de documentos, revistas, circulares,
cartas e boletins. Freinet buscava formas alternativas de ensino, pois não
conseguia se adaptar a forma tradicional, fazia também relatórios diários de
cada criança.”
“Ao que se refere às cartilhas, ele questiona seu valor,
pois os conteúdos nada tinham a ver com a realidade da criança e, portanto, não
traziam nenhum estímulo à aprendizagem da leitura”. Freinet dava muita
importância ao trabalho, pois este deveria ser o centro de toda atividade
escolar, enfatizando-o como forma do ser humano ascender, exercer seu poder.
Para Freinet, o aprender deveria passar pela experiência de
vida e isso só é possível pela ação, através do trabalho. O trabalho desenvolve
o pensamento, o pensamento lógico e inteligente que se faz a partir de
preocupações materiais, sendo que esta é um degrau para abstração. Freinet
acreditava que no e pelo trabalho o ser humano se exprime e se realiza
eficazmente. Lembrando-se que, quando o autor exalta o trabalho, não está
referindo-se forçosamente ao trabalho manual, pois para ele, o trabalho engloba
toda pesquisa, documentação e experimentação.
Com relação à intervenção do professor, só se dava para
organizar o trabalho, sem precisar de imposições ou ameaças. Para ele, a
disciplina escolar se resume a executar uma atividade que envolva e torne a
criança automaticamente disciplinada.
Outro aspecto importante para Freinet é a liberdade, relativa
e não desvinculada a vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade é a
possibilidade do ser humano vencer obstáculos.
Freinet buscou técnicas pedagógicas que pudessem envolver
todas as crianças no processo de aprendizagem, independentemente da diferença
de caráter, inteligência ou meio social, (lembrando-se mais uma vez que ele
afirmava que o conteúdo estudado no meio escolar deveria estar relacionado às
condições reais de seus alunos).
Ao estudar o problema da educação, ele propunha que ao mesmo
tempo em que o professor almejasse a escola ideal, criativa e libertadora,
deveria também estudar as condições concretas que estariam impedindo a sua realização.
*”4.”
É extremamente usada pelos pseudosteóricos vindo dos grupos
do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932) que estavam na geladeira, admitindo a Ditadura Militar de
64 e voltaram com tudo um resumo do pensamento deles:
2.3.
Entendo o manifesto dos pioneiros da
Educação Nova – 1932.
A RECONSTRUÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL - AO POVO E AO GOVERNO.
Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico, e não podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional, primeira mentira.
Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico, e não podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional, primeira mentira.
Pois, se a evolução orgânica do sistema cultural de um país
depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças
econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o
desenvolvimento das aptidões à invenção. E à iniciativa que são os fatores fundamentais
do acréscimo de riqueza de uma sociedade, teoria do desenvolve.
A maior mentira e inicio do Mito do Desenvolvimento.
No entanto, se depois de 43 anos de regime republicano, se
der um balanço ao estado atual da educação pública, no Brasil, se verificará
que, dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais.
É indispensável
entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos esforços,
sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não lograram ainda criar
um sistema de organização escolar, à altura das necessidades modernas e das
necessidades do país.
Está tudo fragmentário e desarticulado. A situação atual,
criada pela sucessão periódica de reformas parciais e freqüentemente
arbitrárias, lançadas sem solidez econômica e sem uma visão global do problema,
em todos os seus aspectos, nos deixa antes a impressão desoladora de
construções isoladas. Algumas já em ruína, outras abandonadas em seus
alicerces, e as melhores, ainda não em termos de serem despojadas de seus
andaimes. E ainda está depois mais de 100 anos. E continua o mesmo blá-blá.
Onde procura a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação. (Bela utopia.).
Onde procura a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação. (Bela utopia.).
Nunca chegamos a possuir uma "cultura própria",
nem mesmo uma "cultura geral" que nos convencesse da "existência
de um problema sobre objetivos e fins da educação". Bela verdade e vocês
não vão resolver. Não se podia encontrar, por isto, unidade e continuidade de
pensamento em planos de reformas, nos quais as instituições escolares, esparsas,
não traziam, para atraí-las e orientá-las para uma direção.
O pólo magnético de uma concepção da vida, nem se
submetiam, na sua organização e no seu funcionamento, a medidas objetivas com
que o tratamento científico dos problemas da administração escolar nos ajuda a
descobrir, à luz dos fins estabelecidos, os processos mais eficazes para a
realização da obra educacional... (Já se passaram 100 anos e ainda surgi pseudos-pedagogos
que melhoram utopicamente esta teoria.)
Têm-se essa cultura geral, que lhe permite organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao problema filosófico ou dos fins da educação. ( até hoje que fim trágico).
Têm-se essa cultura geral, que lhe permite organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao problema filosófico ou dos fins da educação. ( até hoje que fim trágico).
Recorrer-se-á a técnicas mais ou menos elaboradas e dominar
a situação, realizando experiências e medindo os resultados de toda e qualquer
modificação nos processos e nas técnicas, que se desenvolveram sob o impulso dos
trabalhos científicos na administração dos serviços escolares. (Ufa! Que centralização.)
Movimento de renovação educacional.
Para vermos mais claro e mais longe e desvendarmos, através
da complexidade tremenda dos problemas sociais, horizontes mais vastos.
Diretrizes que se esclarecem. Tivemos a iniciativa e
assumimos a responsabilidade, e com a qual se incutira, por todas as formas, no
magistério, o espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a consciência da
necessidade de um aperfeiçoamento constante, ( I! Acho
que não sei não, foram tantas capacitações) ainda não se podia considerar
inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais. (agora é a
maior utopia)
Vivificou o espírito nesse fecundo movimento renovador no
campo da educação pública, nos últimos anos. ( só se for para eles que com suas
teorias onde ganharam muito dinheiro e
postos nomeados).
Reformas e a Reforma
Foi uma serena confiança na vitória definitiva de nossos ideais de educação. Em lugar dessas reformas parciais, que se sucedeu na sua quase totalidade, na estreiteza crônica de tentativas empíricas, o nosso programa concretiza uma nova política educacional, que nos preparará, por etapas, a grande reforma ( é realmente uma enganação).
Em cada
uma das reformas anteriores, em que impressiona vivamente a falta de uma visão
global do problema educativo, a força inspiradora ou a energia estimulante
mudou apenas de forma, dando soluções diferentes aos problemas particulares. (ainda continua na mesma)
A
educação é uma reforma social, não pode,
ao menos em grande proporção, realizar-se senão pela ação extensa e intensiva
da escola sobre o indivíduo e deste sobre si mesmo nem produzir-se do ponto de
vista das influências exteriores. Senão por uma evolução contínua, favorecida e
estimulada por todas as forças organizadas de cultura e de educação. ( no caso
vocês).
Finalidades
da educação.
Toda a
educação varia sempre em função de uma "concepção da vida", é' evidente que as diferentes camadas e
grupos (classes) de uma sociedade dada terão respectivamente opiniões
diferentes sobre a "concepção do mundo", que convém fazer adotar ao
educando e sobre o que é necessário considerar como "qualidade socialmente
útil". ( ou suja inocente útil).
O fim
da educação não é, como bem observou G. Davy, "desenvolver de maneira
anárquica as tendências dominantes do educando; se o mestre intervém para
transformar, isto implica nele a representação de um certo ideal à imagem do
qual se esforça por modelar os jovens espíritos".
A
questão primordial das finalidades da educação gira, pois, em torno de uma concepção
da vida, de um ideal, ( ou seja, suas utopias) a que devem conformar-se os
educandos, e que uns consideram abstrato e absoluto, e outros, concreto e
relativo, variável no tempo e no espaço.
Valores mutáveis e valores permanentes.
o equilíbrio entre os valores mutáveis e os valores permanentes da vida humana. É um no novo sistema de educação, que, longe de se propor os fins particulares de determinados grupos sociais, às tendências ou preocupações de classes, os subordina aos fins fundamentais e gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas.
É certo
que é preciso fazer homens, antes de fazer instrumentos de produção. ( beleza )
Mas, o trabalho que foi sempre a maior escola de formação da personalidade
moral, não é apenas o método que realiza o acréscimo da produção social, é o
único método susceptível de fazer homens cultivados e úteis sob todos os
aspectos.
2.3.1. O Estado em face da educação.
A
educação, uma função essencialmente pública.
O direito de cada indivíduo é educação integral, o Estado o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociais. A educação que é uma das funções de que a família se vem despojando em proveito da sociedade política, rompeu os quadros do comunismo familiar e dos grupos específicos (instituições privadas), para se incorporar definitivamente entre as funções essenciais e primordiais do Estado.
O
Estado, longe de prescindir da família, deve assentar o trabalho da educação no
apoio que ela dá à escola e na colaboração efetiva entre pais e professores,
entre os quais, nessa obra profundamente social. E tem o dever de restabelecer
a confiança e estreitar as relações, associando e pondo o serviço da obra comum
essas duas forças sociais - a família e a escola. (começou a culpa da escola)
A
questão da escola única
Em nosso regime político, o Estado não poderá, de certo, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem os seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilegio exclusivamente econômico.
A
laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e co-educação.
A
laicidade, que coloca o ambiente escolar acima de crenças e disputas
religiosas, alheia a todo o dogmatismo sectário, subtrai o educando,
respeitando-lhe a integridade da personalidade em formação, à pressão
perturbadora da escola quando utilizada como instrumento de propaganda de
seitas e doutrinas.
A
gratuidade extensiva a todas as instituições oficiais de educação é um
princípio igualitário que torna a educação, em qualquer de seus graus ( cadê a
Universidade gratuita para todos).
Eles pregaram
até 18 anos, é mais necessária ainda "na sociedade moderna em que o
industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança
e o jovem", cuja educação é freqüentemente impedida ou mutilada pela
ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas. ( começou
a obrigatoriedade)
A
função educacional
a) A unidade da função educacional.
A
organização de um regime escolar tem que
ter bases da unificação do ensino, com todas as suas conseqüências.
A
autonomia econômica não se poderá realizar a não ser pela instituição de um
"fundo especial ou escolar", (
hoje só se tem uma mera esmola, é bolsa família, ENEM etc.).
Através
de impostos e rendas próprias seja
administrado e aplicado exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional,
pelos próprios órgãos do ensino, incumbidos de sua direção.
c) A
descentralização
.À União, na capital, e aos estados, nos seus respectivos territórios, é que deve competir a educação em todos os graus, dentro dos princípios gerais fixados na nova constituição, que deve conter, com a definição de atribuições e deveres, os fundamentos da educação nacional.
Ao
governo central, pelo Ministério da Educação, caberá vigiar sobre a obediência
a esses princípios ( é um paradoxo porque centraliza mais ainda.
2.3.1.O processo educativo.
O conceito e os fundamentos da educação nova .
Nessa nova concepção da escola, que é uma
reação contra as tendências exclusivamente passivas, intelectualizas e
verbalistas da escola tradicional deve ser dirigida à satisfação das
necessidades do próprio indivíduo.
Na
verdadeira educação funcional deve estar, pois, sempre presente, como elemento
essencial e inerente à sua própria natureza, o problema não só da
correspondência entre os graus do ensino e as etapas da evolução intelectual
fixadas sobre a base dos interesses. Como também da adaptação da atividade
educativa às necessidades psicobiológicas do momento.
Psicobiológico
do interesse, que é a primeira condição de uma atividade espontânea e o
estímulo constante ao educando (criança, adolescente ou jovem) a buscar todos
os recursos ao seu alcance, “graças à força de atração das necessidades”.
A
escola nova deve ser reorganizada de maneira que o trabalho seja seu elemento
formador, favorecendo a expansão das energias criadoras do educando.
2.3.2. Plano de reconstrução educacional.
As
linhas gerais do plano.
Ora, assentada a finalidade da educação e definidos os meios de ação ou processos de que necessita o indivíduo para o seu desenvolvimento integral, ficam fixados os princípios científicos sobre os quais se pode apoiar solidamente um sistema de educação. A aplicação desses princípios importa, como se vê, numa radical transformação da educação pública em todos os seus graus, tanto à luz do novo conceito de educação, como à vista das necessidades nacionais devera ter um plano de reconstrução educacional.
O ponto
nevrálgico da questão.
A estrutura do plano educacional corresponde, na hierarquia de suas instituições escolares (escola infantil ou pré-primária; primária; secundária e superior ou universitária) aos quatro grandes períodos que apresenta o desenvolvimento natural do ser humano. É uma reforma integral da organização e dos métodos de toda a educação nacional, dentro do mesmo espírito que substitui o conceito estático do ensino por um conceito dinâmico, fazendo um apelo, dos jardins de infância à Universidade, não à receptividade mas à atividade criadora do aluno. A partir da escola infantil (4 a 6 anos) à Universidade, com escala pela educação primária (7 a 12) e pela secundária (l2 a 18 anos), a "continuação ininterrupta de esforços criadores" deve levar à formação da personalidade integral do aluno e ao desenvolvimento de sua faculdade produtora e de seu poder criador, pela aplicação, na escola, para a aquisição ativa de conhecimentos, dos mesmos métodos (observação, pesquisa, e experiência), que segue o espírito maduro, nas investigações científicas. A escola secundária, unificada para se evitar o divórcio entre os trabalhadores manuais e intelectuais, terá uma sólida base comum de cultura geral (3 anos), para a posterior bifurcação (dos 15 aos 18), em seção de preponderância intelectual (com os 3 ciclos de humanidades modernas; ciências físicas e matemáticas; e ciências químicas e biológicas), e em seção de preferência manual, ramificada por sua vez em ciclos. ( esta vendo não de hoje que querem ciclos)
O
conceito moderno de Universidade e o problema universitário no Brasil
.A educação superior ou universitária, a partir dos 18 anos, inteiramente gratuita como as demais, deve tender, de fato, não somente à formação profissional e técnica, no seu máximo desenvolvimento, como à formação de pesquisadores, em todos os ramos de conhecimentos humanos. Ela deve ser organizada de maneira que possa desempenhar a tríplice função que lhe cabe de elaboradora ou criadora de ciência (investigação), docente ou transmissora de conhecimentos (ciência feita) e de vulgarizadora ou popularizadora, pelas instituições de extensão universitária, das ciências e das artes. ( continua no papel).
.A educação superior ou universitária, a partir dos 18 anos, inteiramente gratuita como as demais, deve tender, de fato, não somente à formação profissional e técnica, no seu máximo desenvolvimento, como à formação de pesquisadores, em todos os ramos de conhecimentos humanos. Ela deve ser organizada de maneira que possa desempenhar a tríplice função que lhe cabe de elaboradora ou criadora de ciência (investigação), docente ou transmissora de conhecimentos (ciência feita) e de vulgarizadora ou popularizadora, pelas instituições de extensão universitária, das ciências e das artes. ( continua no papel).
A unidade de formação de professores e a unidade de espírito.
Ora, dessa elite deve fazer parte evidentemente o professorado de todos os graus.
A
formação universitária dos professores não é somente uma necessidade da função
educativa, mas o único meio de, elevando-lhes em verticalidade a cultura, e
abrindo-lhes a vida sobre todos os horizontes.
2.3.2 O papel da escola na vida e a sua função social. .
Os progressos da psicologia aplicada à criança começaram a dar à educação bases científicas, os estudos sociológicos, (começou as teorias) definindo a posição da escola em face da vida, nos trouxeram uma consciência mais nítida da sua função social e da estreiteza relativa de seu círculo de ação.
Compreende-se,
à luz desses estudos, que a escola, campo específico de educação é um órgão
feliz e vivo, no conjunto das instituições necessárias à vida, o lugar onde
vivem a criança, a adolescência e a mocidade, de conformidade com os interesses
e as alegrias profundas de sua natureza.
A
educação, porém, não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou
contrariada, ampliada ou reduzida pelo jogo de forças inumeráveis que concorrem
ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e variadíssimas são, de fato,
as influências que formam o homem através da existência. ( aqui começa a
diferença dos teóricos socialistas dos
teóricos capitalistas)
Dessa
concepção positiva da escola, como uma instituição social, limitada, na sua
ação educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao
movimento das sociedades, resulta a necessidade de reorganizá-la. ( até
quando?)
A
democracia é um programa de longos deveres.
O próprio espírito que o informa de uma nova política educacional, democrática, com sentido unitário e de bases científicas baseado em outros países, É preciso, certamente, tempo para que as camadas mais profundas do magistério e da sociedade em geral sejam tocadas pelas doutrinas novas..para nos permitir as conquistas globais, por isto a nova política de educação.. Deve acabar a centralização do poder e democratizá-la.
Os obstáculos acumulados, porém, não abateram ainda nem poderão abater os professores.
2.3.1. Entendendo as utopias baseadas no
socialismo.
“Paulo Reglus Neves Freire”. (Recife, 1921 + 1997) foi um
educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da
educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da
consciência política. Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um método de
alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos
intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as
pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente
democrático.
É considerado um dos pensadores que influenciaram erradamente e enganou muitos
jovens com sua pseudopedagogia, tendo influenciado o movimento chamado
pedagogia crítica, que na verdade foi usada como instrumento de enganação dos
recém socialistas após 1982 com abertura democrática e choveram de professores
nas escolas cuspindo a utopia pedagógica dele.
Jovens que recém saídos do campo, cristão, queriam ser
todos felizes como família, onde todos teriam acesso aos bens materiais
elaborados pela industrialização, achavam que o socialismo iria trazer a
sonhada igualdade, até elegeram LULA.
Que pena, esta utopia baseado na “ de critica” que para mim
é ter, fazer, ser para mudanças, no caso não houve, na verdade era mais um manipulador que se dizia progressista.
A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o
educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética
com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária,
tecnicista e alienante; o educando criaria sua própria educação, fazendo ele
próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se
de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.
A utopia da
Pedagogia da Libertação Paulo Freire
delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a
visão marxista ( onde opressor deve ser vencido, ainda se tinha conceito
regiaonalizante de Terceiro Mundo em que os países capitalistas e socialistas
oprimem as classes populares),
Ele considerava que educações das classes oprimidas
deveriam ser elucidar e conscientizar politicamente para sair da exploração que
estavam sendo submetidos. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um
ato político.
A educação sempre foi capitalista e desigual, e a
realidade, ela é neutra politicamente, povo é capitalista, já escolheu desde
1988 com Constituição que se diz cidadã.
Os fundamentos da utopia capitalista ganharam e não tem
mais fundamento de se ter uma visão socialista nas escolas. Mas, ainda há
professores, que acreditam nesta utopia e contribui para uma visão distorcida
da realidade que nossos jovens querem.
Eles querem é ser felizes, capitalistas, com uma boa
profissão, uns jogadores excelentes, querem em sua maioria não ser político, quer
é TER, querem ter uma imagem de utilitarismo, imediatista, aqui e o agora, não
tem paciência de lidar com uma escola prisional como temos.
Daí vem os lideres
da burocracia com estas utopias e com
especialistas em educação que sempre acusam os professores estatais de maus
preparados e não entendem as teorias. Em contrapartida os professores acusam os
alunos e assim por diante, mas na verdade são os dirigentes iludem e dividem os
atores que participam com vontade com
estas teorias.
Vocês acham que eles colocam seus filhos na escola publica,
o mais lamentável é que alguns professores fazem o mesmo e ainda pousam de
progressistas, sabedores de tudo.
Desta maneira mais adiante demonstrarei as teorias
de um modo critico capitalista baseado nos conceitos baseados nas
concepções econômicas, filosófica, potencial e causal.
O ter é importante na sociedade capitalista, ganhar
dinheiro é bom, a maioria dos professores foram criados na utopia socialista,
muitos foram para educação com o pensamento igualitário e jogaram suas palavras
aos alunos, mas seguiam comas teorias das elites capitalistas permeada na escola durante séculos.
Se um professor entrasse quando D. Pedro receberia R$ 2700
(convertidos dos Réis para Real) que na época já era considerado baixo.
Pela cultura ocidental propaga-se a riqueza. Nas escolas
particulares se tem a clareza desta cultura, nas escolas publicas nos enganaram e enganam com as teorias socialistas
misturada aos teóricos capitalistas que
foram banidos tanto na Ditadura de
Vargas como na Militar que retornaram com tudo.
Tanto os teóricos do O Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova(1932) e pelos enganadores pseudos-pedagogos socialista (que fizeram uma
lavagem cerebral que até elegeu Lula.).
Os professores seguiram as utopias socialistas usaram (alguns usam ainda) para
enganar jovens ingênuos recém saídos da ditadura militar, que caíram como patos
e acreditaram num mundo igualitário, hoje ainda há jovens cinquentões que
acreditam nestas utopias que da uma sensação de libertário, mas na verdade são
vaidosos e acreditam na farsa da cidadania.
Os sindicatos criados depois da ditadura, principalmente
dos professores, alimentaram ainda mais a utopia socialista que iludiram professores.
Eu mesmo tive professores marxistas que me iludiram.
Eu acreditava na utopia socialista de numa escola dialética
e que poderia mudar o Brasil, fazer uma revolução socialista não pelas armas, mas,
pelas idéias. Iludi vários alunos com
discursos inflamados de que poderíamos ter uma sociedade igualitária, me
desculpem estava cego e iludido, tinha sofrido uma lavagem cerebral.
Ainda, hoje, saem professores das universidades que se baseiam
pseudos-pedagogos socialistas, como Paulo Freire e os discípulos dos pioneiros
da educação como Fernando de Azevedo e médico Anísio Teixeira.
Para os teóricos a escola
deve ser para exercer a cidadania, critica, o engraçado é que a gratuidade só vai até o ensino médio, os
alunos ficam com tal cidadania baseada no Ser e não no Ter.
A concepção escola
esta esgotada e perdidas em tantas teorias que dragam os esforços dos
professores, alunos e as famílias.
3. O papel da cultura atual.
Sempre o aluno, o professor, os pais são os culpados, brigam
entre eles, lá vêm o Estado que culpa os pais, alunos, professores, diretores,
ele fazem uma roda viva de culpados.
Culturalmente a sociedade ocidental convive com
violência propagada pela mídia, onde a
lavagem cerebral se baseia em heróis e
bandidos, cena de sexos em horários inadequados, musica que estimulam a
agressividade e sexualidade, a televisão popular (canais abertos tipo rede
globo, SBT, etc.).
É um espetáculo de lavagem cerebral e acomodam nossa sociedade que é utilitária,
ou, seja, se é útil para minha vida bom, basta só um click no controle remoto e a felicidade esta de
volta, é a comodismo.
É por isto que nossa sociedade é estereotipada no
exterior de sermos um povo feliz.
As pessoas que foram criadas nas atuais mídias querem o
agora, a linguagem visual é maior que a linguagem escrita que gerações passadas,
sem as mídias atuais, portanto me incluo nesta lista.
Do lado do bem, querem ser “um Justin Drew Bieber, MC, Neymar, do lado do
mal um Beira Mar, um mano - na gíria violento, o dono do pedaço”, é uma
realidade bem diferente onde as teorias do século passado não consegue mais dar
uma lógica das idades em estágios ou elas se
encurtaram ou não serve mais para o esclarecimento das atitudes dos
jovens de hoje.
Um exemplo destas atitudes aconteceu na cidade São Caetano do
Sul, no dia 21 de julho de 2011, um aluno de 10 anos atirou numa professora e
se suicidou.
Não se encaixaria na teoria HENRI WALLON do desenvolvimento cognitivo, ele
teve a preocupação de reservar espaço especial para o meio social
como espaço de construção da atividade física, mental e afetiva, ou seja, como
espaço que oportuniza o desenvolvimento global.
Para isto, ele dividiu em estágios nos quais podem explicar
como o homem se desenvolve:
Estes estágios se comunicam entre si, favorecendo a
aprendizagem:
ü
(1º) Estágio Impulsivo
(0 – 6 meses), Movimentação dos membros dentro do campo visual não coordenada,
iniciada a partir do ato reflexo e dependente diretamente dos estados
afetivos.
ü
(2º) Estágio Emocional
(6-8 meses), reações que foram associadas a alguma atividade, portanto,
reforçadas e repetidas nessa fase. Preparação para a fase
sensório-motora.
ü
(3º) Estágio
Sensório-Motor (8 – 18meses), predominância de ralações cognitivas com o meio,
através da experimentação e curiosidade em relação aos objetos. A movimentação
passa a ter finalidades afetivas, expressivas e tônicas, com a liberação
progressiva das mãos.
ü
(4º) Estágio Projetivo
(18 meses – 3anos), inicia-se com muita força o simbolismo da linguagem, sua
aquisição se torna cada vez mais elaborada, tornando esse período muito
especial. O pensamento passa a ser expresso pelos gestos.
ü
(5º) Estágio
Personalismo (3 – 7anos), evidencia-se nesse período o processo de
formação da personalidade, com a predominância das relações afetivas expressas
através de palavras e idéias.
ü
(6º) Estágio
Categorial (7 – puberdade), grande avanço nos processos cognitivos e
predominância desses na relação com o meio. Adolescência, rompimento com a
tranqüilidade afetiva pela busca de resignação enquanto ser social, ou seja,
desejo de busca de uma nova ordem que dê conta do novo ser bio-psico-social.
Para Wallon, o desenvolvimento é um processo marcado por
conflitos que acontecem através de certo descompasso entre as ações
desenvolvidas pelas crianças e o ambiente exterior, o qual é estruturado pelos
adultos e pela cultura.
E nossa cultura, ocidental, é violenta, é baseada no Ter.
4. Entendo as dimensões econômicas, filosófica,
potencial e causal.
Bem, tento neste livro, esclarecer os teóricos educacionais
no ponto de vista da dimensão econômica, filosófica, potencial e causal elaborada nos últimos anos, e também os
pseudos-pedagogos a serviço do Estado ou
modismo de pratica educacional, com suas teorias copiadas dos teóricos
tradicionais com adaptações.
Eu classifico as elites que podem pagar escolas
particulares as pessoas que fugiram das escolas publicas quando esta se abriu
para as camadas populares.
Primeiramente esclarecerei o que são Dimensões econômicas, filosófica, potencial e causal.
Segundamente mostrarei como a escola foi construída historicamente.
Por exemplo, modelo estrutural de escola elaborado por um trabalho pedagógico
realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e
com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), autor
do Panóptico.
Que é o seguinte. “No final do Séc. XVIII , o filósofo e
jurista inglês Jeremy Bentham
concebeu pela primeira vez a ideia do panóptico. Para isto Bentham estudou
“racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou
então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os
locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico.
Ele também observou que estes mesmos projetos de prisão
poderiam ser utilizados em escolas e no trabalho, como meio de tornar mais
eficiente o funcionamento daqueles locais*¹. Alguma semelhança com modelos estrutural de nossas escolas! É “isso
aí, nossa escola foi baseada em prisões.”.
Em terceiro lugar teremos os principais teóricos da educação onde
analisarei e criticarei, segundo as Dimensões econômicas, filosóficas,
potencial e causal, os erros e mentiras aplicados a educação brasileira como
Burrhus Frederic Skinner (1904 — 1990) foi um autor e psicólogo estadunidense.
Conduziu trabalhos pioneiros em psicologia
experimental que analisa o comportamento observável, a fim de testar
modelos e teorias matemáticas sobre diversos aspectos do mesmo: prestar
atenção, perceber, recordar, aprender, decidir, reagir emocionalmente e
interagir.
E também foi o
propositor do Behaviorismo Radical
que traduzido do inglês que significa comportamento, conduta, também designado
de comportamentalismo, ou às vezes comportamentismo, é o conjunto das teorias
psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo
da Psicologia.
Comportamento geralmente é definido por meio das unidades
analíticas respostas e estímulos, baseados em três níveis de seleção:
O primeiro nível de seleção, a seleção filogenética se
refere aos repertórios compartilhados por uma mesma espécie, o qual é
determinado pela história evolutiva da mesma. O segundo nível de seleção, a
seleção ontogenética se refere ao repertório particular de cada indivíduo ou
organismo, o qual é determinado por sua história de vida ou histórico de
reforçamento.
E o terceiro nível de seleção, a seleção cultural se refere
ao repertório compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura, sendo este de
maior importância para compreender o comportamento humano e de outros animais
que apresentam algum tipo de comportamento social.”
Em quarto lugar analisarei algumas teorias elaboradas pelo
que chamo de pseudos-pedagogos que
atrapalham e que voltaram com tudo após
Ditadura Militar fazer abertura.
Mostrarei também as perdas de recursos provindos dos
impostos que fica na estrutura burocrática
montada desde jesuítas até Dilma Rousset
(PT).
Também mostrarei as influencias culturais feitas pelos
novos meios de comunicação que ocasionaram uma nova consciência coletiva, o
modelo norte americano ou ocidental.
Mostrarei que os impostos arrecadados devem
ir direto para escola, não se perder nas instituições, montadas
historicamente e deveriam acabar não existir mais, que desde período colonial, deram
seqüências das políticas educacionais falsas com algumas adaptações e gerindo mal
os recursos.
Também tentarei mostrar como deve ser a educação
voltada para brasileiros, uma educação gratuita
creche até a universidade (até O Pós-Doutorado) porque existem recursos para isto.
E por falar em critica, muitos de nós não sabemos o seu
significado, que significa agir para
melhoria ocasionando uma mudança seja
através da fala, da leitura, escrita no pensamento que segundo Durkheim
formou-se em Filosofia, porém sua obra inteira é dedicada à Sociologia. Seu
principal trabalho é na reflexão e no reconhecimento da existência de uma
"Consciência Coletiva". Ele parte do princípio que o homem seria
apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou
seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social
para poder conviver no meio deste.
No caso de nossa sociedade a consciência coletiva é baseada
no herói, bandido, sempre haverá um culpado.
O conceito critica de para mim é ter, saber, é fazer, mudar
as causas que nos atormentam individualmente ou socialmente como professores.
Por isto, o ter é dimensão econômica. Ser é dimensão
filosófica, fazer é dimensão potencial, mudar é dimensão causal.
Na nossa sociedade temos na consciência coletiva os erros
dos 3 Ds, segundo Roberto Adami Tranjan
4.1. Os erros dos 3 Ds da consciência coletiva
Que ocasiona os 3 Ds. Que é a Desatenção, Desalinhamento,
Desesperança.
Desatenção, segundo ele, “é quando ligamos o piloto
automático e seguimos enfrente, não percebemos algo mais e não observamos que
se repete e nos escapa e não
interagirmos”.
Desalinhamento, segundo ele, “ é
quando somos incoerentes com”
nossos pensamentos está desintegrado pelos sentimentos e comportamentos e
quando não vivemos nossos valores, ignorando com comportamentos mesquinhos,
reduzimos e não enxergamos os valores
significantes para nossa melhoria.
Desesperança é
apesar de lutarmos, tentarmos acreditar que se terá mudanças, nós não
estamos incrédulo, não acreditamos em ninguém, só nos restas sonhos, vazios de
sonhos, e as atuais utopias não nos
alimenta, as forças do mal sempre vence, o crime compensa.
As elites que podem pagar se com seus aumentos de salário
só lamentam a parte vazia e se mantém felizes com as conquistas e se brinda com
o percentual e comemora que seus filhos conseguiram o melhor , quanto queixa,
somente queixa , mas não luta, se matem no redutivismo,, ou seja , a lei do
mínimo esforço quanto se fala de melhorias na educação das massas populares.
Eles almejam resultados com o mínimo que podem conseguir.
Nem seguer tentam ir além, aprender algo novo, se contentam em não fazer
movimentos para melhoria das escolas publicas não se interessam porque as
escolas que pode pagar corresponde as suas expectativas.
Assim nos lutarmos todo tempo com utopias que não nos levam
a nada e servem para mascarar o descaso das Elites e do Estado.
Para entender a dimensão econômica restringe ao plano
material, composto de máquinas, equipamentos, produtos, relatório e
principalmente dinheiro, sem não haverá
um serviço e as pessoas que estão envolvidas com a educação não conseguem
enxergar, inovar e quando ganho pouca acha que estão no mesmo
lugar e não administram bem.
Assim uma escola que não tem uma dimensão econômica nunca
vai para frente, é uma das mais mentirosas mentiras que existe na educação.
Pela dimensão filosófica é quando buscamos respostas por
que existe a escola, sua missão , suas razoes pela quais ela existe, será que
são sonhos das classes populares com
suas demandas onde deveria assegurar emocionalmente sucessos futuros de seus
filhos.
O Estado e as elites que pode... Levam aos trancos e
barrancos baseada na malícia e truques,
este é o quadro em que a escola publica
esta metida é uma tarefa milenar.
Para explicar melhor mostrarei através da mitologia grega a
historia de e Sísifio, Prometeu, Hermes.
Começarei com
Sísifio Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como um dos
maiores ofensores dos deuses.
Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando
a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria
ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram,
mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por causa
disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria empurrar uma pedra até o lugar mais
alto da montanha, de onde ela rola de volta por 30 mil anos.
Outra malícia é a seguinte: Certa vez, uma grande águia
sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a
jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem ter
informações sobre a filha, foi parar em Corinto. Sísifo sabia o que tinha
acontecido, e só informou Asopo depois que ele deu a Corinto uma fonte; por
causa disso Sísifo foi punido no Hades (do grego Aidòs), é a terra dos mortos
da mitologia grega, governada pelo deus homônimo. Situado no mundo inferior, em
baixo da superfície terrestre, é conhecido também como casa ou domínio de Hades
(dómos Aidaoú) e é o lugar para onde vão as almas das pessoas mortas (sejam elas
boas ou más), guiadas por Hermes, (em grego: Ἑρμής) era, na mitologia grega, um dos deuses olímpicos,
filho de Zeus e de Maia, e possuidor
de vários atributos. Divindade muito antiga, já era cultuada na história pré-Grécia antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia,
da divinação, das estradas e viagens, entre outros
atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado,
tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloqüência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos
mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se
algumas de suas funções mais conhecidas o emissário dos deuses, para lá tornarem-se sombras. É governado
por Hades, usa-se seu nome freqüentemente para designar seu mundo. Asopo tentou
lutar contra Zeus, que atirou raios no rio, e fê-lo voltar ao seu curso.
Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do
rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em
troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha.
O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.
Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o
deus da Morte, Tânatos, para levá-lo ao
mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus.
Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar.
O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a
Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube
enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos
mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para
consumar as batalhas.
Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânatos e
ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando
Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela
não enterrasse seu corpo.
Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de
respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de
prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades
lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa.
Havia enganado a Morte pela segunda vez.
Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes que para
conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde
e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu
a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra
e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada
animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um,
garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a
vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos
nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos
deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os
outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a
Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse
no cume do monte Cáucaso,
onde todos os dias uma águia (ou corvo)
dilacerava seu fígado que, todos os dias, regeneravam-se. Esse
castigo devia durar 30.000 anos.
Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma
grande pedra de mármore com suas mãos até o
cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o
topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio
de uma força irresistível.
Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho
rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais
não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo,
pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude,
tornando-se criativos na repetição e na monotonia.
Na escola desde período jesuítico não foi criativos e
felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. Quem usa a escola publica parece
Sisifios enganam e fazem que a educação
popular carregue as pedras mentirosas
das utopias que estão aí. Elas estão no sofrimento de Prometeu, estão comendo
nossos fígados e desanimando sem os fogos de uma boa escola.
E querem aplausos o que importa são refletores, os
aplausos, mas as famílias, os alunos e os educadores bananas. Vaidades geradas
em modice impulsionada por pseudos pedagogos, a última agora é o bulling.
Pela dimensão potencial é quem faz um grupo, um organismo
social que cria e elabora pelo meio de suas potencialidades.
É a mais
negligenciada a escola são baseadas no líder que se orgulha mais da máquina do
que quem opera, regida pela sagacidade, sempre em busca de ondas perfeitas, são
equilibristas. Procuram se adequar a
novos cenários porque ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas
enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola.
Agem como mágicos e usa certos pseudos pedagogos que com seus talentos copiadores expressam
uma nova teoria direcionada pela ambição
que buscam aprovação e sucesso aos olhos dos outros, sem muito talento
geralmente um das elites que pagam as escolas... E não resolve os problemas e
não atende as demanda externa e ocasionam uma confusão nas cabeças dos que
utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e diminui as
chances de êxito dos talentos.
Dimensão Causal é
baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma realidade melhor e
coloca o serviço da escola em estágios de compreensão para uma demanda
declarada que esta insatisfeita.
Necessitamos de construir pessoas para um futuro promissor, precisa de um
norte, os professores, alunos, direção, corpo de educadores estão mais perdidos
que uma agulha no deserto.
As teorias clássicas e pedagogos atuais que chamo de
pseudos pedagogos querem resolver os problemas
com suas teorias.
Vem com teorias erradas e não contribuem porque cada escola
que tem realidades diferentes. Ela precisa ser realmente democrática.
Não precisa que lideres oferecer capacitações, e “um
lero-lero” para seguir para seguir suas utopias. Uma escola de verdade tem que não
preencherão até hoje as dimensões econômica, filosófica, potencial e causal,
pelo qual nem os lideres que são incompetências, e, embaralham a população com a frase banal que para sermos
povo desenvolvido precisamos estudar.
Me de 200 mil agora
que eu abro uma padaria neste instante e
não preciso estudar. Quero dizer com isso que a organização burocrática
atual quer mostrar que a educação vai dar riqueza, vai ser a salvadora da
cidadania, pergunte a um índio ou alguém
que é feliz sem ter estudo.
É maior MITO MENTIROSO QUE VIVEMOS que baseado nas utopias
socialistas encontradas nos pseudos pedagogos.
A escola não deve ser obrigatória e infeliz, os alunos, os
professores, pais, equipe escolar devem escolher os seus caminhos e autogerenciar,
escolhendo seus próprios caminhos. Mais tarde darei sugestões de escola ideal,
mas, somente sugestões, não querem ser mais um utópico.
Escreverei mais sobre a atual burocracia inepta e deve ser
mudada, sendo mais radical, devemos acabar toda ela, o dinheiro dos nossos impostos deve ir direto para escola,
darei mais detalhes, no tópico de ineficiência estatal.
Os recursos vindos dos impostos ficam no esgoto de suas
incompetências e não contribui em nada para a educação.
Para entender como se deu as incompetências das elites é
necessário compreender historia formação da
escola no Brasil.
5. Entendo a história da educação
brasileira
5. 1. Cronologia
das mentiras das elites.
Para entender como nossa educação, mostrarei uma cronologia
das mentiras das Elites e do Estado. Que começou com a chegada das elites
portuguesas que trouxeram um padrão europeu renegando o padrão educacional dos
nativos que “ possuíam modos próprios de
educação, mias livre, sem repressão”
(José Luiz de Paiva Bello) empregada na Europa.
Os nativos faziam educação por que queria e gostava de
aprender, eram felizes, a mãe quebrava o vaso várias vezes para o filho, ensinando a repetição, não
interessava se ele aprendeu, mas como ele fez. Segundo Orlando Villas Boas eram
livres.
Se um padre voltar a
dar aula agora não verá diferença na estrutura predial das escolas das escolas
das igrejas, basta ver a PUC, UNISO, etc.
A educação começou com os jesuítas que trouxeram somente a moral, os costumes e a
religiosidade européia e métodos pedagógicos autoritários.
Essa Utopia durou 210 anos, de 1549 a 1759 e persiste no inconciente coletivo social
até hoje, e, que, as universidades destes estão a todo vapor, PUC, UNISO, etc.
Além disto, eles mascaram que são bons, com cara de
filantropia e dão somente bolsas a
estudantes carentes.
Vamos enfrente, os jesuítas perderam poder com Marquês de Pombal no poder que expulsou os jesuítas, mas, a
escola religiosa continuou autônoma quem na época desafiaria a igreja.
Ele tentou programar
uma escola diferente, laica. Baseada nos pensamentos de Jean Jacques Rousseau.
Os destaques do
pensamento de Rousseau que na obra
Contrato Social, publicada em 1762.
Propõe que todos os homens façam um novo contrato social
onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das
antigas civilizações onde predomina o consenso e dessa forma se garantam os
direitos de todos os cidadãos.
Ele desdobra em
quatro livros.
Primeiramente se aborda a liberdade natural, nata, do ser
humano, como ele a havia perdido, e como ele haveria de recuperá-la.
Rousseau condena a escravidão, como algo paradoxal ao
direito e se recuperando a liberdade, o povo é quem escolhe seus representantes
e a melhor forma de governo.
A maior defesa é à passagem do estado natural de escravo para o civil é a necessidade de uma liberdade
moral, que garante o sentimento de autonomia do homem.
A soberania do povo, que é indivisível. O povo tem interesses, são nomeados como
“vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade ele não pode
ultrapassar a soberania do povo ou a vontade geral.
Mais até quando vamos esperar!
Outra idéia é que o “soberano
tem que agir de acordo com vontade do povo, onde o limite do poder do
governante: a corrupção dos governantes quanto à vontade geral, garantida o
direito de tirar do poder tal governante corrupto”.
Hoje no caso de Dilma, os lideres não fazem nada e se
submetem a vontade dela.
Não respeitam os limites, é uma vergonha! Como Boris
comenta.
O povo é submisso à lei, porque em última análise, foi ele
quem a criou, mentira! Deram-nos uma constituição socialista cheia de lacunas
dentro de um capitalismo, só para fazer média com as classes populares.
Os Interesses mesquinhos da elite que governa e que desde
período colonial vem sendo sob condições para corruptos ou de quem tem a maioria,
mascarados de democratas dizem em nome de uma sociedade que o modo delas serem
felizes.
A terceira análise rousseauniana, corresponde ao livro
terceiro, se refere às possíveis formas de governo, que são a democracia, a
aristocracia e a monarquia, e suas características e princípios.
A principal conclusão desse livro é a partir do oitavo
capítulo, em que tipo de Estado, que forma de governo funciona melhor – para
Rousseau, a democracia é boa em cidades pequenas, à aristocracia em Estados
médios e a monarquia em Estados grandes.
Não funciona na atual democracia brasileira, que não é proporcional e direta, ainda é um
espelho da republica romana onde os deputados precisam de senadores para aval
das reformas, devem ser crianças, né!
Para se ter uma verdadeira democracia basta dividir o
geograficamente o Brasil e quantidades de pessoas pelos paralelos e meridianos,
daí, do total dos números de habitantes, exemplos se numa área entre os meridianos
e pelos paralelos se tem 500 mil habitantes elegera um deputado, mas nada de
senador. Mudaria totalmente a Regionalização brasileira, por exemplo: os Estados de Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba
se tornariam um só Estado.
A aprovação das leis
e o país seriam realmente democráticos, explico em cada Estado elege dois
senadores, portanto, São Paulo que tem 41 milhões elege somente dois enquanto
Pará 7.5 milhões também elege dois senadores, por isto que o Brasil ainda é os
coronéis que comanda o Brasil.
Com advento da
internet, os projetos mais polêmicos
deviam ser feito on-line, os Deputados
teriam um tempo para realmente fazer um bom trabalho, e , se não fizer, também
on-line poderíamos muda-l.
Observando as idéias contidas no livro O Contrato Social,
não é difícil entender porque certas pessoas chamam de inspiração causadora das
revoluções se baseiam principalmente no conceito da soberania do povo, mudando
o direito da vontade singular do príncipe para a vontade geral do povo.
Para Rousseau, a liberdade natural caracteriza-se por ações
tomadas pelo indivíduo com o objetivo de satisfazer seus instintos, isto é, com
o objetivo de satisfazer suas necessidades. O homem neste estado de natureza
desconsidera as conseqüências de suas ações para com os demais, ou seja, não
tem a vontade e nem a obrigação de manter o vínculo das relações sociais. Outra
característica é a sua total liberdade, desde que tenha forças para colocá-la
em prática, obtendo as satisfações de suas necessidades, moldando a natureza.
“O homem realmente livre faz tudo que lhe agrada e convém, basta apenas deter
os meios e adquirir força suficiente para realizar os seus desejos.”(SAHD,2005,
p. 101)
Ao perder uma disputa com outros indivíduos o sujeito não
consegue exercer a sua liberdade, uma vez que a liberdade nesse estágio se
estabelece a partir da correlação de forças entre os indivíduos. Não há regras,
instituições ou costumes que se sobrepõem às vontades individuais para a
manutenção do “bem coletivo”. Contudo, na concepção de Rousseau, o homem
selvagem viveria isolado e por isso, não faz sentido pensar em um bem coletivo.
Também não haveria tendência ao conflito entre os
indivíduos isolados quando se encontrassem, pois seus simples desejos
(necessidades) seriam satisfeitas com pouco esforço, devido à relação de
comunhão com a natureza. O isolamento entre os indivíduos só era quebrado para
fins de reprodução, pois sendo auto-suficientes não tinham outra necessidade
para viverem em agrupamentos humanos. Foi a partir do isolamento que o homem
adquiriu qualidades como amor de si mesmo e a piedade.
Para Rousseau, o que faz o indivíduo em estado de natureza
parecer bom é, justamente, o fato de conseguir satisfazer suas necessidades sem
estabelecer conflitos com outros indivíduos, sem escravizar e não sentindo
vontade de impor a sua força a outros para sobreviver e ser feliz.
5.1. Período jesuítico
A
Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de
discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos
catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na
Europa.
Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador·geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou·se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou·se ao ensino e a propagação da fé religiosa.
O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou·se mestre·escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso, foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil.
No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).
Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio Studiorum..
Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador·geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou·se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou·se ao ensino e a propagação da fé religiosa.
O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou·se mestre·escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso, foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil.
No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).
Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio Studiorum..
Que era o
seguinte:
Os jesuítas não se limitaram ao ensino das
primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e
Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas,
de nível superior, para formação de sacerdotes, para as elites, para o povo
brasileiro “nadinha de nada”.
Aos nativos pregava a utopia do pensamento escolástico com
acentos notadamente cristãos, a escolástica
surgia da necessidade de responder às exigências da fé,
ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã
dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade.
Por assim
dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé. Esta linha vai do
começo do século IX até ao
fim do século XVI, ou seja, até ao fim da Idade Média. Este pensamento cristão deve o
seu nome às artes ensinadas na altura pelos acadêmicos (escolásticos) nas escolas medievais. Estas artes podiam ser divididas em Trivium (gramática, retórica e dialética) e Quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música). A escolástica resulta
essencialmente do aprofundar da filosofia.
A Filosofia que até então possuía traços
marcadamente clássicos
e helenísticos, sofreu influências da cultura judaica e cristã, a partir do século V, quando pensadores cristãos
perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, em uma
tentativa de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Alguns
temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como:
Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada passaram a fazer
parte de temáticas filosóficas. A Escolástica possui uma constante de natureza neoplatônica, que conciliava elementos da
filosofia de Platão com valores de ordem espiritual,
reinterpretadas pelo Ocidente cristão. E mesmo quando Tomás de Aquino introduz elementos da filosofia
de Aristóteles no pensamento escolástico, esta
constante neoplatônica ainda é presente.
Basicamente, a
questão chave que vai atravessar todo o pensamento escolástico é a harmonização
de duas esferas: a fé e a razão. O pensamento de Agostinho,
mais conservador, defende uma subordinação maior da razão em relação à fé, por
crer que esta venha restaurar a condição decaída da razão humana. Enquanto que
a linha de Tomás de Aquino defende certa autonomia da razão na obtenção de
respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em nenhum momento
negar tal subordinação da razão à fé.
Para a
Escolástica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua
reflexão, por exemplo os filósofos antigos, as Sagradas Escrituras
e os Padres da Igreja,
autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a autoridade de fé e
de santidade.
5.2. Período Pombalino
Pombal, após a expulsão dos jesuítas, ele estruturou e
organizou a escola para servir aos interesses do Estado e do povo
democraticamente e bateu de frente com a elite conservadora.
Ele programou As
aulas régias que compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao
Estado e não mais restritas à Igreja - foi a primeira forma do sistema de
ensino público no Brasil. Apesar da novidade imposta pela Reforma de
Estudos realizada pelo Marquês de Pombal, em 1759, o primeiro concurso para
professor somente foi realizado em 1760 e as primeiras aulas efetivamente
implantadas em 1774, de Filosofia Racional e Moral.
Em 1772 foi criado o Subsídio Literário, um imposto que
incidia sobre a produção do vinho e da carne, destinado à manutenção dessas
aulas isoladas. Na prática o sistema das Aulas Régias pouco alterou a realidade
educacional no Brasil, tampouco se constituiu numa oferta de educação popular,
ficando restrita às elites locais.
Ao rei cabia a criação dessas aulas isoladas e a nomeação
dos professores, que levavam quase um ano para a percepção de seus ordenados,
arcando eles próprios com a sua manutenção. Azevedo (1943, p. 315) menciona a
abertura de uma aula régia de desenho e de figura, em 1800, nas principais
cidades da orla marítima. e em algumas raras do planalto e do sertão.
Estas "tinham uma estrutura escolar propriamente dita,
em que as matérias apresentavam uma seqüência lógica, os cursos tinham uma
duração determinada e os estudantes eram reunidos em classe e trabalhavam de
acordo com um plano de ensino previamente estabelecido" (Piletti, 1996:
37).
Epâ! Começou a seriação no Brasil e até hoje é usada é modelo, metodologia os planos de aulas.
A permanência praticamente inalterada do sistema das Aulas
Régias no Brasil da virada do século XVIII para o seguinte, estendendo-se ainda
durante o primeiro reinado, deveu-se à continuidade dos modelos de pensamento
em nossa elite cultural.
Existiu um grande descompasso entre o pretendido pelo
governo monárquico – tanto o português quanto o brasileiro, após a
independência – e aquilo que as condições sociais e econômicas viriam permitir,
dentro de um modelo produtivo excludente, escravista.
O subsídio literário destinava-se a custear as reformas no campo da
instrução promovidas pelo Marquês de Pombal, substituindo, como imposto único,
todas as coletas que tinham sido lançadas para fazer face às despesas com a
instrução pública. Este alvará determina também a instituição da Junta do
Subsídio Literário.
Este subsídio foi extinto em 1857.
Consistia no pagamento de um real em cada canada de vinho
O valor da canada variava de localidade para localidade, mas aproximava-se,
normalmente, dos atuais 1,5 litros. A canada de Lisboa equivalia a 480 réis ou um cruzado, começamos mal na
distribuição da riqueza brasileira,
optaram pelo vinho que vinha de Portugal deixaram de lado as canadas de todos
os produtos que eram exportados, como cana de açúcar, carne seca e outros produtos. A distribuição desta era
feito pelo presidente da Real Mesa Censória, espécie de conselheiros.
A cobrança deste subsídio pertencia em grande parte aos
conselhos, mas cuja gestão era entregue a uma Junta Central que era composta por homens de negócios, ( da
para comparar com hoje, os recursos ficam perdidos em tantos institutos, MEC, FUNDEB, etc.).
O pagamento dos professores ficava a cargo da administração
central que era um conjunto de instituições e serviços que apóiam tarefas de um
órgão central, normalmente com características de decisão de como seria nossa
escola.
Começou a centralização do ensino brasileiro como distribuir os dinheiros arrecadados através de mecanismo
centralizador, e nunca direto para escola, que permanece até hoje.
Aqui começo a mostrar como as elites que comandam a escola até
hoje torna ineficaz.
Com D. Pedro em 15 de Abril de 1857, decretava a extinção
deste subsidio e o afastamento de Pombal. Ele criou a Diretoria de Estudos que
só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. Cada aula régia era
autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as
outras. Com o "subsídio
literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. Criado em 1772
era uma taxação, ou um imposto, que incidia sobre a carne verde, o vinho, o
vinagre e a aguardente. Oba! Começou a melhorar os recursos, mas...
Com o "subsídio literário", Além de exíguo, nunca
foi cobrado com regularidade e os professores ficavam longos períodos sem
receber vencimentos à espera de uma solução vinda de Portugal.
Os professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias. (José Luiz de Paiva Bello).
Os professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias. (José Luiz de Paiva Bello).
As aulas régias compreendiam o estudo das humanidades,
sendo pertencentes ao Estado e não mais restritas à Igreja - foi à primeira
forma do sistema de ensino público no Brasil. aulas isoladas. Na prática
o sistema das Aulas Régias pouco alterou a realidade educacional no Brasil,
tampouco se constituiu numa oferta de educação popular, ficando restrita às
elites locais. Ao rei cabia a criação dessas aulas isoladas e a nomeação dos
professores, que levavam quase um ano para a percepção de seus ordenados,
arcando eles próprios com a sua manutenção. Azevedo (1943, p. 315).
A permanência praticamente inalterada do sistema das Aulas
Régias no Brasil da virada do século XVIII para o seguinte, estendendo-se ainda
durante o primeiro reinado, deveu-se à continuidade dos modelos de pensamento
em nossa elite cultural. Existiu um grande descompasso entre o pretendido pelo
governo monárquico – tanto o português quanto o brasileiro, após a
independência – e aquilo que as condições sociais e econômicas viriam permitir,
dentro de um modelo produtivo excludente, escravista e pautado numa mentalidade
que contribuía para se perpetrar tal situação. (CARDOSO, 2004, p. 190).
Que continua até hoje.
Pombal quis fez reformas, mas ocasionou um caos que continua até hoje, ele não tinha idéia de como fazer a escola popular provinda do pensamento de
Rousseau, mas continuou nos prédios dos
Jesuítas cujo modelo continua até hoje.
Com vinda da Família
Real, “para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu
Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim
Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa
Régia”. Segundo alguns autores o não se conseguiu implantar um sistema educacional.
Com D. Pedro I que declarou a Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal, em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos".
Nas escolas que Pombal montara, D. Pedro Em 1823, na
tentativa de se suprir a falta de professores, ou do "ensino mútuo",
onde um aluno treinado baseado no decurião
vindo da idéia do império romano (era um oficial de cavalaria do Exército
Romano que comandava um esquadrão (turma) de aproximadamente 30 homens).
Na historiografia ficou conhecido como Método de Ensino
Mútuo, Método Monitorial, Método Inglês de Ensino, Método de Lancaster, Método
Lancasteriano de Ensino e também como Sistema de Madras.
O quaker inglês Joseph Lancaster (1778-1838). Os quakers
são um grupo religioso surgido na Inglaterra, em 1647, como uma dissidência da
Igreja Anglicana. Inspirados na crença de que Deus está presente no íntimo de
cada um, os quakers não têm líderes religiosos e pregam o recolhimento e a
prática da solidariedade.
"Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando"
Na prática, porém, os seguidores ficaram conhecidos como quakers: o termo é
derivado do verbo 'to quake' - estremecer, em inglês -, em alusão ao que
ocorria com os adeptos quando tocados pelo Espírito Santo em suas reuniões. Alguns
pseudos pedagogos pregam.
Um dos pilares da fé dos quakers é a crença de que Cristo
está presente sempre que os "amigos" se reúnem em silêncio. Como uma
das conseqüências disso, dispensa a figura de líderes ou mediadores. Idéia de
ser autodidata, apreender sozinho.
"Os quakers notabilizaram-se por crer na manifestação
de Deus por meio de uma voz interior. Assim, todos os crentes são considerados
ministros em potencial", a ideia de que todos alunos tem potencial.
O pesquisador Douglas Nassif Cardoso, da Universidade
Metodista de São Paulo. "Representam uma posição completamente
diferenciada, contrários tanto ao Catolicismo quanto ao Protestantismo. Era uma
terceira linha que valorizava o contato direto com Deus."
Rejeitando qualquer organização clerical, viviam em
recolhimento e pregam a prática do pacifismo, da solidariedade e da
filantropia. Depois a igreja católica copiou, hoje dão bolsa auxílio aos
carentes, mas ainda controlam as grandes universidades como a PUC, UNISO, etc.
E são uma das instituições que mais ganham dinheiro com as camadas que não
podem entrar na universidade publica.
Com o objetivo de garantir sua pureza moral, também
defendiam atitudes, digamos, nada moderadas: recusavam-se a pagar dízimos à
igreja oficial, idéia contemplada para quem queria o ensino laico. E prestar
juramento diante dos magistrados nas cortes ou a homenagear autoridades,
incluindo o rei. Negavam-se ainda a prestar o serviço militar e a tomar parte
nas guerras esta parte é claro que D. Pedro não gostava.
Mas era uma boa ideia para acalmar e confundir os católicos
e os ideais liberalistas.
Na então colônias inglesas, mantiveram sua postura
extremada, que se refletia, também no modo de se vestir. Os fiéis, por exemplo,
distinguiam-se por usar longos chapéus pretos em locais fechados ou na presença
de autoridades, como um meio de mostrar que não reverenciavam ninguém além de
Deus. Ao longo dos anos, porém, o uso da peça se perdeu e a figura tradicional
do religioso quaker ficou apenas na história, ou nas embalagens dos alimentos
da empresa americana Quaker, que se inspirou na imagem, apesar de não ter
relação com a crença.
"Valorizamos a simplicidade e, por isso, usamos roupas
baratas, práticas e discretas. Mas participamos da cultura do século, e não há
nada que chame a atenção na vestimenta de um quaker moderno em relação às
outras pessoas", diz o americano Chel Avery, diretor interino do Centro de
Informações Quaker, na Filadélfia.
Atualmente, os quakers concentram-se nos Estados Unidos, no
Canadá e na Inglaterra, mas há comunidades em todo o mundo. No Brasil, um grupo
se formou na década de 90, mas não vingou. "Reuníamos em São Paulo, mas as
pessoas se mudaram e o grupo acabou", conta a americana Linnis Cook, que
há 16 anos vive no Brasil e é quaker desde a década de 70. "Mas, no
exterior, o movimento continua forte, com tradição em militância social",
afirma ela. (Karina Fusco - Revista das Religiões).
A filosofia da simplicidade, a humildade continua nas
mentiras das elites que querem este estereótipo para o professor. Muitos dizem
que um sacerdócio.
O trabalho pedagógico realizado em Madras, na Índia, pelo
pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do
jurista inglês Jéremy Bentham (1748-1792), autor do Panóptico.
Que é o seguinte. No final do Séc. XVIII o filósofo e
jurista inglês Jeremy Bentham
concebeu pela primeira vez a ideia do panóptico. Para isto Bentham estudou
“racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou
então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os
locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico.
Ele também observou que estes mesmos projetos de prisão
poderiam ser utilizados em escolas e no trabalho, como meio de tornar mais
eficiente o funcionamento daqueles locais. Alguma semelhança com modelos estrutural de nossas escolas! É isso
aí, nossa escola foi baseada em prisões.
Estabeleceu em 1798, uma escola para filhos da classe
trabalhadora, também utilizando monitores para o encaminhamento das atividades
pedagógicas. Todavia, Lancaster amparou seu método no ensino oral, no uso
refinado e constante da repetição e, principalmente, na memorização, porque
acreditava que esta inibia a preguiça, a ociosidade, e aumentava o desejo pela
quietude.
Em face desta opção metodológica ele não esperava que os
alunos tivessem “originalidade ou elucubração intelectual” na atividade pedagógica
mas disciplinada mentalmente e fisicamente.
Em Lancaster, o principal encargo do monitor não estava na
tarefa de ensinar ou de corrigir os erros, mas sim na de coordenar para que os
alunos se corrigissem entre si.
Para Lancaster, os monitores eram os responsáveis pela
organização geral da escola, da limpeza e, fundamentalmente, da manutenção da
ordem, outra tarefa relevante do monitor lancasteriano. Diferentemente de
Comênius.
Comênius defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar
tudo a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam
ao homem colocar-se no mundo como autor.
Objetivando a aproximação do homem a Deus, seu objetivo
central era tornar os homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de
fé, capazes de praticar ações virtuosas estendendo-se a todos: ricos, pobres,
mulheres, portadores de deficiências. A didática é, ao mesmo tempo, processo e
tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a arte de ensinar.
Salientava a importância da educação formal de crianças pequenas
e preconizou a criação de escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a
oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam aprofundar mais
tarde.
A educação deveria começar pelos sentidos, pois as
experiências sensoriais obtidas por meio dos objetos seriam internalizadas e,
mais tarde, interpretadas pela razão.
Compreensão, retenção e práticas consistiam a base de seu
método didático e, por eles se chegaria às três qualidades: erudição, virtude e
religião, correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto, vontade e
memória.
Fundamentos naturais do método de Comenius: - o fim é o
mesmo: sabedoria, moral e perfeição; - todos são dotados da mesma natureza
humana, apesar de terem inteligências diversas; - a diversidade das
inteligências é tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o
melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando as
inteligências são novas.
O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber
deve ser ensinado; - qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua
aplicação prática, uso definido; - deve ensinar-se de maneira directa e clara;
- ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar
primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido tempo; - Foi
um grande influenciador na educação moderna.
A obra de Comenius é maior paradigma do saber sobre a
educação da infância e juventude, utilizando, para isso, um local privilegiado:
a escola. Já a Didática Magna apresenta as características fundamentais da
escola moderna: - a construção da infância moderna como forma de pedagogização
dessa infância por meio da escolaridade formal (até então, as crianças eram
tratadas como pequenos adultos); - uma aliança entre a família e a escola, por meio
da qual a criança vai se soltando da influência da órbita familiar para a
órbita escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes, baseada
no método de instrução simultânea, agrupando-se os alunos; e - a construção de
um lugar de educador, de mestre, reservado aos adultos portadores de saberes
legítimos.
Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o
igual direito de todos os homens ao saber. O maior educador e pedagogo do
século XVII produziram obra fecunda e sistemática, cujo principal livro é a
DIDÁTICA MAGNA. São suas propostas:
A educação realista e permanente;
Método pedagógico rápido, econômico e sem fadiga;
Ensinamento a partir de experiências quotidianas;
Conhecimento de todas as ciências e de todas as artes;
Ensino unificado.
Já Lancaster defendia uma proposta disciplinar de
instrução, relacionada à disciplinarização da mente, do corpo e no
desenvolvimento de crenças morais próprias da sociedade disciplinar, e não na
independência intelectual.
Observa-se que a utilização de monitores, no método do
educador morávio pressupunha uma organização para a atividade de ensino, no
interior da escola, a equiparasse à ordem vigente nas manufaturas, onde a
divisão do trabalho permitia que diferentes operações, realizadas por
trabalhadores distintos, se desenvolvessem de mas rigorosamente controlada,
segundo um plano prévio e intencional que as articulava, visando produzir
resultados com economia de tempo, de fadiga e de recursos. (...)
Estavam sob pressupostos pedagógicos bastante diferentes
entre si. Portanto, considero oportuno problematizar o discurso, consolidado e
assumido por uma historiografia de larga tradição, que trata o Ensino Mútuo e o
Método Lancasteriano como métodos que se identificam entre si, como iguais,
como sinônimos, apesar da visibilidade dos distanciamentos
teórico-metodológicos.
Dando conseqüência aos seus propósitos, o educador morávio
se investiu da tarefa de procurar e encontrar um processo’ através do qual a
escola, ‘uma máquina tão bem construída,
ao menos, a construir sobre bons fundamentos, seja posta em movimento’.
Para tanto, existiam
‘impedimentos’, desde ‘a falta de
pessoas conhecedoras do método, as quais, abertas e tolas por toda a parte,
possam dirigi-las de modo que produzam (...) sólido fruto’, até ‘os pseudo-sábios, cujo coração se compraz na
rotina dos velhos hábitos’.
(...)as elaborações de Coménio [também] estão penetradas
pela consciência dos condicionamentos econômicos que poderiam comprometer a
expansão escolar. Essa consciência se expressa de forma indireta, apenas,
quando esse educador afirma a necessidade de a escola oferecer serviços que
assegurem economia de tempo e de fadiga.
Para Coménio, então, tratava-se de simplificar e objetivar
o trabalho didático, de tal forma que qualquer homem mediano pudesse ensinar.
Até então, o mestre era uma figura cujo conhecimento ia muito além da média dos
homens. Não raro o professor despontava por sua erudição. Erasmo, expoente do
Humanismo e testemunha dessa época anterior, confirma esse entendimento ao
exigir que o professor, além ‘de bons
costumes e de caráter meigo’, fosse ‘dotado de conhecimentos invulgares’. Esse
humanista usa uma outra expressão mais significativa, ainda, para defini-lo:
‘artífice primoroso’. Mas esse tipo de exigência havia sido superado pelo tempo
e representava, de fato, um impedimento à expansão dos serviços escolares
especialmente se considerado o imperativo de sua universalização. Quando a
escola se propôs atender a todos, precisou desvencilhar-se do professor sábio.
Por esse motivo, o intróito de Didática Magna afirma, textualmente, a
necessidade de ‘investigar e descobrir o
método segundo o qual os professores ensinem menos’. Foi esta escola que D. Pedro instalou no
país.
Segundo o francês Michel Foucault, iniciou-se um processo de
disseminação sistemática de dispositivos disciplinares, a exemplo do panóptico.
Um conjunto de dispositivos que permitiria uma vigilância e
um controle sociais cada vez mais eficientes, porém, não necessariamente com os
mesmos objetivos “racionais” desejados por Bentham e muitos de seus
antecessores e contemporâneos.
Dos anos 60, do Séc. XX, quando Foucault escreveu suas
primeiras obras, até o início do Séc. XXI, novas tecnologias de comunicação e
informação surgiram, permitindo novas formas de vigilância que por vezes se
tornam tão dissimuladas que não são facilmente percebidas pelos indivíduos.
Tornam-se também naturalizadas, não deixando claros todos os objetivos de quem
se utiliza daquelas novas técnicas de vigilância.
Nestes novos tempos, o nosso, a vigilância também vem
adquirir uma nova característica. A possibilidade de observação de todos sobre
todos. Hoje é possível ao patrão ler mensagens de correio eletrônico de seu
empregado, mas também existe a possibilidade de colegas lerem mensagens de
colegas, maridos de esposas, pais de filhos, a partir de ferramentas gratuitas
disponíveis na Internet, por exemplo.
As escolas
conseguem, a partir de celulares, câmeras digitais vigiam cada metro
quadrado da escola e controlam se a
escola vai bem ou não.
Governos e crackers ( burocratas) podem, com o instrumental
adequado, ter as informações das escolas de qualquer cidadão, a partir de banco
de dados individuais (como SAEB, SARESP, ETC).
O panóptico se disseminou. E como afirmou enfaticamente em
meados dos anos 90 outro filósofo francês, Gilles Deleuze, isso gerou a criação de uma
Sociedade de Controle.
Os dois deram base para que D. Pedro efetivasse a didática
e estrutura predial que encontramos até
hoje nas escolas, são verdadeiras prisões
com cara de indústria e com sinal de
industrial.
Com tempos determinados com matérias feitas em etapas, 50
minutos de matemática, 50 minutos de inglês, tudo sem uma seqüência elas estão compartimentalizada, não tem uma
seqüência, há uma ruptura. O aluno se perde seguindo a uma ordem vigente nas manufaturas.
Agora comentarei uma nova idéia de escola baseado na
citação de Gilles Deleuze que diz “A idéia”. “O que é ter uma idéia?”. Que diz: “A idéia no sentido em que a usamos,
pois não se trata mais de Platão, atravessa todas as atividades criadoras”.
Criar é ter uma idéia.
É muito difícil ter uma idéia. Há pessoas extremamente
interessantes que passaram a vida inteira sem ter uma idéia.
Pode-se ter uma idéia em qualquer área. Não sei onde não se
deve ter idéias. Mas é raro ter uma idéia. Não acontecem todos os dias. Um
pintor tem tantas idéias quanto um filósofo, mas não é o mesmo tipo de idéias.
Pensando nas diferentes atividades humanas, seria bom saber: sob que forma se
apresenta uma idéia em determinados casos?
Em filosofia, acabamos de ver isso. A idéia em filosofia se
apresente na forma de conceitos. Há uma criação de conceitos e não uma
descoberta. Conceitos não se descobrem, são criados. Há tanta criação em uma
filosofia quanto em um quadro ou uma obra musical. Fico impressionado com os
diretores de cinema. Há muitos diretores que nunca tiveram uma idéia. As idéias
são umas obsessões: elas vão e voltam, se afastam, tomam formas diversas e,
através destas formas variadas, elas são reconhecíveis. Para dar um exemplo
muito simples, penso em um diretor como Vicent Minnelli.
A obra dele não cobre tudo, mas peguei esse exemplo por ser
mais fácil. Parece-me que ele é uma pessoa que se pergunta o que quer dizer
"as pessoas sonham". Dizer que as pessoas sonham é uma banalidade. As
pessoas sonham, sim, mas Minneli faz uma pergunta muito estranha que lhe é
muito particular: o que quer dizer estar preso no sonho de alguém? Passa pela
tragédia, pela comédia, pelo abominável etc.
O que quer dizer estar preso no sonho de uma menina? Podem
aparecer coisas terríveis por ser prisioneiro do sonho de alguém. Pode ser um
horror. Às vezes, Minnelli nos traz um sonho: o que é estar preso no pesadelo
da guerra?
E o resultado foi admirável: "Os Cavaleiros do
Apocalipse". E ele não vê a guerra como guerra, do contrário, não seria
Minnelli e, sim, como um grande pesadelo.
O que quer dizer estar preso num pesadelo? Estar preso no
sonho de uma menina resulta nos famosos musicais, em Fred Astaire ou Gene
Kelly, não sei ao certo, escapam das tigresas e panteras negras.
Isso é estar no sonho de alguém. É uma coisa gigantesca. Eu
diria que isso é uma idéia. No entanto, não é um conceito. Se Minnelli
trabalhasse com conceitos, ele faria filosofia e não cinema. Eu diria que é
preciso distinguir três dimensões; três coisas tão poderosas que se misturam o
tempo todo. E este é o meu trabalho futuro. É isso que eu gostaria de fazer e
tentar entender melhor isto. Há os conceitos que são a invenção da filosofia e
há o que podemos chamar de "perceptos". Os "perceptos"
fazem parte do mundo da arte.
O que são os perceptos? O artista é uma pessoa que cria
perceptos. Por que usar essa palavra estranha em vez de percepção. Porque
perceptos não são percepções. O que é que busca um homem de letras, um escritor
ou um romancista? Acho que ele quer poder construir conjuntos de percepções e sensações
que vão além daqueles que as sentem. O percepto é isso. É um conjunto de
sensações e percepções que vai além daquele que a sente.
Vou dar alguns exemplos. Há páginas de Tolstoi que
descrevem o que um pintor mal saberia descrever. Ou páginas de Tchekov que, de
outra maneira, descrevem o calor da estepe.
Há um grande complexo de sensações, pois há sensações
visuais, auditivas e quase gustativas. Alguma coisa entra na boca. Eles tentam
dar a esse complexo de sensações uma independência radical em relação àquele
que as sentiu.Tolstoi também descreve atmosferas.
As grandes páginas de Faulkner! Os grandes romancistas
conseguem chegar a isso. Há um grande romancista americano que quase disse
isso. Ele não é muito conhecido na França e gosto muito dele. Thomas Wolfe. Ele
descreve o seguinte: "alguém sai de manhã, sente o ar fresco, o cheiro de
alguma coisa, de pão torrado etc., um passarinho passa voando..." Há um
complexo de sensações. O que acontece quando morre aquele que sentiu tudo isso?
Ou quando ele faz outra coisa, o que acontece? Isso me parece a questão da
arte. A arte dá uma resposta pra isso: dar uma duração ou uma eternidade a este
complexo de sensações que não mais é visto como sentido por alguém ou que será
sentido por um personagem de romance, ou seja, um personagem fictício. É isso
que vai gerar a ficção. E o que faz um pintor? Ele faz só isso também. Ele dá
consistência aos “perceptos.”.
Nós precisamos de um
modelo de escola de perceptos que
tentarei esboçar avante.
Também vou recorrer a mitologia oriental em especial persa.
A mitologia de Zaratustra que foi um profeta nascido na Pérsia (atual Irã),
provavelmente em meados do século VII a.C. Ele foi o fundador do Masdeísmo ou Zoroastrismo que diz o seguinte:
Há muito tempo, nas estepes a perder de vista da Ásia Central perto do Mar de Aral, havia uma pequena vila de casas de
barro, onde vivia a clã Spitama.
Um dia, no sexto dia da primavera, um menino nasceu naquela família. Filha de Dugdav
ela tinha um a halo em seu rosto, os ignorantes chamados de karapans,
estranharam e acusaram ela de bruxa. Foi levada a uma fogueira, entrou e sai
ilesa, semanas depois doenças surgiram, cavalos morrem e outros catástrofes e
expulsaram de sua aldeia.
Ao chegar na floresta apareceu um cavalo com asas e levou a
aldeia dos clãs spitama.
A sua mãe e seu pai Pourushaspa decidiram dar-lhe o nome de
Zaratustra. Ao nascer, Zaratustra não chorou, pelo contrário, riu sonoramente.
As parteiras, vendo aquilo, admiraram-se, pois nunca tinha visto um bebê rir ao
nascer.
Na vila havia um sacerdote que percebeu que aquele menino
viria a ser um revolucionário do pensamento humano e o que enfraqueceria o
poder dos "donos" das religiões.
Ele então decidiu tomar providências e procurou o pai Pourushaspa, com a seguinte conversa:
"Pourushaspa Spitama, vim avisar-lhe. Seu filho é um mau sinal para a
nossa vila porque riu ao nascer, ele tem um demônio.
Mate-o ou os deuses destruirão seus cavalos e plantações.
Onde já se viu rir ao nascer nesse mundo triste e escuro! Os deuses estão
furiosos!".
Pourushaspa, pai de Zaratustra, não queria ferir seu filho,
mas o sacerdote insistiu e impôs uma prova.
Na manhã seguinte Pourushaspa fez uma grande fogueira, e à
frente de todos colocou Zaratustra no meio do fogo, mas ele não sofreu dano
algum. O sacerdote ficou confuso.
Zaratustra foi levado então para um vale estreito e
colocado no caminho de uma boiada de mil cabeças de gado, para ser pisoteado. O
primeiro boi da boiada percebeu o menino e ficou parado sobre ele,
protegendo-o, enquanto o resto passava ao lado e o bebê não sofreu um só
arranhão. O sacerdote logo arquitetou outro plano.
O menino Zaratustra foi colocado na toca de uma loba que,
ao invés de devorá-lo, cuidou dele até que Dugdav, sua mãe, viesse buscá-lo.
Diante de tantos prodígios o sacerdote ficou envergonhado e mudou-se da vila.
Ao crescer, Zaratustra peramburalava pelas estepes
indagando-se: "Quem fez o sol e as estrelas do céu? Quem criou as águas e
as plantas? E quem faz a lua crescer e minguar? Quem implantou nas pessoas a
sua natural bondade e justiça?".
Um dia Zaratustra estava meditando às margens de um rio
quando um ser estranho lhe apareceu. Tinha uma beleza um brilho. Zaratustra perguntou-lhe quem era ele,
ao que teve como resposta: "Sou Vohu Mano, "Bom Pensamento”, Boa
Mente. Vim lhe buscar". E tomou-lhe a mão, e o levou para um lugar muito
bonito, onde sete outros seres os esperavam.
A Boa Mente disse-lhe então: "Zaratustra, se você
quiser pode encontrar em você mesmo todas as respostas que tanto busca, e
também questões mais interessantes ainda. Vá Ahura Mazda que significa Senhor Sábio, a
quem se credita o papel de criador e guia absoluto do universo, que tudo cria e
sustenta, assim escolheu partilhar a sua divindade com os seres que cria.
Agora, sabendo disso, você pode anunciar essa mensagem libertadora a todas as
pessoas.”.
Encontrando Zaratustra contestou: "Por que eu? Não sou
poderoso e nem tenho recursos!". Os outros seres responderam em coro:
"Você tem tudo o que precisa o que todos igualmente têm: Bons pensamentos,
boas palavras e boas ações".
Zaratustra voltou para casa e contou a todos o que lhe
acontecera. A sua família aceitou o que ele havia descoberto, mas os sacerdotes
o rejeitaram.
Eles argumentaram: "Se é assim nada há de especial em
nosso serviço, nada valem nossos sacrifícios e perderemos o poder que nos dão
os deuses ciumentos e caprichos que servimos. Estamos sem trabalho e passaremos
fome!".
Decidiram, então, dar cabo da vida de Zaratustra.
Com sua boa mente ele entendeu que tinha que sair dali por
uns tempos. Chamou seus vinte e dois companheiros e companheiras de primeira
hora e fugiram com tudo o que tinham.
Eles viajaram durante várias semanas até chegarem a um
lugar cujo governante chamava-se Vishtaspa,
um Rei.
Zaratustra procurou Vishtaspa e partilhou com ela a sua
descoberta.
Vishtaspa respondeu ao seu apelo com uma recusa: "Por
que haveria de crer nesse estranho? Meus deuses são, com certeza, mais
poderosos que esse Ahura Mazda!".
Após dois anos tentando convencer Vistaspa, e enfrentando a
mais cruel oposição, passando, inclusive, um tempo preso, um acidente com o
cavalo de Vishtaspa ajudou a resolver a favor de Zaratustra esse impasse. À
beira de morte, o cavalo tornou-se o pivô de todas as atenções.
Vistaspa chamou sacerdotes, feiticeiros, médicos e sábios
para salvar o seu cavalo. Juntos eles tentaram de tudo, inclusive oferecendo
aos deuses dezenas de sacrifícios de outros cavalos. Além disso, brigaram entre
si, fizeram intrigas, mas nada aconteceu, o cavalo de Vishtaspa só piorava.
Zaratustra, que fora criado num ambiente rural, logo
percebeu que ele fora envenenado. Procurando Vishtaspa ele sugeriu um remédio
muito usado nesses casos em sua terra. Sem alternativas, embora descrente,
Vishtaspa aceitou a idéia de Zaratustra e em dois dias seu cavalo estava de pé,
sem sinal da doença.
Todos ficaram pasmos e acharam que Zaratustra tinha operado
um milagre. Ele respondeu que havia apenas usado a sua boa mente e os conhecimentos
que tinha adquirido em casa.
Vishtaspa e sua família ficaram encantadas com a
honestidade e simplicidade de Zaratustra, e dispôs-se a ouvi-lo de novo, dessa
vez com coração e mentes desarmados. Em pouco tempo não só Vishtaspa e sua
família haviam sido iniciadas seu ensinamento, como também grande parte de seu
povo.
Embora Zaratustra pudesse ter usado a ocasião da cura do
cavalo de Vishtaspa para arrogar seus poderes sobrenaturais ele preferiu ser
sincero, e foi isso o que de fato mostrou a Vishtaspa a sublime beleza e
profundidade da mensagem.
A influencia de Zaratustra nascido na Pérsia no século VI
a.C., que parece ter sido um reformador do masdeísmo., antiga religião da Média
se dá em Dois princípios supremos, o bem
e o mal, Substituído pelo islamismo.
O zoroastrismo reduziu-se a grupos de guebros no Irã e de
persas na Índia, mas, deixou traços nas principais religiões, como o judaísmo,
o cristianismo e o islamismo.
O exemplo que estou dando é pensamento de vida oriental e a
escola que temos hoje é baseado no bem e no mal, no belo, no gostoso etc. na
modelo de vida capitalista, alem de ser
egoísta, todos que para já, o imediatismo, a rapidez, nós queremos as coisas rapidamente,
não nos deixam enxergar que mal esta a escola elaborada pelas elites, só se
pensa em sexo. Ser belo, ser boy, bom é a cultura do modo ocidental. Os nossos
alunos e professores estão perdidos.
Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias. E, em 1827 um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
Em 1834 o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Graças a isso, em 1835, surge a primeira escola normal do país em Niterói. Se houve intenção de bons resultados não foi o que aconteceu, já que, pelas dimensões do país, a educação brasileira se perdeu mais uma vez, obtendo resultados pífios. Em 1880 o Ministro Paulino de Souza lamenta o abandono da educação no Brasil, em seu relatório à Câmara. Em 1882 Ruy Barbosa sugere a liberdade do ensino, o ensino laico e a obrigatoriedade de instrução, obedecendo as normas emanadas pela Maçonaria Internacional.
Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo.
Até a Proclamação da República, em 1889 praticamente nada se fez de concreto pela educação brasileira. O Imperador D. Pedro II quando perguntado que profissão escolheria não fosse Imperador, respondeu que gostaria de ser "mestre-escola". Apesar de sua afeição pessoal pela tarefa educativa, pouco foi feito, em sua gestão, para que se criasse, no Brasil, um sistema educacional.
Até os dias de hoje muito tem se feito planejamentos
educacionais, mas, a educação continua a ter as mesmas características impostas
pelas elites.
Como mostra a educação
brasileira sempre teve importância secundária, esta mentira de que a
educação vai dar desenvolvimento para o Brasil inventado feita pelas Elites, a primeira Universidade no Brasil, só surgiu em 1934, em
São Paulo.
Até hoje não sofreu
evolução que pudesse ser considerado marcante ou significativo. E querem
manter "status quo" com
estatísticas para “só inglês ver” e
mascarar a realidade brasileira.
“Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios
orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da
escola primária. Estes princípios seguiam a orientação do que estava estipulado
na Constituição brasileira. Uma das intenções desta Reforma era transformar o
ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador.
Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica. Esta
Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, já que não respeitava os
princípios pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária,
já que o que ocorreu foi o acréscimo de matérias científicas às tradicionais,
tornando o ensino enciclopédico “. (José Luiz de Paiva Bello) que até hoje é
questionado e causa confusão entre os professores.
Além disso, introduz a cadeira de Moral e Cívica que foi
aproveitada pela ditadura militar e depois até ser extinta, mas, hoje, tem Pedagogos que querem ela de volta, mas em que
moldes? Com a intenção de tentar combater os protestos inquietos das Elites
quanto aos perigos de não SER livres dos que não querem estudar.
Com Getúlio Vargas
começa aqui o Utopia da educação do cidadão tem que passar por controles
burocráticos implementado pelos Decretos
ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos":
- O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a funcionar em 1934).
- O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime universitário.
- O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro.
- O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino secundário.
- O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador e dá outras providências.
- O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o ensino secundário.
- O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a funcionar em 1934).
- O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime universitário.
- O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro.
- O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino secundário.
- O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador e dá outras providências.
- O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o ensino secundário.
Estes Decretos só complicam os recursos que deveriam ir
direto as escolas ficam nos salários das “Elites” estatais com seus projetos
que não dão em nada.
Com a chegada ,em
1935, do Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a
Universidade do Distrito Federal, com uma Faculdade de Educação na qual se
situava o Instituto de Educação. E também surgem os primeiros Utópicos
brasileiros que fizeram O Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova(1932), ditados de novo por uma Elite que são:
Fernando de Azevedo,Afrânio Peixoto,A. de Sampaio Doria,
Anísio Spinola Teixeira, M. Bergstrom Lourenço Filho, Roquette Pinto, J. G.
Frota Pessoa, Julio de Mesquita Filho, Raul Briquet, Mario Casassanta, C.
Delgado de Carvalho, A. Ferreira de Almeida Jr., J. P. Fontenelle , Roldão
Lopes de Barros, Noemy M. da Silveira, Hermes Lima, Attilio Vivacqua ,
Francisco Venancio Filho , Paulo Maranhão, Cecilia Meirelles , Edgar Sussekind
de Mendonça , Armanda Alvaro Alberto, Garcia de Rezende, Nobrega da Cunha,
Paschoal Lemme, Raul Gomes, plena elite brasileira
O Brasil precisava de mão de obra , estava começando para
valer a substituições das importações, ou seja a industrialização
tardia e precisava de mão de obra que pelo menos saber ler.
Abaixo algumas mentiras destes:
A reconstrução educacional no Brasil “deve ser feita pelo povo e pelo governo em que os problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação”. Nem mesmo os de caráter econômico lhe pode disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional para o desenvolvimento.
A reconstrução educacional no Brasil “deve ser feita pelo povo e pelo governo em que os problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação”. Nem mesmo os de caráter econômico lhe pode disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional para o desenvolvimento.
Para evolução orgânica do sistema cultural de um país
depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças
econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o
desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são os fatores
fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade.
E deve organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu
horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto de
vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao
problema filosófico ou dos fins da educação;
deve se ter um Movimento de
renovação educacional , bela mentira que continua até hoje, quando planos,
quantas didáticas e nada se resolve.
Outra mentira as Diretrizes que se esclarecem que
através da iniciativa do Estado e
povo assumiremos a responsabilidade, e com a qual se incutira, por todas as
formas, no magistério, o espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a
consciência da necessidade de um aperfeiçoamento constante, ainda não se podia
considerar inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais.
Perante o público e o governo, a posição que conquistaram e vêm mantendo desde
o início das hostilidades contra a escola tradicional, espera um pouco mudou
alguma coisa? É uma diretriz atrás de outra, deixe a escola fazer suas
diretrizes! E repasse todos recursos, acabe com o MEC e outros, deixe a escola
e o povo criar sua escola para suas necessidades, ah! Novamente as Elites
que... Não deixa. Adiante, vou simplesmente sugerir! Uma escola que acho ideal.
Outra mentira as ditas Reformas “a educação que, no final
de contas”. Logicamente numa reforma social, não pode, ao menos em grande
proporção, realizar-se senão pela ação extensa e intensiva da escola para uma evolução contínua, favorecida e estimulada
por todas as forças organizadas de cultura e de educação, baseadas em um plano
integral, para que ela não se arrisque um dia a ficar no estado fragmentário
que não eleva o desenvolvimento do Brasil”.
Que beleza! Começou um plano para se tornar o Brasil,
currículo mínimo, matérias iguais, privilégios para disciplinas voltadas a
exata para pode calcular a produção e maquinas cadê o social?
Outra mentira Finalidades da educação "concepção
do mundo", que convém fazer adotar ao educando e sobre o que é necessário
considerar como "qualidade socialmente útil". “O fim da educação não
é desenvolver de maneira anárquica as tendências dominantes do educando; se o
mestre intervém para transformar, isto implica nele a representação de certo
ideal à imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos”.
“E' evidente que a sociedade dada terão respectivamente
opiniões diferentes sobre a Esse ideal e aspiração dos adultos toma-se mesmo
mais fácil de apreender exatamente quando assistimos à sua transmissão pela obra
educacional, isto é, pelo trabalho a que a sociedade se entrega para educar os
seus filhos”..
A escola socializada, reconstituída sobre a base da
atividade e da produção, ( hum! To entendo!) Em que se considera o trabalho
como a melhor maneira de estudar a realidade em geral (aquisição ativa da
cultura) e a melhor maneira de estudar o trabalho em si mesmo, como fundamento
da sociedade humana, se organizou para remontar a corrente e restabelecer,
entre os homens, o espírito de disciplina, solidariedade e cooperação, por uma
profunda obra social que ultrapassa largamente o quadro estreito dos interesses
de classes”, que justificativa linda, sai daqui elite! Belas mentiras colocam a
culpa agora na sociedade.
Outra mentira Valores mutáveis e permanentes “o objeto
da ação educativa, não se rompeu nem está a pique de romper-se o equilíbrio
entre os valores mutáveis e os valores permanentes da vida humana”. “ Onde, ao
contrário, se assegurará melhor esse equilíbrio é no novo sistema de educação,
que, longe de se propor os fins particulares de determinados grupos sociais, às
tendências ou preocupações de classes, os subordina aos fins fundamentais e
gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas. É preciso fazer
homens, antes de fazer instrumentos de produção. Mas, o trabalho que foi sempre
a maior escola de formação da personalidade moral, não é apenas o método que
realiza o acréscimo da produção social,” “fazer homens cultivados e úteis sob
todos os aspectos”.
“O trabalho, a solidariedade social e a cooperação, em que
repousa a ampla utilidade das experiências; a consciência social que nos leva a
compreender as necessidades do indivíduo através das da comunidade”, “servir à
humanidade, é preciso estar em comunhão com ela”, de no novo, eu sou culpado,
você é culpado.
"A alma tem uma potência de milhões de cavalos, que
levanta mais peso do que o vapor. Se todas as verdades matemáticas se
perdessem, escreveu Lamartine, defendendo a causa da educação integral, o mundo
industrial, o mundo material, sofreria sem duvida um detrimento imenso e um
dano irreparável; mas, se o homem perdesse uma só das suas verdades morais,
seria o próprio homem, seria a humanidade inteira que pereceria” É que estão
fazendo agora é parceria, é ENEM, ONGs,
bolsa Escola, bolsa família etc. Sem
estas o povo se revolta. Eles, a elite, não queriam ficar no isolamento mundial
capitalista.
Outra mentira O Estado em face da educação que propõe
o seguinte:
a) A educação, uma função essencialmente pública
O direito de cada indivíduo à sua educação integral, decorre logicamente para o Estado que o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociais. Cadê, diga para as elites tirarem seus filhos das escolas publicas.
a) A educação, uma função essencialmente pública
O direito de cada indivíduo à sua educação integral, decorre logicamente para o Estado que o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociais. Cadê, diga para as elites tirarem seus filhos das escolas publicas.
b) A questão da escola única
Assentado o princípio do direito biológico de cada indivíduo à sua educação integral, cabe evidentemente ao Estado a organização dos meios de o tornar efetivo, por um plano geral de educação, cadê de novo.
Assentado o princípio do direito biológico de cada indivíduo à sua educação integral, cabe evidentemente ao Estado a organização dos meios de o tornar efetivo, por um plano geral de educação, cadê de novo.
Em nosso regime político, o Estado não poderá, de certo,
impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as
classes mais privilegiadas assegurem os seus filhos uma educação de classe
determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema
escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma
minoria, por um privilegio exclusivamente econômico. Temos agora o monopólio
das escolas privadas adivinha por quê?
c) A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação “na sociedade moderna em que o industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança e o jovem", cuja educação é freqüentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas” beleza agora entendi, é pelo idealismo de vocês.”
c) A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação “na sociedade moderna em que o industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança e o jovem", cuja educação é freqüentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas” beleza agora entendi, é pelo idealismo de vocês.”
Além disto, “A gratuidade extensiva a todas as instituições
oficiais de educação é um princípio igualitário que torna a educação, em
qualquer de seus graus, acessível não a uma minoria, por um privilégio
econômico, mas a todos os cidadãos que tenham vontade e estejam em condições de
recebê-la”.
“Aliás, o Estado não pode tornar o ensino obrigatório, sem
torná-lo gratuito. A obrigatoriedade que, por falta de escolas, ainda não
passou do papel, nem em relação ao ensino primário, e se deve estender
progressivamente até uma idade conciliável com o trabalho produtor, isto é, até
aos 18 anos”, que tal estender para todos os níveis, superior, pós-graduação,
mestrado, doutorado, pois a obrigatoriedade esta aí, ah! elite sai das
escolas publicas ou deixe as classes
sociais entrarem em suas escolas.
Outra mentira A unidade da função educacional que se baseia e segue com meus comentários:
Outra mentira A unidade da função educacional que se baseia e segue com meus comentários:
“Gratuidade e obrigatoriedade”, não vão até o Phd.
“a supressão de instituições criadoras de diferenças sobre
base econômica”, fale com os Donos das escolas particulares e religiosas.
“A equiparação de mestres e professores em remuneração e
trabalho” quero ganhar 12.000 Reais.
“A seleção dos alunos nas suas aptidões naturais”, muito
bem explicadinho... Fale com menino de rua.
“A correlação e a continuidade” do quê, para quê e,
principalmente, como? E onde?
“E que vise a
desenvolver ao máximo a capacidade vital do ser humano”, com que dinheiro?
“A autonomia da função educacional” deixe todo dinheiro arrecadado direto para a
escola e comunidade usarem para sua autonomia com autogestão ou acabe com as
instituições privadas, daí as Elites que... Irão se mexer.
“Que se propõe da formação integral das novas gerações”
nossas gerações querem é TER.
“Estado não o soube ou não o quis acautelar contra o
assalto de poderes estranhos efetuados na técnica, administrativa e econômica
não pode reduzir-se às verbas que, nos orçamentos, são consignadas a esse
serviço público.” Engraçadinhos né! Vocês estão no Estado faz tempo.
“Instituição de um fundo especial ou escolar”, de novo dar migalhas e continuar com assistencialismo,
muito bom.
“A autonomia econômica não se poderá realizar, a não ser
pela que, constituído de patrimônios, impostos e rendas próprias, seja
administrado e aplicado exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional,
pelos próprios órgãos do ensino, incumbidos de sua direção.” Deixe os Diretores
das escolas e a comunidade gerirem este, vocês não tem competências.
Porque acaba com às crises dos erários do Estado ou às oscilações"
do interesse dos governos pela educação.
Outra mentira a descentralização
“A organização da educação brasileira unitária sobre a base
e os princípios do Estado, no espírito da verdadeira comunidade popular e no
cuidado da unidade nacional, não implica um centralismo estéril e odioso. Ao
qual se opõem as condições geográficas do país e a necessidade de adaptação
crescente da escola aos interesses e às exigências regionais.” Então vamos
programar a autogestão.
“Unidade não significa uniformidade e multiplicidade”. “Por
menos que pareça, à primeira vista, não é, pois, na centralização, mas na
aplicação da doutrina federativa e descentralizadora,” programemos então na
autogestão que é maneira mais descentralizada que se tem.
“Que teremos de buscar o meio de levar a cabo, em toda a
República, uma obra metódica e coordenada, de acordo com um plano comum, de
completa eficiência,” só para gastar as verbas, já se elaboraram vários planos,
deixe a comunidade fazer seus planos, nada de um plano comum, nos não somos
mais analfabetos.
“Produzir os maiores resultados com as menores despesas,
abrirá margem a uma sucessão ininterrupta de esforços fecundos em criações e
iniciativas” Humm!!!! Não deu certo,
mande dinheiro direto para a escola que evita todo desperdício. Acabe com suas
Ineficiências.
Outras mentiras que vocês podem deduzir.
“A escola, vista desse ângulo novo que nos dá o conceito
funcional da educação, deve oferecer à criança um meio vivo e natural,
"favorável ao intercâmbio de reações e experiências", em que ela,
vivendo a sua vida própria, generosa e bela de criança, seja levada "ao
trabalho e à ação por meios naturais que a vida suscita quando o trabalho e a
ação convêm aos seus interesses e às suas necessidades".
Na verdadeira educação funcional deve estar, pois, sempre
presente, como elemento essencial e inerente à sua própria natureza, o problema
não só da correspondência entre os graus do ensino e as etapas da evolução
intelectual fixadas sobre a base dos interesses, como também da adaptação da
atividade educativa às necessidades psicobiológicas do momento.
Plano de reconstrução educacional
É o mesmo princípio que faz alargar o campo educativo das
Universidades, em que, ao lado das escolas destinadas ao preparo para as
profissões chamadas "liberais", se devem introduzir, no sistema, as
escolas de cultura especializada, para as profissões industriais e mercantis,
propulsoras de nossa riqueza econômica e industrial. Mas esse princípio,
dilatando o campo das universidades, para adaptá-las à variedade e às
necessidades dos grupos sociais, tão longe está de lhes restringir a função
cultural que tende a elevar constantemente as escolas de formação profissional,
achegando-as às suas próprias fontes de renovação e agrupando-as em torno dos
grandes núcleos de criação livre, de pesquisa científica e de cultura
desinteressada.
A escola deve ser uma comunidade em miniatura, e se em toda
a comunidade as atividades manuais, motoras ou construtoras "constituem as
funções predominantes da vida", é natural que ela inicie os alunos nessas
atividades, pondo-os em contato com o ambiente e com a vida ativa que os
rodeia, para que eles possam, desta forma, possuí-la, apreciá-la e senti-la de
acordo com as aptidões e possibilidades.
Plano de reconstrução educacional
“No plano de reconstrução educacional, de que se esboçam
aqui apenas as suas grandes linhas gerais, procuramos, antes de tudo, corrigir
o erro capital que apresenta o atual sistema (se é que se pode chamar sistema),
caracterizado pela falta de continuidade e articulação do ensino, em seus
diversos graus, como se não fossem etapas de um mesmo processo, e cada um dos
quais deve ter o seu "fim particular", próprio, dentro da
"unidade do fim geral da educação e dos princípios e métodos comuns a
todos os graus e instituições educativas. De fato, o divorcio entre as entidades
que mantêm o ensino primário e profissional e as que mantêm o ensino secundário
e superior, vai concorrendo insensivelmente, como já observou um dos
signatários deste manifesto, "para que se estabeleçam no Brasil, dois
sistemas escolares paralelos”. Este não posso deixar de comentar, aqui é a
dragédia brasileira, a grande mentira que as elites nos impuseram.
“Ensino por um conceito dinâmico, fazendo um apelo, dos
jardins de infância à Universidade, não à receptividade mas à atividade
criadora do aluno. A partir da escola infantil (4 a 6 anos) à Universidade, com
escala pela educação primária (7
a 12) e pela secundária (l2 a 18 anos), a
"continuação ininterrupta de esforços criadores" deve levar à
formação da personalidade integral do aluno e ao desenvolvimento de sua
faculdade produtora e de seu poder criador, pela aplicação, na escola, para a
aquisição ativa de conhecimentos, dos mesmos métodos (observação, pesquisa, e
experiência), que segue o espírito maduro, nas investigações científicas. A
escola secundária, unificada para se evitar o divórcio entre os trabalhadores
manuais e intelectuais, terá uma sólida base comum de cultura geral (3 anos),
para a posterior bifurcação (dos 15 aos 18), em seção de preponderância
intelectual (com os 3 ciclos de humanidades modernas; ciências físicas e
matemáticas; e ciências químicas e biológicas), e em seção de preferência
manual, ramificada por sua vez, em ciclos, escolas ou cursos destinados à
preparação às atividades profissionais, decorrentes da extração de matérias
primas (escolas agrícolas, de mineração e de pesca) da elaboração das matérias
primas (industriais e profissionais) e da distribuição dos produtos elaborados
(transportes, comunicações e comércio).” Até quando continuaremos com estas
balelas.
“O problema dos melhores” que em sua maioria estão nas
escolas das elites, os que estão nas publica estão insatisfeitos, mas não tem
dinheiro para entra nas escolas das elites, no caso da universidade é o
inverso. Beleza né.
“A preparação dos professores, como se vê, é tratada entre
nós, de maneira diferente, quando não é inteiramente descuidada, como se a
função educacional, de todas as funções públicas a mais importante, fosse a
única para cujo exercício não houvesse necessidade de qualquer preparação
profissional” deixe-nos em paz e nos paguem bem.
“O papel da escola na vida e a sua função social é que a
educação, não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou
contrariada, ampliada ou reduzida pelo jogo de forças inumeráveis( que força só
se for dos...) concorrem ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e
variadíssimas, influências que formam o homem através da existência. Há a
herança que a escola da espécie, como já se escreveu; a família que é a escola
dos pais; o ambiente social que é a escola da comunidade, e a maior de todas as
escolas, a vida, com todos os seus imponderáveis e forças incalculáveis”. Muito
bem vocês pais tem culpa agora também.
“A democracia” onde? E como?
Bom, até aqui expresso várias mentiras que perduram até
hoje, que se baseia num programa de
longos deveres os obstáculos acumulados, que nos abateram para uma educação
democrática e autogerida dentro da
escola e que possa escolher os caminhos psicopedagogicos no seu bairro, acabe com as estruturas burocráticas, até com as secretarias de
educação municipais, deixe que tomem decisões equilibradas baseadas na
realidade do ambiente escolar e também porque não continuar a escola particular
que faz uma gestão com o dinheiro das elites, mas não contem com dinheiro
publico.
Bem, até aqui contei as mentiras da pedagogia democrática,
agora o perigo da pedagogia dos socialistas como período anterior, de 1946 ao princípio do ano
de 1964, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Durmeval Trigueiro, entre outros
Depois do golpe militar de 1964 estes educadores passaram a
ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muito foram calados
para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada e
outros, demitidos, trocaram de função.
A ditadura militar calou os socialistas, e centralizou todas as decisões quando a pedagogia apropriada, mas, foi por do medo socialista que fez as elites apoiar todas as decisões no pedagógico que expusessem as oportunidades de sermos democráticos, criaram vários departamentos burocráticos através de decretos, criando até drenagens de recursos que perpetuam até hoje.
A ditadura militar calou os socialistas, e centralizou todas as decisões quando a pedagogia apropriada, mas, foi por do medo socialista que fez as elites apoiar todas as decisões no pedagógico que expusessem as oportunidades de sermos democráticos, criaram vários departamentos burocráticos através de decretos, criando até drenagens de recursos que perpetuam até hoje.
Mas, contudo eles fizeram reformas que agradaram as camadas
populares, criando mais escolas, ensino para todos, acabando com exame de
admissão nas escolas publicas e pela propaganda de um país sem educação não
seria desenvolvido como os EUA, era o ápice do modo de vida americano, o rock,
a modernidade chegara e que só o capitalismo nos proporia uma vida digna.
Porém era uma escola ainda para letrar os analfabetos, quem não tinha estudo não
conseguia emprego, plena industrialização, o boom do desenvolvimento
brasileiro, nem todos queriam ir para
escola, mas os pais obrigavam ir, alguns não iam, se lançaram no comércio em
algum empreendimento que lhes deram segurança financeira, tinha-se emprego em
abundância.
O estereótipo era ser estudado quem não fosse estudado, era
chamado de burro, (é ou não verdadeiro um bullying social, para não fugir
das utopias que preenchem a escola e desvia a ineficácia das elites e novamente
culpando a escola).
O tempo é lembrado pelo interesse do aluno, o professor
eram “respeitados”, mas novamente estavam a serviço das elites.
calaram os pedagogos socialistas no Brasil, muitos como Freire foram se projetar em outras praças meio duvidosas como a ditadura do Chile, Uruguai, França, aplicaram suas utopias e se deram bem, aqui os que ficaram liam escondidos estes e sonhavam que ao acabar a ditadura implementariam a escola do SER para transformação socialista sonhava em voltar para colocar na pratica a práxis destes autores.
calaram os pedagogos socialistas no Brasil, muitos como Freire foram se projetar em outras praças meio duvidosas como a ditadura do Chile, Uruguai, França, aplicaram suas utopias e se deram bem, aqui os que ficaram liam escondidos estes e sonhavam que ao acabar a ditadura implementariam a escola do SER para transformação socialista sonhava em voltar para colocar na pratica a práxis destes autores.
Segundo José Luiz Bello “Com o fim do Regime Militar, a
eleição indireta de Tancredo Neves, seu falecimento e a posse de José Sarney,
pensou-se que poderíamos novamente discutir questões sobre educação de uma
forma democrática e aberta. A discussão sobre as questões educacionais já
haviam perdido o seu sentido pedagógico e assumido um caráter político. Para
isso contribuiu a participação mais ativa de pensadores de outras áreas do
conhecimento que passaram a falar de educação num sentido mais amplo do que as
questões pertinentes à escola, a sala de aula, a didática e a dinâmica escolar
em si mesma. Impedidos de atuarem em suas funções, por questões políticas
durante o Regime Militar, profissionais da área de sociologia, filosofia, antropologia,
história, psicologia, entre outras, passaram a assumir postos na área da
educação e a concretizar discursos em nome da educação” que para mim serviram
para enganar de novo as classes populares.
O Projeto de Lei da nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elisio em 1988. No ano seguinte o Deputado Jorge Hage envia a Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acaba por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elisio.
O Governo Collor de Mello, em 1990, lança o projeto de construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em todo o Brasil, inspirados no modelo dos Centros Integrados de Educação Pública - CIEPs, do Rio de Janeiro, existentes desde 1982. erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização, aproveitando-se a didática do expurgado Paulo Freire. O MOBRAL se propunha a erradicar o analfabetismo no Brasil: não conseguiu. Entre denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu lugar, criou-se a Fundação Educar.
O Projeto de Lei da nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elisio em 1988. No ano seguinte o Deputado Jorge Hage envia a Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acaba por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elisio.
O Governo Collor de Mello, em 1990, lança o projeto de construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em todo o Brasil, inspirados no modelo dos Centros Integrados de Educação Pública - CIEPs, do Rio de Janeiro, existentes desde 1982. erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização, aproveitando-se a didática do expurgado Paulo Freire. O MOBRAL se propunha a erradicar o analfabetismo no Brasil: não conseguiu. Entre denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu lugar, criou-se a Fundação Educar.
“É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer
expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes
pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei
era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante.” (Thiago
Dutra Vilela”
Neste período, do fim do Regime Militar aos dias de hoje, a fase politicamente marcante na educação a continuação da marginalização, mantendo a farsa que os militares impuseram as classes populares, aumentou a burocracia, temos uma centralização caótica, as elites fugiram para as escolas particulares, já que não tem mais a necessidade de gerar letrados por que estavam saturado, eles não queriam pessoas queriam TER, SER e FAZER mas apenas um SER hipotético.
Acabou a ditadura e vieram os utópicos socialistas bradando
a quatro ventos o socialismo virá e nós seremos felizes, vieram com tudo na
escola, os alunos foram iludidos, eles nem tinham conhecimento do “tar” de Karl
Marx, como bom cristão acreditavam que
deveria ser iguais, enquanto as elites ficaram nas escolas particulares.
Fantasias colocadas em mentes que estavam abertas pelo
mundo da mídia, principalmente a televisão, filhos de pobre, um mundo novo a
ser descoberto baseado no consumismo, um apertar de botão, via-se a luta da
emancipação das mulheres, o programa mais visto era da Marta Suplicy, outros
melhores como ratim-bum, outros que ensinavam o modo de vida americano.
A televisão acalmou
ainda mais as massas populares, se não estou satisfeito troco o canal.
As maiorias dos socialistas utópicos chegaram a ser
secretários de educação o exemplo mais notório foi Freire, enganaram de novo o
povo, a culpa não são das elites.
A jamais houve execução de tantos projetos na área da
educação com vinculo socialista e programas caros e centralizados e
despendiosos
Entre esses programas destacamos:
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF
Programa de Avaliação Institucional - PAIUB
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB
Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs.
Exame Nacional de Cursos - ENC
Entre outros Programas que vem sendo executados.
Entre esses programas destacamos:
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF
Programa de Avaliação Institucional - PAIUB
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB
Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs.
Exame Nacional de Cursos - ENC
Entre outros Programas que vem sendo executados.
Agora vou destacar
alguns seguidores destes utópicos que fazem mal e é apenas copiadora.
Segundo Thiago Dutra Vilela, “Das escolas jesuítas até hoje não se limitaram ao ensino das
primeiras letras, mas foi um projetos para dominar as classes oprimidas e os
pseudos pedagogos brasileiro mantêm ainda mentiras que lhes dão dinheiro e
complicando ainda mais a vida do professorado.
Vamos salientar algumas idéias que será copias dos autores
acima aperfeiçoados e bem misturados dando uma visão abrasileirada e geram
culpa nos professores, como Vygotsky etc.
“No fim do Regime Militar a discussão sobre as questões
educacionais já haviam perdido o seu sentido pedagógico e assumido um caráter
político. Para isso contribuiu a participação mais ativa de pensadores de
outras áreas do conhecimento que passaram a falar de educação num sentido mais
amplo do que as questões pertinentes à escola, sala de aula, didática, à relação direta entre professor e
estudante e à dinâmica escolar em si mesma. Impedidos de atuarem em suas
funções, por questões políticas durante o Regime Militar, profissionais de
outras áreas, distantes do conhecimento pedagógico, passaram a assumir postos
na área da educação e a concretizar discursos em nome do saber.”
“Neste período, do fim do Regime Militar aos dias de hoje,
a fase politicamente marcante na educação, foi o trabalho do economista e
ministro da Educação Paulo Renato de Souza, que tornou o Conselho Nacional de
Educação menos burocrático e mais político. Jamais houve execução de tantos
projetos na área da educação.”
Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento
educacional.
Mas a educação continua a ter as mesmas características
impostas em todos os países do mundo, que é mais o de manter o “status quo”,
para aqueles que freqüentam os bancos escolares, e menos de oferecer
conhecimentos básicos, para serem aproveitados pelos estudantes em suas vidas
práticas
3 - AS TEORIAS
CLASSICAS
Pelas dimensões econômicas, filosóficas, potencial e causal
analisarei as teorias clássicas. Mas um dado não se deve esquecer são em sua
maioria utópicos em que não existia o poder das multimídias e uma cultura
baseada na Elite que estudaram em escolas publicas.
Começarei com a TEORIA DE SKINNER
Psicólogo contemporâneo nasceu nos Estados Unidos em 1904.
Foi professor nas universidades de Harvard, Indiana e Minnesota. Entre outros
livros publicou, o comportamento do organismo, (behavior of organisms), o
comportamento verbal (verbal behavior) e o comportamento cientifico e humano (science
and human behavior).
A abordagem skinneriana representa a mais completa
sistematização do posicionamento associacionista, behaviorista e
ambientalista da psicologia atual. Devido a sua preocupação com
controles científicos estritos, Skinner realizou a maioria de seus experimentos
com animais, principalmente ratos e pombos.
O êxito obtido nesses experimentos levou-o a fazer
extrapolações para o comportamento humano. Segundo ele, por exemplo, em
escolas o comportamento de alunos pode ser modificado pela apresentação de
materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento de recompensas ou reforços
apropriados.
Ao contrário de outros que estudam o comportamento a fim de
compreender o “funcionamento da mente”, Skinner limitou-se ao estudo de
comportamentos manifestos imensuráveis. Sem negar processos mentais nem
fisiológicos, ele acredita que o estudo do comportamento não depende de
conclusões sobre o que se passa dentro do organismo. A abordagem
Skinneriana, não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do individuo
durante o processo de aprendizagem.
O que interessa é o comportamento observável. Skinner, não
se considera um teórico de aprendizagem. Não considera também seu trabalho como
uma teoria, e sim uma analise funcional, isto é, uma análise das relações
funcionais entre estimulo e resposta. Ele simplesmente ignora as variáveis
intervenientes e concentra-seno controle e predição das relações entre as
variáveis de “input” (estímulos) e de “output” (respostas).Em 1932, Skinner, na
Universidade de Harvard, relatou uma de suas observações, sobre o comportamento
de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos, Skinner inventou um
aparelho que depois de passar por modificações é hoje ainda muito
conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa
Skinner.
Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, ele passou
a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo
da psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de
ensino programado que podem ser aplicadas sem a intervenção direta do
professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.
Segundo Skinner, as crianças aprendem sem serem ensinadas, aprendem
sozinhas se estiverem interessadas nas atividades. Por esta razão alguns
professores preconizam o emprego do método de descoberta.
Diz Skinner que o método da descoberta não é solução para
o problema da educação. Para ser forte uma cultura precisa
transmitir-se; precisa dar aos seus indivíduos um acúmulo de
conhecimentos, aptidões, práticas sociais e éticas, defende Skinner.
Para Skinner, um dos grandes problemas do ensino, é o
uso do controle aversivo. Ele explica dizendo, que o aluno ainda hoje na escola
passa a maior parte do tempo fazendo coisas que não gostaria de fazer. Provas
são usadas como poder, como ameaça, e é destinado principalmente a mostrar
o que o aluno não sabe e coagi-lo a estudar.
E assim o aluno vai fazendo coisas que o professor
determina, porque é ele professor, que detém o poder e a autoridade. E assim o
estudante vai descobrindo meios de fugir da sala de aula, chegando atrasado na
escola ou faltando, não fica mais atento, recusa-se a obedecer às ordens, torna-se
agressivo, procura sentar-se bem distante do professor.
Destaques na Teoria de Skinner:
É através do condicionamento o perante que Skinner crê ser
adquirida a maior parte do comportamento; Não leva em consideração o que ocorre
dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem. O que
interessa é o comportamento observável;
O estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o
que se passa dentro do organismo do individuo; O importante é não se
concentrar no lado dos estímulos, mas sim ao lado do reforço. Para Skinner
aprendizagem ocorre devido ao esforço. Não é a presença do estímulo ou a
presença da resposta que leva à aprendizagem, mas sim, a presença das
contribuições de reforço.
A teoria de Skinner é fundamentada no poderoso papel
da “recompensa” “reforço” e parte da premissa fundamental de que toda ação que
produz satisfação tenderá a ser repetida e aprendida;
A aprendizagem ocorre devido ao reforço. Não é a presença
do estimulo ou da resposta que leva a aprendizagem, mas sim a presença das
contingências de reforço.
O importante é arrancar situações tais que as respostas
dadas pelo aprendiz sejam reforçadas e tenham sua probabilidade de
ocorrência aumentada;
As idéias de Skinner dão maior ênfase ao desempenho ou “desempenho”;
A necessidade de prestar atenção às diferenças individuais,
O professor tem a função de programador de contingências.
Programar contingências significa dar o reforço no momento apropriado,
reforçar respostas que aumentarão a probabilidade de que o aprendiz exiba o
comportamento terminal desejado.
Educar é provocar a atividade motora, verbal e mental,
Skinner realizou a maioria de seus experimentos com animais,
No ponto de vista da dimensão econômica hoje o desempenho
falta desatenção do Estado e das elites que... Onde o estimulo da maioria dos
estudantes é ganhar dinheiro, alguns chegam a universidades, mas falta o motor
do financiamento das idéias, para uma nova inovação tecnológica, falta recursos
diversos que os estimulem, aos professores faltam dinheiro para o seu bem
estar.
Na dimensão econômica a maioria dos brasileiros dá a maior
atenção e quer uma escola completa com todos
os recursos necessários que estimulariam os seus filhos, mas, o Estado sabota
pela teoria da escassez e sempre com “adequações necessárias.”
E as elites colocam seus filhos tem todos os recursos, um
carro, um dinheirinho, uma viagem, ou seja, uma compensação, e nos os
usuários da escola publica brigamos um
com outro, aluno que briga com professor
é um palco de Guerra.
No ponto de vista da dimensão filosófico se baseia no
ensino programado que podem ser aplicadas sem ou com a intervenção do
professor. Mas, contudo nós nos enganamos um ao outro, buscamos soluções, mas
não percebemos as invenções utópicas que
nos dão.
As elites abusam desta teoria porque eles têm os
incentivos, enquanto nos das escolas publicas ficamos com as migalhas.
Através de livros, apostilas ou mesmo máquinas o professor
deve observar e ajudar e avaliar os comportamentos desejados quanto a
desempenho.
De novo há desalinho entre o Estado e modo de viver da
maioria da população brasileira que é capitalista, e, no entanto, a maioria das
utopias educacionais e dos pseudos-pedagogos e na utopia do socialismo e do
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932).
Na dimensão potencial é negligenciada pelo Estado que se orgulha
mais na máquina do que nos que operam - os educadores, pais, que não têm autonomia, assumem um compromisso emocionais,
psíquicos com os alunos ditados por esta teoria.
Para o Estado e seus lideres, a escola é apenas um objeto e
novamente jogam utopias de que é possível e necessita desempenho de
todos menos deles é claro.
Na dimensão de causal é o controle do Estado que
efetivamente não coloca a disposição e se mostra incompetente, mostrando
índices estatísticos como Saresp, SAEB, só para enganar que as necessidades
deles, mas não satisfazem à escola.
Portanto, a Utopia Skinneriana onde “Educar é provocar a
atividade motora, verbal e mental”, não se concretiza, e, ainda não é
utilizada, plenamente pela dimensão econômica.
Muitos educadores e
pais pregam esta teoria na escola publica, com todo esforço emocional e
psíquico da sociedade, mas, é mais uma mentira do Estado e seus lideres, que
reforçam com a obrigatoriedade do ensino, alem de tudo sistematizado e
comportimentalizados e tem alguns teóricos que pregam a interdisciplinaridades
das matérias.
UTUPIA DA TEORIA DE CARL R. ROGERS
A frase a seguir “...
Parece que, se desejo tornar-me um cientista, o primeiro passo para isso é
mergulhar nos fenômenos da área especifica pela qual me interessei...
absorver a experiência como uma esponja, de tal modo que ela seja recolhida em
toda a sua complexidade, com meu organismo total, e não apenas minha mente
consciente, participando livremente da experiência dos fenômenos... Carl
R. Rogers.”
Nascido nos Estados Unidos em 1902, filho de uma
família protestante, com valores tradicionais e religiosos, onde o
incentivo ao trabalho duro era amplamente cultivado. Rogers faleceu em plena
atividade, aos 85 anos de idade em 1987. Psicólogo, formado na Universidade de
Columbia em Nova York, especializou-se em problemas infantis. Lecionou na
Universidade de Rochester e escreveu o livro O Tratamento Clinica da Criança.
Como professor da Universidade de Chicago, pôs em pratica
suas idéias, cujos resultados foram avaliados no livro Psicoterapia Centrada no
Cliente em 1951. “Ele considerava que era o próprio cliente quem dirigia o
processo terapêutico”. Em sua publicação Psicoterapia Centrada no Cliente em
1951, Rogers fez uma exposição geral do seu método não diretivo, e de suas
aplicações à educação e a outros campos. Em sua obra Liberdade para Aprender,
ele discute:
“Melhorando o nosso relacionamento com os alunos,
melhoramos o nosso ensino, melhora a aprendizagem”. Os nossos alunos estão
ávidos deste tipo de comunicação; eles querem, antes de tudo, ser vistos como
pessoas que existem que amam que choram que sofrem que têm dificuldades. Só
os alunos? E nós, professores, também não desejamos ser vistos não só como
aqueles que sabem alguma coisa, mas igualmente como pessoas humanas?... Eu
quero que meus alunos sejam meus amigos, e quero dar-lhes a minha amizade... O
bom relacionamento depende fundamentalmente de mim, de criar um clima
propício à amizade, à aceitação, à autenticidade. (P.21.)
Suas primeiras experiências clínicas, colocadas na
tradição behavioristas e ainda mais, psicanalistas, foram feitas como
interno do Instituto For Childguidance, onde sentiu a forte ruptura entre o
pensamento especulativo freudiano e o mecanismo mediador e estatístico do
behaviorismo.
Karl Rogers foi um dos principais responsáveis, embora
quase nunca se fale nisso pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao
universo clinica antes dominado pela psiquiatria médica e
pela psicanálise, e que, nos EUA, era exercida exclusivamente por médicos
até bem pouco tempo atrás.
Sua postura,enquanto, terapeuta sempre esteve apoiada em
sólidas pesquisas e observação clinica, podendo-se sem sombra de dúvida, dizer
que o campo de pesquisas objetivas voltadas para o referencial teórico da
abordagem Centrada na Pessoa é formado por um número considerável de trabalhos,
mesmo, além que o numero de pesquisas feitas sobre muitas outras abordagens,
incluindo a psicanálise. A utilização dos testes psicológicos e a elaboração de
diagnósticos tornaram-se irrelevante para Carl Rogers, e ele transportaria para
a educação a sua concepção terapêutica.
Destaques na Teoria de Rogers:
Para Rogers o importante é aprender a aprender. Não é o
conhecimento em si que será de utilidade, e sim uma atitude de busca constante
do conhecimento; A preocupação de Rogers é com o aluno como pessoa. O
importante é a auto-realização da pessoa; Parte de um enfoque essencialmente
humanístico que visa à aprendizagem “pela pessoa inteira”, uma aprendizagem que
transcende e engloba as aprendizagens cognitivas, afetivas e psicomotoras;
Para Rogers aprendizagem significante é mais do que
acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação quer seja
no comportamento do individuo, na orientação da ação futura que escolher ou nas
suas atitudes e na sua personalidade. É uma aprendizagem penetrante
que não se limita a um aumento de conhecimentos; é uma aprendizagem “pela
pessoa inteira”;
Ele vê a aprendizagem como algo muito mais amplo de que
acumulação de conhecimento e afirma que a aprendizagem socialmente mais útil,
no mundo moderno, é a do próprio de aprender. Isso implica em uma postura
de busca continua de conhecimento. O objetivo do ensino deve ser
facilitação da mudança e da aprendizagem;
O importante é que exista uma relação interpessoal entre
facilitador e aprendiz, e não nos recursos instrucionais utilizados;
O professor deve ser o facilitador da aprendizagem, mas seu
sucesso nesta tarefa repousa, sobretudo, em qualidades atitudinais como a
autenticidade, a compreensão empática, a aceitação e a confiança no aprendiz;
Rogers afirma que o educador deve concentrar a atenção não
em ensinar, mas em criar condições que promovam a aprendizagem;
O pressuposto básico da teoria rogeriana é a crença de que
a pessoa é capaz de promover seu próprio crescimento;
Rogers acha que a aprendizagem significativa verifica-se
quando o estudante percebe que a matéria a estudar se relaciona com
seus próprios objetivos;
Para que o aluno aprenda, crie, produza
intelectualmente, ele precisa sentir-se seguro, apoiado, o que não ocorre em
climas severos, de censura, onde os alunos trabalham com alto nível de
ansiedade e poucos produzem;
Os seres humanos têm natural potencialidade para
aprender; A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente
do seu processo; O comportamento pode ser provocado, em alguns casos, por
experiências e necessidades não simbolizadas;
O facilitador confia no desejo de cada aluno para alcançar
os objetivos significativos para ele, como força motivadora subjacente à
aprendizagem significativa.
Pela dimensão econômica ele esquece que vivemos numa
sociedade capitalista e numa cultura totalmente diferente da dele, ele era
moralista.
Hoje nossa sociedade é imediatista e queremos ter mais que
ser que implica dinheiro, no capitalismo em muito de nossos jovens a auto-realização
se dá pelas recompensas financeiras que podem gastar.
O Estado e as elites
não conseguem melhorias contínuas, que não passam de inovações e sempre acaba
no mesmo lugar para que as atitudes e as personalidades não ajam criticamente.
Pela dimensão filosófica de Karl R. Rogers é centrada no
Ser a educação que existe hoje tem
crises emocionais e até brigas entre professores e alunos e pais.
O Estado e as elites
nos dão uma infinidade de teóricos que implica em modismo tanto socialistas
como capitalistas e alimenta em busca de aprovação através de propaganda falsa
de que vamos melhorar, mostrando os
índices de escolaridade que não reflete a verdade.
Uma boa parte de nossos jovens são consumistas e
imediatista, querem sucessos egoístas. Muitos professores buscam individualizar
os alunos, mas vivemos numa ditadura da desta cultura, alguns alunos que não querem estudar e são obrigados
dificultam as atividades dos professores e tira as potencialidades de aprender
de muitos.
Os burocratas e as elites esquecem que vivemos num mundo de
competição. Gostaria que algum deles colocasse seus filhos dentro da escola
publicas, de preferência na periferia mais violenta do Brasil, mas acham que
são boas as teorias elaboradas por eles e seus pseudos pedagogos.
A indisciplina é brava o professor tenta ser facilitador e
promove uma aproximação com os alunos, mas tem alunos que não querem crescer e
são irresponsáveis, aí esta o conflito armado e a motivação vai pelas cucuias.
Pela dimensão potencial o Estado e seus lideres se orgulham
através das contingências do custo o menor é o melhor. Toda hora aparece uma
resolução para os problemas da escola, a uma rotatividade de utopias
socialistas e dos pseudos que deixam os educadores e educados sem rumo e sem um
TER para viver dignamente.
Pela dimensão causal os educandos merecem o melhor do ter,
eles têm clareza de suas necessidades capitalistas.
A visão global pelo modelo utópico capitalista esta
instalada, na constituição a gratuidade vai até o ensino médio, os alunos das
elites se consagram nas universidades publicas, enquanto o povão não tem uma
universidade grátis, um curso profissionalizante, que daria seqüência da de uma escola formadora
de SER.
A universidade publica
tem alguma infra-estrutura, assim sendo, o aluno da escola publica
termina o ensino médio lá se vai os
objetivos significativos de Karl. R. Rogers.
Ao professor ainda
esta inserido numa escola modelo jesuítica da educação, e, que ele, deve
facilitar o processo de inserção da cidadania aos educandos, mas uma vez a
utopia socialista e os pseudos são usadas
e cobrindo a ineficiência do Estado e de seus lideres.
3) Teoria de TEORIA DE HENRI WALLON
Wallon era médico, psicólogo e filósofo francês. Nasceu em
1872 e morreu em 1962. Membro da escola soviético, teórico humanista, propõe o
desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura humanista. Possui uma origem
baseada na psicogenética e no interacionismo. A sua psicogenética,
“como diz” Heloysa Dantas, professora da USP e uma das autoras do livro
Piaget, Vygotsky e Wallon—Teorias Psicogenéticas em Discussão, atribui
a Psicologia um tratamento histórico (genético), neurofuncional,
multidimensional e comparativo.
Tendo como ponto de partida a observação de
casos patológicos. O grande êxito dessa teoria é a questão da motricidade,
que para Wallon, motor é sempre sinônimo de psicomotor.
“A psicogênese de Wallon se confunde com a psicogênese da
pessoa e a patologia do movimento com a patologia da personalidade”. O
desenvolvimento intelectual envolve não só o cérebro, mas também sua emoção.
Emoção, movimento e espaço físico se confundem na sala de aula.
Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança,
mas também suas emoções para dentro da sala de aula. As emoções têm papel
importante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno
exterioriza seus desejos e suas vontades.
Na sua teoria, Wallon propunha uma educação integral, intelectual,
afetiva e social, indo desde da pré-escola até a universidade. Ele também tinha
uma grande preocupação com a formação dos valores éticos e morais, pois
acreditava ser a escola o espaço ideal para se criar condições e se desenvolver
valores e aptidões.
O teórico achava que as aptidões se desenvolviam e se
cultivavam em contato com a cultura.
Uma aptidão só se manifesta se encontrar ocasião favorável
e objetos que lhe respondam. Para ele. O ser humano é geneticamente social,
isto é, sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para
atualizar-se.
Para Wallon existem quatro elementos que explicam a
passagem do orgânico para o psíquico: a emoção, a imitação, a motricidade e o social.
Wallon criou juntamente com o físico Paul Langevin, um
projeto que sistematizou e sugeriu etapas consecutivas que priorizassem
aspectos e necessidades especificas de cada faixa etária, respeitando o
desenvolvimento afetivo, cognitivo de socialização e maturação biológica de
cada individuo.
O homem é um ser de predisposição genética para a vida
social, a qual servirá de amparo a sua sobrevivência. Assim ele acreditava na
relação individuo/sociedade e suas dimensões afetivas. Na sua psicogenética, a
dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção
da pessoa quanto do conhecimento.
Afetividade, por essa perspectiva, não é apenas uma das
dimensões das pessoas. Ela é também uma fase do desenvolvimento, que vai desde
o inicio da vida até ao longo do trajeto, onde a afetividade recua um pouco
para dar espaço à imensa atividade cognitiva.
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada
na psicogênese da pessoa completa. Wallon acreditava que não é possível
dissociar o biológico do social no homem. Esta é uma das características
básicas da sua teoria. Em sua teoria, Wallon teve a preocupação de
reservar espaço especial para o meio social como espaço de construção da
atividade física, mental e afetiva, ou seja, como espaço que oportuniza o
desenvolvimento global.
Para isto, ele dividiu em estágios nos quais podem explicar
como o homem se desenvolve:
Estes estágios se comunicam entre si, favorecendo a
aprendizagem:
(1º) Estágio Impulsivo (0 – 6 meses), Movimentação dos
membros dentro do campo visual não coordenada, iniciada a partir do ato
reflexo e dependente diretamente dos estados afetivos.
(2º) Estágio Emocional (6-8 meses), reações que foram
associadas a alguma atividade, portanto, reforçadas e repetidas nessa fase.
Preparação para a fase sensório-motora.
(3º) Estágio Sensório-Motor (8 – 18meses), predominância de
ralações cognitivas com o meio, através da experimentação e curiosidade em
relação aos objetos. A movimentação passa a ter finalidades afetivas,
expressivas e tônicas, com a liberação progressiva das mãos.
(4º) Estágio Projetivo (18 meses – 3anos), inicia-se com
muita força o simbolismo da linguagem, sua aquisição se torna cada vez mais
elaborada, tornando esse período muito especial. O pensamento passa a ser
expresso pelos gestos.
(5º) Estágio Personalismo (3 – 7anos), evidencia-se nesse
período o processo de formação da personalidade, com a predominância das
relações afetivas expressas através de palavras e idéias.
(6º) Estágio Categorial (7 – puberdade), grande avanço
nos processos cognitivos e predominância desses na relação com o meio.
Adolescência, rompimento com a tranqüilidade afetiva pela busca de resignação
enquanto ser social, ou seja, desejo de busca de uma nova ordem que dê conta do
novo ser bio-psico-social.
Para Wallon, o desenvolvimento é um processo marcado por
conflitos que acontecem através de certo descompasso entre as ações
desenvolvidas pelas crianças e o ambiente exterior, o qual é estruturado pelos
adultos e pela cultura.
O movimento estudado por Wallon engloba vários aspectos
próprios da natureza humana, disponibiliza ao homem diferenciar-se dos outros
animais, pois permite que a natureza possa ser transformada. Dessa maneira
compreenderemos um movimento dotado de intencionalidade e de desejos, como o
ato motor.
O ato motor pode ter várias significações relativas a
que se destina, podendo ser desenvolvido tecnicamente, ou simbolicamente.
Destaques na teoria de Wallon:
Considera o meio social como um espaço de construção da
atividade física, mental e afetiva;
Dizia que não é possível dissociar o biológico do
social;
Tinha uma grande preocupação com os valores éticos e
morais;
Emoção, movimento e espaço físico se confundem na sala de
aula;
A gênese da inteligência é genética e organicamente social;
É pela emoção que o aluno exterioriza seus desejos e suas
vontades;
O meio social oportuniza o desenvolvimento global;
A escola é o lugar apropriado para o desenvolvimento das
aptidões;
No inicio da vida, afetividade e inteligência estão
integradas, com o predomínio afetivo;
O ser humano é geneticamente social, isto é, sua estrutura
orgânica supõe a intervenção da cultura para atualizar-se;
Pela dimensão econômica a inteligência depende de cada vez
mais recursos físicos apropriados como salas amplas, escolas com dependências
onde ele possa se movimentar e ter e dispor todos os recursos que não tem em
casa e nem o Estado e os seus lideres lhes dão no modelo de escola jesuítico.
Portanto, o meio social não oportuniza, porque somos
brasileiros pobres com um Estado medíocre que preconiza o desenvolvimento
global feitas em etapas, mas, lembre-se que vivemos numa cultura capitalista e
diferente da Wallon.
Pela dimensão filosófica as razões e missão dos
lideres disfarçados de bom moço faz, nós brasileiros, pensar que a educação vai
nos dar sonhos de capas de revistas.
E que cada consumidor de gênese da inteligência, quando
tiver de 0-6 meses terei uma uniformização, numa cultura desuniformizada.
Dos 6-8 meses terei todos
os objetos com tranqüilidade dos anjos possa pegar, incluindo os vídeos-games e
outros brinquedos cognitivos.
Pêra aí! Terei de ver uma escola de verdade, um pai e mãe
de verdade, e, um Estado de Verdade e não colocar a culpa na cultura elaborada pelos
utopistas socialistas e dos pseudos.
Pela dimensão potencial o Estado e a nossa cultura
desigual não forma competências na superação através de Estágios comunicantes.
Só perguntar aos
nossos alunos por que eles não procuram outras atitudes de afetividade e
inteligência integradas com o predomínio afetivo, sem ter uma cadeira,
salas adequadas.
Todo da escola publica assumem um compromisso emocional e
psíquico onde não são capazes de vencer os bloqueios que o capitalismo lhes
impõe, eles usa sua competência sim! Mas, sem autonomia, elaborados pelas teorias dadas pelo Estado e seus lideres.
Pela dimensão causal as divergências em que esta utopia não
cumpre com os valores e sentimentos que nós brasileiros temos. Nosso meio social como um espaço de construção da
atividade física, mental e afetiva esta cansada de tanta mentira.
Teoria Piagentina.
Piaget especialista em psicologia evolutiva e epistemologia
genética, filósofo e educador. Em 1923, Piaget divulgou suas primeiras
descobertas sobre a gênese do conhecimento. Nasceu em Neuchâtel Suíça, em 1896
e morreu em 1980. A
Suíça de Piaget é uma das nações de mais rica tradição cultural do mundo. Aí,
aí!!
Ali surgiram algumas das mais expressivas figuras dos
movimentos de vanguarda da primeira metade do século XX. Formou-se na
Universidade de Neuchâtel em 1915. Na mesma universidade fez seu curso de
doutor, defendendo a tese sobre os Moluscos de Valois.
Piaget ocupou inúmeros cargos universitários, entre os
quais o de professor catedrático de psicologia e sociologia da
universidade de Lausanne. Foi na Suíça que Piaget desde cedo se interessou
pelas ciências, e, precocemente revelou suas qualidades de investigador
da natureza, dedicando-se ao estudo dos moluscos da região.
Também desde cedo Piaget já manifestara em suas atividades,
seu interesse pelos problemas da educação, como Diretor que foi, por muitos
anos,do “Bureau Internacional de l’education” e em artigos sobre métodos de
ensino e outros problemas pedagógicos.
O drama da pedagogia, diz Piaget, é que os melhores métodos
são os mais difíceis. É difícil para o professor equilibrar a dosagem exata de
transmissão verbal, e suas condições intercaladas pelas necessárias retro
alimentações, com os recursos mais convenientes para a transmissão da mensagem
e o estimulo à iniciativa verbal do aluno,individualmente e em atividades de
grupo.
Para Piaget, a aprendizagem é um conceito psicológico. Como
tal é objeto de teorias. A psicologia não apresenta uma visão unívoca das
características da aprendizagem, como processo, ou de seus resultados. Assim,
não dispomos de uma só teoria da aprendizagem, mas de várias. Aqui ele acertou,
mas qual usamos, se o Estado sempre vem com um modismo.
Podemos, mesmo, formar “classes” de teorias, por
exemplo, o grupo neobehaviorista e o grupo cognitivista.
Desde criança Piaget, interessou-se por mecânica,
fósseis e zoologia. Além da formação cientifica em biologia, sentiu-se
igualmente atraído pelo qual chamou de “demônio da filosofia”. A filosofia
bergsoniana permitiu-lhe imprimir nova direção em sua formação teórica, conciliando
sua formação cientifica com suas disposições especulativas.
Seguindo um itinerário rigorosamente coerente, ele passou
por quase todos os domínios do conhecimento, até chegar à lógica formal e a
teoria da ciência.
Piaget definiu a si mesmo como um “antigo – futuro -filosofo
que se transformou em psicólogo e investigador da gênese do conhecimento”.
Essa definição e as razões da transformação são apresentadas por ele no livro
Sabedoria e Ilusões da Filosofia, publicado em 1965.
Nesse livro, Piaget desenvolve a tese de que a filosofia é uma “sabedoria”
indispensável aos seres racionais,( muito bom, porque não se tem mais filosofia
nas escolas publicas) mas que não atinge um “saber” propriamente dito, provido
das garantias e dos métodos de controle, característicos do que se denomina
conhecimento.
Para Piaget, “a filosofia tem sua razão de ser e deve-se
mesmo reconhecer que todo homem que não passou por ela é incuravelmente
incompleto”.
Mas, descontente com o rumo especulativo tomado pela
maioria dos filósofos de seu tempo, Piaget dedicou-se a investigação cientifica
da formação das funções intelectuais da criança, criando a epistemologia
genética. Na epistemologia genética de Piaget, os desenhos e pinturas infantis
desempenham papel particularmente importante para a investigação da formação
das estruturas intelectuais.
A criação plástica, ao lado da linguagem e das atividades
lúdicas, constitui uma das formas de representação, através das quais se revela
o mundo interior da criança. É assim que modalidades especifica de atuação
grupal, como a discussão, a troca de idéias, a colaboração no jogo e no trabalho,
tornam-se importantes para o desenvolvimento do pensamento.
A lógica, diz Piaget, é a “moral do pensamento’,
imposta e sancionada pelos outros (“ assim como, “diz o “Psicólogo”, a moral é
a lógica da ação”.). Para Piaget esses tipos de brincadeiras têm função especifica
a de assimilação do mundo real.
A epistemologia genética também não é uma ciência entre
outras, mas uma matéria interdisciplinar que se ocupa com todas as ciências
Essa unificação realizada por Piaget e,sobretudo, esse processo de gênese dos
conhecimentos, que vai da simples constatação de fatos concretos até as mais
altas abstrações, até certo ponto identificando-se com sua própria vida.
A epistemologia foi o principal foco de interesse de
Piaget. Para analisar as relações entre conhecimento e vida orgânica, recorreu
à psicologia. Quando iniciou suas pesquisas em psicologia, sua principal
preocupação era explicar como o ser humano chega ao conhecimento, isto é, como
o ser humano consegue organizar, estruturar e explicar o mundo em que vive.
Foi a partir destas preocupações, que chegou a uma teoria
do desenvolvimento do pensamento e da inteligência. Foi o que levou Piaget a
dizer que a inteligência é a forma de equilíbrio para a qual tendem todas as
formas de adaptação, desde o desenvolvimento sensório-motor, cumprindo-lhes a
função de estruturar o universo. Quando se torna reflexiva, gnóstica, verbal,
destaca-se do contato imediato com a realidade, e passa a proceder por
construção interior.
Com isso tornou-se realidade seu desejo de criação dos
“métodos de controle”,indispensáveis para legitimar a verdade, bem como
dar uma nova dimensão ao problema das relações entre a
ciência propriamente dita e a filosofia.
Piaget procurou, assim, evitar que a filosofia, através da
pura especulação, mantenha o status de dona absoluta, da verdade, já que deve
haver uma correlação epistêmica entre teorias e fatos.
Jean Piaget foi o responsável por uma das maiores contribuição
no campo da psicologia cientifica contemporânea, na área especifica do
comportamento cognitivo. As aplicações de sua teoria do desenvolvimento
encontram-se muito difundidas no campo pedagógico e na explicação da evolução
da conduta cognitiva.
Sua teoria pode ser classificada em duas áreas principais:
a que procura explicar a formação da estrutura cognitiva, tema central em
sua psicologia evolutiva, e a outra que se desenvolve em torno da
epistemologia genética.
Em seus vários livros, Piaget sempre defende a idéia de que
a inteligência surge com um processo que envolve equilibrações e
desequilibrações de modo que a criança se permite as construções de suas
estruturas lógicas, evoluindo conforme faixas etárias definidas.
Da inteligência sensório-motora o individuo evolui para a
inteligência lógica formal. Piaget acreditava nas pessoas e nas capacidades que
possuem de participarem ativamente nos seus aprendizados, construindo os seus
significados em formas sócio-interativas.
Na sua obra “A Linguagem e Pensamento da Criança”
Oferece alguns exemplos interessantes. Nesta obra se relata
como os observadores seguiram conversas espontâneas de crianças durante muito
tempo, levantaram e classificaram as manifestações verbais de crianças em idade
pré-escolar e estudaram as perguntas das próprias crianças.
A partir dessas observações, Piaget vai estabelecer uma
classificação dos tipos e das funções da linguagem infantil, encontrando a
conhecida diferenciação entre uma “Linguagem egocêntrica” e uma
“linguagem socializada”.
Embora uma das preocupações centrais de Piaget tenha sido o
desenvolvimento da inteligência, em nenhum de seus escritos desmereceu a
afetividade e o desenvolvimento social, pois considera que o desenvolvimento da
criança ocorre deforma integrada. A afetividade é que atribui valor às
atividades e lhe resulta a energia. A afetividade não é nada sem a inteligência
“Piaget – Seis Estudos de Psicologia, 1964”.
Destaques na Teoria de Piaget:
Piaget indica como fator de motivação para a
aprendizagem, “a situação- problema”;
Teoria psicogenética ou construtiva de Piaget, dar mais
ênfase ao desenvolvimento da inteligência;
Necessidade de prestar mais atenção às diferenças
individuais entre os alunos e de acompanhar de maneira mais individualizada sua
aprendizagem;
A inteligência é algo que se vai construindo gradualmente
pela estimulação e o desafio;
A teoria de Piaget não é propriamente uma teoria de
aprendizagem e sim uma teoria de desenvolvimento mental;
Os conceitos têm papel fundamental;
A estrutura cognitiva de um indivíduo poderia, pois,
ser pensada como um complexo de esquemas de assimilação;
Só há aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre
acomodação;
O professor teria a função de propor situações que
ativassem o mecanismo de aprendizagem do educando, isto é, sua capacidade de
reestruturar-se mentalmente procurando um novo equilíbrio;
Supõe que ensinar é um esforço para auxiliar ou moldar o
desenvolvimento;
Vygotsky e Piaget não se conheceram pessoalmente;
O pai de Piaget era professor de literatura.
Pela dimensão econômica não há condições de estrutura a
mentalmente os brasileiros que são indisciplinados e tem uma visão de riqueza
imediata.
Pela dimensão filosófica Ele inaugurou as idades cronológicas do ser humano, devemos passar pela infância,
adolescência, adulto, agora a moda é
terceira idade. A escola tem que se adaptar as etapas.
As equilibrações e desequilibrações de modo que a criança
se permite as construções de suas estruturas lógicas, evoluindo conforme faixas
etárias definidas foi no tempo dele, hoje , não há condições de reestruturação
baseada no imediatismo e na ansiedade ocasionada pela visão do vídeo game do
aperto cíclico da satisfação ocasionada pelo que vem de melhor depois, se o
canal esta ruim passa para outro. Sempre tem um click que vai satisfazê-lo,
seja o da TV ou Internet etc.
Piaget se baseou no freudismo, mas pela perspectiva sociocultural, Já em 1927 o
antropólogo Bronislaw Malinowski criticava a psicologia - na época a
psicanálise de Freud - por ser centrada na cultura ocidental. Essa preocupação
de expandir sua compreensão do homem além dos horizontes de uma determinada
cultura é o cerne da perspectiva sociocultural. A pergunta central aqui é: em
que se assemelham pessoas de diferentes culturas quanto ao comportamento e aos
processos mentais, em que se diferenciam? São válidos os conhecimentos
psicológicos em outras culturas? Essa perspectiva também leva a psicologia a
observar diferenças entre subculturas de uma mesma área cultural e sublinha a
importância da cultura na formação da personalidade.
Também pela
perspectiva evolucionista inspirada pela teoria da evolução,
explicar o desenvolvimento do comportamento e das capacidades mentais como
parte da adaptação humana ao meio ambiente que recorrer a acontecimentos
ocorridos há milhões de anos, e que
estão inconscientes na individualidade das pessoas.
E principalmente Carl Gustav Jung começou a desenvolver um sistema
teórico que chamou de conceito de
inconsciente coletivo ambos, durante o período de parceria entre eles. Aliás,
foi Jung quem cunhou o termo e a noção básica de "complexo",
que foi adotado por Freud.
Utilizando-se do conceito de "complexos" e do
estudo dos sonhos e de desenhos, Jung passou a se dedicar
profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o
inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de
complexos, o inconsciente coletivo
é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas
imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo
universal, os arquétipos: da mesma
forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos ("fato" este negado por
correntes de ciências humanas.
Jung percebeu que a compreensão da criação de símbolos era crucial para o entendimento da
natureza humana. Ele então explorou as correspondências entre os símbolos que
surgem nas lutas da vida dos indivíduos e as imagens simbólicas religiosas
subjacentes, sistemas mitológicos, e mágicos de
muitas culturas e eras. Graças à forte impressão que lhe causou as muitas
notáveis semelhanças dos símbolos, apesar de sua origem independente nas
pessoas e nas culturas (muitos sonhos e desenhos de seus pacientes de variadas
nacionalidades exprimiam temas mitológicos longínquos), foi que ele sugeriu a existência
de duas camadas da psique inconsciente: a pessoal e a coletiva. O inconsciente pessoal inclui conteúdos mentais
adquiridos durante a vida do indivíduo que foram esquecidos ou reprimidos,
enquanto que o inconsciente coletivo
é uma estrutura herdada comum a toda a humanidade composta dos arquétipos - predisposições inatas para
experimentar e simbolizar situações humanas universais de diferentes maneiras.
Há arquétipos que correspondem a várias situações, tais como as relações com os
pais, o casamento, o nascimento dos filhos, o confronto com a morte. Uma
elaboração altamente derivada destes arquétipos povoa todos os grandes sistemas
mitológicos e religiosos do mundo.
Os arquétipos que alguns de nossos jovens de hoje tem são
baseado no herói e bandido, mal e bom, rico e pobre, do gostoso e feio, típico
do modo de vida ocidental. Se ele não tem um computador já fica retraído humildes
brasileiros, que compromete sua aprendizagem porque o esquema de assimilação
não sofre acomodação.
Os conceitos têm papel fundamental Os arquétipos do passado não eram compostos de
leitores plenos, mas só os lideres
tinham, estes sim sabiam ler.
A inteligência é algo que se vai construindo gradualmente
pela estimulação e o desafio os alunos hoje estão destimulados pela inércia do
Estado com suas teorias modistas.
Quando abriram a escola para a massa popular os que podem
pagar escola fugiram da escola publica e
foram para as escolas particulares.
Os professores teriam a função de propor situações que
ativassem o mecanismo de aprendizagem do educando, isto é, sua capacidade de
reestruturar-se mentalmente procurando um novo equilíbrio, mas no inconsciente
coletivo ocidental esta desequilibrada. Queremos TER e não SER.
Daí vem o Estado e
seus pseudos pedagogos elaborar um jeitinho brasileiro de dizer que a educação
publica vai ser a salvadora e nos desenvolvera plenamente com teorias que nos enganam.
Achar que os alunos serão melhores com escola que prometem,
é a maior mentira do Estado e das elites
que... e sabe lá quando desenvolveremos nossas capacidades mentais e um
comportamento humano por que os processos mentais se darão plenamente.
Os acontecimentos ocorridos há milhões de anos, e que estão inconscientes na individualidade
das pessoas e mesmo no decorrer da formação do povo brasileiro já ocasionaram
apatias do qual não acreditamos em mudanças.
Pela dimensão potencial os alunos que são indisciplinados
prevalecem dentro da escola e contam com o Estatuto da Criança e Adolescente
(ECA) e não contêm decisões fortes
contra os mal educados que fazem e desfazem
dos grupos que querem ser equilibrados, outro motivo é a obrigação
inferida pela Constituição. Supõe que
ensinar é um esforço para auxiliar ou moldar o desenvolvimento e alguns alunos
que são obrigados a estudar atrapalham os que querem, hoje o Estado vem com
nova novidade o bullyng.
Portanto há desequilíbrio no mecanismo de aprendizagem que
obstrui a estimulação e o desafio de sorrir para a colaboração e assimilação
pela uma verdadeira ética que gera
incompetências e uma falsa autonomia.
Deixe a escola em paz, vocês que estão bullingando com suas
estruturas burocráticas e com seus pseudos pedagogos.
Pela dimensão causal as elites e o Estado novamente estão
satisfeitos porque acomodam as camadas populares e não auxiliam em nada a situação problemática
deixando aquém um novo desequilíbrio baseado na diferença real e na igualdade constituída pela leis e
pelas utopias socialistas.
TEORIA DE JOHN DEWEY
Dewey era filósofo, psicólogo e pedagogo
liberal norte americano, exerceu grande influência sobre toda a pedagogia
contemporânea.
Criticou a pedagogia de Herbart, no que se
refere à ênfase dada ao intelectualismo e a memorização.
Nasceu em Burlington em 1859 e morreu em New York em 1952.
Dewey foi defensor da Escola Ativa, que
propunha a aprendizagem através da atividade pessoal do aluno. A filosofia da
educação de Dewey foi determinante para que a Escola Nova se propagasse por
quase todo o mundo.
Para Dewey, o conhecimento nasce das
experiências oriundas de problemas. Para ele, a educação tem como finalidade
proporcionar o aluno condições para que resolva por si próprio os seus
problemas. A educação não pode ter modelos prévios, isto é bastante tradicional
na teoria de Dewey.
A escola não pode ser uma preparação para a
vida; a escola é a própria vida. Vida e experiência devem estar sempre unidas
no processo de aprendizagem.
As idéias de Dewey tiveram grande influência
no movimento de renovação da educação no Brasil na década de 1930, e são
aproveitadas até hoje pelos os que acreditam na educação e na liberdade. Essa
influência se fez sentir, sobretudo por intermédio de Anísio Teixeira que foi
seu discípulo na Universidade de Colômbia em 1929.
Virgem Maria! Nossa é agora que surgiram os pseudos
pedagogos onde Anísio Teixeira é o gran mor e o gran mor oposto - Utópico Socialista Paulo Freire surge.
Dewey dava prioridade ao aspecto psicológico
da educação, em prejuízo da análise da organização capitalista da sociedade,
como fator educacional. Fundou em Chicago, uma escola experimental, na qual
foram aplicadas algumas das suas mais importantes idéias: a relação da vida com
a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.
O próprio Dewey qualifica o seu pensamento
como “naturalismo empírico”, embora sem pretensão a elaborar sistema rígido, o
que lhe parecia impossível nos tempos atuais. Foi seu propósito rever e superar
os erros do naturalismo e do empirismo tradicionais, emprestando-lhes
pronunciado sentido dialético e historicista. Saindo do pensamento
intuicionista da escola escocesa pela via do hegelianismo, tornou-se seguidor
de Darwin em biologia e Willian James em psicologia.
Tais influências, a par de sua permanente preocupação com a
pedagogia levaram-no a convicção de que não é possível manter-se um dualismo
entre o homem e o mundo, o espírito e a natureza, a ciência e a moral.
Buscou, então, uma lógica e um instrumento de pesquisa que
pudessem ser aplicados igualmente a ambos os domínios. Desenvolveu, a seguir, a
doutrina a que deu o nome de “instrumentalismo”.
Vou dizer um palavrão pelota que... nós viramos
instrumentos para o capitalismo para o socialismo e outros esmos.
Destaques na Teoria de Dewey:
Dewey foi grande defensor da Escola Ativa;
Dava prioridade ao aspecto psicológico da educação;
Defendia que o professor era à base do processo educativo;
Que o interesse do aluno devia ser o ponto de partida do
professor;
Acreditava que o currículo tinha de ser constantemente
redefinido e avaliado;
O slogan de Dewey: Aprendemos Fazendo;
Afirmava que crescemos quando resolvemos juntos
dificuldades e problemas comuns;
Acreditava na educação pela ação;
Disciplina é produto do interesse;
Que a atividade e alvoroço na sala de aula representam
alunos interessados no que estão fazendo;
Que a sala de aula deveria ser um laboratório;
O currículo para Dewey não era um curso de estudos
determinados, tinha de ser constantemente redefinido e reavaliado.
Seu objetivo era enriquecer a experiência dos alunos, já
que a vida significava modificações, também a aprendizagem implicava
reconstrução constante, onde não se permitiam quaisquer objetivos finais e onde
se tinha de impedir, acima de tudo a estagnação;
A educação tem uma função democratizadora de igualar as
oportunidades;
As tarefas em grupo estimulam a cooperação e o
desenvolvimento de um espírito social;
Atribui grande valor as atividades manuais;
O espírito de iniciativa e independência virtudes de uma
sociedade democrática levam a autonomia;
Para Dewey, a escola não é um prelúdio da vida, mas
representa uma sociedade em miniatura. A democracia não deve ser adiada; na
sala de aula, a criança pode aprender cooperando e participando no trabalho em
grupos;
Dewey afirmava que crescemos somente quando participamos,
quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;
Pela dimensão econômica uma escola ativa não tem recurso
nem para laboratório e não atribuir valores materiais que geram riquezas
imediatas pela ação
Pela dimensão filosófica o interesse não combina com a
falta de respeito e indisciplina para com o professor que apreendeu fazendo
Pela dimensão potencial os alunos os alunos em sua maioria
não mostra interesse para resolver os problemas juntos e teria que ter salas
distantes uma da outra pela atividade dos laboratórios
Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos
por não dar um salário digno onde o professor possa realmente ter tempo para
novas experiências e não cresce pela total pobreza que nem pode comprar ou
contar com livros para se capacitar.
TEORIA DE JEROME BRUNER
A idéia de desenvolvimento intelectual ocupa
um lugar fundamental na teoria de Jerome Bruner, pois, para ele “ensinar é, em
síntese, um esforço para moldar o desenvolvimento” e “uma teoria de ensino
versa, com efeito, sobre as varias maneiras de auxiliar o desenvolvimento”.
“O desenvolvimento intelectual caracteriza-se
por independência crescente da resposta em relação á natureza imediata do
estimulo”. “O desenvolvimento intelectual baseia-se em absorver eventos, em um
sistema de armazenamento que corresponde ao meio ambiente”. “O desenvolvimento
é caracterizado é por crescente capacidade para lidar com alternativas
simultaneamente, atender a várias seqüências ao mesmo tempo, e distribuir tempo
e atenção, de maneira apropriada, a todas essas demandas múltiplas”.
BRUNER é talvez mais conhecido por ter dito
que “é possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira honesta, a qualquer
aluno em qualquer estágio de desenvolvimento”, do que por qualquer outro
aspecto de sua teoria. Ao dizer isso, no entanto, ele não quis dizer que o
assunto poderia ser ensinado em sua forma final, e sim que seria sempre
possível ensiná-lo desde que se levasse em consideração às diversas etapas do
desenvolvimento intelectual. Cada uma dessas etapas é caracterizada por um modo
particular de representação, que é a forma pela qual o individuo visualiza o
mundo e explica-o a si mesmo. Assim, a tarefa de ensinar determinado conteúdo a
um aluno, em qualquer idade, é a de representar a estrutura desse conteúdo em
termos de visualização que o aluno tem das coisas.
Em relação ao como ensinar, Bruner destaca o
processo da descoberta, através da exploração de alternativas, e o currículo em
espiral. Segundo Bruner, “o ambiente ou conteúdos de ensino têm que ser
percebidos pelo aprendiz em termos de problemas, relações e lacunas que ele
deve preencher, a fim de que a aprendizagem seja considerada significante e
relevante. Portanto, o ambiente para a aprendizagem por descoberta deve
proporcionar alternativa, resultando no aparecimento e percepção, entre as idéias
apresentadas, que não foram previamente reconhecidas. A descoberta de um
princípio ou de uma relação, por um aluno, é essencialmente idêntica enquanto
processo”.
“Currículo em espiral, por sua vez, significa
que o aprendiz deve ter oportunidade de ver o mesmo tópico mais de uma vez, em
diferentes níveis de profundidade, e em diferentes modos de representação”.
A aprendizagem por descoberta é muito
enfatizada na teoria de Bruner, porém argumenta que deve ser de maneira
dirigida, de modo que a exploração de alternativas não seja caótica ou cause
confusão e angústia no aluno. ““Se, “por um lado, um guia de laboratório ou um
roteiro de estudo, não devem ser do tipo” receita de cozinha”, por outro, não
devem também ser totalmente desestruturados deixando o aluno” perdido”.
Destaques na Teoria de Bruner:
O que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura,
suas idéias e relações fundamentais. A compreensão de princípios e conceitos
fundamentais parece ser, segundo Bruner, o principal caminho para uma adequada
transferência da aprendizagem;
Encara o ensino como uma atividade que deve principalmente
concentrar-se em como otimizar a aprendizagem facilitar a transferência ou a
recuperação de informações;
Destaca a importância de planejar o ensino levando em conta
o que se sabe sobre o desenvolvimento intelectual do aprendiz;
Supõe que ensinar é esforço para auxiliar ou moldar o
desenvolvimento;
O ensino é altamente facilitado por meio da linguagem que
acaba sendo não apenas o meio de comunicação, mas o instrumento que o estudante
pode usar para ordenar o meio ambiente;
Pela dimensão econômica uma escola aqui começa a culpa do
professor em que o aluno e uma maquina de descobrimento de sucesso rápida
Pela dimensão filosófica otimizar e o que as elites gostam,
mas qualificar esquecem.
Pela dimensão potencial os alunos os alunos em sua maioria
não mostra interesse para resolver os problemas juntos e teria que ter salas
distantes uma da outra pela atividade dos laboratórios
Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos
por não dar um salário digno onde o professor possa realmente ter tempo para
novas experiências e não cresce pela total pobreza que nem pode comprar ou
contar com livros para se capacitar.
TEORIA DE MAKARENKO
Anton Makarenko nasceu na Ucrânia soviética,
em 1888, e morreu em 1939 de um ataque cardíaco, em 1939. Filho de pai operário
foi criado num ambiente bem proletário, e sempre ouvindo da família que a
escola não para ele, filho de operário. Toda a sua vida, seu compromisso, seu
envolvimento foi atrelado às lutas trabalhistas. Conhecido como um educador rígido e duro, mas
muito aberto com seus alunos. Mais do que educar com rigidez e disciplina,
Makarenko defendia a formação de personalidades, que fossem pessoas cultas,
saudáveis, pessoas conscientes de seu papel político, e que se preocupassem com
o bem estar do grupo.
Estudou no Instituto de Pedagogia de Potalva,
onde se especializou no magistério. Ensinou na Escola Primária das Oficinas
Ferroviárias. Depois de oito anos de ensino, assumiu a direção da escola. Em
1917, na Colônia Máxima Gorki, começou a desenvolver um trabalho com crianças e
jovens abandonados que viviam na marginalidade. Eram jovens delinqüentes,
infratores, órfãos de guerra e prostitutas.
A proposta pedagógica de Makarenko era formar
indivíduos participativos e responsáveis, capazes de tomar decisões sociais e
dirigir a própria vida. Era uma proposta que apontava para uma vida em grupo,
onde a característica fundamental era preparar o individuo para o advento do
trabalho e da democracia. A proposta era então, organizar uma escola voltada
para a coletividade, levando em consideração os sentimentos dos jovens e a
busca pela felicidade. Para o aluno, sempre devia existir um espaço no universo
escolar, onde ele pudesse discutir seus interesses e suas necessidades, como
também sua própria vida.
Para Makarenko, a participação dos pais na
vida escolar não só era importante, mas deviam ser estimulados a participar de
atividades culturais e recreativas. Eram os pais e mestres, que ofereciam as
diretrizes fundamentais às atividades de filhos e estudantes.
A pedagogia de Makarenko ficou conhecida e
reconhecida por muitos, por atender as necessidades da época, e por apresentar
uma proposta de transformar centenas de crianças e adolescentes marginalizados
em cidadãos.
Destaques na Teoria de Makarenko:
A vida e o seu trabalho como educador foi marcado com o
compromisso em defesa da classe trabalhadora;
Trabalhou com crianças e jovens abandonados e infratores;
Sua proposta pedagógica era, sobretudo transformar e formar
cidadãos;
Achava que os pais que não soubessem educar seus filhos
deveriam ser reeducados pela escola;
A escola para atingir seus objetivos, tinha que ter contato
direto com a sociedade e a natureza;
O contato com a realidade concreta era uma das condições
para o aluno aprender;
A sua proposta pedagógica era formar indivíduos
participativos e responsáveis;
Acreditava no trabalho coletivo, como uma forma de se
exercer a democracia;
O modelo de escola devia ser baseado na vida em grupos, na
autogestão, no trabalho e na disciplina;
Defendia a autoridade e a disciplina, mas como uma forma de
se conseguir a aprendizagem e a formação do aluno;
Valorizava a participação da família na vida escolar;
Os pais deveriam ser estimulados a participar de atividades
culturais e recreativas;
A educação deve ser correta desde o inicio para que mais
tarde não seja necessário reeducar;
A formação cultural deve começar o quanto antes, quando a
criança ainda está longe de etapa da leitura;
Pela dimensão econômica uma escola aqui começa a visão
utópica da pobreza do professor, ele deve ser proletário com a missão de salvar
o Estado e as Elites...
Pela dimensão filosófica começa culpar os pais e a da visão
socialista
Pela dimensão potencial os alunos em sua maioria não
mostram interesse em se formar
indivíduos participativos e responsáveis e muito menos autogerirem pelo modelo
consumista de nossa cultura, além de existir dogmas religiosos.
Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos porque
sabe que desde inicio no pré ou mesmo na creche não existe professores
altamente qualificados.
TEORIA DE MA. MONTESSORI
Montessori era profundamente católica,
seguidora dos princípios desta religião, nasceu em 1870, na cidade Chiaravall e
morreu com a idade bastante avançada, em 1952 na Holanda. No movimento da
Escola Nova, Montessori ocupa um papel importante pelas técnicas introduzidas
nos jardins de Infância e nas primeiras séries.
Montessori fazia oposição aos métodos
tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do
desenvolvimento da criança. Defendia uma concepção de educação que se estende
além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação
integral do homem, “uma educação para a vida”. Aos 25 anos começou a se dedicar
às crianças anormais, na clínica da Universidade de Roma. Criou várias Casas de
Crianças, instituições de educação e vida, e não apenas lugares de instrução.
Seu principal objetivo são as atividades motoras e sensoriais visando,
especialmente, a educação pré-escolar, trabalha também estendido à segunda
infância. Dava importância ao ser biológico, muito mais do que o ser social.
Ela acreditava que a vida é desenvolvimento, e por isto achava que a concepção
educacional é de crescimento e desenvolvimento, mais do que ajustamento ou
integração social. Defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque
é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o
mundo ao seu redor.
Seu envolvimento com representantes do
movimento socialista italiano era buscar o seu engajamento e cooperação nos
bairros, na socialização da “casa” e na comunicação da “família”. Montessori
nunca foi comunista, nem socialista, como muitos pensam. Estudou biologia, matemática,
psicologia e filosofia, mas formou-se em medicina, tendo sido a primeira mulher
na Itália a formar-se em medicina.
Montessori mudou os rumos da educação
tradicional, que dava maior atenção à formação intelectual. Seus métodos
consideravam as fases de desenvolvimento infantil e as diferenças individuais,
preocupando-se com o corpo e o espírito do aluno e o seu processo de adaptação
a vida.
Criadora do método pedagógico montessoriano,
suas concepções pedagógicas se basearam também na defesa do potencial criativo
da criança e no direito de receber uma educação adequada as peculiaridades da
personalidade. Direito a vida, a liberdade e a autonomia, o despertar para a
atividade infantil, é toda base teórica do seu método. Montessori disse: só a
criança é a educadora da sua personalidade. Sua formação médica e larga
experiência com crianças de retardo mental influenciaram a ter como preocupação
maior na sua escola, com o desenvolvimento das percepções e funções
intelectuais. Dedicou-se ao estudo de crianças anormais como assistente de uma
clínica psiquiátrica da Universidade de Roma. No decorrer de suas pesquisas e
na aplicação do seu método com crianças anormais, resolveu testar também em
crianças normais as suas vivencias.
Montessori fez uma grande revolução na
concepção de sala de aula para crianças. Achava que todos os materiais
existentes em sala de aula deveriam ser adequados a altura e ao tamanho das
crianças de seis anos de idade. Esta maneira de pensar de Montessori foi tão
aceito, que até hoje é conservado por todos os jardins de infância do mundo.
Em 1907, embora não tendo formação
pedagógica, Montessori criou para crianças menores de seis anos, a primeira
case dei bambini, onde aplicou na educação de crianças normais, a metodologia
bem sucedida com deficientes mentais.
Pensando no professor, ela achava que as
atividades em sala de aula devem ser mediadas pelo professor, à disciplina deve
nascer da liberdade de pensar, de agir, de sentir, e que o diálogo ainda é a
melhor forma de o aluno aprender.
Com o advento do regime fascista e por
discordar do governo em querer formar a juventude italiana segundo “moldes
brutais”, as escolas montessorianas foram fechadas. Neste período Montessori
deixou o país, retornando após a guerra para Roma e aí voltando as suas aulas
na universidade. Trabalhou duro para divulgar suas idéias e experiências
pedagógicas pelo mundo. Seu trabalho foi reconhecido principalmente na Espanha,
Paquistão, Índia, Inglaterra e Holanda.
Temos como princípios fundamentais do método
montessoriano, a atividade, a individualidade e a liberdade de movimentos de
que a criança dispõe, e um vasto material didático que lhe é fornecido. Em
relação à leitura e a escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as
letras e são induzidas na análise das palavras e letras, estando a mão treinada
e reconhecendo as letras, as crianças podem ler e escrever palavras e orações
inteiras. O ensino das letras recortadas em madeira colorida fazia parte da sua
proposta pedagógica. Cada tarefa realizada na sala de aula tem um significado,
querem sejam os brinquedos, os blocos, tábuas, e bastões. Todos estes recursos
podem servir de base para a geometria em outro estagio de aprendizagem, e
também para o estudo de todas as disciplinas. No trabalho com esses materiais a
concentração é ponto importante.
Maria Montessori foi uma sonhadora, embora
não tenha criado nada fora da realidade. Apesar da sua intensa dedicação, sabia
que seu método não podia ser aplicado a qualquer tipo de criança.
Entre suas obras, podemos destacar a Educação
para um Novo Mundo, escrita com a intenção de sacudir a humanidade adormecida e
insensível, comparou o caminha da criança neste mundo, ao “caminho dos
sofrimentos de Cristo”, sem perder a esperança de uma volta para o bem”.... a
criança surge sempre e volta sempre, fresca e sorridente, para viver entre os
homens... a criança é o eterno Messias, que não cessa de voltar entre os homens
decaídos para conduzi-los ao reino do céu.
Destaques na Teoria de Maria Montessori:
A criança para ser controlada tinha que ser estimulada
através dos estímulos sensoriais e intelectuais;
O professor sendo um orientador da criança fazia com que
ela mesma se corrigisse;
Defendeu a realização dos direitos da criança, talvez uma
das características mais importantes do seu método;
O diálogo é a melhor forma de a criança aprender;
A disciplina em sala de aula deve nascer da liberdade e do
prazer pelas atividades;
Deve existir um material específico para cada objetivo
educacional;
Preocupação com o desenvolvimento pleno da criança, e sua
integração social;
Defendeu o direito a vida, a liberdade, e a autonomia;
Um dos principais objetivos do seu método são as atividades
motoras, intelectuais e sensoriais;
Enfatizou o desenvolvimento dos aspectos biológicos, pois acreditava
que a função da educação era também favorecer esse desenvolvimento;
Pés e mãos têm grande importância nos exercícios
sensoriais;
Deu ênfase ao treinamento dos movimentos musculares
necessários a realização de tarefas, como a escrita;
Na sala de aula a criança deve ser livre para agir sobre os
objetos, embora seja importante quando necessário, a mediação do professor;
Promoveu a autoeducação da criança, colocando meios
adequados de trabalho a sua disposição;
Método de trabalho individual, embora tenha também um
caráter social, uma vez que as crianças estão sempre em contato umas com as
outras;
Pela dimensão econômica o conceito só a criança é a
educadora da sua personalidade só se tiver muito dinheiro para nosso mundo
tecnológico
Pela dimensão filosófica começa culpar dos alunos para eles
mesmos se corrigirem e necessita de toda atividades motoras.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados a
estudar e uma educação para a vida.
Pela dimensão causal as elites têm maior experiência social
e cultural e sensorial que dispensa comentários e sabe que uma educação para a vida é ter e que se dane preocupam-se
com o corpo e o espírito do seu filho, numa boa escola
Ela sabe que o processo de adaptação a vida e os métodos
não podem ser aplicado a qualquer tipo de criança que junto com Estado nem aí
com as diferenças individuais e que se dane a Constituição.
TEORIA DE OVIDE DECROLY
Decroly nasceu na Bélgica em 1871 e faleceu
em 1932. Era médico, mas muito ligado à educação. Consagraram seus estudos ás
crianças que necessitavam de atenções educativas especiais, ou seja, crianças
retardadas e anormais.
O teórico propôs uma educação voltada para os interesses
destas crianças, que pudesse satisfazer suas curiosidades naturais, que fossem
estimuladas a pensar, colocando-as em contato com a realidade física e social.
Achava que estas necessidades geram interesse, e este interesse vai a busca do
conhecimento. Este método era mais dedicado às crianças do ensino fundamental.
Baseado nesta teoria, Decroly propôs em 1907
um método globalizado de Centro de Interesse. Este método deve lidar com o
conhecimento, a partir dos interesses das crianças em suas várias faixas
etárias, de forma globalizante, possibilitando que as crianças tenham uma visão
geral do objeto de conhecimento para depois chegar às particularidades e
abstrações. Deve lidar também com a organização dos conhecimentos selecionados
nas matérias escolares, como ainda propor atividades que vão do empirismo ao
abstrato.
A escola deve se assemelhar a uma oficina ou
laboratório onde a pratica estava presente. Os alunos ativamente observavam,
analisavam, manipulavam, experimentavam, confeccionavam e colecionavam
materiais mais do que recebiam informações sobre eles. O teórico acreditava que
a sala de aula deveria estar em toda à parte, na cozinha, no jardim, no campo,
no pátio, na praça, etc. Seria uma escola com portas abertas, tipo uma oficina,
onde existisse liberdade, iniciativa, responsabilidade pessoal e social, onde
os alunos aprendessem e gostassem de aprender. Ele quis transformar a maneira
de aprender e ensinar, e que esta transformação tivesse como principio a
psicologia infantil.
O método globalizado de Centro de Interesse
de Decroly foi baseado em cinco princípios psicopedagógicos:
1)-Principio da Liberdade: a criança tem o
Maximo de autonomia para realizar seus gostos e necessidades, assim como a
busca da motivação para o conhecimento.
2)-Principio da Individualidade: a criança
realiza atividades pessoais diferenciadas, mas, sem perder o seu referencial, o
contato com a comunidade.
3)-Principio da Atividade: “trabalha a
tendência dominante na criança da inquietude e do movimento”.
4)-Principio da Intuição: implica na
observação e exploração das coisas, empregando os sentidos.
5)-Principio da Globalização: a criança pode
apresentar dificuldades de perceber partes separadas e depois reconstruir. O
principio da globalização permite o desenvolvimento da inteligência através
desse modo.
É importante ressaltar que as bases teóricas
do método de Decroly, ainda estão muito presentes na educação de hoje, embora
se encontre na escola alguns professores que apresentam dificuldades em
trabalhar na sala de aula com uma visão mais globalizadora, e multidisciplinar.
O que acontece muitas vezes é o professor trabalhando o conhecimento de maneira
fragmentada, e o que é pior, seguindo os livros didáticos.
Destaques na Teoria de Decroly:
A criança deve se educar não para o futuro, para a vida
adulta, e sim para o presente;
O método de Centro de Interesse atendia as necessidades e
interesses dos alunos;
Defendia que a sala de aula está em toda parte;
Sua vida foi dedicada ao trabalho com crianças retardadas e
anormais;
Acreditava na liberdade, iniciativa e responsabilidade;
Pela dimensão econômica o conceito só a criança é a
educadora da sua personalidade só se tiver muito dinheiro para nosso mundo
tecnológico
Pela dimensão filosófica começa culpar dos alunos para eles
mesmos se corrigirem e necessita de toda atividades motoras.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados a
estudar e uma educação para a vida.
Pela dimensão causal as elites têm maior experiência social
e cultural e sensorial que dispensa comentários e sabe que uma educação para a vida é ter e que se dane
preocupam-se com o corpo e o espírito do seu filho, numa boa escola
Ela sabe que o processo de adaptação a vida e os métodos
não podem ser aplicado a qualquer tipo de criança que junto com Estado nem aí
com as diferenças individuais e que se dane a Constituição.
TEORIA DE LEO VIGOTSKY
Vigotsky, psicólogo nasceu na Rússia em 1896
e morreu em 1934 com apenas 37 anos, vitima de tuberculose. Estudou na
Universidade Popular de Shanyavoskii, formando-se em direito, mas também se
dedicou aos estudos intelectuais de Filosofia, Literatura, Historia e
Psicologia. Estudou Francês, Alemão, Inglês, Hebraico, Latim e Grego. Teve um
tutor particular até entrar na escola, para fazer o curso secundário,
graduando-se com medalha de ouro. Desde adolescente, seus colegas o chamavam de
“o pequeno professor”, pois ele já gostava dos estudos intelectuais que
marcariam sua vida. Foi professor e pesquisador no campo de Defectologia, das
Artes, Literatura e Psicologia. Além do fato de ser professor, a preocupação de
Vigotsky com a educação tinha também motivos políticos, pois era um de seus
compromissos revolucionários. Formou-se também em Medicina e a partir de 1924,
no Instituto Soviético de Medicina Experimental, aprofundou suas investigações
na Psicologia.
Já tuberculoso, iniciou um período de intensa
produção de conferencias, textos e pesquisas, principalmente com crianças
portadoras de deficiências visuais e auditivas. Trabalhou no Instituto de
Psicologia de Moscou, onde iniciou um período de intensa produção de textos e
pesquisas a respeito do desenvolvimento intelectual, defendendo que todo
conhecimento é constituído socialmente, a partir das relações humanas. Dono de
uma inteligência brilhante, ele buscou na Psicologia respostas para suas
dúvidas e acabou por elaborar uma teoria do desenvolvimento intelectual,
sustentando que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das
relações humanas. Para ele, “na ausência do outro, o homem não se constrói
homem”.
Na sua teoria, Vigotsky diz que para o homem
se desenvolver e evoluir, é necessário o convívio com outras pessoas, e partir
daí, ele vai adquirir e assimilar conhecimentos, desenvolvendo-se mentalmente.
Acrescenta que a vivencia em sociedade é essencial para a transformação do
homem de ser biológico em ser humano. É pela aprendizagem nas relações com os
outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento
mental. O conhecimento é sempre intermediado. Nenhum conhecimento é construído
pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com as outras, que são os mediadores.
Na escola, o professor e os colegas mais experientes são os principais
mediadores, daí ser o objetivo da escola transformar os conceitos espontâneos,
que a criança desenvolve na convivência social, em conceitos científicos. A
linguagem é para Vigotsky, o principal instrumento de intermediação do
conhecimento entre os seres humanos, e tem relação direta com o próprio
desenvolvimento psicológico.
Para ele, a aprendizagem está relacionada ao
desenvolvimento desde o inicio da vida humana e inclui relações entre os
indivíduos.
A relação ensino-aprendizagem é um processo
global de relação interpessoal que envolve alguém, aprende alguém que ensina, e
a escola é o lugar por excelência na qual o processo intencional
ensino-aprendizagem ocorre, podendo envolver intervenção que conduza á
aprendizagem.
Vigotsky elaborou uma teoria do
desenvolvimento intelectual, sustentando que nenhum conhecimento pode ser
elaborado sozinho, criou o Socioconstrutivismo, ou como preferem alguns
especialistas, Sociointeracionismo, justificando como fundamental a questão
cultural e a questão afetiva. Para o ser humano, o meio é sempre revestido de
significados culturais. O fator cultural é a diferença central entre os dois
teóricos, Piaget e Vigotsky.
Considera a capacidade do homem de
raciocinar, como também de sensibilizar-se e se emocionar. Dessa forma, um
sistema dinâmico de significados em que o afetivo e o intelectual se unem,
buscando compreender o sujeito como uma totalidade. Acreditava que o
desenvolvimento mental do aluno se determina em dois níveis: O nível de
Desenvolvimento afetivo e a Área de Desenvolvimento Potencial.
Vigotsky viveu apenas 37 anos, mas sua
produção intelectual foi intensa e relevante, chegando a produzir 200 estudos
científicos sobre diferentes temas, controvérsias e discussões da psicologia
contemporânea, da pedagogia e das ciências humanas de um modo geral. Prefaciou
a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança de Jean Piaget em
1923. Para a Pedagogia, a contribuição de suas obras para nós educadores se
reveste de grande importância, porque traz para o campo educacional uma visão
integrada de conhecimentos. Acusado de idealista por Josef Stalin, suas obras
foram proibidas por vinte anos, só voltando a ser publicada na antiga URSS em
1956, mesmo assim parcialmente. Atualmente prepara-se a edição integral de
todos os seus trabalhos.
Para o cineasta Sergei Eisenstein
(1898-1948), o considerava um dos psicólogos mais brilhantes de nossa era,
capaz de ver o mundo com claridade celestial.
Destaques na Teoria de Vigotsky:
O socioconstrutivismo é uma tendência cada vez mais
presente no debate educacional;
Considerado o teórico social da inteligência;
O conhecimento é sempre intermediado;
A vivencia em sociedade é essencial para a transformação do
homem de ser biológico em ser humano;
É pela aprendizagem nas relações com os outros que
construímos os conceitos que permitem nosso desenvolvimento mental;
Segundo Vigotsky a evolução cultural é caracterizada por
saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro;
A criança nasce dotada apenas de funções psicológicas
elementares, como o reflexo e a atenção involuntária, presentes em todos os
animais mais desenvolvidos;
O meio é sempre revestido de significados culturais;
A inteligência é construída a partir das relações
recíprocas do homem com o meio;
O homem para se desenvolver e evoluir, é necessário o
convívio com outras pessoas;
Através das concepções do materialismo histórico e
dialético tentaram explicar o desenvolvimento das funções mentais superiores, a
qual dedicou maior tempo de seus estudos, através da teoria sociocultural,
contestando criticamente que as funções intelectuais do adulto não são
resultados unicamente da maturação;
Entendia o pensamento como reflexo generalizado da
realidade, transmitido através da fala e esta como importante mecanismo que
estrutura e organiza o pensamento;
É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera
cognitiva em vez de uma esfera visual externa, dependendo das motivações
internas e não unicamente dos incentivos fornecidos pelo objeto externo;
O trabalho em duplas facilita o aprendizado, mas cabe ao
professor acompanhar individualmente o aluno;
O professor é o condutor do processo, atuando na zona de
desenvolvimento proximal;
O erro faz parte do processo de aprendizagem. O professor
não pode esperar que o aluno descubra sozinho seu erro;
Pela dimensão econômica vivemos uma realidade social
desigual e nem todos os recursos para se ter os conhecimentos constituído
socialmente é um processo global que não encontramos em nossas escolas que o
transformem e SER, TER e FAZER
Pela dimensão filosófica começa culpar o social, ou seja,
toda sociedade e nosso meio reflete uma realidade violenta e nada dialética, o
jovem nem tem como interagir com SER, TER e FAZER, a nossa sociedade e
imediatista e passiva.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados a
estudar e uma educação para a vida. “Na ausência do outro, o homem não se
constrói homem “
Pela dimensão causal as elites têm maior experiência
sensorial com variações culturais que caracteriza por saltos qualitativos de um
nível de conhecimento no ensino-aprendizagem de relação interpessoal que
envolve alguém, aprende alguém, ensina, e a escola é o lugar por excelência é
mentira socialista que baseada no
socioconstrutivismo para uma adaptação mentirosa, sabem que o processo de
adaptação à vida e os métodos não podem ser aplicados a qualquer tipo de
criança,mas, da elite pode.
TEORIA DE PAULO FREIRE
Nasceu em Recife Pernambuco em 1921, e morreu
em São Paulo vitima de infarto agudo do miocárdio, no ano de 1997. Aprendeu a
ler com os pais, á sombra do quintal de casa, sua alfabetização partiu de
palavras de sua infância, de sua prática, de suas experiências como criança.
Seu giz era os graveto da mangueira em cuja sombra aprendia a ler, e seu quadro
era o chão. O seu pré-escolar foi informal e livre.
Paulo Freire teve uma infância feliz, embora
tenha conhecido muito cedo o significado da fome e da miséria.
Freire era o maior defensor da tendência
progressiva. Em seus escritos discute a pedagogia do oprimido, introduz a
influência da educação bancária, destacam os contrastes entre formas de
educação que tratam as pessoas como objetos em lugar de assuntos e, explora a
educação como ação cultural.
Ele foi quase tudo o que deve ser como educador. De
professor de escola o criador de idéias e métodos.
Segundo Paulo Freire, o homem que detém a
crença em si mesmo é capaz de dominar os instrumentos de ação á sua disposição,
incluindo a leitura. A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no
Brasil em campanhas de alfabetização.
Com o golpe militar de 1964, experiência de Paulo Freire, já espalhada por
todo o país, foi abortada sob alegações inconsistentes como subversiva
propagadora da desordem e do comunismo, etc. Foi preso após o golpe Militar de
1964, deixando o Brasil depois de 72 dias de reclusão. Exilou-se primeiro no
Chile onde, encontrou um clima social e político favorável ao desenvolvimento
de suas teses. Também nesta época, desenvolveu durante cinco anos, trabalhos em
programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária.
Nesta época escreveu uma das obras mais importantes da sua vida: A Pedagogia do
Oprimido. Freire nas suas conversas informais costumava sempre dizer, que A
Pedagogia do Oprimido foi escrito com a intenção de superar esta opressão que
vive o nosso povo. Numa visão crítica e filosófica, parte para a transformação
do contexto social, tomando assim consciência do mundo vivido.
Paulo Freire concebia educação como reflexão
sobre a realidade existencial. Articular com essa realidade nas causas mais
profundas dos acontecimentos vividos, procurando inserir sempre os fatos
particulares na globalidade das ocorrências da situação.
A aprendizagem da leitura e da escrita
equivale a uma releitura do mundo. Ele parte da visão de um mundo em aberto,
isto é, a ser transformado em diversas direções pela ação dos homens.
Paulo Freire atribui importância ao momento
pedagógico, mas com meios diferentes, como práxis social, como construção de um
mundo refletido com o povo. Para Paulo Freire, o diálogo é o elemento chave
onde o professor e aluno sejam sujeitos atuantes.
No seu método, a palavra geradora era
subtraída do universo vivencial do alfabetizando. Para Freire, a educação é
conscientização. É reflexão rigorosa e conjunta sobre a realidade em que vive
de onde surgirá o projeto de ação. A palavra geradora era pesquisada com os
alunos. Assim, para o camponês, as palavras geradoras poderiam ser enxada,
terra, terra, colheita, etc; para o operário poderia ser tijolo, cimento, obra,
etc.
Em seu método, Paulo Freire propunha a
exploração de tudo: palavras, frases, ditos, modos peculiares de falar, de
contar o mundo. Isto visava revelar o mundo vivido pelos analfabetos. Desta
forma, resultava num sucesso total.
Paulo Freire criticou tanto aqueles que não
procuram compreender suas idéias, quanto os seus seguidores que tomam suas
teorias ao pé da letra, fora do contexto. A coerência que ele defende como
virtude do educador revolucionário, é em suma, sua principal virtude.
Em termos de uma proposta para a educação no
Brasil, Paulo Freire disse que a educação de um país não é de uma pessoa só,
mas do povo, de uma equipe. Explica também que, fazendo parte dessa equipe,
faria tudo para achar caminhos através dos qual a escola pudesse superar
principalmente a contradição entre a teoria e a prática. Freire foi quase tudo
o que se deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e
métodos.
Destaques na teoria de Paulo Freire:
Sua atividade como educador levou-o a criação, em 1961 do
chamado Movimento de Educação de Base, sob o patrocínio do Bispo D. Helder
Câmara, ao mesmo tempo em que se tomava forma o método Paulo Freire de
Alfabetização;
Criou um método próprio, constituído de momentos dialéticos
e interdisciplinares;
Defendeu que o pedagogo deve cuidar de libertar o homem das
alienações a que a consciência dominadora o submete;
Critica a educação bancária, isto é, educação que trata as
pessoas como objeto; defende a educação como uma ação cultural;
O primeiro passo na direção da conscientização é a
alfabetização, entendida como a aproximação critica da realidade por meio da
linguagem;
Professor e aluno fazem parte de um único contexto social,
isto é, aprendem juntos, num processo de integração permanente;
“Ato criador capaz de gerar outros atos criadores”;
Paulo foi educado como cristão católico, mas criticava a
chamada igreja dos opressores;
Paulo sempre lutou pelos direitos dos analfabetos, embora
sempre soubesse que votar por votar é insuficiente, e lembra que um cidadão que
seja participante não é aquele participante apenas em dia de eleição;
O seu método busca um significado social, e explica a
tomada de consciência do mundo;
Em seu método, Freire propunha a exploração de tudo:
palavras, frases, ditos, modos peculiares de falar, de contar o mundo;
Pela dimensão econômica realidade social desigual e sempre
será, ele pretendeu que fossemos
socialistas e o ato do professor deve ser libertário das alienações onde
consciência dominadora o submete uma outra, foi um homem das elites, nunca
passou fome e SER, e FAZER foi fácil
para ele, a nossa sociedade consumista é TER e que nossos educando querem.
Pela dimensão filosófica aumenta a culpa social, e de novo
a práxis existencial num mundo baseado no modo capitalista. É só perguntar ao um aluno que ele responderá:
eu tenho que ter, fazer e depois sou , meio em que vivemos reflete uma
realidade violenta e nada dialética, o jovem nem tem como interagir com SER,
TER e FAZER, a nossa sociedade e imediatista e passiva e no ato criador capaz de gerar outros atos
criadores é para ás elites.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados e
o professor e aluno fazem parte de um único contexto social, isto é, aprendem
juntos, num processo de integração permanente só se for de pobreza.
Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se
justificada na virtude do educador
revolucionário e nos enganam como focas que podem dar um pouquinho e estamos
satisfeitos, enquanto em suas escolas vai tudo bem.
TEORIA DE ROBERT GAGNÉ
Segundo Gagné, a aprendizagem é uma mudança
de estado interior que se manifesta através da mudança de comportamento e na
persistência, a qual Gagné chama de aprendizagem, refere-se àquela que ocorre
quando o individuo interage com o seu meio externo.
A aprendizagem é, segundo ele atividade por
uma variedade de tipos de estimulação provenientes do ambiente do individuo.
Esta estimulação se constitui em insumo (input) para os processos de
aprendizagem. O exsumo (output) é uma modificação do comportamento que é
observada como desempenho humano.
À primeira vista o conceito de aprendizagem
proposto por Gagné, insere-se no contexto de uma abordagem behaviorista, isto
é, do tipo “estimulo-resposta”. Entretanto, contrariamente á posição de
Skinner, por exemplo, que não está preocupado com processos intermediários
(entre o estímulo e a resposta) e sim com o controle do comportamento
observável por meio das respostas do individuo, Gagné se preocupa com o
processo da aprendizagem.
Na abordagem Skinneriana interessa é o comportamento observável e, não
o que ocorre dentro da mente do individuo, durante o processo de aprendizagem,
enquanto que na de Gagné a aprendizagem é algo que se realiza “dentro da cabeça
do individuo”, e é destacada a importância das teorias de aprendizagem.
Para Gagné, a aprendizagem é um processo
formalmente comparável a outros processos humanos orgânicos e, como tal, o
conhecimento sobre a aprendizagem pode ser acumulado através dos métodos
científicos. Desse conhecimento decorrem princípios de aprendizagem que, por
sua vez, quando inter-relacionados de forma consistente e racional originam
modelos do processo de aprendizagem e, finalmente, teorias de
aprendizagem.
Ao professor cabe a tarefa de promover a aprendizagem
através da instrução. Ele planeja a instrução, administra-a e avalia sua
eficácia através da avaliação da aprendizagem do aluno. Ele é uma espécie de
“gerente” da instrução, cuja tarefa é planejar, delinear, selecionar e
supervisionar a organização de eventos externos com o objetivo de influenciar
os processos internos de aprendizagem.
Uma vez planejada a instrução, é necessário
ministrá-la ao aluno. Tanto ao planejar como ao ministrar a instrução (bem como
ao avaliar seus resultados), o professor deve tomar muitas decisões e é nesse
sentido que pode ser visto como um “gerente” da instrução ou um organizador dos
eventos externos da aprendizagem.
É importante compreender que em termos de
teorias ou abordagens ao ensino e á aprendizagem, Gagné parece situar-se entre
o behaviorismo e o cognitivismo. Por outro lado, falam em estímulos, respostas,
estimulação do ambiente, comportamentos, etc, mas, por outro, fala em processos
internos de aprendizagem e enfatiza a importância das teorias de aprendizagem
para a instrução.
Destaques na Teoria de Gagné:
A aprendizagem é, ativada por uma variedade de tipos de
estimulação provenientes do ambiente do individuo;
A aprendizagem é algo que se realiza “dentro da cabeça”;
O organismo é naturalmente ativo e a aprendizagem ocorre
devido a tal atividade; Acredita-se, então, que o agente da aprendizagem é o
aluno, sendo o professor um orientador e facilitador;
Metodologia variada na qual cada assunto exigiria uma
metodologia adequada á estrutura do assunto;
Necessidade de prestar atenção ás diferenças individuais
entre os alunos;
Define a aprendizagem como uma mudança comportamental;
Defende a aprendizagem por descobertas;
Vê o ensino como uma atividade de planejamento e execução
de eventos externos, ou condições externas à aprendizagem com a finalidade de
influenciar os processos internos para atingir determinados objetivos;
O professor é o organizador das condições externas da
aprendizagem. O professor é uma espécie de “gerente” da instrução, cuja tarefa
é planejar e programar condições externas à aprendizagem, com a finalidade de influenciar
os processos internos para atingir determinados objetivos, isto é, capacidade a
serem aprendidos;
Pela dimensão econômica a desiguais atividades estimuladas pela elite e seus
aparelhos que dão uma variedade de tipos de estimulação provenientes do
ambiente do individuo é muito ruim, digo, péssima.
Pela dimensão filosófica aumenta a culpa do professor que é “gerente da instrução”, mas
não passa de administrador das indisciplinas e não consegue mudança de comportamento.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados e
o professor fica perdido “dentro da cabeça do individuo a aprendizagem pode ser
acumulado através dos métodos científicos” achando que os alunos serão uns
heróis.
Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se
justifica na persistência “estimulo-resposta”
que fazem do professor um mero objeto estatístico, e não um
formador completo, perdido nas
metodologias.
TEORIA LAURO DE OLIVEIRA LIMA
“O trabalho, deixando de ser manual para ser
intelectual, deixando de ser linha de produção (linear), para ser uma decisão
(circular), transformar-se-á em discussão”.
(Lima, 1975).
Ora, educadores de todo o mundo, “não estamos
vendo que vai ficar assim? Por que não começamos logo? (Lima, 1975)”.
“Educar já não é prever as necessidades
sociais, mas preparar os jovens para o imprevisível” (Lima, 1975).
O educador Lauro de Oliveira Lima nasceu em
Limoeiro do Norte-Ceará, em 12 de abril de 1921. Suas idéias são muito voltadas
para a tendência renovada progressista, por defender uma teoria de que o aluno
é responsável pelo seu próprio conhecimento. O professor é importante no
processo de crescimento do aluno, mas é aquele que ajuda o aluno a aprender,
que prepara as atividades do aluno de acordo com as etapas do seu
desenvolvimento. Ele valoriza os processos mentais e as habilidades cognitivas.
Tenho orgulho de escrever algo sobre o
caminho percorrido por este educador cearense. Suas idéias a respeito da
história da educação são tantas e tão importantes, que fico sem saber como
organizá-las e selecioná-las. Para Oliveira, um dos grandes problemas da
educação brasileira é a falta de uma didática que ajude na formação de
indivíduos que desejem planejar o futuro. Em muitos dos seus livros faz uma
análise critica a educação brasileira, mas propõe soluções. A critica para ele
só é importante quando é construtiva, e depende muito da maturidade de quem
critica e de quem é criticado.
Mestre Zé Afonso foi sua primeira escola, que
ensinava todos os meninos da cidade a ler, escrever e contar (ensinava também o
Manuscrito, que era uma espécie de curso de pós-graduação, e a Tabuada Grande,
a matemática superior).
Formou-se em Direito em 1949 e dois anos
depois, em Filosofia. Dentre os cargos importantes que assumiu, obteve em 1945
o cargo de Inspetor Federal de Ensino do Mec. Deixou o Magistério particular
para fundar o Ginásio Agapito dos Santos em Fortaleza, iniciando, assim, sua
carreira como “reformador”, característica básica de atuação como educador.
Escreveu nessa época a obra “Escola Secundaria Moderna”, iniciando também seu
trabalho com Dinâmica de grupo e propondo o Método Psicogenético. O Método
Psicogenético de Lima é estruturado a partir das descobertas cientificas de
Piaget. Não se pode mais falar de desenvolvimento da inteligência sem falar das
Teorias de Piaget, que teve na figura de Lauro de Oliveira Lima, durante algum
período, o maior interlocutor dessas idéias no Brasil.
“Psicogenético” é o termo empregado para
descrever a pedagogia criada a partir das teorias e pesquisas piagetianas.
Significa que o processo pedagógico modifica-se sucessivamente, de acordo com o
estagio de desenvolvimento mental (psicogênese). O nível mental da criança é
que determina como o professor deve apresentar as situações didáticas, pois, em
cada estagio do desenvolvimento a criança tem uma maneira diferente de
aprender.
Lima teve e continua tendo um trajeto longo e
dinâmico na área da educação escreveu vários livros e dentre os mais recentes
podemos citar: ”Piaget: Sugestão aos educadores” (1999), “Dinâmica de Grupo”
(2000) e “Para que servem as escolas?” (1996).
Para Lauro, o principio fundamental da
didática, esta centrada na concepção, de que o professor não ensina, ajuda o
aluno a aprender. O aluno irá aprender através de atividades como, pesquisas,
leituras, passeios, etc, sempre bem planejadas tendo claros os objetivos a
alcançar. As atividades devem ser grupais e orientadas pelo professor, para que
todos possam construir o conhecimento na interação entre eles. “O que se
aprende com alegria aprende-se melhor, de maneira mais efetiva”.
Em 1980, Lauro apresentou no primeiro
congresso piagetiano no Rio de Janeiro um documento que causou muitas
discussões: “Computadores, um débil mental com a velocidade da luz”.
Destaques na Teoria da Lauro de Oliveira
Lima:
A aula expositiva torna-se quase um desestimulo a
criatividade;
O nível mental da criança é que determina como o professor
deve apresentar as situações didáticas;
O grupo é o;
Não ensine, provoque a atividade do aluno;
A escola deve estimular a criatividade e preparar o aluno
para resolver situações-problema;
Em cada estágio de desenvolvimento, o aluno tem uma forma
diferente de aprender;
Valoriza mais o processo de aquisição do saber, do que o
saber propriamente dito;
Sugere ao professor, que faça o aluno compreender o que
faz;
No grupo o aluno constrói a solidariedade, a
responsabilidade, a criatividade, preservando a individualidade;
Criou o Método Psicogenético, para aplicação na educação.
Pela dimensão econômica a desiguais Educar já não é prever as necessidades
sociais, mas preparar os jovens para as imprevisíveis atividades estimuladas
pela elite e seus aparelhos que “dão uma variedade de tipos de ambientes mais
estimuladores” e com professores que nem tem dinheiro para mudar sua didática.
Pela dimensão filosófica de novo um progressista utópico que aumenta a culpa do professor que é “gerente da didática”,
mas, defende “que o aluno é responsável pelo seu próprio conhecimento”, a real
situação de miséria que vive as camadas populares, como disse nós somos
capitalistas e qual ajuda das elites, quero ver se o aluno irá aprender através de atividades
como, pesquisas, leituras, passeios, etc. Sempre bem planejadas tendo claro os
objetivos a alcançar a culpa do professor e da sociedade e não das elites.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados e
o professor não é importante no processo
de crescimento do aluno, este e a real situação-problema e culpa o mesmo pela “ falta de uma
didática".
Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se
justificada “pela critica para ele só é importante quando é construtiva”, mas,
nas escolas das elites ele TEM todos os recursos para aquisição para as
provocações do professor, é mais um adestrador de focas. Professor mal
remunerado e ainda e com a justificativa de ajudar o aluno custe o que custar,
até com ataque cardíaco, para o
desenvolvimento das habilidades cognitivas “que ajude na formação de indivíduos
críticos, com sua psicogenética“ numa realidade onde o TER começa já no berço onde maturidade cresce.
TEORIA DE PESTALOZZI
Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746
e faleceu em 1827. Considerado o reformador ou o promotor da escola popular.
Embora a posição da pedagogia seja um pouco obscura, ele defende a idéia, de
que a escola precisa simplificar os conteúdos dados e evitar a decoreba.
Fundamenta a educação no respeito e no amor, como forma de reconhecer, manter e
promover em cada ser a dignidade da pessoa.
Pestalozzi foi o educador que pôs em prática
os princípios do empirismo que, antes dele, já começavam vagamente a influir na
opinião dos professores. Se a vida mental resulta da experiência sensorial ou
se, por sua influencia, se desenvolve, então educar é “construir na mente do
aluno uma experiência definida a luz da percepção sensorial clara”. Pestalozzi
disse está convencido de que a criança é dotada de poderes ou de faculdades
inatas que só se desenvolvem mediante o enriquecimento da experiência
sensorial. O emprego do método empírico no estudo dos estados mentais levou
filósofos dos séculos XVII e XVIII a compreensão de que a vida mental resulta
da experiência sensorial. Esse novo ponto de vista psicológico produziu também
uma mudança na concepção de educação. “Educar deixou de ser treinar,
disciplinar as faculdades, e assume o sentido de enriquecimento da experiência
sensorial”.
Foi Pestalozzi quem pôs em prática a nova
maneira de considerar o processo educativo. O esforço fundamental da educação,
para Pestalozzi, que se propõe a tornar psicológica a educação, é analisar o
conhecimento em qualquer ramo, nos seus elementos mais simples, e apresentá-los
naturalmente a criança. Os dois aspectos característicos do processo de Pestalozzi
são, portanto, começar com as experiências da criança, pela observação, para
haver idéias claras, e, prosseguir por meio da instrução oral, cuidadosamente,
para o conhecimento sistemático e organizado.
Em qualquer ramo, disse Pestalozzi, o ensino
deve começar dos elementos mais simples e processar-se gradualmente, segundo o
desenvolvimento da criança. Desta maneira, essas concepções produzem profundas
mudanças na escola. Passou-se a ensinar maior número de matérias e todas elas
obedeciam a uma graduação que partia da observação das coisas próximas para as
remotas, sempre atendendo ao desenvolvimento do aluno. Assim o interesse do
aluno seria consultado e o processo de formação devia estar associado àquilo
que tem maior relação com o aluno, isto é, ao que lhe pertence, ao que existe
no seu ambiente, sempre pelo emprego da intuição.
Influenciou profundamente a educação; ele fez uma grande
adaptação na educação publica. Ninguém acreditou mais que Pestalozzi no poder
da educação, para aperfeiçoar o indivíduo e a sociedade. Com o seu entusiasmo,
influenciou reis e governantes a pensarem na educação do povo. Deu novo impulso
à formação de professores e ao estudo da educação como ciência. Foi o primeiro
a tentar fundamentar a educação no desenvolvimento orgânico, mais que a
transmissão de idéias.
Em 1792, Pestalozzi escreve o seu livro mais
erudito: Minhas Investigações sobre o curso da Natureza no desenvolvimento da
raça humana. A obra é recebida sem entusiasmo. Pestalozzi decide ser
mestre-escola; e parte para um trabalho na sua escola. O lar era para ele a
melhor instituição da educação, base para a formação política, moral e
religiosa. A instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem
organizada.
A prática pedagógica de Pestalozzi, sempre
valorizou o ideal do educador, isto é, a educação poderia mudar a terrível
condição de vida do povo.
Tinha uma fé indomável e contagiante na
educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social.
Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda a criança,
ter plenamente desenvolvidos os poderes que Deus lhe havia dado. O professor é
comparado ao jardineiro que providencia as condições para a planta crescer; a
educação sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto
com os objetos; a mente é ativa. Na escola de Pestalozzi, mestres e alunos
ficavam juntos o dia todo. No dia escolar, as atividades eram bem
diversificadas: rezavam, tomavam banho, faziam o desjejum, brincavam, estudavam
as lições, almoçavam, lançavam. Duas tardes por semana, os alunos faziam
excursões em locais culturais.
No livro, Os Grandes Pedagogos-atualidades
pedagógicas, destacam algumas passagens que explica o quanto Pestalozzi era
envolvido com a educação: “... renunciei aos prazeiros da vida para
consagrar-me a tentativa de educação do povo, e aprendi a conhecer-lhe a
verdadeira situação e os meios de mudá-la, pág. 214”. “Aperfeiçôo-me a mim
mesmo, quando faço, aquilo que devo. A lei do que quero pág. 215“.“Como produto
do meu próprio eu, sinto-me independente do egoísmo de minha natureza animal e
dos laços de minhas relações sociais, tendo há um tempo, o direito e o dever de
fazer o que me enobrece e o que é vantajoso para meus semelhantes”, pág 215”. “... Minha ação tende a
elevar a natureza humana ao que ela tem de mais alto, de mais nobre: a elevá-la
pelo amor, e não é senão nessa força sagrada, o amor, que reconheço o
instrumento de libertação do homem, de tudo quanto há nele de divino e de
eterno, pág. 223.
Destaques na teoria de Pestalozzi:
Pestalozzi condenava as punições e recompensas;
As classes privilegiadas desprezavam o povo;
Foi o primeiro a pesquisar as leis fundamentais do
desenvolvimento;
O defensor dos princípios empíricos;
O desenvolvimento é uma aquisição gradativa de poder;
A educação começa com a percepção de objetos concretos;
Pestalozzi tinha uma fé indomável e contagiante na educação
como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social;
A religião é mais profunda do que dogmas, ou credos;
Deu novo impulso à formação de professores e ao estudo da
educação como uma ciência;
Psicologizou a educação;
Procurou apresentar seu método sob formas apropriadas as
leis da psicologia;
Empregava as letras do alfabeto presas a cartões, e
introduziu lousas e lápis;
Professor é comparado ao jardineiro, que providencia as
condições para a planta crescer;
A educação sensorial é fundamental e os sentidos devem
estar em contato direto com os objetos;
A educação poderia mudar a terrível condição de vida do
povo;
Somente a educação poderá contribuir para que o povo
conservasse os direitos conquistados;
O lar era para ele a melhor instituição de educação, base
para a formação política, moral e religiosa;
Pela dimensão econômica a desigualdades sociais dizer que a educação poderia mudar a terrível
condição de vida do povo é uma falácia
que as elites aproveitam e até os organismos capitalistas ressaltam para
uma sociedade desenvolvida.
Pela dimensão filosófica “educar é construir na mente do
aluno uma experiência definida a luz da percepção sensorial clara. A
instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem organizada”,
realmente é um problema, de novo se culpa os pais.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade
constitucional acham que são obrigados a estudar. Assim, o professor, “deve
propor uma ação psicológica a educação, é analisar o conhecimento em qualquer
ramo, nos seus elementos mais simples, e apresentá-los naturalmente a criança
começar com as experiências da criança, pela observação, para haver idéias
claras, e, prosseguir por meio da instrução oral”. As elites adoram comentar
que os professores são mal preparados para esta educação e os aparelhos que
eles usam.
Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se
justificada “O professor é comparado ao
jardineiro que providencia as condições para a planta crescer” de novo
coitadinho do professor é um
missionário, salvador da sociedade que as elites impuseram, nós professores
queremos TER, e menos Stress, não somos heróis.
TEORIA DE CÉLESTIN FREINET
Célestin Freinet, grande humanista nasceu no
ano de 1896 em Gars, no sul da França, na região de Proença e morreu em 1966 na
cidade de Vence, na França. Teve uma infância e juventude rural, em meio às
paisagens trabalhou como pastor de rebanhos, como também desenvolveu alguns
valores voltados para o homem do campo. Embora tenha freqüentado uma escola
considerada boa na época, era uma escola com pouco ou nenhum material didático.
Na adolescência mudou-se para Nice. Aí
iniciou o seu curso de magistério, mas foi interrompido com o inicio da 1ª
guerra mundial em 1941. Costumava sempre dizer: “Minha formação como professor
não se fez só na escola normal, mas também na guerra”.
Freinet inicia em Bar-Sur-Loup suas atividades
como professor, mesmo sem ter concluído o curso normal. A sala de aula sempre
foi a sua paixão.
Freinet não foi um simples professor. Gostava
de pesquisar, de participar de debates, sempre escrevendo artigos relacionados
com educação, e buscando práticas pedagógicas alternativas. Seus estudos foram
aprofundados e tiveram como referencia a teoria de grandes filósofos e
teóricos, como o Rousseau, Pestalozzi, Decroly, Dewey, Forbel e Piaget.
Freinet achava que a sala de aula não é um
espaço físico determinado pelas instituições educacionais, mas a sala de aula é
qualquer espaço onde o exercício do pensamento e da criatividade esteja
presente e a serviço da sociedade. Defendia a pedagogia natural, de acordo com
os interesses e necessidades do aluno. Pensava que o aluno construía o seu
conhecimento não apenas tendo acesso a informação, mas apropriando-se do saber,
sem imobilismo ou abstração, inserindo a alegria e o prazer no processo ensino
aprendizagem. Pensava ainda que a escola devesse ser viva, ativa, dinâmica,
aberta para o encontro com a vida, onde tivesse a participação da família e da
comunidade. A sala de aula devia ser o local onde o aluno se revela, cria,
inventa e exprime suas vivências; era preciso respeitá-la para que pudesse
desenvolver sua capacidade e sua personalidade, sem afastar-se de uma
finalidade social e humana mais ampla.
Freinet, ainda pensou que a sala de aula não
podia ser um casulo hermético desvinculado do todo social e das suas
contradições. A sala de aula devia ser uma oficina de trabalho, de criação e de
pesquisas, um local de produção e criação do saber. Ele achava que todo
trabalho educativo só tem qualidade quando os objetivos são claros. O professor
não deve atuar como uma máquina, sujeitando-se a rotinas. É fundamental a motivação
para o trabalho. Deve ser um facilitador que encaminha o aluno a tomar
consciência do seu valor, um amigo que age e aprende com os alunos. Alunos
rebeldes e apáticos devem ser estimulados a propor suas idéias nos grandes e
pequenos grupos. Aos pouco, este tipo de aluno vai se descobrindo, com seus
erros e acertos, até chegar a descoberta de uma aprendizagem significativa.
Em 1956, Freinet preocupou-se com o excesso
de alunos em sala de aula, e lança neste período uma campanha nacional por 25
alunos em sala de aula. Ele tinha uma grande preocupação com turmas numerosas e
heterogêneas, mas a sua pedagogia defendia a idéia de que os alunos podiam se
organizar em grupos de acordo com seus interesses e em seguida serem criados
momentos onde todos participassem.
A pedagogia de Freinet foi centrada na
criança e tem como princípios teóricos a:
comunicação;
expressão;
afetividade;
responsabilidade;
sociabilidade;
autonomia;
criatividade;
reflexão;
senso cooperativo;
Freinet foi chamado pelo exército para se alistar
na época da primeira guerra mundial. Nesta época sofreu ações dos gases
tóxicos, ficando doente do pulmão até o final de sua vida. Mesmo sem esperança
de cura para a doença dos seus pulmões, Freinet não abandonou suas pesquisas e
descobertas.
Freinet foi preso em 1940 no campo de
concentração de Var. Gostava tanto da profissão de professor, que na mesma
época da sua prisão, dava aula para seus companheiros de sela, e, aproveitava
para fazer suas pesquisas. Após sair da prisão, se integrou ao Movimento da
Resistência Francesa. Voltou para Vence, onde recomeçaram suas atividades.
Nesta época, aproximadamente nos anos 50, sua pedagogia se espalhou pelo mundo,
criando um movimento em prol da Escola Pública, e é isto que distingue dos
demais pensadores do movimento da Escola Nova na Europa.
Em 1939, Freinet é exonerado do cargo de professor e lança
oficialmente sua escola com ajuda de doações, mas o Ministério da Educação
recusou-se a reconhecer.
Na sua escola, ele fez varias experiências com crianças,
utilizando diversas técnicas:
Aula Passeio - acreditava que o interesse da criança estava
fora da escola. Realizava as aulas-passeio para observar aspectos da vida
animal. Todo o seu trabalho em sala de aula era voltado para uma aprendizagem
interdisciplinar, onde todas as áreas eram relacionadas com a vida cotidiana do
aluno.
Texto Livre - consiste na liberdade que a criança deve ter
para se expressar, não só na forma escrita, como em forma de pintura, de
desenho e até mesmo de poemas. É a criança que deve escolher a forma como quer
se expressar.
Imprensa Escolar - era a técnica usada para as entrevistas,
pesquisas, vivencias e aula passeio. Todo esse trabalho deveria ser coletivo.
Correção - achava fundamental a correção do texto, e, este
era um processo deveria ser feito coletivamente. Freinet dizia que o erro
deveria ser trabalhado, para se encontrar o acerto.
Livro da Vida-era uma espécie de diário, aonde as crianças
iam registrando e expondo suas diferentes maneiras de ver a aula e a vida. No
Livro da Vida, o aluno tinha oportunidade de realizar observações como
conceitos e os conteúdos se organizavam.
Fichário de Conduta - são exercícios relacionados com todas
as disciplinas, construídas coletivamente em sala de aula envolvendo alunos e
professores. Estes exercícios ficam a disposição da criança para serem
utilizados de acordo com as necessidades individuais.
Plano de Trabalho - os alunos organizavam um plano,
contendo as atividades que seriam desenvolvidas durante a semana. Este plano de
trabalho deveria estar coerente com o currículo escolar.
Correspondência Interescolar - é a troca de cartas,
desenhos, textos, fitas, vídeos, e-mail, etc. Que se fazia entre uma classe e
outra de alunos. Esta é uma forma de aprendizagem que deve ser planejada
cooperativamente entre alunos e professores.
Auto-Avaliação - o aluno deveria participar da sua
avaliação, utilizando fichas para seus registros pessoais, e, assim estaria
acompanhando seu desempenho, e, seus erros nos trabalhos realizados.
Destaques na Teoria de Freinet:
Criticava duramente os livros didáticos fora da realidade
do aluno;
O interesse do aluno não estava na escola e sim fora dela;
Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar
cidadãos democratas;
A sobrecarga de alunos na sala de aula constitui sempre um
erro pedagógico;
Os castigos são humilhantes, constituem um grande erro;
O comportamento escolar de um aluno depende de seu estado
fisiológico, orgânico e emocional;
O fracasso escolar inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo;
Toda atitude imposta é paralisante;
O aluno não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que
atenda aos rumos de sua vida;
As notas e classificações constituem sempre um erro;
A ordem e a disciplina são necessárias na aula;
A cooperação é vida na Nova Escola;
Ser maior não significa necessariamente estar acima dos
outros;
A livre expressão deve sempre ser valorizada;
Deve ser dada atenção especial a pequenos grupos, e
atendê-los em suas especificidades;
Toda ordem sob forma autoritária é um erro, isto
caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente;
um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas;
O trabalho com o aluno deve ser diversificado;
A avaliação deve ser continua e permanente durante todo o
processo de aula;
Confiança e respeito ao ser humano e seus direitos;
Se trabalhada a democracia na escola, teremos no futuro
cidadãos conscientes;
As regras de sala de aula deviam ser discutidas e
planejadas pelos alunos, só assim teriam a responsabilidade e liberdade desenvolvidas;
O professor devia respeitar o ritmo próprio de cada aluno;
Pela dimensão econômica temos condições econômicas para
efetivação é uma bela utopia, uma escola viva, ativa, dinâmica, aberta para o
encontro com a vida, onde tivesse a participação da família e da comunidade,
mas os recursos ficam na burocracia, se as elites que podem pagar... Fossem
inseridas na escola publica, e não ficasse alheia seriam melhor, eles não se
preocupam.
Pela dimensão filosófica as atitudes dos alunos
indisciplinados paralisam e que acabam com espaço onde o exercício do
pensamento e da criatividade. É a base da utopia mentirosa do Brasil hoje, mais
uma a serviço das elites e seus aparelhos.
Pela dimensão potencial os alunos indisciplinados e pela igualdade constitucional
acham que são obrigados, ele defende que
a educação “idéia de que os alunos podiam se organizar em grupos de acordo com
seus interesses e em seguida serem criados momentos onde todos participassem”,
será possível. As elites pagam e exigem qualidade educacional onde coloca seus
filhos.
Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se
justificada em que “o Professor não deve atuar como uma máquina, sujeitando-se
a rotinas, Deve ser um facilitador que encaminha o aluno a tomar consciência do
seu valor, um amigo que age e aprende com os alunos”, mas, infelizmente a
estrutura das escolas que temos e as indisciplinas ocasionadas pelo modelo de
vida americano e na sociedade violenta que vivemos, nós, professores, não se
damos conta que estamos fazendo um papel de anti-herói, onde o autoritarismo
dos alunos que não querem estudar, só querem TER, nos coloca num ringue de boxe. Assim o Estado
e as Elites falam que nós não estamos preparados, culpam, querem reciclar, etc.
. Algumas das idéias segundo “80-CONCEITOS-IMPORTANTES-NA-PRESTACAO-DE-CONCURSOS-RESUMOS-DIVERSOS”
da Oposição alternativa.
ANTROPOLOGIA COGNITIVA
A Antropologia Cognitiva, citada por Perrenoud, é um campo
teórico-conceitual com ênfase especial no entendimento da estrutura de
significação que membros de uma sociedade utilizam para construir a vida
cotidiana, os significados compartilhados que fazem a vida social possível, bem
como os métodos válidos que auxiliam o pesquisador a descobrir essas
significações e avaliar o grau em que elas são compartilhadas e distribuídas em
relação a fatores sociais.
A antropologia cognitiva amplia o horizonte de estudos do
pensamento humano de uma forma bastante peculiar. Busca entender as variações
de pensamento e manifestações comportamentais em diferentes culturas, copia da
Teoria de Makarenko.
AUTONOMIA
Esse conceito tem a ver com a possibilidade do educando,
paulatinamente, construir as competências e habilidades para continuar
aprendendo por conta própria, a possibilidade de tomar as suas decisões num
mundo em constante transformação.
As Diretrizes Curriculares Nacionais definem autonomia como
um objetivo que se inicia no Ensino Infantil, que deve ser construído de forma
gradativa e concretizado no final do Ensino Básico.
Segundo Paulo Freire, o professor, progressista para
trabalhar com a perspectiva da autonomia, contribui positivamente para que o
educando seja artífice de sua formação, e o ajuda no empenho da busca de
investigações, de forma crítica. É indispensável àexperiência histórica que só
acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não determinado, mas que
pode ser mudado.
O papel histórico não é só o deconstatar o que ocorre, mas
também o de intervir como sujeito de ocorrências, não para se adaptar, mas para
mudar a realidade.
Quando se trata da escola, a autonomia se refere à efetiva
responsabilidade e poder de decisão atribuída a unidade escolar e as condições
para que ela realize essa responsabilidade; tais como suporte técnico,
financeiro, recursos humanos, mecanismos de avaliação de resultados e
organização da participação dos pais. Copia daTeoria de Vigotsky
AVALIAÇÃO
A avaliação, na educação tradicional, está restrita a uma
prova, na qual os alunos sentados separadamente, em silêncio, de cabeças baixas
realizam questões preparadas pelo professor. A estas questões depois de
corrigidas, são atribuídas notas de acordo com o desempenho de cada um, a
partir da perspectiva do professor. Este procedimento tenta avaliar o
desempenho do aprendizado do aluno, porém, não necessariamente leva o professor
a avaliar seu próprio desempenho.
Na perspectiva abordada, deve levar em conta que, se a
média da classe foi satisfatória, e apenas alguns alunos não apresentaram o
desempenho esperado, é possível concluir que os conteúdos foram assimilados
pela maioria dos alunos e que esses modificaram atitudes e valores dos
educandos. Certamente a metodologia de trabalho do professor foi bem sucedida,
embora um trabalho mais individual deva ser realizado com os alunos que não
obtiveram bom desempenho.
Porém, se a média da classe foi baixa, pode-se supor que o
desempenho do professor não está sendo satisfatório, que o ensino não está
sendo significativo para os alunos e que, provavelmente, a metodologia de
trabalho adotada precisa de alterações.
A avaliação precisa se entendida como instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos
estudados e às habilidades desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois
o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao
educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim rever a
sua prática e redirecionar suas ações, se preciso.
Não há lugar para a avaliação autoritária ou
classificatória, mas se abre um longo espaço para outros tipos de avaliação:
diagnóstica, mediadora, integradora, ou por competências, dependendo da
concepção de educação, sendo com certeza, uma forma de melhorar o trabalho e
acompanhar cada aluno, melhorando seu desempenho escolar e o trabalho do
próprio professor.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, “a avaliação
subsidia o professor” com elementos para uma reflexão contínua sobre sua
prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de
aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para
o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o
instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades.
Para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Para a escola,
possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio.”
A avaliação é imprescindível dentro da instituição
educacional, porém quando é utilizada apenas como uma forma de obtenção de números
pode tornar-se um instrumento de segregação do aluno com dificuldades de
aprendizagem. Pode igualmente levar a taxação dos alunos de uma maneira geral,
sem proporcionar ao professor uma visão do seu próprio trabalho e do aluno como
indivíduo, ou seja, a avaliação quando realizada desta maneira, nivela os
alunos como iguais sem que haja a oportunidade de serem enxergados como
indivíduos únicos. Copia da Teoria de
Vigotsky, Teoria de Makarenko, Teoria de
Maria Montessori é uma salada de teorias.
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS
A avaliação de sistemas educacionais tem por objetivo o
levantamento de informações relevantes, principalmente sobre acesso e qualidade
educacionais de determinado sistema de ensino, de modo a subsidiar os
elaboradores de políticas públicas e tomadores de decisão em geral a planejar e
programar ações que visem à melhoria do sistema avaliado.
Para a avaliação de sistemas educacionais são construídos
instrumentos de avaliação, que podem ser testes de larga escala, aliados a
questionários de fatores associados que ajudam a levantar as informações
desejadas. A avaliação também pode ser amostral em que apenas parte da
população educacional é submetida aos testes, ou censitária em que o conjunto
total de estudantes é submetido aos testes. Podem, também, ser selecionadas uma
ou mais disciplinas para a avaliação.
No contexto Mundialmente, a avaliação de sistemas decorreu,
de um lado, da necessidade de racionalizar os recursos existentes para atender
a uma crescente demanda populacional por educação e, de outro, para implementar
reformas educacionais que buscassem melhor distribuição das oportunidades,
diminuindo a exclusão e a desigualdade social. Teoria de Freinet, e continuação
das utopias dos teóricos do “O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932)”
Mais recentemente, na década de 80, crises sociais e
econômicas foram responsáveis por mostrar uma nova dimensão à questão
educacional, uma vez que a competição entre mercados globais apontou como tendo
forte vantagem competitiva nações que haviam elevado a qualidade educativa de
sua população. Em face desse novo paradigma que associa educação a
desenvolvimento, os olhares se voltaram à eficiência das instituições
escolares. Desse modo, as análises advindas das avaliações buscaram verificar a
influência de todos os fatores envolvidos na educação, tais como administração
escolar, aprendizagem, currículo e, mais recentemente, competências e
habilidades cognitivas.
No Brasil, a discussão sobre a montagem de um sistema de
avaliação da educação básica surgiu no bojo das discussões sobre
redemocratização, e na redefinição dos
papéis dos estados, municípios e União, entre 1985 e 1986, tendo em vista a
busca de articulação e cooperação entre as instâncias governamentais e a
sociedade como um todo.
Assim, precedido de algumas experiências isoladas, teve
início em 1988 o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, cuja
última aplicação ocorreu em 2003.
Inspirados pelo SAEB e pela importância das informações que
ele traz, alguns estados brasileiros têm desenvolvido seus próprios sistemas de
avaliação, como é o caso de São Paulo, Ceará, Goiás, Maranhão, entre outros.
Desse modo, o SAEB, juntamente com os sistemas estaduais, tem fornecido
informações relevantes que ajudam no desenvolvimento de estratégias de melhoria
da educação brasileira.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
É o processo de avaliação que tem como objetivo detectar o
conjunto de conhecimento assimilado pelos alunos no interior do processo ensino
aprendizagem. Sua função é processual diante da atividade pedagógica, diferente
da ação dirigida ao aluno ou ao conjunto de conhecimento trabalhado, procura
observar e integrar as três dimensões, docente, conhecimento, discente, no
interior da instituição de ensino. A avaliação diagnóstica deve estar sempre
norteada pela proposta pedagógica, tanto no que se refere à concepção e eixos
centrais das áreas de conhecimento quanto aos pontos de chegada, uma vez que
faz parte do trabalho como um todo. Sabendo aonde quer chegar e como, o
professor pode fazer uma avaliação diagnóstica que não o leve a classificar os
alunos, mas sim indique caminhos para o trabalho. Deve ser um instrumento do
reconhecimento dos caminhos percorridos e a identificação dos caminhos a serem
perseguidos. Diante disso a avaliação da aprendizagem escolar deve ser vista
como meio e não fim em si mesmo, não sendo dessa forma apenas uma ação
mecânica, mas com um objetivo a ser seguido.
É uma avaliação pedagógica e não punitiva que vai além da
prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação
diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do
acerto, interpretando a produção do aluno. De acordo com a avaliação
diagnóstica, o professor precisa localizar num determinado momento, em que
etapa do processo de construção/apropriação do conhecimento encontra-se o
estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são
necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a
qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas
estratégias de ensino às necessidades de cada aluno.
Esse conceito está desenvolvido, principalmente nas obras
de Cipriano Luckesi e se diferencia da Avaliação Mediadora, principalmente por
estar mais adequada à concepção critico social dos conteúdos do que ao
construtivismo.
AVALIAÇÃO DIALÓGICA
Conforme definido por Yves de la Taille, a prova clássica,
objetiva contabilizar acertos e erros, enquanto a avaliação dialógica é
pedagógica e não punitiva. Com a avaliação dialógica, o professor deve ser
capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do
aluno, para isso, ele precisa localizar, num determinado momento, em que etapa
do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida,
identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o
seu progresso avaliando a qualidade do erro ou do acerto, permite que o
professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada
aluno, dialogando com o processo de ensino-aprendizagem. Teoria de Freinet, e
pseudo-teórico Paulo Freire e outros.
A idéia de avaliação dialógica surgiu a partir da abolição
da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas, com a chamada
progressão continuada. Teoria de Freinet.
AVALIAÇÃO INTEGRADORA
Segundo Zabala, a avaliação é um processo, no qual o
professor precisa de objetivos claros, saber o que as crianças já conhecem e
preparar o que eles devem aprender — tudo em função de suas necessidades
(avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades
adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e
analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação
final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os
pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação
integradora).
AVALIAÇÃO MEDIADORA
Jussara Hoffman (Avaliar para Promover, as Setas do
Caminho, 2004), na perspectiva de superação das práticas avaliativas
positivistas e classificatórias (baseadas em verdades absolutas, critérios
objetivos, padronização e estatísticas), que tem como objetivo classificar e
selecionar no processo de seriação. Provocar atitudes alienadas e reprodutoras,
com visão centrada no professor e em medidas padronizadas, em disciplinas
fragmentadas na lógica da competição, propõe uma avaliação em favor de uma ação
consciente e reflexiva sobre o valor das situações avaliadas e do exercício do
diálogo entre os envolvidos. Teoria de Decroly
Assim, se confere ao educador uma grande responsabilidade
no compromisso com o objeto avaliado e com sua própria aprendizagem – daí a
avaliação mediadora, fundada na ação pedagógica reflexiva, com o objetivo
explícito de promover melhoria na situação avaliada. Em se tratando da
avaliação da aprendizagem, sua finalidade não é o registro do desempenho
escolar, mas a observação contínua das manifestações de aprendizagem para
desenvolver ações educativas que visem à promoção, a melhoria das evoluções
individuais. Teoria de Vigotsky, Teoria de Dewey, Teoria da Lauro de Oliveira
Lima.
A finalidade da avaliação mediadora é subsidiar o
professor, como instrumento de acompanhamento do trabalho, e a escola, no
processo de melhoria da qualidade de ensino, para que possam compreender os
limites e as possibilidades dos alunos e delinear ações que possam favorecer
seu desenvolvimento.
A finalidade da avaliação é promover a evolução da
aprendizagem dos educandos e a promoção da qualidade do trabalho educativo,
colocando a avaliação a serviço da aprendizagem, da formação, proporcionando
cidadania, mobilizando em busca de sentido e significado da ação, tendo à
intenção de acompanhamento permanente de mediação e intervenção pedagógica
favorável a aprendizagem, tendo visão dialógica, de negociação, se referenciado
na interdisciplinaridade e na contextualização, respeitando as
individualidades, confiando na capacidade de todos, na interação e na
socialização do processo avaliativo. Segundo a autora, da mesma forma que o
professor media a questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria
mediar este processo, para desta forma tornar possível a identificação de
problemas na aprendizagem do aluno, bem como no método que o professor emprega
para realizá-lo. Teoria de Wallon, Teoria
de Gagné,
AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
A avaliação numa abordagem por competências, segundo
Perrenoud, deve verificar não só os conhecimentos, mas, a capacidade do aluno
no enfrentamento de novas situações. Ela deve estar baseada em critérios relacionados
com o saber, saber ser e saber fazer, privilegiar a resolução de problemas,
pois as tarefas devem ser contextualizadas; estimular a colaboração entre
pares; o contrato didático; valorizar os conhecimentos anteriores e os valores
dos alunos e verificar o grau de domínio das competências visadas; promover a
auto-avaliação e definir de forma clara os critérios para realizá-la. Karl
Rogers.
AVALIAÇÕES EXTERNAS
No final dos anos 70, solidificou-se nos Estados Unidos o
conceito de que a educação é a principal mola propulsora do desenvolvimento dos
povos. Essa idéia acabou se disseminando pelo mundo, tendo com isso aflorado
preocupações muito significativas sobre algumas questões essenciais. Deixou-se
de supervalorizar a acumulação de conteúdos a fim de priorizar habilidades e
competências.
O importante, quando se fala em avaliações externas, é
considerar que elas devem obedecer a certos quesitos, como isenção, sigilo,
universalidade, seriedade e simultaneidade na aplicação das provas, para que
dessa forma elas sejam confiáveis, oferecendo segurança aos avaliados, quer
sejam eles alunos ou instituições.
Os Objetivos das avaliações Externas são: oferecer
subsídios à formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas e
programas de intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas nas áreas e
etapas de ensino avaliadas; identificar os problemas e as diferenças regionais
do ensino; produzir informações sobre os fatores do contexto socioeconômico,
cultural e escolar que influenciam o desempenho dos alunos; proporcionar aos
agentes educacionais e à sociedade uma visão clara dos resultados dos processos
de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos e desenvolver
competência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando o
intercâmbio entre instituições educacionais de ensino e pesquisa. Teoria de
Skinner.
BEHAVIORISMO
O Behaviorismo ( behavior, em inglês, comportamento) se
trata de uma corrente técnico-teórica da Psicologia. Teve origem com o
lançamento, em 1913, do manifesto “A Psicologia tal como a vê um Behaviorista”,
de John B. Watson. Ele afirmava que a Psicologia deveria ser redefinida como
estudo do comportamento, ou uma filosofia de uma ciência do comportamento que
estuda a relação entre comportamento e ambiente. Nesse estudo, que começou com
a observação de animais, é verificado o comportamento de um indivíduo em
ambientes cuidadosamente controlados, oferecendo uma alternativa para o estudo
do comportamento humano.
Mais tarde, Skinner desenvolveu o conceito de
condicionamento operante, no qual o animal que estava sob observação era
premiado após realizar um determinado comportamento almejado, sendo reforçado
com um prêmio. Skinner ainda desenvolveu uma máquina de ensino, onde se
aprendia paulatinamente, encontrando-se as respostas que levavam ao prêmio
imediato.
BULLYING
É como se caracterizam as formas de atitudes agressivas
intencionais e recorrentes praticadas, sem motivação evidente, por crianças e
adolescentes, executadas dentro de uma relação desigual de poder. Os atos
repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as
características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Esse
tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu alvo humilhação, dor e
angústia. Afeta estudantes, pais e professores no mundo inteiro.
A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully, que
significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também tem valor
de adjetivo, com o significado de “valentão” e/ou “tirano”. Não existe uma
tradução na língua portuguesa capaz de expressar as várias situações de
bullying, mas, em geral, ela está associada a ações como colocar apelidos,
ofender, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir,
assediar, aterrorizar, amedrontar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar,
ferir, roubar, etc.
Comumente, vemos no ambiente escolar, crianças, desde muito
pequenas, e adolescentes, colocando apelidos nos colegas, criando estigmas,
discriminando-os por serem obesos, negros, pobres, pela sua orientação sexual
ou religiosa, por pertencerem a diferentes tribos e grupos, etc. Nova teoria
utópica de BEAUDOIN & TAYLOR
Esse cenário pode passar despercebido por parte dos
educadores que vêem às vezes, esses comportamentos como brincadeiras. Porém,
para os que sofrem bullying, é algo muito mais sério e, por vezes, trágico.
Além de causar danos cruéis, o bullying está disseminado
nas escolas, e seus comportamentos característicos tendem a aumentar
rapidamente com o avanço da idade dos alunos. Os motivos que levam a esse tipo
de violência são extremamente variados e estão relacionados com as experiências
que cada indivíduo tem em sua família e/ou comunidade.
As práticas de bullying apresentam características, como
comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva em período
prolongado de tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de
desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; não há motivos
evidentes; acontece de forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, e
de forma indireta, por meio de agressões morais e psicológicas,
caracterizando-se pela disseminação de rumores que visam à discriminação, ao
preconceito e à exclusão.
Mais do que um fenômeno, para, o bullying é uma cultura na
escola, mas não é algo natural e inevitável entre os jovens. Muitos alunos têm
dificuldades, não só de auto-aceitação e de convivência com seus pares mas
também de aprendizagens.
Diante dessa realidade é necessário criar situações
favoráveis às aprendizagens e à formação cidadã dos indivíduos. Assim, para
BEAUDOIN & TAYLOR, ao trabalhar o Bulling na escola, deve-se fortalecer o
vínculo que se refere ao estar junto e também à realização de atividades
conjuntas, impedindo o surgimento de sérios problemas entre os alunos, como as
brigas, a competição, o desrespeito, ajudando-os a serem tolerantes uns com os
outros, a aceitar a diversidade em sala de aula e a aproveitar o tempo que
passam na escola. De novo o estudante é culpado.
CICLOS
Os ciclos de formação, políticas de ciclos ou ensino por
ciclos são uma alternativa apresentada para a organização do ensino básico da
Educação Básica em resposta aos diversos problemas apresentados pelo ensino
seriado, sistema escolar predominante no Brasil até o início dos anos 90. No
estado de São Paulo, os ciclos foram implantados a partir de 1997, através do
regime de progressão continuada.
Segundo a proposta oficial, o objetivo da Progressão
Continuada seria possibilitar que, os alunos aprendessem cada vez mais,
mediante a eliminação de dificultadores os quais, supostamente, estariam
interrompendo o processo de aprendizagem dos alunos e levando-os à reprovação,
em especial, a desconsideração dos conhecimentos construídos pelos alunos no
decorrer do ano letivo. As idéias básicas do regime de progressão continuada,
fundamentadas em princípios da psicologia do desenvolvimento, da aprendizagem e
da teoria sócio - construtivista da educação, são: - toda criança é capaz de
aprender;
-toda interação professor/aluno e aluno/aluno resulta em
aprendizagem;
-a aprendizagem ocorre em um movimento não linear, o que
permite que alunos atrasados em relação ao seu grupo consigam avançar e dominar
conteúdos que, até então, eram considerados inacessíveis;
-a aprendizagem é um processo contínuo e sem retrocessos,
conseqüentemente, a repetência é capaz de destruir a auto - estima do aluno e
sabotar a sua capacidade de aprender. Em termos operacionais, a evolução
escolar do educando dentro dos ciclos é de avanço contínuo. Assim, os alunos
poderão progredir do 1o até o 5o ano (ciclo I) e do 6º até o 9º ano (ciclo II)
continuamente. Ao final de cada ciclo (5o série e 9º ano ), caso não atinjam os
parâmetros de aprendizagem, conhecimento e habilidades desejáveis, têm o
direito de fazer a recuperação de ciclos, por um ano letivo.
O processo de avaliação é contínuo e cumulativo,
possibilitando que necessidade de atividades de reforço e recuperação seja
diagnosticada rapidamente e que as dificuldades detectadas possam ser
solucionadas o mais brevemente possível.
Com a proposta de atender aos agrupamentos de alunos com
ritmos e dificuldades variados sugere-se, além da realização de atividades
coletivas, em pequenos grupos ou individuais, o planejamento de situações de
trabalho diversificado. O que exige do professor a elaboração, o planejamento
de atividades diferentes e o equilíbrio na formação de grupos mais autônomos,
para que os alunos mais adiantados possam auxiliar aqueles que precisam de
maior colaboração.
O ponto de partida do trabalho deve ser o cotidiano do
aluno, seu real contexto de aprendizagem, trazendo-se para a sala de aula o que
já se conhece para ser retomado e reconhecido e, a partir daí, ampliar-se em
direção a um outro patamar de conhecimento sistematizado. Teoria de Piaget,
Teoria de Dewey.
CIDADANIA
É, juntamente com a preparação para o mundo do trabalho, um
dos objetivos centrais da educação escolar brasileira, definidos pela
Constituição Federal e Pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O
termo cidadania se refere aos direitos e deveres das pessoas. Considerando-se
como centrais os direitos políticos que se referem ao direito de votar e ser
votado para ser representante da população nos poderes executivo, legislativo e
judiciário; e os direitos civis, como o direito à liberdade de expressão, à
vida, a propriedade e também direitos sociais, como ter acesso à educação,
saúde, segurança e moradia.
Foi somente no século V a.C. (antes de Cristo), em Atenas, cidade-estado
da Grécia, que a política passou a ser atividade não só de soberanos, mas
também de um determinado grupo de homens designados como CIDADÃOS, pois nasceu
na própria CIDADE de Atenas.
Nesse século, após vencerem os persas, os atenienses
transformaram a sua cidade no maior centro intelectual do mundo grego e construíram
um sistema político em que, pela primeira vez, a soberania era atributo de
determinados membros da cidade. Essa experiência grega é considerada a primeira
proposta de DEMOCRACIA que a humanidade conheceu e aconteceu no período em que
a cidade foi governada por Péricles.
Entre os povos romanos, eram considerados cidadãos todos
aqueles que viviam na cidade de Roma e gozavam dos benefícios de participar da
vida política, como os patrícios (aristocratas), no século II d.C. O direito de
ser cidadão romano havia se estendido também a alguns habitantes das terras
conquistadas pelos romanos. Mas, o conceito atual de cidadania remete à
Revolução Francesa, na qual o termo foi adaptado aos objetivos dela e
definitivamente associado à ideia de democracia.
Na história dos povos ocidentais, a idéia de cidadania foi
sendo construída e conquistada de várias formas e em vários momentos
diferentes. Atualmente, por vezes, o termo aparece adjetivado como, por
exemplo: cidadania responsável, cidadania política, etc.
COGNIÇÃO
Cognição é derivada da palavra latina cognitione, que
significa a aquisição de um conhecimento através da percepção. É o ato ou
processo de conhecer, que envolve, percepção, memória, raciocínio, juízo,
imaginação, pensamento e linguagem. A palavra cognição tem origem nos escritos
de Platão e Aristóteles.
É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e
na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o
julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e
soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição
é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda
informação captada através dos cinco sentidos.
A cognição é mais do que simplesmente a aquisição de
conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - mas é
também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser
interno. É um processo pelo qual o ser humano interage com os semelhantes e com
o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a
captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É, portanto, um
processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que
vivemos e o que já está registrado na nossa memória.
COMPETÊNCIAS
As competências e habilidades são inseparáveis da ação, mas
exigem domínio de conhecimentos. Competências se constituem num conjunto de
conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para
vários desempenhos da vida. As competências pressupõem operações mentais,
capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à
realização de tarefas e conhecimentos. De acordo com Vasco Moretto, "as
competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que
caracterizam, por exemplo, uma função/profissão específica: ser arquiteto,
médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca
das competências.”
Para ele um dos sentidos de competência aflora na
utilização da palavra no senso comum quando utilizamos expressões como
"vou procurar um dentista, mas quero que seja competente", ou
"meu irmão é um pianista competente". Todas elas têm o mesmo sentido:
uma pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada
tarefa. A expressão isolada "fulano é competente" não tem muito
sentido, provocando outra pergunta: "competente para fazer o quê?"
Poderíamos dizer que Ronaldinho (jogador de futebol) é mais, ou menos
competente que Guga (tenista)?
Vislumbrando as varias acepções de competências, parece
mais lógico o conceito de competência relacionado à capacidade de bem realizar
uma tarefa, ou seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o sujeito
deverá ter disponíveis os recursos necessários para serem mobilizados com
vistas a resolver a situação na hora em que ela se apresente.
Educar para competências é, então, ajudar o sujeito a
adquirir e desenvolver as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados
para resolver a situação complexa. "Assim, educar alguém para ser um
pianista competente é criar as condições para que ela adquira os conhecimentos,
as habilidades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais
relacionados à atividade específica de tocar piano muito bem" (Moretto).
A competência tem de ser flexível. Nesta analise, a idéia
de competência é: “como me viro diante de uma situação complexa”? A pessoa que
realmente adquiriu uma competência tem condições de resolver este tipo de
situação com criatividade. Assim, a metodologia com relação a competências
precisa dar conta de situações novas. Teoria de Skinner, Teoria de Piaget,
Teoria de Dewey, Rogers, Decroly é uma
salada de novo.
O trabalho em grupo e a pedagogia de projetos estão se
destacando como facilitadores para uma nova metodologia. Na prática Não estamos
conseguindo separar a idéia de competência de conteúdos, a escola traz para os
alunos respostas para perguntas que eles não fizeram: o resultado é o
desinteresse; As perguntas são mais importantes que as respostas.
COMPETÊNCIA RELACIONAL
Essa forma de competência é interdependente, ou seja, não
basta ser muito entendido em uma matéria, não basta possuir objetos potentes e
adequados, pois o importante é “como esses fatores interagem". A
competência relacional expressa esse jogo de interações. É comum na escola um
professor saber relatar bem um problema que está acontecendo em sala de aula,
mas na própria aula não saber resolver situações relacionadas com a
indisciplina, espaço ou tempo.
Numa partida de futebol, para fazer gol, não basta que o
jogador saiba chutar a gol, fazer embaixadas, correr com a bola no pé, é
necessário que saiba coordenar tudo isso no momento da partida.
No caso de uma conferência, a qualidade do texto
(competência do objeto) não é condição suficiente para que ela atinja os
objetivos do conferencista, é necessário fazer uma boa leitura (competência do
sujeito), considerando as reações da platéia, o ritmo, as pausas, etc.
(competência relacional).
A situação de jogo é um bom exemplo de competência relacional,
pois essa forma sempre se expressa em um contexto de interdependência.
"Não se ganha o jogo na véspera", como se diz usualmente. Na véspera,
há muitas ações que se podem realizar (treinar, estudar outras partidas, etc.),
mas são as leituras ou interpretações, no momento do jogo propriamente dito, as
tomadas de decisão, as coordenações entre ataque e defesa que definirão as
possibilidades de ganhar ou perder. Por isso, o jogo é uma boa metáfora para
tantas outras situações que, como ele, depende de competência relacional. A
sala de aula é um bom exemplo disso. Muito se pode e deve fazer previamente:
estudar, preparar e selecionar materiais, escrever o texto ou definir o esquema
a ser seguido. Mas há outros fatores que só podem e deve ser definidos no
momento da aula, em função de outros que não se podem antecipar, justamente
porque são construídos no jogo das interações entre o professor, seus alunos e
os materiais de ensino. De novo uma salada.
COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS DE ENSINO
Nome dado aos diferentes estágios da educação escolar.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), no seu Art.
21, estabelece a divisão da educação escolar em dois blocos: a Educação Básica
(que compreende três níveis, a educação infantil, o ensino fundamental e o
ensino médio) e a Educação Superior. As outras formas de educação tratadas pela
LDB classificam-se como modalidades, já que podem localizar-se nos diferentes
níveis da educação escolar. (VER MODALIDADES DE ENSINO)
COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
A sociedade atual vive transformação sociais e produtivas
marcadas por grandes avanços tecnológicos e que exigem das pessoas maior
formação e flexibilidade no desenvolvimento de novas competências.
Essa nova realidade tem sido identificada por muitos
autores como constitutiva da Sociedade de Informação. Diante de tal contexto, a
escola torna-se mais importante do que em tempos anteriores, como espaço de
democratização da sociedade, podendo garantir o acesso à informação e
desenvolver a capacidade de selecioná-la e utilizá-la, transformando-a em
conhecimento.
Segundo Guiomar N. Mello (2002), há um papel fundamental da
escola enquanto espaço público, solidário e comunicativo, para o qual as
tecnologias da informação e da comunicação (TICS) - bem como os espaços e
práticas de potencialização de interações entre diferentes sujeitos - são
fundamentais enquanto ferramentas de transformação da escola, implica uma
transformação social e cultural na escola e no seu entorno porque envolve
mudança de hábitos e atitudes das famílias, profissionais da educação
(incluindo-se professores e professoras), alunos e alunas e de toda a
comunidade em torno da idéia de construir uma escola onde todas as pessoas
aprendam, a comunidade de aprendizagem.
Na escola, tal transformação envolve a participação de
todos os agentes educativos, por meio de diálogo igualitário, o qual considera
que todas as pessoas, independente de idade, raça, sexo ou nível escolar pode
estabelecer comunicação em busca de construção de consensos. O importante é que
o diálogo busque as formas de superar os obstáculos à aprendizagem.
CONFLITO ESCOLAR
É uma alternativa potente e viável para a diminuição da
violência escolar. Álvaro Crispino nos mostra um estudo onde jovens entre 14 e
18 anos apontam o quanto a escola e a educação povoam o seu imaginário, o
quanto estes ainda vêem na escola e na educação instrumentos importantes para
suas vidas e o quanto a violência na escola os afasta de seus sonhos ou os
amedronta.
Para o autor, a massificação da educação garantiu o acesso
dos alunos, mas por outro lado, expôs a escola a um contingente de alunos cujo
perfil ela – a escola – não estava preparada para absorver. Antes, o aluno
tinha um tipo padrão, com expectativas padrões, com passados semelhantes, com
sonhos e limites aproximados, os perfis eram muito próximos. Com a
massificação, no mesmo espaço escolar, temos alunos com diferentes vivências,
diferentes expectativas, sonhos, valores, culturas hábitos [...], mas a escola
permaneceu a mesma! É este conjunto de diferenças o causador de conflitos que,
quando não trabalhados, provocam uma manifestação violenta. Essa é a causa
primordial da violência escolar.
Os problemas novos da violência escolar no Brasil são um
problema antigo em outros países e para isso são necessárias políticas públicas
dirigidas aos diversos atores. O conflito é a manifestação da ordem em que ele
próprio se produz e da qual se derivam suas conseqüências principais. O
conflito é a manifestação da ordem democrática, que o garante e o sustenta.
A ordem e o conflito são resultados da interação entre os
seres humanos. A ordem, em toda sociedade humana, não é outra coisa senão uma
normatização do conflito.
No espaço escolar, professores e alunos dão valores
diferentes à mesma ação e reagem diferentemente ao mesmo ato: isso é conflito.
Como a escola está acostumada historicamente a lidar com um tipo padrão de
aluno, ela apresenta a regra e requer dos alunos enquadramento automático.
Quanto mais diversificado for o perfil dos alunos (e dos
professores), maior será a possibilidade de conflito ou de diferença de
opinião. E isso numa comunidade que está treinada para inibir o conflito, pois
este é visto como algo ruim, uma anomalia do controle social. Teoria de
Vigotsky, Teoria de Gagné.
Porém, o mito de que o conflito é ruim está ruindo. O
conflito começa a ser visto como uma manifestação mais natural e, por
conseguinte, é necessária às relações entre pessoas, grupos sociais, organismos
políticos e Estados.
O conflito é inevitável e não se devem suprimir seus
motivos, até porque ele possui inúmeras vantagens dificilmente percebidas por
aqueles que vêem nele algo a ser evitado: Ajuda a regular as relações sociais;
ensina a ver o mundo pela perspectiva do outro e permite o reconhecimento das
diferenças, que não são ameaça, mas resultado natural de uma situação em que há
recursos escassos.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Para a pedagogia contemporânea, não se deve considerar
conhecimentos prévios os conteúdos trabalhados anteriormente pelo docente, a
partir de suas perspectivas e do que ele considera como conhecimentos
necessários visando os conteúdos que pretende trabalhar. Para a concepção
construtivista, a aprendizagem de um novo conteúdo é produto de uma atividade
mental realizada pelo aluno, atividade na qual constrói e incorpora, à sua
estrutura mental, os significados e representações relativas ao novo conteúdo.
Essa construção, não pode ser realizada a partir do nada.
Aprender passa pela possibilidade de entrar em contato com
um novo conhecimento a partir de algo que já conhecemos. Esses conhecimentos
prévios são os fundamentos da construção de novos significados. As
aprendizagens serão mais significativas, na medida em que os educandos consigam
estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e o novo conteúdo. Para
César Coll, conhecimento prévio “é a representação que uma pessoa possui em um
determinado momento de sua história, sobre uma parcela da realidade”.
Os PCNS apontam que “as crianças trazem de sua experiência
pessoal uma série de conhecimentos relativos ao corpo, ao movimento e à cultura
corporal. A escola deve promover a ampliação desses conhecimentos, permitindo
sua utilização em situações sociais”.
CONSTRUTIVISMO
É uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a
inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o
desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o
indivíduo e o meio.
Esta concepção do conhecimento e da aprendizagem tem como
base, principalmente, as teorias da epistemologia genética de Jean Piaget e da
pesquisa sócio-histórica de Lev Vygotsky, além da teoria sobre a afetividade de
Henri Wallon. Parte da idéia de que o homem não nasce inteligente, mas também
não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos
externos agindo sobre eles para construir e organizar seu próprio conhecimento,
de forma cada vez mais elaborada.
Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a
verdade absoluta, em representar o real tal como ele é, mas numa questão de
adaptação (noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente. Assim,
o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas ações e operações
conceituais com base nas suas experiências.
O construtivismo como corrente pedagógica contemporânea,
deriva do escolanovismo de Dewey, movimento que em seu tempo assumiu uma
concepção reformista e uma atitude transformadora dos processos escolares.
Poder-se-ia dizer, em outras palavras, que o Construtivismo seria, em todo
caso, um elo que se desprendeu desse grande movimento pedagógico, cujas
implicações ideológicas e culturais ainda estão vigentes nas práticas
educativas de nosso tempo.
CONTEXTUALIZAÇÃO
De forma geral, é o ato de vincular o conhecimento à sua
origem e à sua aplicação. A idéia de contextualização entrou em pauta com a
reforma do ensino médio, a partir LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação),
de 1996, que orienta para a compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano.
Tem origem nas definições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que são
guias para orientar a escola e os professores na aplicação do novo modelo. De
acordo com esses documentos, orienta-se para uma organização curricular que,
entre outras coisas, trate os conteúdos de ensino de modo contextualizado,
aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado
ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e estimulá-lo a ter autonomia
intelectual.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio,
“contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa em primeiro lugar
assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto”. Na
escola o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações originais nas
quais acontece sua produção.
Por essa razão quase sempre o conhecimento escolar se vale
de uma transposição didática para na qual a linguagem joga papel decisivo.
O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso
que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem
trabalhado, permite, que ao longo da transposição didática, o conteúdo do
ensino provoque aprendizagens significativas que mobilizam o aluno e
estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade.
“A contextualização evoca por isto áreas, âmbitos ou
dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza competências
cognitivas já adquiridas.”
Porém se percebe que raras vezes conseguimos, em nossas
aulas, contextualizar os conteúdos escolares, o que provoca o desenvolvimento
de aulas nas quais não há uma dimensão mais ampla do conteúdo, em suas
inserções sociais, culturais, políticas e econômicas. O aluno só se motiva para
os estudos quando o assunto trabalhado desperta o seu interesse, vendo na
aprendizagem a satisfação de sua necessidade de conhecimento.
Uma das críticas ao ensino tradicional é o fato de não
considerar interesses da vida do aluno, levando esse ao desinteresse pelo que é
ensinado em sala de aula.
Libâneo no seu livro “Didática (1990) aponta que “ao
selecionar os conteúdos da série em que irá trabalhar, o professor precisa
analisar os textos, verificar como são abordados os assuntos para enriquecê-los
com sua própria contribuição e a dos alunos, comparando o que se afirma com
fatos, problemas, realidades da vivência real dos alunos, Já Paulo Freire, em
Educação como Prática de Liberdade (1974) diz que “ensinar é uma prática
social, uma ação cultural, pois se concretiza na interação entre professores e
alunos, refletindo a cultura e os contextos sociais a que pertence.”. Se não
for assim, não se trata de contextualização.
Portanto, o novo currículo vai exigir que “todo
conhecimento tenha como ponto de partida a experiência do estudante, o contexto
onde está inserido e onde ele vai atuar como trabalhador, cidadão, um agente
ativo de sua comunidade”. A contextualização também pode ser entendida como um
tipo de interdisciplinaridade, na medida em que aponta para o tratamento de
certos conteúdos como contexto de outros.
Considerando a ação pedagógica ou didática, o conceito
contextualização significa que o educador deve relacionar seus objetivos e
conteúdos com os vários níveis de possíveis ligações sociais no universo do
aluno e da instituição de ensino. Neste sentido o trabalho docente deve
objetivar o maior nível possível de interações no interno e externo da
instituição escolar.
CONTRATO DIDÁTICO
O contrato didático é o conjunto de comportamentos do
professor que são esperados pelo aluno e o conjunto de comportamentos do aluno
que são esperados pelo professor, além do conjunto de comportamentos esperados
desses para com a comunidade escolar e vice versa. São “expectativas”. Esse
contrato é renovado e adaptado por intermédio de alguma forma de negociação.
Trata-se da relação professor/aluno/saber/comunidade e sofrem influência dos
contextos nos quais se estabelecem, ou seja, de fatores externos.
Pode haver a ruptura contratual. Isso ocorre quando os
indivíduos envolvidos na relação (professores, alunos e comunidade escolar)
manifestam uma conduta não declarada anteriormente, e dessa forma “rompem o
contrato”, quando se torna necessária uma nova normatização, e, portanto, um
novo contrato é estabelecido.
É interessante colocarmos, que num primeiro momento, esse
contrato, geralmente, é aceito silenciosamente pelos alunos.
Porém, a adesão pode ocorrer por meio de negociação. Além
disso, devem ser feitas considerações na relação
professor/aluno/saber/comunidade porque se trata de relações implícitas
estabelecidas entre eles, sobretudo porque estas exercem influência no processo
ensino aprendizagem, propriamente dito. Teoria de Vigotsky.
BOM CANSEI DE REMARCAR AS IMITAÇÕES DOS TEÓRICOS PELO NOSSOS IMITADORES PEDAGOGOS. É só seguirem
os destaques que dei no início e que esta na ultima pagina deste livro.
CURRÍCULO
A palavra vem do latim e significa percurso, carreira,
curso. (...)
Aplicado a educação o currículo sofre transformações em sua
trajetória, tendo definições diferenciadas nos períodos históricos. O currículo
passa por uma dimensão filosófica, uma dimensão, sócio-antropológica e uma
dimensão psicológica.
Até pouco tempo, falar de currículo significava falar dos
conteúdos socialmente construídos pela humanidade e transmitidos na escola, de
forma fragmentada. Muitos consideram, até hoje, apenas a grade curricular, ou
seja, a divisão em disciplinas e os conteúdos trabalhados por elas. O currículo
explicitava e hierarquizava os graus escolares e os critérios de avaliação por
mérito ou prestígio. O conceito se ampliou para adaptar-se às exigências da
sociedade contemporânea e tem a ver com a forma de ensino e os conteúdos
trabalhados na busca do desenvolvimento do raciocínio e, portanto, na busca da
autonomia nas crianças e jovens.
Atualmente o currículo é visto como um conjunto formado por
todas as atividades pedagógicas realizadas na escola, que além do conteúdo
tradicional propedêutico envolve habilidades e competências que estejam
voltadas para questões valorativas, procedimentais e atitudinais, em todo o
âmbito escolar e não somente na sala de aula.
Não devemos confundir planejamento com currículo. O
planejamento é o ato de organizar na escola os passos e métodos que serão
utilizados para aplicar as questões curriculares. As questões curriculares são
definidas em Lei, nas diversas Diretrizes Curriculares Nacionais, editadas pela
Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
A definição de conteúdos não é estabelecida nacionalmente.
As escolas devem ter autonomia curricular, tendo por base os PCNs (Parâmetros
Curriculares Nacionais), mas devendo ser flexível, respeitando-se o disposto na
LDB: 75% da sua composição levando em conta a Base Nacional Comum e, 25%,
perfazendo a Parte Diversificada que deve respeitar características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
CURRÍCULO EM AÇÃO
Segundo Geraldi (1994), o currículo em ação é o conjunto de
experiências vividas pelos alunos dentro ou fora da escola, mas sob
responsabilidade desta, no decorrer da trajetória escolar. O currículo em ação
mostra fragmentos marcados pelo massacre dos alunos e pelo tédio, tendo como
referência o livro didático que dá direção ao processo pedagógico, expropriado
do professor, pois segundo o autor, é o livro didático quem adota o professor e
não o contrário.
As aulas são quase sempre iguais, os alunos ouvem, copiam,
fazem exercícios, falam quando os docentes autorizam, mas normalmente não tem
resposta. As carteiras são enfileiradas e ocorre a separação entre meninos e
meninas, e os docentes reclamam do não cumprimento correto das ordens, com o
fato de não fazer a lição de casa, não responder o exercício completo, fugir
dos limites do tempo estabelecido, falar e bagunçar quando devem fazer lição,
correr quando devem caminhar, etc.
O padrão de tempo, atividades, formas de relação, da
postura esperada do aluno A divisão dos alunos fortes e fracos, por componentes
e áreas curriculares, pela separação da escola e do mundo cultural da criança,
hora de copiar e de fazer o copiado, pela separação de gêneros e pela divisão
dos que entram no padrão e dos que resistem a ele, tudo isso são componentes
que ajudam a compor o mosaico do currículo em ação.
CURRÍCULO OCULTO
Para Michel Apple esse é um tema central para ser
examinado. Ele mostra que no passado se enfatizava à formação de hábitos e
práticas automatizadas e não conscientes que pouco tinham a ver com o
conhecimento trabalhado nas escolas.
Assim, o currículo explicito, aquilo que se ensina nas
escolas, ficava sem exame.
Era como se houvesse uma espécie de consenso tão
sedimentado de que os conhecimentos escolares eram os conhecimentos da
humanidade sobre cada uma das disciplinas escolares, que não havia por que
analisá-los. Apple mostra que as disciplinas escolares se consolidaram de forma
a apagar um processo central na história de sua constituição: “a tradição
seletiva”.
Aquilo que é definido como conhecimento escolar, é na
verdade, um recorte, uma seleção, entre a inúmera variedade de conhecimentos
produzidos por diferentes culturas em diferentes períodos históricos. O
currículo oculto não é apenas um fenômeno presente na geração de
comportamentos, mas também na reprodução tão questionada de conhecimentos
escolares declarados como universalmente válidos e neutros.
Aquilo que a escola chama de conhecimento é na verdade um
recorte, que se estabeleceu como oficial, relegando as outras formas de
conhecimento à periferia. As outras formas de conhecimento são chamadas
pejorativamente de “folclore”, ou “saber popular”. É crucial atentar para as
dinâmicas que reduzem os horizontes dos alunos ao tratar conhecimentos como
neutros.
Segundo Tomás Tadeu da Silva "O currículo oculto é
constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte
do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para
aprendizagens sociais relevantes (...) o que se aprende no currículo oculto são
fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações..."
DIALÉTICA
Dialética era, na Grécia antiga, a arte do diálogo. Aos
poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma
argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos
na discussão.
Na acepção moderna, entretanto, dialética significa outra
coisa: é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de
compreendemos a realidade como essencialmente contraditórias em permanente
transformação.
O conceito de dialética é utilizado por diferentes
doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado
distinto.
Para Platão, a dialética é sinônima de filosofia, o método
mais eficaz de aproximação entre as idéias particulares e as idéias universais
ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido
com Sócrates (470 a.C.
– 99 a.C.).
Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo
deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e
chegando ao mundo das idéias. Pela decomposição e investigação racional de um
conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo
infinito que busca a verdade.
Aristóteles define a dialética como a lógica do provável,
do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que
parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e
ilustres", diz o filósofo.
Kant retoma a noção aristotélica quando define a dialética
como a "lógica da aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão,
pois se baseia em princípios que são subjetivos.
O método dialético possui várias definições, tal como a
hegeliana e a marxista entre outras.
Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de
explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações
diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem
relações de causa e efeito entre os fatos (ex: a radiação solar provoca a
evaporação da água, esta contribui para a formação de nuvens, que, por sua vez,
causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou
mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.
DIALOGICIDADE
Segundo Paulo Freire, ela está em permitir aos alunos agir
e refletir sobre a ação pedagógica realizada, diferente de um refletir
exclusivo da mente do professor. Aí se chega à práxis, ou a "teoria do
fazer", com ação e reflexão simultâneas, em reciprocidade.
O diálogo ganha importância ao permitir a liberdade de
expressão, ao conceder aos participantes do processo de ensino e aprendizagem o
controle da ação. Dialogar para refletir, dizer para construir seu
entendimento. Não há como questionar sem diálogo, pois monólogo significa
imposição do conhecimento. Dialogar significa expor-se em público, combater a
imposição de conteúdos e ajustar coletivamente a compreensão dialética do
conhecimento problematizado, por novas vias de esclarecimento.
DISLEXIA
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, a dislexia é
um dos muitos distúrbios de linguagem, de origem neurológica, caracterizado
pela dificuldade de decodificar palavras simples.
A dislexia não é uma doença, e por isso não podemos falar
em cura. Ela é congênita e hereditária, sua sintomas podem ser identificados
desde a pré-escola, e podem ser aliviados e contornados com acompanhamento
adequado.
Há dados que mostram diferenças entre os dois hemisférios
cerebrais dos disléxicos e alteração do lado direito do cérebro, justificando o
desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes,
do raciocínio que dá preferência ao todo, da subjetividade, e das qualidades
que são características do hemisfério direito.
É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ao
contrário do que muitos pensam a dislexia não é o resultado de má
alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio econômico ou baixa
inteligência.
Os alunos que possuem dislexia, assim como outros
distúrbios de linguagem, são considerados com necessidades educacionais
especiais e, segundo a LDB, devem ser inseridos, preferencialmente, no sistema
regular de ensino. Como é uma dificuldade de aprendizagem perceptual, pode ser
de natureza mais visual, auditiva ou mista. É dividida em três graus: leve,
moderado e severo.
Como é uma síndrome geralmente detectada na infância, o
papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização.
Perceber algo errado com o aluno é essencial para evitar traumas futuros.
A dislexia sempre se caracteriza como um distúrbio da
organização das funções cerebrais, que se desenvolvem desde o nascimento e que
são necessárias no momento da aprendizagem da leitura. Porém, ao contrário do
que se possa pensar, não tem a ver com o nível mental.
As dificuldades de aprendizagem relacionadas com a
linguagem podem ser inicialmente diagnosticadas pelo professor a partir de
algumas observações, como observar, por exemplo, se a criança fica
excessivamente tensa ao ler, se segue a linha com o dedo, se a leitura
silenciosa é mais rápida que a oral, se movimenta a cabeça ao longo da linha,
se movimenta os lábios ou murmura ao ler, se é dispersa, tem atraso no
desenvolvimento da fala e da linguagem, se tem falta de interesse por livros
impressos.
A reeducação consiste, sobretudo, em exercícios e
treinamento adequados das funções necessárias à leitura, que estão imaturas,
assim, como esquema corporal, orientação espacial, percepção e uma revisão da
alfabetização feita de maneira a fixar definitivamente os elementos onde se
encontrem as maiores dificuldades.
DISCALCULIA
Discalculia é a incapacidade de compreender o mecanismo do
cálculo e a solução de problemas. Porém, não é qualquer dificuldade para
aprender matemática que pode ser considerada discalculia.
O que geralmente ocorre é a exigência, principalmente nas
séries iniciais, de a criança ir mais além do que consiga operar, o que pode
gerar um distúrbio neurológico decorrente de uma falha na formação dos
circuitos neuronais por onde passam os impulsos nervosos.
Podemos perceber a discalculia, segundo Andréa Mafra (2005)
"quando há um retardo no aprendizado das relações de tamanho (menor e
maior), contigüidade espacial, identificação dos dedos e, mais tarde, se
expressa através da dificuldade nas funções de pareamento, reversibilidade e
compreensão das quantidades e dos signos visuais (números)".
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Nome dado ao processo de integração dos portadores de
necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino
em todos os seus graus. A idéia da educação inclusiva tem base no princípio da
inclusão social, tendo em vista a equiparação de oportunidades e,
conseqüentemente, uma sociedade para todos.
O processo de inclusão envolve não só o acesso dos alunos
especiais às classes comuns como também o fornecimento de suporte técnico e
serviços na área de educação especial através dos seus profissionais.
A opção pela educação inclusiva partiu de um consenso geral
entre os que trabalham no campo educacional. Que resultou em documentos
produzidos em grandes congressos internacionais patrocinados pela Unesco
(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e cujo teor
tentava estabelecer os fundamentos de uma nova política educacional mundial,
menos excludente e mais inclusiva. Os principais documentos mundiais que visam
à inclusão social são a Convenção de Direitos da Criança (1988), a Declaração
Mundial de Educação para Todos (1990) e, em especial, a Declaração de Salamanca
(1994).
A tendência mundial que consolidou a educação inclusiva tem
sido atribuída aos movimentos de direitos humanos e de desinstitucionalização
manicomial que surgiram a partir das décadas de 60 e 70.
EDUCAÇÃO PROPEDÊUTICA
Em geral, refere-se a uma educação iniciadora para uma
especialização posterior. Como característica principal, temos uma preparação
geral básica capaz de permitir o desdobramento posterior de uma área de
conhecimento ou estudo.
EMPIRISMO
Teoria segundo a qual todo conhecimento provém da
observação e da experiência. Algo é "empírico" quando a sua
veracidade ou falsidade pode ser verificada tendo como referência os fatos que
a experiência revelou. Assim sendo, "empírico" é aquilo que se baseia
exclusivamente pela experiência, baseada não na teoria, mas sim, em fatos
ocorridos. Na ciência, o empirismo deve suas bases modernas a John Locke e
David Hume, e como método científico defende que as teorias devem ser baseadas
na observação (investigação empírica) e no raciocínio dedutivo.
Locke argumentou que a mente seria, originalmente, um
"quadro em branco" (tabula rasa), sobre o qual é gravado o
conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o
fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento
algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela
experiência, pela tentativa e erro.
Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida como
racionalismo, segundo a qual o homem nasceria com certas idéias inatas, as
quais iriam "aflorando" à consciência e constituiriam as verdades
acerca do Universo. A partir dessas idéias, o homem poderia entender os
fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade,
portanto, independeria dos sentidos físicos.
ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio)
Avaliação criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 1998
com a proposta de analisar as competências e habilidades fundamentais dos
alunos do Ensino Médio para a inserção social e o exercício da cidadania,
tirando do centro das atenções as disciplinas escolares. A criação do Enem
encontra-se no contexto da reforma do Ensino Médio, prevista na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, que introduziu
importantes mudanças na educação brasileira.
A prova do Enem geralmente é composta por questões de
múltipla escolha e uma redação dissertativa elaborada a partir de um tema de
ordem social, cultural ou política. Os participantes recebem o Boletim
Individual de Resultados, pelos Correios, com duas notas: uma para a parte
objetiva e outra para a redação e, também, uma interpretação dos resultados
obtidos para cada uma das cinco competências avaliadas nas duas partes da
prova. Muitas universidades brasileiras utilizam os resultados do Enem nos seus
processos de seleção. Os métodos de uso podem variar: algumas reservam vagas
aos participantes que obtiverem média maior ou igual à determinada nota; outras
acrescentam pontos à primeira ou à segunda fase de seus vestibulares, e outras
ainda substituem a nota do vestibular pela do Enem.
A idéia do Enem é também servir de referência para o
professor implementar a reforma do Ensino Médio em sala de aula, desenvolvendo
os conteúdos de forma contextualizada e interdisciplinar.
EQUIDADE
Consiste na adaptação da regra existente à situação
concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer,
então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la
mais justa, levando em conta a moral social e o regime político vigente. Não é
o mesmo que igualdade. A equidade requer o reconhecimento das diferenças. O
tratamento não deve ser igual para todas, as diferenças devem ser consideradas e
compensadas, de acordo com esse conceito, o direito ao acesso aos conhecimentos
deve ser igual para todos, mas o tratamento deve ser diferente porque as
pessoas são diferentes.
EPISTEMOLOGIA
A expressão "epistemologia" deriva das palavras
gregas "episteme", que significa "ciência", e
"logia" que significa "estudo", podendo ser definida em sua
etimologia como "o estudo da ciência".
Epistemologia ou teoria do conhecimento é o estudo ou
tratado do conhecimento da ciência, ou ainda, o estudo filosófico da origem,
natureza e limites do conhecimento. O desafio da "epistemologia" é
responder "o que é" e "como" alcançamos o conhecimento.
Diante dessas questões da epistemologia surgem duas posições:
O empirismo, para o qual o conhecimento deve ser baseado na
experiência, ou seja, no que for apreendido pelos sentidos e o racionalismo,
que prega que as fontes do conhecimento se encontram na razão, e não na
experiência.
ERGONOMIA COGNITIVA
A ergonomia, aplicada aos estudos no campo da educação,
interessa-se pela investigação da dinâmica que considera o sujeito, a atividade
e o contexto como um todo. De modo mais específico, trata-se de um ponto de
vista centrado no desenvolvimento dos conhecimentos em contexto.
Nessa perspectiva, o ensino é uma "situação
situada", ou seja, uma atividade complexa cujo objetivo é a adaptação a uma
situação. Consequentemente, não se pode descrever, analisar, compreender esta
atividade sem descrever, analisar e compreender a situação. Portanto, é
conveniente considerar simultaneamente os limites da situação de ensino e as
características dessa atividade profissional, tendo em vista a análise do
saber-ensinar.
Os dois pólos – atividade e situação – são inseparáveis. As
regras da situação impõem uma organização à atividade dos docentes que, ao
mesmo tempo, selecionam e definem as regras às quais eles respondem. Este duplo
controle do sujeito (ator) sobre seu contexto e do contexto sobre a atividade
do ator é polimorfo (assume diversas formas) e complexo. Trata-se de uma
interação regulada segundo diversas modalidades, das mais diretas (quando o
contexto provoca e controla diretamente alguns componentes da atividade do
ensino), às mais indiretas (quando a ação resulta de uma deliberação mental).
Esta interação pode corresponder a uma adaptação (ou seja,
é no interior da ação que este duplo movimento de controle se opera), ou a uma
diferenciação (uma atividade antecipadora de um lado, e retroativa de outro
lado, que permite um enquadramento antecipador e metacognitivo da mesma). A
análise ergonômica se esforça para levar em conta estas duas vertentes e integrá-las
em um quadro analítico geral.
ESCOLA ABERTA
Trata-se de abrir a escola com projetos esportivos e
culturais abrangendo alunos, professores e comunidade. Esse projeto determina o
passo gigantesco em busca dos saberes educacionais futuros, pois encontram uma
boa relação entre as partes, a valorização humana e a compreensão da
importância educacional e utiliza o espaço existente e disponível para uma
estreita relação entre inteligência e afetividade.
Segundo Morin, a "Escola de portas abertas" fortalece
e introduz, aleatória e intencionalmente, o estabelecimento da capacidade de
reagir emocionalmente, porque "em um estágio superior da razão dominante
da emoção, propõe um eixo intelecto/afeto que de certa forma introduz a
capacidade de emoções indispensáveis aos restabelecimentos racionais".
A necessidade da integração, sociedade e escola nos impõem
a preocupação de fazer do ambiente educacional a parte integrante e necessária
da educação moderna e participativa.
ESCOLA APRENDENTE
É a escola que também aprende que comunga da concepção de
que o conhecimento não é apenas o historicamente acumulado. É aquela que
considera o seu aluno como portador de conhecimentos. A escola deixa de ser
instituição que simplesmente ensina e passa a ser aquela que também aprende a
ensinar.
ESCOLA NOVA
Jonh Dewey foi o precursor teórico da Escola Nova, um
observador das relações entre educação e produção e entre educação e sociedade.
O "learning by doing" (aprender fazendo) é o centro da unidade de
instrução e trabalho. Dewey foi um transformador da escola, e não da sociedade;
ele tenta adequar a escola à vida produtiva real, ou seja, à sociedade e aos
avanços capitalistas.
Exalta o tema da espontaneidade da criança, da necessidade
de aderir à evolução de sua psique, solicitando a educação sensório-motora e
intelectual através de formas adequadas.
O jogo, a livre atividade, o desenvolvimento afetivo, a
socialização e o trabalho são elementos educativos sempre presentes: é por isso
que depois foram chamadas de ativas. São escolas nos campos, no meio dos
bosques, equipadas com instrumentos de laboratório, baseadas no auto-governo e
na cooperação, onde se procura ao máximo respeitar e estimular a personalidade
da criança.
Portanto, o conhecimento da psicologia infantil e da
psicologia da idade evolutiva, tanto da criança individual como da infância e
da adolescência em geral, são temas essenciais do escolanovismo.
O trabalho, nas escolas, com essa orientação pedagógica,
não se relaciona tanto ao desenvolvimento industrial, mas ao desenvolvimento da
criança: não é preparação profissional, mas de elemento de moralidade didática.
Os representantes desta tendência são críticos radicais da escola e da educação
tradicionais. Alguns autores consideram a Escola Nova, precursor do construtivismo.
ESTÉTICA DA SENSIBILIDADE
Em conjunto com a Ética da Identidade e a Política da
Igualdade, são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os
mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais.
Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a
Constituição e a LDB, deve articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a
identidade, de maneira complementar.
Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que “a
estética da sensibilidade vem substituir a da repetição e padronização,
hegemônica na era das revoluções industriais. Ela estimula à criatividade, o
espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar
a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o
incerto, o imprevisível e o diferente. (…) ,valoriza a leveza, a delicadeza e a
sutileza(...), realiza um esforço permanente para devolver ao âmbito do
trabalho e da produção, a criação e a beleza daí banalizados pela moralidade industrial
taylorista.(...) procura não limitar o lúdico a espaços e tempos exclusivos,
mas integrar diversão, alegria e senso de humor as dimensões de vida, muitas
vezes consideradas afetivamente austeras como a escola, o trabalho,os deveres,
a rotina cotidiana (...), transformar o uso do tempo livre num exercício
produtivo porque criador (…) e que aprendam a fazer do prazer, do
entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável.
Ela facilitará o reconhecimento e valorização da
diversidade cultural brasileira e das formas de perceber e expressar a
realidade própria dos gêneros, das etnias, e das muitas regiões e grupos
sociais do país.
É um substrato indispensável para uma pedagogia que se quer
ser brasileira, portadora da riqueza de cores, sons e sabores deste país,
aberta à diversidade dos nossos alunos e professores, mas que não abdica da
responsabilidade de constituir cidadania para um mundo que se globaliza e de
dar significado universal aos conteúdos da aprendizagem”.
ÉTICA DA IDENTIDADE
Em conjunto com a Política da Igualdade e a Estética da
Sensibilidade são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os
mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais.
Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a
Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a
identidade, de maneira complementar.
Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que “a Ética
da Identidade substitui a moralidade dos valores abstratos da era
industrialista e busca a finalidade ambiciosa de reconciliar no coração humano
aquilo que o dividiu desde os primórdios da idade moderna: o mundo da moral e o
mundo da matéria, o privado e o público, enfim a contradição expressa pela
divisão entre a”igreja” e o”estado”. Essa ética se constitui a partir da
estética e da política e não por negação delas. (…)
Reconhece que a educação é um processo de construção de
identidades. Educar sob a inspiração da ética não é transmitir valores morais,
mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo
desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito a igualdade a
fim de que orientem suas condutas por valores que respondam as exigências do
seu tempo.”(...) Ela é expressa por “um permanente reconhecimento da identidade
própria e do outro. No reconhecimento reside talvez a grande responsabilidade
da escola como lugar de conviver e, na escola, do adulto educador, para a
formação da identidade das futuras gerações.” (…).
“Tem como fim mais importante a autonomia, constituindo
identidades mais aptas a incorporar a responsabilidade e a solidariedade. Neste
sentido, a ética da identidade supõe uma racionalidade diferente daquela que
preside a dos valores abstratos, porque visa formar pessoas solidárias e
responsáveis por serem autônomas”.
ETIMOLOGIA
É a parte da gramática que trata da história ou origem das
palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos
elementos que as constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos
vocábulos e das regras de sua evolução histórica.
Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente
de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de
antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam
reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais
as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram.
Os etimologistas também tentam reconstruir informações
sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a
escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas,
pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo,
foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o
caminho de volta até a origem.
FLEXIBILIDADE
É um dos conceitos chave da Pedagogia Contemporânea e está
relacionada com a preparação para o mundo do trabalho. No início do século XX,
o mundo do trabalho estava organizado de acordo com os preceitos do FORDISMO e
do TAYLORISMO. Nele, as funções de cada trabalhador eram definidas de maneira
cartesiana. Cada um era responsável por uma parte e no final, se tinha o
produto completo. Não era necessário dominar o processo de produção, bastava
saber executar a sua parte. A escola, por sua vez, tinha a função de preparar
esses trabalhadores, daí a fragmentação curricular, o foco nas disciplinas e no
professor como centro da transmissão dos conteúdos.
Com a reestruturação produtiva e a necessidade do domínio
do avanço científico e tecnológico da produção moderna, o mundo do trabalho
exige a flexibilização da prática laborativa. Guiomar Namo de Mello afirma que
“as transformações aceleradas do processo produtivo, as novas exigências da
cidadania moderna, a revolução da informática e dos meios de comunicação de
massa, a necessidade de se redescobrir e revalorizar a ética nas relações
sociais – enfim, as possibilidades e impasses deste final de século, colocam a
educação diante de uma agenda exigente e desafiadora...” e dessa forma “ uma
grande margem de flexibilidade poderia também ser aberta as escolas que
quisessem, por exemplo, organizar atividades curriculares diferenciadas,
programas de iniciação profissional, experiências culturais e artísticas, e
outras atividades....” ( Cidadania e Competitividade – 1983 - p. 33 e 145 ),
atendendo, dessa forma, a flexibilização do mundo do trabalho
FORDISMO/TAYLORISMO
Em 1911, o engenheiro estadunidense Frederick W. Taylor
publicou “Os princípios da administração científica”, propondo uma intensificação
da divisão do trabalho. Ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de
modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e
repetitivas, diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual, fazendo
um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de
racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o
trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como
incentivos.
O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em
prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo. Posteriormente, ele
inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo.
Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais,
controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a
formação da mão- de - obra. Ele adotou três princípios básicos:
Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo
de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a
rápida colocação do produto no mercado, do estoque, da matéria-prima em
transformação.
Princípio de Produtividade: Aumentar a
capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da
especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem
maior produção.
FORMAÇÃO CONTINUADA
Expressão entendida no sentido de uma formação
complementar, como atualização de conhecimentos, como resignificação de metas e
padrões que foram superados pelas novas tecnologias e pelos relacionamentos no
mundo do trabalho e na comunicação cultural.
A noção de formação continuada liga-se à percepção da
aceleração das mudanças sociais e técnico-científicas, que se constituem como
os novos desafios da modernidade. Essa formação considera que a educação
escolar e a formação superior devem conviver com cenários que se distanciam dos
tradicionais padrões de conhecimento definidos e estabelecidos como patrimônios
universais. O objetivo é adequar os modelos de formação a esse tempo de
constante emergência de novas demandas, afinal não se poderia mais admitir a
formação de competências estáveis.
A idéia de formação continuada entrou em evidência no
Brasil principalmente a partir da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação),
de 1996, que na orientação de uma política para o magistério, busca a
valorização do profissional da educação escolar.
Há uma série de disposições na LDB sobre os profissionais
da educação, incluindo a orientação no que se refere os três campos específicos
de formação: a inicial, a pedagógica e a continuada. Dessa forma, a formação
inicial deveria contemplar o atendimento à formação de professores para as
séries terminais do ensino fundamental e para o ensino médio; a formação
pedagógica deveria atender os "portadores de diplomas de educação superior
que queiram se dedicar à educação básica"; e a formação continuada deveria
atender aos profissionais de educação dos diversos níveis, aí incluindo também
os de nível superior.
A formação continuada é considerada pela LDB direito de
todos os profissionais que trabalham em qualquer estabelecimento de ensino, uma
vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na
qualificação e na competência dos profissionais. Mas também propicia o
desenvolvimento dos professores articulados com estes estabelecimentos e seus
projetos.
FORMAÇÃO DOCENTE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
De acordo com Delors, nas orientações da Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI, feitas para a UNESCO, a
educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Nesse mesmo sentido, Dewey (1989) afirma que "se não
se compreende o que se aprende, não há uma boa aprendizagem". Uma das
idéias que dá sentido à palavra compreensão é aquela que relaciona aprendizagem
com vida. Todos os processos de aprendizagem, englobados, levam as pessoas,
desde a infância até o fim da vida, a um conhecimento dinâmico do mundo, dos
outros e de si mesmas, combinando, de maneira flexível, os quatro pilares
citados. A educação é um todo, que deve ser considerada em sua plenitude. Os
primeiros conhecimentos são enriquecidos e aprofundados, para que as pessoas
possam adaptar-se a um mundo de mudanças.
A competência do professor, nessa perspectiva, está em
saber se desempenhar em situações complexas, embora uma determinada rotinização
do comportamento profissional simplifique tudo isso, de modo que o que parece
complexo e dificilmente governável desde esquemas conscientes de atuação
profissional se torna fácil e quase automático ou “rotineiro’ para o
professor”.
“A competência dos professores tem a ver muito mais com sua
capacidade para prever, reagir e dar soluções às situações pelas quais transcorre
seu fazer profissional num campo institucionalizado”.
Sua competência profissional se expressa melhor no como
enfrenta as situações que lhe são dadas. Trata-se de ver mais a originalidade
no modelar pessoalmente as situações que lhe são dadas prefiguradas ou ver como
se choca com elas, driblando os limites impostos ou adotando uma posição de
submissão. Diante dessas afirmações, deduzimos que o desenvolvimento docente é
contínuo e ocorre ao longo da vida. A formação inicial não é a única
responsável pelo processo de formação profissional, devendo desenvolver-se
acompanhando as transformações da sociedade contemporânea.
FRACASSO ESCOLAR
O fracasso escolar caracteriza-se por repetências
sucessivas, evasão escolar e dificuldade de aprendizagem de diferentes ordens.
A expressão está relacionada, em geral, ao aluno que não aprende e não realiza
nenhuma das funções sociais da educação, acusando o fracasso desta e, ao mesmo
tempo, sucumbindo a esse fracasso, conforme definido pela psicopedagoga
argentina Sara Pain.
Para ela, existem dois tipos de fracasso escolar. O
primeiro tipo é aquele fracasso das crianças, vindas de famílias pauperizadas,
que não aprendem porque já chegam prejudicadas à escola.
Seja porque não têm o vocabulário exigido por essa escola, ou
não convivem com um ambiente letrado em casa, ou ainda porque não possuem os
materiais mais simples, como um caderno ou um lápis. O segundo tipo é o
fracasso mais pontual, aquele das crianças que não se adaptam ao sistema
escolar por problemas orgânicos, corporais ou emocionais. Este é que deve ser
objeto de tratamento clínico da psicopedagogia.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática da escola realiza-se quando existe a
participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola; da participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes. Além da participação dos profissionais da educação e
comunidade, para a efetivação da Gestão Democrática da escola, o poder público
deve incentivar progressivamente a autonomia pedagógica e administrativa de
gestão financeira.
HABILIDADES
As competências/habilidades são inseparáveis da ação, mas
exigem domínio de conhecimentos. Habilidades se ligam a atributos relacionados
não apenas ao saber-conhecer, mas ao saber-fazer, saber-conviver e ao
saber-ser. De acordo com Vasco Moretto, "as habilidades estão associadas
ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim,
identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar
situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos
de habilidades”. Nesse sentido, o aluno, ao invés de decorar conteúdos,
exercitará habilidades, e através delas, adquirirá competências.
Caberia então aos professores mediar a construção do
processo de conceituação a ser apropriado pelos alunos, buscando a promoção da
aprendizagem e desenvolvendo condições para que eles participem da nova
sociedade do conhecimento
INDISCIPLINA
A indisciplina é sempre um tema polêmico a ser discutido,
porém é um problema presente e constante nas escolas.
A imagem da escola na atualidade está ameaçada, podemos
afirmar até que ela está passando por uma grande crise, pois seus moldes não se
transformaram seguindo o ritmo da transformação da sociedade. A sociedade de
hoje não se comporta como a sociedade do início do século passado. Entretanto a
escola perdura com uma estrutura similar a daquela época.
Nesse sentido, o fenômeno da indisciplina pode ser
relacionado intrinsecamente com o problema que a própria estrutura da escola
apresenta, e que seus alunos através de comportamentos indisciplinares refletem
essa "deficiência" ou "ineficiência" da escola.
A indisciplina escolar indica que existe uma recusa desse
novo sujeito histórico, que a sociedade atual produziu, em relação às práticas
arraigadas no cotidiano escolar. A indisciplina é uma tentativa de apropriação
da escola de outra maneira, mais aberta, mais fluida, mais democrática
diferente da escola de antigamente e que a escola atual ainda se configura
nesses moldes (AQUINO, 1998).
Contudo, a indisciplina sempre é remetida a fatores
individuais dos alunos caracterizando-os como: alunos desrespeitadores, alunos
sem limites, alunos desinteressados, de maneira geral os "alunos -
problema" da escola. Mas o fato do profissional da educação taxar seus
alunos dessa maneira pode ser considerado, de acordo com Aquino (1998), como um
"equívoco ético" já que a disciplina não é requisito para a ação
pedagógica, e sim um dos produtos ou efeitos do trabalho cotidiano na sala de
aula. É como se um médico dissesse que o principal problema de sua profissão é
o surgimento de novas doenças, ou seja, o fato do aluno estar desinteressado,
não ter limites ou ainda ser desrespeitador é um complicador sim! Mas não é um
impedimento para o trabalho do professor.
Portanto, o professor não deve abandonar sua função
justificando que os alunos não dão conta de aprender ou não dão conta de se
comportar e entrar nos padrões exigidos para se estar na escola, ou ainda que possuam
problemas, mas deve transformar suas ações buscando novas formas de atuação
para tornar essa função altamente atrativa para seus alunos, eis o desafio de
ser professor.
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
De acordo com Howard Gardner a inteligência não pode ser
medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na
escola. Há outros tipos de inteligência, a musical, a espacial, a interpessoal,
a intrapessoal, a corporal, a lingüística, a naturalista e a existencial, o que
torna a inteligência múltipla. Antigamente, os testes de Q.I. apontavam que
aqueles que dominavam às habilidades lógico-matemática eram considerados
inteligentes para tudo.
O mesmo valia para aqueles cujos testes indicavam serem
médios ou fracos. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética.
Gardner afirma que as inteligências são desenvolvidas de
forma diferente pelos seres humanos, tendo seu grau de individualidade. O
pesquisador enfatiza a idéia de individualização, pela qual os educadores devem
conhecer cada um dos seus alunos, e saber como trabalhar com seus aspectos
individuais e atuar para que eles aprendam, ao mesmo tempo, enfatiza a ideia de
pluralização, onde insiste na necessidade de enfocar o ensino de várias
maneiras: debates, jogos, filmes, exercícios práticos, etc.
INTERDISCIPLINARIDADE
Termo que se refere a olhar/estudar os saberes na
complexidade em que estes se estruturam para perceber seus vários aspectos. Em
relação ao currículo escolar, é a forma contrária àquela de planejar com base
no conhecimento fragmentado em disciplinas que, aparentemente, não têm qualquer
relação entre si.
Tendo como perspectiva a articulação interativa entre as
diversas disciplinas no sentido de enriquecê-las através de relações dialógicas
entre os métodos e conteúdos que as constituem. A interdisciplinaridade parte
da idéia de que a especialização sem limites das disciplinas científicas
culminou numa fragmentação crescente do conhecimento.
Dessa forma, pela interdisciplinaridade há um movimento
constante que inclui a integração entre as disciplinas, mas a ultrapassa - o
grupo é mais que a simples soma de seus membros. Supõe troca de experiências e
reciprocidade entre disciplinas e áreas do conhecimento.
O que se busca com tal maneira de lidar com o conhecimento
é relacionar os conteúdos das várias disciplinas para compreender cada assunto
ou fenômeno, na sua totalidade. Mas a interdisciplinaridade não é apenas
integração de conteúdos, mais que isso, ela permite sempre a criação e a
recriação de pontos para discussão, e já a integração, trabalha sempre com os
mesmos pontos sem permitir o levantamento de novas questões. Também não é a
interdisciplinaridade apenas um amontoado de assuntos de várias disciplinas sem
um planejamento prévio que permite a contextualização do trabalho a ser
desenvolvido.
A interdisciplinaridade está se concretizando, na maioria
das vezes, através de projetos planejados e realizados por uma equipe de
professores em torno de uma questão-problema, que contextualiza e faz a relação
entre as aulas de todos os professores que trabalham essa questão. É uma
estrutura de organização do processo ensino aprendizagem em que o conhecimento
e as ciências como tal devem ser trabalhados de forma integrada em suas
derivações e dependências. O fundamento desta estrutura é que o conhecimento em
sua totalidade não acontece de forma isolada pelas classificações científicas
feitas pelo racionalismo e sim estão interdependentes e conectados.
INSTITUIÇÕES DE ENSINO
São estruturas sociais voltadas para a educação. O sistema
educacional brasileiro, de acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação), de 1996, admite o princípio da "coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino". Dessa forma, o ensino é livre à iniciativa
privada, atendidas determinadas condições, como o "cumprimento das normas
gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino" e a
"autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder
Público". Mas continua obrigatório.
A LDB delimita a natureza das instituições de ensino ao
classificá-las em duas categorias administrativas: As públicas, "assim
entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder
Público" e as privadas, que constituem as "mantidas e administradas
por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado". As instituições
privadas se enquadram em "particulares em sentido estrito",
comunitárias, confessionais e filantrópicas.
A LDB orienta para a "capacidade de
autofinanciamento" da iniciativa privada, assegurando o princípio da
"gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais". Ao mesmo
tempo, definiu que os recursos públicos seriam "destinados à escola
pública, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais e
filantrópicas" em forma de bolsa, em casos especiais como insuficiência de
recursos e falta de vagas ou cursos regulares na rede pública.
LIDERANÇA RESPONSÁVEL
A Pedagogia das Competências adjetiva alguns conceitos,
desse modo, um líder deve ter responsabilidade com o Projeto Pedagógico da
Escola. Em geral, mas não necessariamente, o líder será o gestor. Ele será
capaz de definir metas e motivar todo o grupo para alcançá-las, não se limita a
burocracia e está preocupado com o sucesso pedagógico, estabelecendo uma
atmosfera de colaboração e solidariedade, atendendo as demandas da comunidade
escolar.
O líder responsável não pode ser aquela pessoa que só
aparece para dar ordens e ditar as regras. Ele é capaz de apurar as
necessidades da escola, ouvindo e observando aqueles que estão à sua volta,
discutindo com todos e envolvendo a equipe, traçando metas reais, tendo a
gestão participativa e democrática como princípio para melhorar a qualidade de
ensino.
METAFÍSICA
Parte da filosofia que busca o princípio e as causas
fundamentais de tudo, tratando de questões que, em geral, não podem ser
confirmadas pela experiência direta. Constitui a filosofia primeira, o ponto de
partida do sistema filosófico. O termo surge por volta de 50a.C., quando
Andronico de Rodes, ao organizar a obra de Aristóteles, dá o nome de ta metà ta
physiká ao conjunto de textos que se seguiam aos da física ("metà"
quer dizer além).
Historicamente, a palavra passa a significar tudo o que
transcende à física, porque nesses estudos Aristóteles examina a natureza do
ser em geral e não de suas formas particulares, postulando a idéia de deus como
substância fundamental. As bases do pensamento de Aristóteles podem ser
encontradas no platonismo. Para Platão, a filosofia é a única ciência capaz de
atingir o verdadeiro conhecimento. Na Idade Média, a metafísica confunde-se com
a teologia.
Tomás de Aquino afirma que a metafísica estuda a causa
primeira, e, como a causa primeira é Deus, ele é o objeto da metafísica. Na
Idade Moderna a experiência passa a ser extremamente valorizada e a metafísica deixa
de ser considerada a base do conhecimento filosófico. David Hume diz que o
homem está completamente submetido aos sentidos, portanto não pode criar
idéias, e não é possível formular nenhuma teoria geral da realidade. Para ele,
ciência alguma é capaz de atingir a verdade, seus conhecimentos são sempre
probabilidades.
No século XVIII, Immanuel Kant afirma que o domínio da
razão e o rigor científico podem recriar a metafísica como conjunta dos
conhecimentos dados apenas pela razão, sem utilizar os dados da experiência.
Nesse sentido, a metafísica para Kant reduz-se ao estudo das condições e
limites do conhecimento. No século XIX, o positivismo de Auguste Comte afirma
que a metafísica como ciência está superada.
Segundo ele, a história da humanidade (e, por analogia, o
conhecimento humano) passa por três períodos: o teológico, o metafísico e o
positivo, ou científico, sendo que este último é superior aos anteriores. No
século XX, Martin Heidegger faz uma revisão da história da metafísica e
sustenta que ela confunde o estudo do ser, o verdadeiro objeto da filosofia,
com outros temas, como a ideia, a natureza e a razão.
MODALIDADES DE ENSINO
Classificação dada pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), de 1996,
a determinadas formas de organização que podem
localizar-se nos diferentes níveis da Educação Básica.
São modalidades de ensino: Educação de Jovens e Adultos,
Educação Profissional, Educação Especial, Educação Escolar Indígena e a
Educação para as questões relacionadas à África e aos Afros descendentes. Em
geral, entende-se por modalidades todas as formas de trabalho educacional que
não são definidas como níveis. Dessa forma, por exemplo, a educação de jovens e
adultos pode ser ofertada como ensino fundamental ou médio. A educação especial,
por sua vez, tanto pode acontecer na educação infantil, como nos demais níveis
da educação básica e da educação superior.
MULTIDISCIPLINARIDADE
Conjunto de disciplinas a serem trabalhadas
simultaneamente, sem fazer aparecer às relações que possam existir entre elas,
destinando-se a um sistema de um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma
cooperação. A multidisciplinaridade corresponde à estrutura tradicional de
currículo nas escolas, o qual se encontra fragmentado em várias disciplinas.
De acordo com o conceito de multidisciplinaridade,
recorre-se a informações de várias matérias para estudar um determinado
elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si. Assim, cada
matéria contribuiu com informações próprias do seu campo de conhecimento, sem
considerar que existe uma integração entre elas. Essa forma de relacionamento
entre as disciplinas é considerada pouco eficaz para a transferência de
conhecimentos, já que impede uma relação entre os vários conhecimentos.
Segundo Piaget, a multidisciplinaridade ocorre quando
"a solução de um problema torna necessário obter informação de duas ou
mais ciências ou setores do conhecimento sem que as disciplinas envolvidas no
processo sejam elas mesmas modificadas ou enriquecidas". A multidisciplinaridade
foi considerada importante para acabar com um ensino extremamente
especializado, concentrado em uma única disciplina.
A origem da multidisciplinaridade encontra-se na idéia de
que o conhecimento pode ser dividido em partes (disciplinas), resultado da
visão cartesiana e depois cientificista na qual a disciplina é um tipo de saber
específico e possui um objeto determinado e reconhecido. Bem como conhecimentos
e saberes relativos a este objeto e métodos próprios. Constitui-se, então, a
partir de uma determinada subdivisão de um domínio específico do conhecimento.
A tentativa de estabelecer relações entre as disciplinas é que daria origem à
chamada interdisciplinaridade.
A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade
porque esta, apesar de também considerar um sistema de disciplinas de um só
nível, possui disciplinas justapostas situadas geralmente ao mesmo nível
hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer às relações existentes entre
elas.
NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM
De acordo com Guiomar Namo de Mello, é “um conceito que tem
se revelado suficientemente amplo e flexível para articular diferentes níveis
de intervenção pelos quais as reformas educativas devem passar para efetivarem
processos de mudança”(Cidadania e Competividade, 1983, p.29).
Articula os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
levando em conta as necessidades individuais, as demandas do processo produtivo
e as exigências do exercício da cidadania plena, evitando ideologismos e
enfatizando conhecimentos que os indivíduos precisam dominar para viver melhor.
Trabalhar e continuar aprendendo para viver em sociedades de informações, nas
quais o conhecimento passa a ser fator decisivo para a melhoria de vida, o
desenvolvimento produtivo com equidade.
Em suma dar prioridade aos códigos básicos da modernidade,
valorizando a capacidade de resolver problemas com flexibilidade e
adaptabilidade a novas situações, a capacidade de decisões fundamentadas, a
seleção de informações relevantes e a capacidade de continuar aprendendo.
PARADIGMA
No conceito científico paradigma é um modelo de padrão a
ser seguido, um conhecimento que sirva de base para um estudo de uma realização
científica com métodos e valores a serem usados em outras pesquisas e estudos.
No conceito educacional são regras que servem de limites
para os limites relativos a determinados assuntos ou para questões levantadas
através de certos pensamentos ou ações e como ter sucesso resolvendo as ações
dentro destes limites.
PEDAGOGIA DE PROJETOS
Projeto é intenção, pretensão. Projeto é doutrina,
filosofia, diretriz. Projeto é atividade organizada com o objetivo de resolver
um problema. Características incentivadas para realização de projetos de
trabalho: profissionais com maior autonomia para tomar decisões, valorização do
trabalho em grupo, desenvolvimento de vínculos de solidariedade e aprendizado.
Em uma equipe que trabalha com vistas a realizar um
projeto, são mais importantes a solidariedade e o cuidado com a contribuição de
cada um para o todo, do que os níveis hierárquicos. A questão não é quem manda
em quem, mas se o projeto está se tornando realidade.
Criar um projeto é definir um resultado a ser alcançado.
Existem situações em que os resultados de um projeto são fáceis de definir. Por
exemplo, em meados de maio, muitas escolas começam a pensar na festa junina.
Para que não seja apenas um evento, pode-se então desenvolver um projeto para
planejar, organizar e realizar uma festa junina que envolva toda a comunidade
escolar. Em casos assim, os resultados bem definidos orientam o planejamento e
a implementação do projeto.
Para fazer uma festa junina é preciso escolher uma data e
pensar nos preparativos: decoração da escola, quadrilha, venda de refrigerantes
e comidas, jogos (derrubar latas com bolas de meia, coelho que entra na casa,
argola, etc.). É preciso pensar ainda na divulgação externa (faixas, cartazes,
rádio local, jornal do bairro, carta aos pais e responsáveis) e interna
(comunicação aos alunos, professores e funcionários).
Para cada um dos itens mencionados acima é preciso haver
pessoas que se responsabilizem por sua resolução. É fundamental destacar que
esta e outras festividades que têm origem na tradição popular devem ser sempre
contextualizadas, possibilitando um enfoque enriquecedor e envolvendo a família
e toda a comunidade.
PILARES DA EDUCAÇÃO
Delors, nas orientações da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, feitas para a UNESCO, define que toda a vida
baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
viver juntos e aprender a ser. Sendo também os pilares que balizam a educação
contemporânea:
Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral
suficientemente vasta com a possibilidade de trabalhar em profundidade um
pequeno número de matérias. O que também significa aprender a aprender, para
beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a
vida.
O que tinha sido previsto em linhas gerais, agora é
especificado e sistematizado. Através dos objetivos gerais, deve-se considerar
os resultados esperados e estabelecer quais serão os métodos e procedimentos
presentes na aula específica.
O plano de aula deve conter um ou mais objetivos
específicos, que considerem os resultados esperados da assimilação de
conhecimentos e habilidades. A partir de definidos os objetivos, selecionam-se
os métodos e procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as
formas de avaliação.
O desenvolvimento metodológico é desdobrado nos seguintes
itens: preparação e introdução do assunto, desenvolvimento e estudo ativo do
assunto, sistematização e aplicação e tarefas de casa. Dentro desses itens
devem estar especificados os métodos, procedimentos e materiais didáticos que
serão utilizados, para alcançar os objetivos determinados.
A preparação da aula por escrito resulta em um documento
escrito que orienta as ações do professor e possibilita revisões e
aprimoramentos das aulas de ano para ano.
PLANO ESCOLAR
É a apresentação sistemática e justificada do que a escola
pretende realizar e que deve ser traduzida num documento que registre o que a
escola pensa fazer, como fazer, quando fazer com que e com quem fazer, segundo
definição do Instituto Paulo Freire. Para que a escola tenha um plano escolar é
preciso que ela defina suas finalidades e objetivos, estabeleça um rumo, um
horizonte de trabalho. O plano escolar é um dos temas indicados na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, para organização das escolas.
POLÍTICA DA IGUALDADE
Em conjunto com a Ética da Identidade e a Estética da
Sensibilidade são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os
mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais.
Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a
Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a
identidade, de maneira complementar. Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes,
afirma que a política da igualdade incorpora a igualdade formal, cunhada no
período de constituição dos grandes estados nacionais.
O ponto de partida “é o reconhecimento dos direitos humanos
e o exercício dos direitos e deveres da cidadania, como fundamento da
preparação do educando para a vida civil (…). “Para a sociedade de informação,
na qual vivemos a política da igualdade” vai se expressar também na busca da
equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável,
e outros benefícios sociais e no combate a todas as formas de preconceito e
discriminação por motivo de raça, sexo e religião, cultura, condição econômica,
aparência ou condição física.”
A política da igualdade visa compreender e respeitar o
Estado de Direito e seus princípios constitucionais: o sistema federativo e o
regime republicano e democrático.”
Esse conceito está associado ao respeito ao bem comum e
constitui uma das finalidades mais importantes da política da igualdade e se
expressa por condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de
responsabilidade pelo outro e pelo público.
Um dos fundamentos da política da igualdade é a estética da
sensibilidade, pois quando se combate os esteriótipos que alimentam as
discriminações, reconhecendo-se a diversidade,afirma que oportunidades iguais
são necessárias, mas não suficientes, para oportunizar, tratamento diferenciado
“visando promover igualdade entre desiguais”.
A política da igualdade relaciona-se com os direitos da
pessoa humana, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade.
“Ela deve ser praticada na garantia de igualdade de
oportunidades e de diversidade de tratamentos dos alunos e dos professores para
aprender e aprender a ensinar os conteúdos curriculares”.
Não se trata de um conceito que propõe a igualdade social
ou econômica, mas está escorado na equidade, ou seja, na possibilidade de
oferecimento de oportunidades iguais, mas com tratamento diferenciado aos
desiguais, mantendo a desigualdade, mas promovendo a igualdade nas
oportunidades.
PROGRESSÃO CONTINUADA
É a organização pedagógica visando evitar a repetência. É
aplicada com a divisão do tempo escolar em ciclos de aprendizagem. Cada um
desses ciclos terá duração de três ou quatro anos, conforme os critérios da
rede pública que os adota.
As formas de avaliação não são provas, nem notas. O que o
educando não aprende será objeto da aplicação de outras metodologias de ensino
como laboratórios e aulas de reforço, geralmente no turno inverso, em classes
de poucos alunos organizados por disciplina. É assim até o fim do ciclo.
Um dos princípios dos ciclos é a crença de que cada
indivíduo possui diferentes ritmos de aprendizado.
Parte-se do pressuposto de que, ao final do período de três
ou quatro anos, todos tenham aprendido a mesma coisa, mas cada um no seu tempo.
A progressão continuada impõe, através dos ciclos, uma nova
visão do ensinar que considera importante o desenvolvimento das competências
cognitivas de cada aluno, através de um processo que não se encerra em um ano
letivo e requer, sobretudo, um cuidado maior na definição dos objetivos que se
pretende alcançar ao final do ciclo.
Com o objetivo de assegurar a qualidade de ensino sem
desconsiderar o processo de aprendizagem do aluno, se faz necessária à
realização de avaliações contínuas com intuito de diagnosticar problemas e
superá-los através do empenho em recuperar
as dificuldades dos alunos.
No Estado de São Paulo, a Progressão Continuada está
organizada em dois ciclos no Ensino Fundamental, no entanto, a legislação não
aboliu a seriação, havendo uma combinação entre seriação e progressão
continuada, o que leva alguns autores a não tratar, necessariamente, ciclo e
progressão continuada como sinônimos.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Instrumento técnico-político utilizado com base no
princípio da escola autônoma, que pressupõe a descentralização administrativa e
a autonomia financeira da escola. O projeto político pedagógico (PPP) contém a
definição do conteúdo que deve ser ensinado e o que deve ser aprendido na
escola. Ele caracteriza-se, principalmente, por expressar os interesses e
necessidades da sociedade e por ser concebido e construído com base na
realidade local e com a participação conjunta da comunidade. O projeto político
pedagógico passou a ter importância a partir de meados da década de 90, quando
o MEC passou a transferir recursos financeiros diretamente para as unidades
escolares, de acordo com os princípios da descentralização e da escola
autônoma, estabelecido na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996.
PROLETARIZAÇÃO DO ENSINO
A base teórica do conceito, "proletarização do
ensino", parte de uma análise marxista das condições de trabalho no modo
de produção capitalista. Segundo esta teoria, não só as empresas, mas todas as
produções gerais submeteram-se a uma lógica racionalizadora, cujo intuito é o
controle sobre o processo produtivo. Dentro dessa lógica, esse mesmo processo
produtivo foi sendo subdividido em processos cada vez mais simples, de maneira
que os operários ficaram especializados em tarefas cada vez mais reduzidas da
cadeia produtiva, perdendo, deste modo, a perspectiva de conjunto do seu
trabalho fundamenta anteriormente para a execução do trabalho.
Neste sentido, houve a perda de sua própria qualificação,
enquanto operário, da capacidade essencial de visão do todo, de decisão sobre
determinada fase do processo.
Essa lógica racionalizadora transcendeu o âmbito da
empresa, assim como o âmbito privado e de produção, enquanto processo de
acumulação de capital, para invadir a esfera do Estado, obrigando-o a sustentar
a acumulação de capital e, ainda, legitimar a si próprio e ao processo de
acumulação.
No caso do ensino, segundo Contreras, a atenção a essas
necessidades realizou-se historicamente mediante a introdução do espírito de
"gestão cientifica", que pode ser notado tanto no que se refere ao
conteúdo da prática educativa como ao modo de organização e controle do
trabalho do professor.
Neste sentido, as escolas transformaram-se em organizações
mais amplas e começaram a ser introduzidos critérios de seqüência e hierarquia.
Surge daí "a organização graduada", que validou a homogeneização das
tarefas dos professores sob a hipótese da também homogeneização dos alunos aos
quais se dirigiam.
A hierarquização de funções dentro da instituição escolar
ocorreu mediante a figura do diretor, que as legitima. Em paralelo, o
currículo, um dos modos de organização da escola, começou a refletir,
igualmente, uma espécie de processo de produção, organizado sob os mesmos
parâmetros de decomposição em elementos mínimos de realização
(objetivos/fragmentação). Que se refletiu na descrição das atividades
particulares e específicas da vida adulta para as quais, supostamente, o
educando deveria se preparar. A racionalização tecnológica do ensino, por sua
vez, também limitou a função docente ao cumprimento de prescrições externamente
determinadas.
Assim como os operários, os docentes perderam a visão do
conjunto de seu trabalho e o controle de sua tarefa; a lógica da produção
capitalista "arrancou-lhes" a autonomia, daí o conceito de
proletarização do ensino.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
É um instrumento de caráter geral, que apresenta as
finalidades, concepções e diretrizes do funcionamento da escola, a partir das
quais se originam todas as outras ações escolares. Não há um padrão de proposta
pedagógica que atenda a todas as escolas, pois cada unidade escolar está
inserida num contexto próprio, determinado por suas condições materiais e pelo
conjunto das relações que se estabelecem em seu interior e entorno social.
Assim, cada escola deve desenvolver o seu modelo, aquele que melhor expressa
sua identidade e seu compromisso com o aluno, com a comunidade, com a educação.
Entende-se que ela deve ter uma construção coletiva, com a
participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais, professores,
funcionários, representantes da comunidade, etc.).
Histórico e identificação da instituição de ensino e da
entidade mantenedora; fins e princípios norteadores; diagnóstico e análise da
situação da escola; definição dos objetivos educacionais e metas a serem
alcançadas; seleção das ações; organização curricular; forma de gestão
administrativa e pedagógica da escola; avaliação; organização da vida escolar e
do regime escolar; capacitação continuada de pessoal; profissionais envolvidos
na proposta pedagógica; e anexos são alguns aspectos considerados relevantes na
elaboração do documento final.
SABERES DOCENTES
As discussões sobre o professor e seus saberes se inserem
em um movimento pela profissionalização do ensino, que visa renovar os
fundamentos epistemológicos do ofício de professor desenvolvendo e implantando
as características do conhecimento profissional dentro do ensino e na formação
de professores. Para ser considerada profissão a docência tem que contar com um
repertório de saberes reconhecido perante outras profissões. Isso remete a uma
maior proteção dos docentes, com relação aos saberes que detêm, e que são
necessários ao desenvolvimento de profissionais para atuarem no ensino,
renovando seus fundamentos epistemológicos.
Segundo Tardif, a epistemologia da prática é o estudo dos
saberes utilizado pelos professores em seu cotidiano para desempenhar todas as
suas tarefas. Busca compreender a natureza destes saberes e como os docentes os
produzem, utilizam e transformam em função das situações de trabalho. Não
existe um consenso sobre a definição de saber.
Porém, em geral, trabalha-se com três concepções: A
primeira diz que saber é o tipo particular de certeza subjetiva produzida pelo
pensamento racional. Então, saber qualquer coisa é possuir uma certeza
subjetiva racional. A segunda coloca que saber é o julgamento verdadeiro, o
discurso que afirma, com razão, qualquer coisa sobre qualquer coisa e a
terceira define saber como a atividade discursiva que pode validar com
argumentos, operações discursivas e lingüísticas, uma proposição ou uma ação.
Porém, existem particularidades referentes a cada autor sobre a questão dos
saberes.
Tardif (2000) define o saber dentro dessas
particularidades, assim, o saber possui um sentido mais amplo, que engloba os
conhecimentos, as competências, as habilidades (as aptidões) e as atitudes, o
que muitas vezes foi considerado como saber, saber-fazer e saber-ser. Assim, o
saber docente é um saber plural, formado pelo amálgama de saberes oriundos da
formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experiências.
O que caracteriza os saberes práticos ou experiências é o
fato de se originarem da prática cotidiana da profissão e serem por ela
validados. Para os professores, os saberes da experiência profissional
constituem os fundamentos de sua competência. Por isso os saberes experiências
surgem como núcleo vital do saber docente.
PROTAGONISMO JUVENIL
"Protagonista" significa, originalmente, a
personagem principal de uma peça teatral, de um filme, de um romance etc. Em
sentido figurado, a palavra é usada para referir à pessoa que desempenha ou
ocupa o primeiro lugar em um acontecimento. O Protagonismo Juvenil é um tipo de
ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o
jovem é sempre o ator principal. Significa, tecnicamente, o jovem participar
como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada,
familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na
comunidade ou na sociedade mais ampla. Outro aspecto do protagonismo é a
concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade,
que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade.
É uma forma superior de educação para a cidadania não pelo
discurso das palavras, mas pelo curso dos acontecimentos. É passar a mensagem
da cidadania criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de
centralidade.
Na raiz do protagonismo tem que haver uma opção livre do
jovem, ele tem que participar na decisão se vai ou não fazer a ação. O jovem
tem que participar na execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos
resultados.
Existem dois padrões de protagonismo juvenil: quando as
pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando os jovens fazem de
maneira autônoma. Em relação ao processo ensino aprendizagem pode ser
identificada como a condição de participação efetiva dos discentes no interior
da instituição escolar.
Em alguns autores também aparece como a situação concreta
de participação dos jovens nas instituições sociais da sociedade moderna. O
importante que este é um conceito acompanhado de “referência propositiva” no
sentido de ser sempre uma “ação afirmativa” de valores sociais.
SÓCIO-INTERACIONISMO
Os estudos de Vygotsky postulam uma dialética das
interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento
sócio-cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o desenvolvimento é
impulsionado pela linguagem. Eles acreditam que a estrutura dos estágios
descrita por Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica
evolutiva.
Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo
precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que
gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores. Para ele, a
cultura molda o psicológico, isto é, determina a maneira de pensar.
Pessoas de diferentes culturas têm diferentes perfis
psicológicos. As funções psicológicas de uma pessoa são desenvolvidas ao longo
do tempo e mediadas pelo social, através de símbolos criados pela cultura. A
linguagem representa a cultura e depende do intercâmbio social.
Os conceitos são construídos no processo histórico e o
cérebro humano é resultado da evolução. Em todas as culturas, os símbolos
culturais fazem a mediação ou a interação com os processos sócio-culturais.
Para Vygotsky, as interações têm um papel crucial e determinante.
Para definir o conhecimento real, sugere que se avalie o que o sujeito é capaz
de fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de
outro sujeito. Assim, determina-se a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e o
nível de riqueza e diversidade das interações determinará o potencial atingido.
Quanto mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o
desenvolvimento.
No campo da educação a interação que é um dos conceitos
fundamentais da teoria de Vygotsky encaixa-se perfeitamente na concepção de
escola que se pretende efetivar no sistema brasileiro de ensino. E neste caso,
o professor e o aluno passam a ter um papel essencial no processo de ensino e
aprendizagem.
Dessa forma é possível desenvolver tanto os conceitos de
ZDP quanto a relação existente entre pensamento, linguagem e intervenção no
âmbito da escola, possibilitando assim um maior nível de aprendizagem.
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(TICs) Muito se houve falar, atualmente, nas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs). Todas as pessoas, estão em contato com elas,
seja nos caixas eletrônicos, nas linhas de produção das indústrias e, mesmo, em
nossas casas, com a Internet, as câmeras digitais, etc.
As TICS resultam da fusão das tecnologias de informação,
antes referenciadas como informática, e as tecnologias de comunicação, antes
denominadas como telecomunicações e mídia eletrônica. Elas envolvem a
aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por
meios eletrônicos e digitais, como rádio, televisão, telefone e computadores.
A inserção das TICs nas escolas públicas já se tornou um
processo irreversível, pois com o advento do computador entra-se numa fase de
não-retorno no que se refere ao uso das tecnologias na escola devido à
indústria, a revolução tecnológica e ao poder das crianças que dispõem de
computador em casa.
A importância da utilização das TICs na educação se deve ao
fato de que podem promover mudanças na prática docente de modo a inovar o
processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o professor pode utilizá-las para
realizar atividades que seriam impossíveis sem essas ferramentas.
O contato dos alunos com as TICs em situações de ensino-
aprendizagem promovem o desenvolvimento cognitivo e intelectual, principalmente
o raciocínio lógico formal, a capacidade de pensar com rigor e sistematicidade,
a criatividade e solução para problemas.
Em uma aula tradicional, o professor é o transmissor do
conhecimento e utilizam-se exclusivamente do livro didático, lousa e giz para
ensinar seus alunos que recebem passivamente informações.
Com o uso das TICs o professor deixa de ser o detentor do
conhecimento e a única fonte de informações dos alunos, deixa de ser a
autoridade incontestada do saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que
menos sabe. “Professor e aluno passam a ser parceiros de um mesmo processo de
construção do conhecimento”.
Diante da velocidade acelerada das transformações
tecnocientíficas, os conteúdos administrados nas diferentes disciplinas
escolares não acompanham as qualidades exigidas nos perfis profissionais do
mercado de trabalho. Se uma das funções da escola seria a de preparar
profissionais para a sociedade é preciso desenvolver a atualização dos
objetivos educacionais ao conjunto dos atributos demandados pelas profissões
modernas, não apenas no nível das informações, saberes e aptidões adquiridas,
mas sobretudo, nas habilidades atitudinais que as condições de trabalho
modernas reclamam. Daí a importância das TICs no processo de ensino-aprendizagem.
TEMA GERADOR
Esse conceito remete a concepção de “Palavra Geradora”
desenvolvida no trabalho com alfabetização de adultos feito por Paulo Freire,
na década de 1960. É uma proposta metodológica inspirada na dialética. Segundo
o autor, no livro Pedagogia do Oprimido, “a escola pode deixar de ser campo de
reprodução para ser agente de transformação da realidade, permitindo, desta
forma, estruturar e desenvolver todo processo de conhecimento onde a atuação
educativa é um processo de criação e recriação do conhecimento”.
Assim, os temas são chamados de geradores, porque são
gerados na comunidade escolar e geram respostas para essa comunidade, sem
perder a perspectiva da relação com o mundo, além disso, contém a possibilidade
de desdobrar-se em outros tantos temas, que provocam novas tarefas a serem
cumpridas.
O tema gerador, portanto não pode ser definido, a priori,
mas na estreita relação da escola com a comunidade escolar. Para estabelecê-lo
devem-se diagnosticar quais são as situações significativas para os alunos, os
docentes e a comunidade, naquele determinado contexto, depois, a partir delas
se estabelecer o tema e os subtemas decorrentes.
Com essa definição, os docentes definem quais conteúdos
irão trabalhar para dar respostas a essas situações significativas para, na
volta ao tema, e à comunidade escolar, se definam novos temas e subtemas,
gerando nova pesquisa, decorrente da anteriores e novas respostas.
Desse modo, não é necessário que tendo se estabelecido um
tema, todos os docentes falem do mesmo assunto, como é comum em alguns projetos
desenvolvidos nas escolas. Se fosse assim, o trabalho não seria
interdisciplinar e se tornaria maçante tanto pra docentes, quanto para alunos,
corroborando com a pedagogia bancária ou tradicional.
O tema é chamado de gerador, justamente pelo método
dialético e dialógico como é definido e trabalhado e não por ser objeto de
repetição.
TEMAS TRANSVERSAIS
A transversalidade é uma das formas de organizar o trabalho
didático. Os temas devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho
educativo da escola.
Os temas transversais traduzem as preocupações cotidianas
da sociedade brasileira no exercício da cidadania. Os PCNs do ensino
fundamental definem como temas transversais: Ética, Pluralidade Cultural, Meio
Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo.
Eles não são definidos aleatoriamente, devem ter como norte
o princípio da dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação e a
co-responsabilidade pela vida social.
Os critérios para sua escolha são a urgência social, a
abrangência nacional, a possibilidade de ensino e aprendizagem e o
favorecimento da compreensão da realidade e participação social.
Os temas transversais não constituem novas áreas, não são
temas escolhidos pela equipe docente, por vontade desses, mas temas relevantes
socialmente que atravessam todas as disciplinas e interagem com elas.
A proposta de transversalidade traz a necessidade de a
escola refletir e atuar conscientemente via educação de valores e atitudes em
todas as áreas, garantindo que a perspectiva político-social se expresse no
direcionamento do trabalho pedagógico dos conteúdos e das orientações
didáticas.
A perspectiva transversal aponta uma transformação de
prática pedagógica, pois rompe com a pedagogia formal e amplia, a
responsabilidade com a formação do aluno, com um trabalho sistemático e
continuo que permita a escola refletir sobre os objetivos a serem alcançados de
forma a se definirem em termos do trabalho a ser desenvolvido.
TRANSDISCIPLINARIDADE
Princípio teórico que busca uma intercomunicação entre as
disciplinas, tratando efetivamente de um tema comum (transversal). Ou seja, na
transdisciplinaridade não existem fronteiras entre as disciplinas.
A idéia de transdisciplinaridade surgiu para superar o
conceito de disciplina, que se configura pela departamentalização do saber em
diversas matérias. Ou seja, considera que as práticas educativas foram
centradas num paradigma em que cada disciplina é abordada de modo fragmentado e
isolada das demais.
Isto resultaria também na fragmentação das mentalidades,
das consciências e das posturas que perdem assim a compreensão do ser, da vida,
da cultura, em suas relações e inter-relações. Sobre esta lógica, Morin (2000)
afirma: que "a inteligência parcelizada, compartimentada, mecanística,
disjuntiva e reducionista quebra o complexo do mundo em fragmentos
desconectados, fraciona os problemas, separa o que está unido,
unidimensionaliza o multidimensional".
O conceito de transdisciplinaridade está relacionado com a
superação desta fragmentação dos saberes, na busca de uma compreensão holística
e complexa dos processos do mundo. A transdisciplinaridade é um princípio do
qual decorrem várias conseqüências práticas, tanto nas metodologias de ensino
quanto na proposta curricular e pedagógica. Ela considera que embora cada um
dos campos guarde suas especificidades, há entre eles um intercâmbio
permanente, formando novos campos.
Segundo Moacir Gadotti, “a transdisciplinaridade na
educação é entendida como a coordenação de todas as disciplinas e
interdisciplinas do sistema de ensino inovado sobre a base de uma axiomática
geral, ética, política e antropológica”, e, ainda, para Ubiratan D’Ambrósio, no
livro Transdisciplinaridade. “O essencial na transdisciplinaridade reside na
postura de reconhecimento de que não há espaço nem tempo culturais
privilegiados que permitam julgar e hierarquizar como mais corretos”.
“A transdisciplinaridade repousa sobre uma atitude mais
aberta, de respeito mútuo e mesmo de humildade em relação a mitos, religiões,
sistemas de explicação e de conhecimentos, rejeitando qualquer tipo de
arrogância ou prepotência”.
Segundo Piaget, a interdisciplinaridade seria uma forma de
se chegar a transdisciplinaridade.
A interdisciplinaridade considera um diálogo entre as
disciplinas, porém continua estruturada nas esferas da disciplinaridade. A
transdisciplinaridade, por sua vez, alcançaria um estágio onde não haveria mais
fronteiras entre as disciplinas e se consideraria outras fontes e níveis de
conhecimento.
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
A transposição didática é a transformação do conhecimento
científico em conhecimento didático, aquele conhecimento ensinado (aprendido)
na sala de aula, presente nos conteúdos curriculares e nos livros didáticos.
Cabe ao professor fazer esta transformação. É preciso domínio do conteúdo
específico para a realização de uma boa transposição didática, para torná-la
compreensível ao aluno.
Perrenoud (1993, p.25), define como transposição didática a
essência do ensinar, ou seja, “a ação de fabricar artesanalmente os saberes,
tornando-os ensináveis, passíveis de avaliação no quadro de uma turma, de um
ano, de um horário, de um sistema de comunicação e trabalho”. Considerada por
alguns autores como a "mais nobre tarefa do professor", a transposição
didática não é uma tarefa trivial.
Como já mencionado, para se obter bons resultados, além de
um conhecimento bastante profundo sobre o conteúdo a ser ensinado, é necessário
muito empenho do professor e conhecimento também sobre princípios pedagógicos e
formas de ensinar e aprender.
A transposição didática pode também estar presente fora da
sala de aula. No processo de produção de material didático, por exemplo, este
conceito é fundamental para garantir a qualidade do material produzido. Assim,
muitos educadores e instituições de ensino formam grupos especiais para a
criação de material didático personalizado.
É importante ressaltar, entretanto, que a adoção de um
material didático, por parte de um professor (ou escola) não elimina a
necessidade de o professor realizar a transposição didática em sala de aula.
*¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Pan%C3%B3ptico